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OS ELEMENTOS:

A filosofia dos Elementos é, obviamente, uma construção humana. É uma maneira com a
qual nós, humanos, tentamos descrever o funcionamento do universo. Mesmo sendo uma
construção humana, não se nega o fato de que ela descreve uma coisa real.

As forças que sustentam os Elementos existem mesmo se não tentarmos descrevê-las e


mesmo se não pudéssemos percebê-las.
Há duas coisas muito importantes para se manter em mente quando se trabalha com os
Elementos. A primeira é que os Elementos não são os mesmos fenômenos físicos cujos
nomes eles compartilham. Por exemplo, o Elemento Fogo não é a mesma coisa que o
fenômeno físico do fogo. Os nomes dos elementos são derivados da “lei” da analogia.
Isso significa que o Elemento Fogo possui muitas das características do fogo
físico, tais como expansão, calor, brilho, e a habilidade de transformar o que
toca.

Frequentemente o estudante cai na armadilha de esquematizar uma relação muito


próxima entre os Elementos e seus fenômenos físicos análogos. Isso tende a
obscurecer o significado profundo dos Elementos e deveria, portanto, ser evitado.
Segundo, no que diz respeito aos elementos, é o fato de que, no nosso reino físico,
os Elementos nunca agem sozinhos. Todas as coisas materiais são uma combinação dos
Elementos. Por exemplo, o fenômeno físico do fogo não é composto somente do
Elemento Fogo. Ao invés disso, ele é composto de todos os quatro Elementos
funcionando juntos (mais o quinto – Akasha). Uma coisa física pode mostrar uma
predominância de um Elemento sobre os outros; mas ainda assim contém todos os
quatro.

OS FLUIDOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO:

Os elementos existem em seu sentido puro e separado apenas nas distâncias mais
sutis dos planos astral e mental.
Provavelmente a primeira questão que surge é o que ele quer dizer por “Fluido”. Por
Fluido, Bardon indica uma energia ou essência que manifesta movimento e se comporta
de uma maneira similar à água. Ambos os Fluidos são coisas dinâmicas. CVA ensina o
estudante a como manipular ou deter esses Fluidos, formar com eles qualquer forma
desejada e impregná-los com qualquer desejo correspondente.

Esses dois Fluidos são a polaridade primeva e são efetivos em todos os planos da
existência. O Fluido Elétrico é o polo positivo e expansivo e o Fluido Magnético é
o oposto, um polo negativo e contrativo. Como num ímã material, esses polos não
podem ser separados – eles se manifestam através da sequência contínua que os une
em sua união eterna. Ambas as forças são iguais e interdependentes, e têm sido
descritas em todas as culturas, de um modo ou outro. No mais alto nível, esses
polos são expressados através das duas faces d’O Uno.
Os Fluidos são as raízes dos Elementos Fogo e Água. É por isso que, no curso de
CVA, o estudante corresponde o Elemento Fogo ao Fluido Elétrico e o Elemento Água
para o Fluido Magnético. É, de fato, difícil para o estudante diferenciar entre os
Elementos primários e os Fluidos. Mas há uma diferença – é só difícil de explicar.

No que diz respeito ao Elemento Fogo, o Fluido Elétrico contém a expansão do Fogo,
o calor e a luz. O Fluido Magnético é contrativo, frio e sombrio como a Água. O
Fluido Magnético dá forma à força Elétrica e, em todos os lugares de nosso mundo,
eles agem em união. Os Fluidos são as duas forças primevas e os Elementos são suas
extensões ou modificações.

Cada um dos Elementos possui uma carga eletromagnética específica. O Elemento Fogo
é predominantemente elétrico e a Água, magnética. O Ar representa um equilíbrio
entre os dois Fluidos (a sequência contínua que conecta esses dois polos) – o
hermafrodita perfeito, capaz de aceitar a influência dos dois Fluidos. O quarto
polo do magneto quadripolar, o Elemento Terra, representa a ação combinada dessas
três cargas eletromagnéticas.

Isso é frequentemente difícil para o novato compreender. Requer consideração


cuidadosa para ser ver como, num nível filosófico, a combinação das partes pode, às
vezes, igualar mais do que o total das partes. Nesse caso, a amplificação do efeito
ocorre porque as partes que se combinam são coisas dinâmicas. Seu dinamismo as faz
interativas e, juntas, elas criam algo novo que não existe no nível de suas partes
independentes. Dessa forma, o Elemento Terra contém não só o equilíbrio Magnético e
Elétrico do Ar, mas também as polaridades do Fogo e da Água. Juntos, eles funcionam
de maneira dinâmica, rítmica e cíclica. É a combinação e a interação dessas três
partes dinâmicas que causam coisas a se manifestarem solidez em cada um dos três
meios ou substâncias (Mental, Astral e Físico).
O trabalho sério com os Fluidos não começa até o oitavo Grau de CVA, portanto há
pouca utilidade em se listar muitas correspondências para os Fluidos aqui. Entre
agora e o Grau VIII, você terá muito tempo para se tornar familiar com os Fluidos.
Nesse meio tempo, aqui estão algumas notas dos próprios comentários de Bardon como
ditados aos seus estudantes diretos no livro Perguntas e Respostas:
MENTAL (página 24, questão 19) – O Fluido Elétrico enche os pensamentos abstratos
com puro Fluido Elétrico, calor, expansão e dinamismo. O Fluido Magnético os enche
com puro Fluido Magnético e os atributos opostos. Por exemplo, o Fluido Elétrico se
expressa através de suas características em força de vontade, enquanto o Fluido
Magnético se expressa no antipolo da vontade, isto é, na crença manifestada, um
aspecto do poder universal produtivo.
ASTRAL (página 47, questão 12) – A clarividência é uma habilidade Elétrica do corpo
astral; sensitividade e psicometria são habilidades Magnéticas.
FÍSICO (página 65, questão 5) – Se estivermos sob a influência do Fluido Elétrico,
então o Elemento Fogo é mais efetivo em nós. Nesse caso nos sentimos quentes, ou
estamos mais ativos, trabalhamos mais diligentemente, e portanto estamos
internamente saturados com o Elemento Fogo. Através da influência aumentada do
Fluido Magnético, percebemos o frio; quando o Fluido Magnético se torna saturado
dentro de nós, a eliminação aumenta.
(página 66, questão 6) – Na superfície do corpo humano, o Fluido Eletromagnético é
efetivo ao irradiar magnetismo vital. O lado direito do corpo é (no caso de uma
pessoa destra) o lado ativo ou Elétrico, enquanto o lado esquerdo do corpo é
passivo ou Magnético. O oposto acontece com as pessoas canhotas.
“O Fluido Elétrico, pela sua expansão, causa elétrons irradiantes no interior de
cada corpo [i.e., coisa material], que, por outro lado, são atraídos pelo Fluido
Magnético da Terra. [Isso explica a “gravidade”] O Fluido Elétrico é localizado no
Interior de tudo criado, portanto também no centro da Terra, enquanto o Fluido
Magnético é efetivo na superfície da Terra e em tudo criado... O Fluido Elétrico
produz os ácidos em todos os corpos orgânicos ou inorgânicos ou as substâncias, do
ponto de vista químico ou alquímico, enquanto o Fluido Magnético é efetivo de uma
maneira alcalina.”
Não é necessário dizer (mas eu vou dizer assim mesmo), os Fluidos Elétrico e
Magnético não são as mesma coisa que os fenômenos físicos de eletricidade e
magnetismo. Embora eles sejam analogamente relacionados, não são o mesmo. O
fenômeno físico da eletricidade e do magnetismo são cada um primariamente causado
por seu Fluido correspondente, mas não são puramente um ou outro Fluido – eles são
compostos dos quatro Elementos com uma predominância correspondente polarizada do
Fogo ou da Água.
É impossível descrever, para mim, como se sente ao acumular e projetar os Fluidos.
A única maneira de conseguir esse sentimento é através da experiência direta, a
chave para a qual é preciso tomar notas cuidadosas, em sua vida diária, das
qualidades que eu descrevi acima e procurar por elas, especialmente ao trabalhar
com os Elementos.
O MAGNETO QUADRIPOLAR
Bardon fala do magneto quadripolar nos seus livros mas, ainda, muitos leitores têm
dificuldade com o conceito básico, especialmente aqueles que não são familiares com
um diagrama hermético conhecido como a “Cruz das Forças Equacionadas” (CFE). O
diagrama CFE é uma figura simplificada do magneto quadripolar e ajuda imensamente
em sua compreensão. Por favor, leve um momento para desenhar um para seu próprio
estudo (ou pelo menos o visualize com a minha descrição).
Comece desenhando um círculo com mais ou menos 7,5 cm de diâmetro. Desenhe uma
linha vertical, de lado a lado, através do ponto central do círculo. Então desenhe
uma linha horizontal correspondente através do ponto central. Isso deveria originar
um círculo enquadrado, isto é, uma cruz dentro de um círculo.
Agora classifique os polos da cruz. Escrevendo fora do círculo, ponha “Fogo” na
direita, “Água” na esquerda, “Ar” no topo e “Terra” embaixo. Dentro do círculo
escreva o seguinte: em cima da linha do Fogo coloque “Quente” e, embaixo, ponha
“Seco”. Em cima da linha da Água, ponha “Molhado” e, abaixo, “Frio”. Na esquerda da
linha do Ar, coloque “Úmido” e, na direita, ponha “Quente”. Na esquerda da linha da
Terra, coloque “Frio” e à direita “Seco”. No centro do círculo, onde suas duas
linhas se cruzam, faça um grande ponto e o classifique como “Ponto de Profundidade”
ou “Aethyr”.
Se quiser colorir seu CFE, você precisará de, novamente, dividir seu círculo, dessa
vez, em oito partes. Reproduza seu trabalho de criar a cruz mas, dessa vez,
coloque-a torta, de modo que divida cada um das quatro seções exatamente no meio.
Como você verá, isso estabelece quadrantes para cada um dos elementos ao invés de
só polos para eles – os quatro polos dos Elementos encontram a margem do círculo no
centro de cada quadrante Elemental. Colora o quadrante da direita num vermelho
brilhante para o Fogo. Colora o quadrante esquerdo na cor azul-ciano para a Água. O
quadrante de cima deveria ser amarelo brilhante para o Ar, e o quadrante de baixo
deveria ser ou dum marrom escuro ou dum verde-oliva escuro. [Alternativamente, você
pode usar as associações de cores que Bardon lista: vermelho-Fogo; verde-azulado-
Água, azul pálido e claro-Ar; e, castanho escuro, cinza, ou preto para a Terra.]
E agora, para um toque final, você pode dividir o círculo em duas metades (ao longo
da linha vertical Ar-Terra), aumentando a linha central para o papel inteiro – o
Fluido Elétrico na direita e o Fluido Magnético na esquerda. No lado direito de sua
página, você deveria pintar a área – fora do círculo – de um vermelho brilhante
(ligeiramente mais azul do que a cor que você usou para o Fogo). Similarmente,
colora o lado esquerdo de sua página (de novo, fora do círculo) com uma rica cor
azul (não tão brilhante ou tão verde como a que você usou para a Água).
Você pode, com o tempo, adicionar quaisquer correspondências que deseje a esse
diagrama. O que ele executa admiravelmente é clarificar os modos com os quais os
Elementos interagem.
A razão principal que Bardon usou para a analogia do magneto especificamente, foi
para enfatizar a interação não apenas dos Elementos, mas mais importante, dos
Fluidos. Como com um ímã físico, esses dois polos opostos coexistem. Eles se atraem
por suas similaridades e se repelem através de suas diferenças. Essa é a mesma
situação com o magneto quadripolar mas numa escala diferente.
O magneto quadripolar é composto de quarto polos ao invés de dois. Três desses
polos (o predominante Elemento Fogo Elétrico, o predominante Elemento Água
Magnético e o igualmente balaceado Eletromagnetismo do Elemento Ar) combinam e sua
interação causa o Elemento Terra.
Alguns dizem que o Elemento Terra não é um Elemento verdadeiro por si só,mas é a
interação dos três “verdadeiros” Elementos do Fogo, do Ar e da Água. Isso é só
parcialmente verdade. Ele É a interação desses três Elementos, mas o fato de que
esses Elementos são dinâmicos e, portanto, interagem quando combinados, resulta na
criação de um fator inteiramente novo – a combinação termina resultado mais do que
a soma das partes. É esse produto único da interação do Fogo, da Água e do Ar que
chamamos Terra. Portanto, a Terra se manifesta como um dos polos do magneto
quadripolar.
Pelos mesmos modos do pensamento filosófico, o magneto quadripolar, igual ao
magneto comum bipolar, é mais do que seus polos. É também a interação acumulativa
de seus polos.
No centro do magneto quadripolar se encontra o “Ponto de Profundidade” do qual
Bardon fala em CVA, no Grau V e CVQ. Não é nada além que o Akasha ou Aethyr, do
qual tudo se ramifica. O universo hermético é infinito e um dos mistérios
concebidos pelo magneto quadripolar é o de que esse ponto central ocorre em cada
“onde”, “quando”, “por que”, “o que” e “quem”, dentro desse infinito.

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