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25/06/2023

Foto: Eulampio Duarte


Universidade Federal do Piauí
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia
Disciplina: Silvicultura

Caracterização de espécies florestais:

Pitombeira
Talisiaesculenta

Docente: Dr. Raimundo Tomaz da Costa Filho


Discente: Lucas Costa de Jesus

Teresina-PI, 2023.

Pitombeira
Classificação Botânica
Família
Sapindaceae
Gênero
Talisia

Espécie Talisia Sapindus esculenthus St. Hil.


esculenta Sapindus edulis St. Hil.

Pitombeira
Pitomba Pitoulier comestible
Nomes
Olho-de-boi
Populares
Pitomba-de-macaco Carayá-vola
Pitomba-da-mata

(LORENZI, 1992; RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011) 2

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25/06/2023

Pitombeira
Características Vegetais
• Monóica
• Heliófila
• Perenifólia

Forma Biológica
Foto: Marcelo Bione

Altura de até 12 m e 40 cm de
DAP.

Reto e cilíndrico, estriado, Casca moderadamente


Tronco

acinzentado ou escurecido, espessa, pardacenta,


lenticeloso. fissurada, escamosa.

Fonte: Árvores do Bioma Cerrado


Globosa, geralmente ampla e densa.
Copa

Ramos terminais pardo-acinzentados, roliços e


lenticelados.

(PEREIRA, 2002; GUARIM NETO et al., 2003; FERRÃO, 2010 apud RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3095) 3

Pitombeira
Características Vegetais
Compostas paripinadas.
2-4 pares de folíolos.
Fonte: Poisoning by Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk
in sheep and cattle - Scientific Figure on ResearchGate.

Folíolos membranáceos,
elípticos e glabros.

Alternas.
(FERRÃO, 2010 apud RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3095) 4

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Pitombeira
Características Vegetais

• Panículas terminais alongadas.


• Multi-ramificadas e aromáticas.
Foto: Alexandre Callou Sampaio

5 sépalas elípticas.
5 pétalas ciliadas inferiores.
8 estames com os filetes
pubescentes.

(FERRÃO, 2010 apud RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3095) 5

Pitombeira
Características Vegetais
Semente

Alongada
Comestível
Grupos de Cotilédones espessos
10-25 frutos
Fonte: Programa Arboretum
Fonte: BIOM Field Guides

Dupráceo
Esférico
Fruto

Indeiscente Pericarpo duro.


Apiculado Contém 1-2 sementes oblongas.
Possui uma camada delgada de
polpa branca, carnuda e translúcida.

(FERRÃO, 2010 apud RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3095) 6

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Pitombeira
Fenologia
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

CAVALCANTE (1974)

PEREIRA (2002)

GUARIM NETO et al. (2003)

Florescimento

Frutificação

Pitombeira
Madeira
• Muito pesada (densidade 1,10 g/cm³), dura, textura média, grã revessa, de baixa
resistência ao apodrecimento (LORENZI, 1992).
• Não é madeira de lei, por não ter boa estabilidade, racha e empena com facilidade
(GONZAGA, 2006).
Fonte: Programa Arboretum

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Pitombeira
Pragas e Doenças
Foto: Wikimedia Commons

(Atta sexdens)
Foto: Agrolink

(Aleurothrixus floccosus)
Foto: ICAR

Não se têm informações


sobre enfermidades.
(Orthezia insignis)

(VILLACHICA, 1996 apud RIOS; PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3096) 9

Pitombeira
Distribuição Geográfica

• A espécie é encontrada por quase todo o Brasil


em estado nativo, silvestre ou em cultivo.
Mata Atlântica, Pomares
Amazônia, Caatinga domésticos
e Cerrado
Foto: Basílio Maciel

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(PEREIRA, 2002; GUARIM NETO et al., 2003; LORENZI, 1992)

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Foto: César Henrique Pitombeira

Condições
Edafoclimáticas
Sazonalmente inundados,
substancialmente pedregosos
ou arenosos.
Solos profundos, permeáveis
e bem drenados.
Zonas de clima quente e
temperado-quente, úmidos.

(GOMES, 1983; FAO, 1986 apud RIOS & PASTORE JÚNIOR,


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2011, p. 3095)

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Pitombeira
Produtos e Utilidades

Consumo in natura ou para a fabricação de sucos,


compotas, geleias e doces.
Foto: Shutterstock

Dieta alimentar de aves, macacos e vários outros


animais silvestres.
As sementes são usadas para diarreia, desidratação
e como adstringente.

Boa para obras internas, carpintaria e


caixotaria.
O chá da casca é usado para
problemas renais.
Foto: Pl@ntNet

É indicada para o plantio


em áreas degradadas de
Foto: Madeireira Bernauer preservação permanente.

(LORENZI, 1992; PEREIRA, 2002; RIOS & PASTORE JÚNIOR, 2011) 12

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Sistema de Propagação
• Utilizam-se sementes novas e livres da polpa que as
envolvem.
•A semeadura é feita em recipientes individuais
parcialmente sombreados, contendo substrato rico
em nutrientes e matéria orgânica.
• A emergência das plântulas ocorre num prazo de
15-20 dias e a taxa de germinação geralmente é
superior a 70%.
• As mudas crescem relativamente rápido e
praticamente não requerem cuidados especiais,
sendo fáceis de cultivar.

Foto: Basílio Maciel

(PEREIRA, 2002) 13

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Pitombeira
Sistema de Manejo

6 x 6 m (baixa fertilidade)
10 x 10 m (alta fertilidade)

Plantio: 10 L de esterco e 200 a 400 g de STP nas covas (0,5x0,5x0,5 m).


Manutenção: 200 g de NPK (fórmula 10-28-20) por planta no primeiro
ano e aumentando gradualmente a dose, até o quarto ano, em que se
aplica 400 g da fórmula, por planta.

Capinas mecânicas.
Adubação verde.
Não são necessárias podas de formação e frutificação.

Desenvolvimento moderado, podendo atingir 2,5 m em 2 anos.

(GOMES, 1983; LORENZI, 1992; VILLACHICA, 1996 apud RIOS; PASTORE JÚNIOR, 2011, p. 3096) 14

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Pitombeira
Referências Bibliográficas
CAVALCANTE, Paulo B.; Frutas comestíveis da Amazônia II. Publicações Avulsas n.27, 1974. Disponível em:
http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/901.

GOMES, R.P. Fruticultura brasileira. São Paulo: Nobel, 1983. 446p.

GONZAGA, A. L. Madeira: uso e conservação. Brasília, DF: IPHAN/MONUMENTA, 2006. 246 p.

GUARIM NETO, G; SANTANA, S. R.; SILVA, J. V. B. Repertório botânico da "pitombeira" (Talisia esculenta (A.
St. - Hil.) Radlk, - Sapindaceae). Acta Amazonica, Manaus, v. 33, n. 2, p. 237-242, 2003.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil.
Nova Odessa: Plantarum, 1992, 382p.

PEREIRA, B.A.S. Árvores do Brasil Central: Espécies da região geoeconômica de Brasília. Rio de Janeiro:
IBGE, 2002.

RIOS, Mary Naves da Silva; PASTORE JÚNIOR, Floriano (org.). Plantas da Amazônia: 450 espécies de uso
geral. Brasília: Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2011. 3378 p., il. Disponível em:
http://repositorio.unb.br/handle/10482/35458.

RIZZINI, C. T. Árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de dendrologia brasileira. 2. ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 1978. 296 p.

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Foto: Eulampio Duarte


Universidade Federal do Piauí
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia
Disciplina: Silvicultura

Caracterização de espécies florestais:

Pitombeira
Talisiaesculenta

Docente: Dr. Raimundo Tomaz da Costa Filho


Discente: Lucas Costa de Jesus

Teresina-PI, 2023.

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