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Introdução
O gênero Cenchrus encontra-se distribuído em todo mundo. No Brasil, a
espécie mais importante para produção animal é a Cenchrus ciliaris L., popularmente
conhecida como Capim-buffel. Esta gramínea se encontra principalmente no
Nordeste, devido a sua alta resistência a seca e ao pastejo. A base de cultivares é
estreita e o cultivar mais difundido é o Biloela. O uso do Capim-buffel no Nordeste
tem permitido aumentar a capacidade de suporte e proporcionar maior desempenho
animal na pastagem nativa.
O objetivo deste capítulo é caracterizar o gênero Cenchrus, com ênfase nos
aspectos de plantio, manejo e utilização do Capim-buffel.
1
Professor UFRPE – Recife, márcio.cunha@ufrpe.br
2
Pós-doutorando-FACEPE
3
Doutorando UFRPE
4
Professor UFRPE-UAST – Serra Talhada
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Aspectos do cultivo
O Capim-buffel pode ser facilmente propagado por sementes a lanço, em
sulcos ou por cobertura (Ribeiro et al., 2019). Isto representa uma vantagem para o
estabelecimento de pastagens da espécie, pois a propagação por sementes apresenta
menor custo quando comparada à propagação pelo plantio de colmos ou estolões
(Hall et al., 2020). Durante a formação de pastagens de Capim-buffel em sistemas
de monocultivo estima-se uma necessidade de aproximadamente 15-20 kg MS ha-1
de sementes durante o plantio, estas devendo serem colhidas no ano anterior, ou
num período superior a seis meses pré-plantio, o que permite uma melhor quebra da
dormência da semente. O plantio pode ser a lanço, ou em sulcos e covas, no segundo
caso, recomenda-se que as sementes sejam levemente cobertas com uma camada de
2-3 mm de solo. Recomenda-se o plantio do Capim-buffel próximo ao início do período
chuvoso, ou no final da estação seca (Oliveira, 1981). Antes do plantio das sementes
do Capim-buffel, recomenda-se a preparação do solo com a remoção de espécies
indesejáveis, via queima e destocamento da área. O uso da aração e gradagem do
solo, é recomendado, porém deve se levar em consideração a possibilidade de perda
da fina camada de matéria orgânica de alguns solos rasos. A incorporação de matéria
orgânica ao solo (ex. esterco curtido) e ajuste do pH (≈ 6,5), são recomendados. A
adubação fosfata (P2O5) aplicada durante o estabelecimento (50-100 kg ha-1), tem
sido reportada como fundamental no estímulo do crescimento radicular nos estágios
iniciais de desenvolvimento e formação das pastagens de Capim-buffel.
Além disso, o Capim-buffel apresenta apomixia e tem a capacidade de
produzir clones a partir de suas sementes (Ribeiro et al., 2019). Isto contribui para
a formação de pastos homogêneos e pode facilitar o manejo (Simioni & Valle,
2011). Entretanto, as sementes do Capim-buffel apresentam um longo período de
dormência, que varia de 6 a 12 meses. Esta dormência provém de um inibidor químico
presente nas glumas das sementes, embora seja uma estratégia importante para a
sobrevivência da espécie em condições adversas (Ayerza, 1995), como aquelas do
clima semiárido. Neste sentido, a formação de bancos de sementes pode promover
uma renovação do Capim-buffel em áreas de Caatinga enriquecida (Gomes et al.,
2019). Assim, uma recomendação importante, já adotada por muitos produtores,
é utilizar sementes colhidas no ano anterior (Oliveira et al., 1999; Santos et al.,
2013). Por outro lado, a produtividade de sementes é considerada alta, devido
ao florescimento prolongado do Capim-buffel e ao elevado número de pequenas
sementes por espigueta (Filgueiras, 1984; Bruno et al., 2017).
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(1999) identificou seis destes como promissores para resistência ao ataque da lagarta-
do-capim: Molopo, Lawes, 49 Quissamã, Buchuma Conosite, PI 409157 Texas e PI
409168 Texas.
Por outro lado, as doenças também podem causar danos severos às
pastagens. Agentes patogênicos como fungos, bactérias, vírus e nematoides podem
reduzir o acúmulo de forragem e a qualidade das sementes. A doença mais comum e
relevante do Capim-buffel é o ergotismo, que acomete as inflorescências e sementes
das plantas. A doença é causada por fungos Claviceps spp. (Hemckmeier et al., 2018).
Pažoutová et al. (2011) descobriram a espécie Claviceps tenuispora em gramíneas
dos gêneros Cenchrus e Pennisetum no Brasil, nos Estados Unidos e no Zimbábue.
Todavia, Souza & Araújo Filho (2007) destacam que cultivares do Capim-buffel
como Aridus e Molopo não apresentam problemas fitossanitários graves. Jones
(2013) não observou nenhum tipo de infecção viral no Capim-buffel em um estudo
epidemiológico envolvendo 21 gramíneas nativas ou cultivadas da Austrália.
Produção de forragem
A massa de forragem pode variar de 2.000 a 3.000 kg ha-1 MS com precipitação
reduzida, e de 8.000 a 12.000 kg ha-1 MS com precipitação regular (Ayerza, 1995).
Todavia, essa produtividade depende de outros fatores ambientais e de
manejo. Neste sentido, a produção de forragem do Capim-buffel em Caatinga
manipulada, por exemplo, está relacionada a fatores como temperatura, precipitação,
composição botânica da pastagem, taxa de lotação, adubação, irrigação, frequência
e intensidade de desfolha (Silva & Andrade, 2013; Gomes et al., 2019). Oliveira et al.
(2015) avaliaram a massa de forragem de Caatinga raleada na microrregião do Pajeú,
em Serra Talhada, Pernambuco. A massa de forragem variou de 422 a 1.262 kg ha-1.
No entanto, a participação das gramíneas, com o Capim-buffel em maior proporção
na forragem colhida foi baixa, de apenas 181 kg ha-1. Segundo os autores, as práticas
de manejo utilizadas não favoreceram o crescimento do Capim-buffel.
Nessas regiões de clima árido ou semiárido, a produção de forragem
também pode ser modificada por irrigação e, ou, sombreamento, pela modificação
da eficiência do uso de luz e água pelas plantas. Souza et al. (2017) avaliaram a
produtividade do Capim-buffel em diferentes níveis de sombreamento (pleno sol, 26,
39, 55%), em Serra Talhada, Pernambuco. Os autores observaram redução de cerca
de 4.000 para 2.000 kg ha-1 de MS para pleno sol e 39% de sombra, respectivamente.
Isto porque, a radiação luminosa reduzida pela sombra foi determinante para o menor
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Continuação...
l Estoque de biomassa de forragem para
l Perda do valor nutricional;
estação seca;
l Diminuição da palatabilidade e aceitação pelos
l Menor consumo de nutrientes do solo;
animais;
l Proteção e cobertura do solo por um maior
l Necessidade de suplementação e uso aditivos (ex.
período;
proteína, carboidratos solúveis);
Diferimento l Não exigência de técnicas mecanizadas
l Forragem com menor conteúdo de água;
e menor custo com mão de obra em
l Necessidade de vedação do pasto;
comparação com a fenação e a ensilagem;
l Menor produtividade por área e menor maximização
l Manutenção do dossel forrageiro;
do acumulo de forragem (MS ha-1 ano);
l Produção e formação de bancos de
l Risco de fogo.
sementes no solo.
l Conservação da forragem para períodos de l Perdas de nutrientes comparado a forragem verde no
estiagem e seca prologada; pasto;
l Menores perdas em qualidade da forragem l Menor tempo de conservação e conteúdo de água
comparado ao diferimento do pasto; comparado a ensilagem;
l Maximização da produtividade em l R i s co s d e p e rd a s n o a r m a ze n a m e nto ( ex .
sucessivos cortes; decompositores, roedores) e por combustão;
Fenação l Uniformidade e precisão na estimativa da l Necessidade de investimento em maquinário, mão de
produção e composição bromatológica da obra e locais de armazenagem;
forragem; l Redução na produção sementes em caso de colheita
l Mecanização do corte; precoce;
l Redução do impacto do pisoteio animal; l Menor diversidade botânica do pasto;
l Possibilidade de venda do excedente de l Exportação de nutrientes do solo;
produção. l Redução da ciclagem de nutrientes.
l Conservação da forragem para períodos de
estiagem e seca prologada; l Perdas de nutrientes comparado a forragem verde no
l Menores perdas em qualidade da forragem pasto;
comparado ao diferimento do pasto; l Necessidade de investimento em maquinário, mão de
l Maximização da produtividade; obra e locais de armazenagem;
l Uniformidade e precisão na estimativa da l Alto risco de perdas durante o processo de ensilagem;
produção e composição bromatológica da l Riscos de perdas no armazenamento e fornecimento;
forragem; l Redução na produção sementes em caso de colheita
Ensilagem
l Mecanização do corte; precoce;
l Redução do impacto do pisoteio animal; l Produção de efluentes;
l Maior conteúdo de água no material l Baixo teores de carboidratos solúveis e efeito
conservado; tamponante na forragem do Capim-buffel;
l Maior tempo de conservação da forragem l Necessidade do uso de aditivos no processo de
do que a fenação; ensilagem;
l Possibilidade de venda do excedente de l Risco no fornecimento à equídeos.
produção.
Observação: para o diferimento, fenação e ensilagem, suas vantagens e desvantagens somadas as do
método de cultivo: monocultivo, consórcio ou enriquecimento.
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entre 15-20 cm, ou caso o resíduo pós-pastejo esteja entre 15-20% da biomassa
inicial do pasto. Deve-se essencialmente permitir que o resíduo pós-pastejo possua
uma adequada presença de material com potencial fotossintético (folhas verdes), o
que aumenta as chances de uma rebrota mais vigorosa e sustentável a longo prazo.
A utilização do Capim-buffel em sistemas de consórcio exige uma dinâmica
diferenciada em termos de manejo da pastagem quando comparado ao monocultivo.
Alguns fatores que podem influir diretamente nas decisões de manejo do Capim-
buffel em consórcio incluem: espécies botânicas envolvidas no consórcio (tipo,
quantidade e porte), competição (nutrientes, luz e água), taxa de lotação, seletividade
animal (pastejo, ramoneio), colheita da forragem (pastejo continuo, rotacionado ou
corte), sistema produtivo (silvipastoril, enriquecimento da vegetação ou consórcio
com herbáceas), entre outros fatores. O consorcio do Capim-buffel com espécies
leguminosas nativas ou adaptadas ao ambiente semiárido tem sido estimulado,
entre as espécies destacam-se: mororó (Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud.), leucena
(Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.), jurema
preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.), estilosantes (Stylosanthes spp.), feijão-guandu
(Cajanus cajan (L.) Millsp., jureminha. (Desmanthus virgatus L.) entre outras. Devido
à grande diversidade de leguminosas passíveis de serem consorciadas com o Capim-
buffel, fatores específicos como porte e o tipo sistema produtivo (Quadro 1), podem
melhor direcionar as estratégias de manejo mais adequadas para cada sistema.
No que refere a adubação do Capim-buffel em consórcio com leguminosas,
pode haver uma redução na demanda pela aplicação de N, devido a possibilidade de
fixação biológica (N2) pelas leguminosas, porém outros nutrientes como P e K podem
ter suas demandas aumentadas. Em relação ao pastejo, dependendo da espécie e
da época do ano, pode haver uma maior pressão de pastejo no Capim-buffel ou
na leguminosa do consórcio. Em consórcios com leguminosas do tipo arbustiva-
arbórea (ex. sistema silvipastoril, enriquecimento de Caatinga), deve-se levar em
consideração que o Capim-buffel pode ter sua produtividade por área reduzida
devido ao sombreamento e competição com espécies nativas mais adaptadas, e
com sistemas radiculares mais profundos. Devido a sua considerável agressividade e
resistência, o consórcio do Capim-buffel com leguminosas herbáceas de crescimento
lento, pode acabar favorecendo a gramínea, com supressão do desenvolvimento
das leguminosas. No Quadro 1, podem ser avaliadas as principais vantagens e
desvantagens de consorciar o Capim-buffel com outras espécies gramíneas, com
leguminosas forrageiras e com a vegetação nativa.
Devido ao fato do Capim-buffel possuir uma relativa boa produtividade e
persistência em áreas semiáridas, é extremamente recomendado a sua conservação
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Observação: valores médios baseados em pesquisas com diferentes cultivares de Capim-buffel, condições
climatológicas e sistemas de manejo. UA= Unidade animal. *Variações em função de suplementação
energético-proteica na dieta.
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tipo de cultivar, manejo do corte, fatores climáticos, irrigação, adubação entre outros.
Maiores índices de produtividade, podem ser alcançados com investimentos em
adubação, precisão no manejo de corte e disponibilidade hídrica. No que se refere
aos fatores bromatológicos, as cultivares de Capim-buffel em geral apresentam uma
qualidade de forragem mediana, sendo caracterizadas por um relativo baixo conteúdo
proteico 60 a 130 g kg-1 MS (Tabela 3), especialmente quando colhidas pós-floração,
e com baixa digestibilidade da MS, variando em torno de 420 a 540 g kg-1 MS.
Para atingir níveis mais elevados de produtividade animal em pastagens
de Capim-buffel, tem se buscado fornecer em conjunto outros alimentos que
suplementem as demandas de proteína e carboidratos solúveis dos animais. No
que se refere a proteína, tem se usado o consórcio com leguminosas forrageiras,
suplementação nitrogenada com ureia (N) e concentrados proteicos (ex. farelo de
soja, farelo de algodão), no que se refere aos carboidratos solúveis, a suplementação
com palma forrageira, melaço, farelo de milho, farelo de trigo entre outros, tem
sido opções dos produtores rurais. Outra forma de melhorar a qualidade da dieta
em pastagens de Capim-buffel é o manejo otimizado do corte visando uma melhor
composição bromatológica. A opção por técnicas de conservação que melhor
preservem a qualidade da forragem também ajuda a incrementar os índices de
desempenho animal em pastagens de Capim-buffel ao longo do ano. Em síntese,
devido a sua boa adaptabilidade e produtividade em áreas com baixas precipitações,
o Capim-buffel deve ser considerado no portifólio de forrageiras consolidadas para
o semiárido brasileiro.
Deve-se atentar ao fato que diversas gramíneas tropicais utilizadas sob
pastejo podem causar casos de fotossensibilidade em ruminantes, que podem ser
primárias, via ingestão de agentes fotodinâmicos que atingem a corrente sanguínea,
ou secundária, quando ocorre lesão hepática por agentes como toxinas, bactérias, e
principalmente pela presença de micotoxinas na forragem produzidas pelos fungos
saprófitos da espécie Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis (Borges
et al., 2005; Knupp et al., 2016). Como estratégia, deve-se evitar acúmulo de material
em senescência nas pastagens, especialmente durante períodos quentes e úmidos,
pois favorecem a proliferação do fungo P. chartarum.
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Perspectivas
As características do Capim-buffel evidenciam sua adaptação às condições
de clima semiárido. As características das sementes, os aspectos produtivos e as
respostas à adubação e irrigação, mesmo em condições adversas de temperatura e
precipitação, confirmam tal adaptação. Neste sentido, a seleção de novas variedades
e o lançamento de cultivares permitem combater pragas e doenças que reduzem
a produtividade e persistência da cultura. Além disso, é importante desenvolver
estratégias de manejo de corte e pastejo que levem em conta sua alta adaptação
no Semiárido do Nordeste.
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Culturas Forrageiras no Brasil: uso e perspectivas
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