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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DA QUÍMICA

Samara Menezes

Docentes: Jardson Lima Gleice Silva


Tarciele Andrade Andreza Leite

Projeto de Elaboração de um Laboratório de Química

Belém
2010
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE QUÍMICA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
DISCIPLINA: INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DA QUÍMICA

Projeto de Elaboração de um Laboratório de Química

Projeto apresentado como requisito


para a avaliação da Disciplina
Instrumentação para o ensino da
Química, ministrada pelo Professor
Jorge Trindade.

Belém
2010
2

SUMÁRIO p.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2
OBJETIVO ............................................................................................................. 4 3
PROJETO DE CONSTRUÇÃO ........................................................................... 5 3.1 PISO
...................................................................................................................... 5 3.2
PAREDES ............................................................................................................. 5 3.3
TETO ...................................................................................................................... 6 3.4
PORTAS E JANELAS ......................................................................................... 6 4
PROJETO DE INSTALAÇÕES ........................................................................... 7 4.1
ILUMINAÇÃO ..................................................................................................... 7 4.2
INSTALAÇÃO ELÉTRICA .................................................................................. 7 4.3
INSTALAÇÃO HIDRÁULICA E DE GASES ...................................................... 8 4.4
INSTALAÇÃO DE ESGOTO ................................................................................. 9 4.5
BANCADAS DE TRABALHO .............................................................................. 9
4.6 ARMÁRIOS PARA REAGENTES ............................................................. 10 4.7
ARMARIOS PARA VIDRARIAS .......................................................................... 10 4.8
CAPELAS .................................................................................................................. 10 4.9
PIAS .......................................................................................................................... 11 4.10
ALMOXARIFADO ................................................................................................ 11 5
REAGENTES PARA O LABORATÓRIO DE QUÍMICA ................................... 11 6
INDICADORES ÁCIDO-BASE ............................................................................... 14 7
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ...................................................................... 14 7.1
CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ................................................................... 14 7.2
EXTINTORES DE INCÊNDIO ............................................................................... 15 7.2.1
Classes de incêndio .............................................................................................. 15 7.2.2
Tipos de extintores de incêndio .......................................................................... 16 7.2.2.1
Extintor de pó químico seco ............................................................................. 16 7.2.2.2
Extintor de gás carbônico (CO2) ....................................................................... 16
3
p.

7.2.2.3 Extintor de água pressurizada – pressão permanente ................................... 16


7.2.2.4 Extintor de água – pressão injetada ............................................................. 16 7.2.3
Uso de extintores .......................................................................................... 17 7.3 LUVAS
............................................................................................................. 17 7.4
MÁSCARAS .................................................................................................... 18
7.5 ÓCULOS ........................................................................................................... 18 7.6
LAVA OLHOS E CHUVEIRO ....................................................................... 19 7.7
JALECO ........................................................................................................... 19 8
CONCLUSÃO ................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 21
ANEXOS ............................................................................................................... 22
4

1 INTRODUÇÃO

A montagem do laboratório de ensino é uma das fases críticas do processo de implantação


dos cursos, já que em grande parte dos casos, as instituições de ensino se estabelecem em
instalações prediais que não foram originariamente construídas para esse fim. Não são
poucas as escolas que se instalaram em locais onde no passado funcionavam fábricas ou
escritórios.
Os obstáculos enfrentados na montagem do laboratório são sentidos também quando
da ampliação e ou reforma deste. Um laboratório antigo, mesmo que tenha sido construído
em acordo com as normas vigentes da época, poderá ter dificuldade para atender às normas
de segurança atuais.
A montagem do laboratório deve incluir todos os requisitos de segurança. Para tanto,
é fundamental a elaboração de um projeto detalhado para que haja funcionalidade, eficiência,
segurança e se minimizem futuras alterações. Assim, não podem ser desprezados itens como
a topografia do terreno, orientação solar, ventos, segurança do edifício e do pessoal,
bancadas, capelas, estufas, muflas, tipo de piso, materiais de revestimento das paredes,
iluminação e ventilação do ambiente. Deve-se levar em consideração, ainda, a legislação
referente aos portadores de necessidades especiais, conforme a LDB – Lei no 9.394, de 20-
12-1996, capítulo V, artigos 58 a 60.
Algumas orientações constantes deste Guia tomam como base as Normas
Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovadas pela
Portaria nº 3.214, de 08-06-1978, e Normas (NBR’s), da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

2 OBJETIVO
O objetivo deste projeto é orientar as instituições de ensino na montagem e instalação
de laboratórios destinados às aulas práticas de Química.
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3 PROJETO DE CONSTRUÇÃO

3.1 PISO

O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente e


não deve apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a
movimentação de materiais.
O piso de cerâmica comum é o mais recomendável pelo seu baixo custo, facilidade na
colocação e limpeza, segurança oferecida, ótima resistência e durabilidade. No entanto, há
várias alternativas de piso como os de: granilite, madeira (tacos), borracha.
De acordo com a NBR 14050 – ABNT, recomenda-se que todos os laboratórios
tenham pisos do tipo Argamassa polimérica com grande quantidade de carga mineral,
constituído por resina epóxi e quartzo selecionado de alta dureza. Este tipo de piso é indicado
para pisos industriais que demandam elevada resistência química e mecânica. Ideal para
áreas de tráfego pesado.
A espessura mínima deve ser de 3mm, com acabamento antiderrapante, e rodapés meia
cana, conferindo facilidade na limpeza e maior segurança nos ambientes de trabalho. É de
primordial importância que não haja desníveis ou elevações no piso, a fim de evitar tropeços
e possíveis acidentes. Outro aspecto importante a considerar quanto ao piso, refere-se à sua
constante manutenção e limpeza. Os reparos que se fizerem necessários devem ser feitos
imediatamente, mantendo-se o bom estado do mesmo.

3.2 PAREDES

As paredes devem ser de alvenaria revestida com reboco, massa corrida e pintura
acrílica semi-fosca, em cores claras. Devem ser impermeáveis, revestidas com material que
permita o desenvolvimento das atividades em condições seguras, sendo resistentes ao fogo e
a substâncias químicas, além de oferecer facilidade de limpeza. De acordo com a NR-8, item
8.4.1, as partes externas, bem como todas que separem unidades autônomas de uma
edificação, ainda que não acompanhem sua estrutura, devem obrigatoriamente observar as
6

normas técnicas oficiais relativas a resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e


condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade.

3.3 TETO

O teto deve atender às necessidades do laboratório quanto à passagem de tubulações,


luminárias, grelhas, isolamento térmico e acústico, estática. A NR-8, item 8.2 preconiza que
os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo com as posturas
municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e salubridade, estabelecidas na
Portaria 3.214/78. (Redação dada pela Portaria nº 23, de 9-10-2001).

3.4 PORTAS E JANELAS

As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal forma que permitam uma boa
iluminação e arejamento do laboratório.
Recomendam-se janelas basculantes por apresentarem maior segurança e por serem
facilmente abertas e fechadas com um só comando de mão.
As janelas devem estar localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura
aproximada de 1,20m do nível do piso e que a área de ventilação/iluminação seja
proporcional à área do recinto, numa relação mínima de 1:5 (um para cinco). Deverá haver
sistema de controle de raios solares, como persianas metálicas ou breezes (anteparos
externos instalados nas janelas que impeçam a entrada de raios solares, mas não impeçam a
entrada de claridade). Porém, sob nenhuma hipótese deverão ser instaladas cortinas de
material combustível.
As janelas devem estar afastadas das áreas de trabalho e dos equipamentos, tais como
cabines de segurança biológica, balanças, estufas, fornos industriais e capelas de exaustão
química, entre outros que possam ser afetados pela circulação de ar.
As portas deverão ser amplas com largura mínima de 1,20m e com abertura para o lado
de fora do laboratório. Recomenda-se o uso de visores em divisórias, paredes, portas e onde
mais for possível. Os acabamentos das portas devem ser em material que retarde o fogo.
7
É recomendável que se tenha mais de uma saída e sempre distantes entre si. Caso não
seja possível, as janelas devem favorecer a saída de emergência. Por isto, não devem ser
obstruídas com armários, a fim de proporcionarem ema alternativa para saída de emergência.
e com sentido de abertura da porta para a parte externa do local de trabalho.

4 PROJETO DE INSTALAÇÕES

4.1 ILUMINAÇÃO
As luminárias devem, sempre que possível, ser embutidas no forro, ter lâmpadas
fluorescentes e proporcionarem nível de iluminamento de no mínimo 500 lux, sobre as áreas
de trabalho.

Nas áreas que se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, as luminárias e


interruptores deverão ser a prova de explosão.
Nota: Para os laboratórios que possuem equipamentos e/ou produtos químicos sensíveis à
luz solar, deve-se projetar a construção (ou reforma) excluindo-se a luz solar direta sobre o
laboratório.

4.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA

• Preferencialmente deverão ser externas às paredes (facilitando qualquer manutenção) e

embutidas no forro (desde que se tenha facilidade de acesso às mesmas).

• Os pontos que alimentarão as bancadas deverão ser deixadas a 60 cm do piso, isto é,

sempre abaixo dos tampos das bancadas.

• Para a elaboração de um projeto elétrico é necessário que o responsável pelo

laboratório, forneça ao projetista os equipamentos que serão instalados, com a


potência, tensão e localização dos aparelhos sobre as bancadas ou sobre o chão.

• As tomadas sobre as bancadas, devem estar a mais ou menos 1,0 m distantes entre si,

sendo que em cada ponto (cada caixa do tipo pedestal) deverá ter uma tomada 110V
e uma 220V (onde houver tais tensões).
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• Deve-se considerar que as tomadas de uso geral nas bancadas (onde não tiver um

equipamento específico instalado) têm potência de 200W para tomada 110V e 200W
para a 220V.

• Nas áreas onde se manipulam produtos explosivos ou inflamáveis, toda instalação

elétrica (eletrodutos, caixas de passagem, tomadas, interruptores e luminárias) deverá


ser à prova de explosão.

• Os eletrodutos e conduletes deverão ser identificados com a cor padronizada pela

norma da ABNT e as tomadas 110V e 220V deverão ter plaquetas de identificação.

4.3 INSTALAÇÃO HIDRÁULICA E DE GASES

• Tal como nas instalações elétricas, as instalações de água e gases deverão, sempre que

possível, ser externas, facilitando assim a manutenção.

• Atenção, procure evitar a instalação de gás GLP embutida no forro, (o que só é

permitido com tubo luva), pois se houver vazamento, haverá acúmulo de gás dentro
do forro, e quando as luminárias forem acesas, haverá a ocorrência de faísca, que por
sua vez provocará a combustão do gás GLP.

• Também, tal como nas instalações elétricas, os pontos de alimentação das utilidades nas
bancadas (válvulas de gases, água, ar comprimido, vácuo, etc...) deverão estar entre
15 cm e 50 cm do chão, isto é, sempre abaixo do tampo das bancadas.

• Todas as redes de água ou gases devem ter uma válvula de bloqueio, do tipo

fechamento rápido, de fácil acesso para se ter agilidade quando houver necessidade
de fechar o suprimento de água ou gases.

• Sempre deve-se construir o abrigo de gases (GLP, nitrogênio, hélio, etc...) no lado

externo do laboratório.

• Todas as linhas deverão ser identificadas com cores padronizadas pela norma ABNT.

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4.4 INSTALAÇÃO DE ESGOTO

• Os ralos deverão ter grelhas de aço inoxidável do tipo abre-fecha. • A tubulação deve

ser de material com resistência química aos produtos comumente usados nos
laboratórios, tal como o polipropileno (deve-se evitar o uso do PVC branco para esgoto,
bem como o ferro fundido).

4.5 BANCADAS DE TRABALHO

As bancadas deverão serão construídas de acordo com a disposição de cada tipo de


laboratório, classificadas em quatro tipos:
• “Ilha”– geralmente se encontra no centro da sala, com os usuários em sua volta. É
totalmente isolada e quase sempre tem pias nas extremidades e uma prateleira central. •
“Península” – possui um de seus lados acoplado a uma parede e dessa forma deixa três lados
para uso dos usuários.
• “Parede” – está totalmente anexada a uma parede, deixando apenas um de seus lados para
os usuários. É quase sempre usado para estufas, muflas, balanças, potenciômetros, entre
outros.
• “U” – é uma variação do tipo “ilha”, sendo mais utilizada para colocação de aparelhos, tais
como cromatógrafos, permitindo ao laboratorista o acesso fácil à parte traseira desses
aparelhos para refazer ou modificar conexões e pequenos reparos.
Considerando o disposto nas NRs 8 e 17, do MTE, que estabelecem normas sobre
Edificações e Ergonomia, respectivamente, bem como literaturas técnicas consultadas,
recomenda-se que as bancadas:
• Sejam constituídas de material rígido para suportar o peso de materiais e equipamentos; •
Tenham a superfícies revestidas com materiais impermeáveis, lisos, sem emendas ou
ranhuras e resistentes a substâncias químicas. As opções mais utilizadas no mercado são o
granito, fórmica ou material similar.
• Possua profundidade aproximada de 0,60 ou 0,70 m, altura aproximada de 0,90m; • Rodapé
recuado no mínimo 0,15 m para posição em pé e bancadas livres para posição sentada;
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• Possuam cubas com profundidades adequadas ao uso, com o mínimo de 0,25m;

Orienta-se, ainda, prever um espaço de aproximadamente 0,40m entre bancadas


laterais e a parede e, também, no meio das bancadas centrais, a fim de permitir a instalação e
manutenção de utilidades e evitar corredores muito extensos e sem saídas, para não criar
áreas de confinamento. Evitar bancadas centrais com comprimento superior a 5 metros.
Outros apoios, como prateleiras superiores, castelos, racks e volantes para colocação de
materiais de pequeno volume e peso, devem ser utilizados apenas durante a realização dos
procedimentos laboratoriais e para disponibilizar soluções de uso contínuo.
Para evitar ofuscamentos e cansaço visual, as bancadas devem receber iluminação de
forma que os raios de luz incidam lateralmente em relação aos olhos do usuário do
laboratório, e não frontalmente, ou em suas costas.

4.6 ARMÁRIOS PARA REAGENTES

O laboratório deve possuir armários para guardar reagentes com 3,8m x 2m com
paredes resistentes a explosão, sistema de exaustão e bandeja de retenção de líquidos, a fim
de que se possa armazenar, principalmente os reagentes sensíveis a iluminação e inflamáveis.

4.7 ARMARIOS PARA VIDRARIAS

O laboratório de química deve conter armários com dimensões 1,70m x 1,5m para
guardar somente vidrarias limpas e descontaminadas.

4.8 CAPELAS

As capelas devem ser localizadas nas paredes laterais para que não sofram influência
de corrente de ar proveniente de tráfego de pessoas, proximidade de grelha de ar
condicionado e equipadas com exaustores para evitar explosão, liberação de gases e vapores
tóxicos e na manipulação de quaisquer produtos químicos. O laboratório deve conter duas
capelas com dimensões 1,7m x 1,5m de altura.
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4.9 PIAS
As pias devem ser inox com dimensões 60cm x 60cm e estar acoplada nas
extremidades das bancadas.
4.10 ALMOXARIFADO
É necessário um almoxarifado para guardar estoques de reagentes utilizados no laboratório.

5 REAGENTES PARA O LABORATÓRIO DE QUÍMICA

Reagentes convencionais Reagentes alternativos

Hidróxido de sódio Soda cáustica comercial

Ácido clorídrico Ácido muriático comercial

ácido acético Vinagre

Hidróxido de magnésio Leite de magnésia

Hipoclorito de sódio Água sanitária

Cloreto de sódio sal de cozinha

Bicarbonato de sódio Fermento biológico

Etanol Álcool comercial

Os reagentes devem ser identificados por rótulos de risco com a finalidade de:

o Tornar tais produtos reconhecíveis à distância, pela aparência geral dos


símbolos (como forma e cor);
o Permitir a identificação rápida dos riscos que apresentam e prover, por meio
das cores dos rótulos de risco, uma primeira indicação quanto aos cuidados a
observar no manuseio.
São apresentados abaixo os símbolos os quais indicam o perigo que algumas
substâncias químicas apresentam.
12
13
Fonte:http://
www2.ufpa.br/quimdist/livros_2/livro_quim_inorg_experimental/1a%20%20aula_edo%20 lab_qu%edmica.pdf
14

6 INDICADORES ÁCIDO-BASE
Indicadores convencionais Indicadores alternativos

Fenolftaleína Suco de feijão preto

Papel de tornassol Suco de repolho roxo

Alaranjado de metila Suco de açaí

Azul de bromotimol Suco da papoula vermelha

Vermelho de metila Suco de beterraba

7 SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
O laboratório de Química deve apresentar os seguintes materiais de segurança:

o Caixa de primeiros socorros


o Extintores de incêndio
o Luvas
o Máscaras
o Óculos
o Lava-olhos chuveiro
o Jaleco

7.1 CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

Em um laboratório de química é necessário ter uma caixa de primeiros socorros,


sendo a sua localização de preferência em local de fácil acesso. Estas caixas devem conter:

o Glicerina
o soro fisiológico
o gaze
o etanol
o esparadrapo
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o algodão
o atadura
o pomada para queimaduras
o tesoura
o pinça metálica
o álcool iodado.

7.2 EXTINTORES DE INCÊNDIO

Os laboratórios devem estar equipados com extintores de combate a incêndios


devidamente sinalizados, bem como mantas anti-fogo e recipientes com areia. O extintor é
um instrumento simples de manusear, portátil e eficiente. A utilização de cada tipo de
extintor depende do tipo de incêndio. Existem quatro classes de fogos – A, B, C e D – com
características diferentes, logo com formas de extinção diferentes. O conhecimento do tipo
de fogo na maior parte dos casos leva a uma extinção apropriada.

7.2.1 Classes de incêndio


Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de
queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como:
tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;

Classe B - são considerados os inflamáveis os produtos que queimem


somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas,
vernizes, tintas, gasolina, etc.;

Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como


motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.


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7.2.2 Tipos de extintores de incêndio

7.2.2.1 Extintor de pó químico seco

O agente extintor pode ser o bicarbonato de sódio ou de potássio que recebem um


tratamento para torná-los em absorvente de umidade. O agente propulsor pode ser o gás
carbônico ou nitrogênio. O agente extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa a
exclusão do oxigênio; posteriormente são acrescidos à nuvem, gás carbônico e o vapor de
água devido a queima do pó.

7.2.2.5 Extintor de gás carbônico (CO2)

O CO2 é material não condutor de energia elétrica. O mesmo atua sobre o fogo onde
este elemento (eletricidade) esta presente. Ao ser acionado o extintor , o gás é liberado
formando uma nuvem que abafa e resfria. É empregado para extinguir pequenos focos de
fogo em líquidos inflamáveis (classe B) e em pequenos equipamentos energizados (classe C).

7.2.2.6 Extintor de água pressurizada – pressão permanente


Não e provido de cilindro de gás propelente, visto que a água permanece sob pressão
dentro do aparelho. Para funcionar, necessita apenas da abertura do registro de passagem do
líquido extintor.

7.2.2.7 Extintor de água – pressão injetada

Fixado na parte externa do aparelho está um pequeno cilindro contendo o gás


propelente, cuja a válvula deve ser aberta no ato da utilização do extintor, a fim de
pressurizar o ambiente interno do cilindro permitindo o seu funcionamento. O elemento
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extintor é a água, que atua através do resfriamento da área do material em combustão. O


agente propulsor (propelente) é o CO2
Fonte: Cipa/Puc-Rio

7.2.3 Uso de extintores

O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B. O extintor tipo
"Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora
possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início.
O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de
tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será
usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial para cada material.
O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos Classe
A, com capacidade variável entre 10 e 18 litros.
Em um laboratório de Química o ideal é que se tenham todos os tipos de extintores de
incêndio, caso não, devem conter preferencialmente o extintor tipo "Dióxido de Carbono" o
qual é usado para fogos das classes B e C.

7.3 LUVAS
Fonte: CPNSP

As luvas devem ser utilizadas para a proteção das mãos contra agentes abrasivos e
escoriantes.
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7.4 MÁSCARAS

Respirador purificador de ar
(descartável)
Respirador purificador de ar (com filtro)
Fonte: CPNSP

É necessário o uso de máscaras de proteção, par evitar a inalação de vapores tóxicos


liberados por algumas substâncias.

7.5 ÓCULOS

LENTE INCOLOR LENTE COM TONALIDADE ESCURA


Fonte: CPNSP

Devem ser utilizados, de preferência durante as aulas que envolvam a manipulação de


produtos corrosivos. É utilizado também para proteção dos olhos contra impactos mecânicos,
partículas volantes e raios ultravioletas.
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7.6 LAVA OLHOS E CHUVEIRO

Lava-olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros de


segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de contaminantes. É de vital
importância que em áreas de manuseio de produtos químicos existam equipamentos que
proporcionem este fluxo de água , tais como: chuveiros, lava-olhos ou bisnagas.
Chuveiros de segurança e lava-olhos, por serem equipamentos de emergência, devem
ser mantidos de forma a estarem preparados para uso imediato a qualquer instante. É de
responsabilidade de cada setor manter em condições de uso os chuveiros de segurança e
lava-olhos em local sob sua jurisdição.

7.7 JALECO

É muito importante o uso de jaleco no laboratório de química, já que evita o contato


de reagentes nocivos com o corpo.
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8 CONCLUSÃO

Construir um laboratório requer responsabilidade e conhecimento dos elementos e


materiais combustíveis. Além disso, conhecer o manuseio da utilização dos diversos
reagentes é fundamental para a segurança pessoal de professores e alunos no interior do
laboratório, como por exemplo o uso de luvas,máscaras,óculos de proteção. Já em relação ao
espaço físico deve haver extintores de incêndios para prevenir incêndios de origem elétrica e
substâncias inflamáveis.Tudo isso deve ser explicado para as pessoas que utilizam o
laboratório seja para fins de pesquisa ou simplesmente limpeza do laboratório. Desta forma a
segurança no interior de um laboratório é de fundamental importância.
21

REFERÊNCIAS

Dicas para elaborar um projeto de laboratório. Disponível em: <


http://www.designslaboratorio.com.br/imagens/capelas/Dicas_Montar_um_Laboratorio.PD F
>. Acesso em: 12 maio 2010.

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Suas utilidades no laboratório. Disponível


em: <http://www2.unifal-mg.edu.br/riscosquimicos/?q=node/72>. Acesso em: 15 maio 2010.

Equipamentos de proteção individual CPNSP. Disponível em:


<http://www.scribd.com/doc/27960519/Manual-de-Treinamento-CPNSP-NR-10>. Acesso
em: 15 maio 2010.

Guia de laboratório para o Ensino de Química. Disponível em:


<http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf>. Acesso em: 13 maio 2010.

Merck Segurança no Laboratório. Disponível em: <http://www.merck.com.br>. Acesso


em : 17 maio 2010.

PEREIRA, Mariette M; ESTRONCA, Teresa M. Roseiro; NUNES, Rui Miguel D.


R. .Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Guia de segurança no
laboratório de Química. Coimbra, 2006. 55p.

PROFA. DRA. SANDRA MARA MARTINS FRANCHETTI (Brasil). Departamento de


Bioquímica e Microbiologia – LTARQ – IB – UNESP Rio Claro. Manual de segurança e
regras básicas em laboratório. Rio Claro, 2002. 25p. Disponível em:
http://www.rc.unesp.br/ib/bioquimica/Manual.doc. Acesso em: 12 maio 2010.

REYMÃO, Fátima. Laboratório de Química inorgânica experimental. Disponível em: <


http://www2.ufpa.br/quimdist/livros_2/livro_quim_inorg_experimental/1a%20%20aula_ed o
%20lab_qu%edmica.pdf>. Acesso em: 13 maio 2010.

Tipos de extintores de incêndio. Disponível em: <http://


www.bombeirosemergencia.com.br/usodoextintor.htm >. Acesso em: 13 maio 2010.
22
ANEXOS
23

ANEXO A – PLANTA PARA UM LABORATÓRIO DE QUÍMICA

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ANEXO B – Estrutura mínima para o funcionamento de um laboratório de Ensino de


Química.
Equipamentos gerais:
Compressor de ar;
Bomba de vácuo;
Cilindros de gás GLP (instalados na parte externa do laboratório)

Materiais para análises:


Recomendado para aulas laboratoriais com 20 alunos divididos em 5 grupos de 4 alunos.

Equipamentos para análise:

Fonte: http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf

Vidrarias:

25
Fonte: http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf
26

ANEXO C – Propriedades Físico-Químicas de alguns solventes


Obs.: NA- Não aplicável
Fonte: Manual de segurança e regras básicas em laboratório - LTARQ IB – 2002
27

ANEXO D – Miscibilidade de solventes orgânicos


Fonte: Manual de segurança e regras básicas em laboratório - LTARQ IB – 2002
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ANEXO E - Lista de reagentes químicos mais comuns altamente tóxicos

o Ácido clorídrico
o Ácido fluorídrico
o Ácido fórmico
o Ácido nítrico
o Ácido oxálico
o Acrilamida
o Acroleína
o Anidrido acético
o Anilina
o p-benzoquinona
o Bromo
o Compostos de Crómio
o Diazometano
o N,N-dimetilanilina
o Etanolamina
o Fenol
o Formaldeído
o Iodometano
o Isopropanol
o Nitrobenzeno
o Peróxido de benzoílo
o Peróxido de hidrogénio
o Piridina
o Propilaminas

Para uma lista mais exaustiva consultar


http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/hightoxicity.html
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ANEXO F - Lista de reagentes químicos mais comuns conhecidos e suspeitos de atividade


carcinogênica

o Acetaldeído o Clorofenóis
o Acetamida o Compostos de crómio
o Acrilamida
o Acrilonitrilo Para uma lista mais exaustiva consultar
o Acroleína http://ptcl.chem.ox.ac.uk/MSDS/carcinogens.html
o Cloreto dimetilvinílico o 2,4-dinitrotolueno
o Anilina
o 2,6-dinitrotolueno
o Compostos de alumínio
o 1,4-dioxano
o Benzeno
o Estireno
o Benzofurano
o Etil acrilato
o Benzopireno
o Formaldeído
o Brometo de vinilo
o Furano
o 1,3-Butadieno
o Hexaclorobenzeno o Hidrazinas
o t-butil metil éter
o Hidrocarbonetos clorados o Hidroquinona
o Carbazole
o Iodeto de metilo
o p-cloroanilina
o Perileno
o Cloreto vinílico
o Rodamina
o Clorofórmio
o Tetracloreto de carbono o Tioureia
30

ANEXO G – Misturas perigosas


Fonte: Manual de segurança e regras básicas em laboratório - LTARQ IB – 2002
31

ANEXO H – Substâncias que reagem violentamente com a água.

32
ANEXO I – Resistência Química de luvas utilizadas em laboratório.
E – EXCELENTE B – BOM SA – SOFRE ATAQUE NT – NÃO TESTADO

Fonte: Manual de segurança e regras básicas em laboratório - LTARQ IB – 2002

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