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VERÃO 2022
Nº 319 – R$ 10,00 ISSN 2318-7107
A Pedra Filosofal
n ALQUIMIA
O Princípio do Mercúrio:
Um modelo alquímico
da criação
Por DENNIS WILLIAM HAUCK, PhD, FRC
á uma ideia inovadora na alquimia, e uma vez que você a compreenda completamente, faz
do trabalho secreto dos alquimistas um livro aberto. A ideia tem a ver com a verdadeira
natureza do mercúrio. Em seu Lexicon Alchemiae (Dicionário de Alquimia, publicado em
1612), o alquimista alemão Martin Ruland Jr. (1569-1611) descreve a importância do mercúrio
na Grande Obra:
A Díade
O primeiro e único ato da Mônada é o
pronunciamento da Palavra, o primeiro pen-
samento que causa o Big Bang e define o uni-
verso em movimento. Depois disso, apenas
o Logos permanece, conforme descrito em
nosso modelo, pela luz cristalizada em forma
de diamante, emanação no nível da Díade
A Mônada
No topo do diagrama há um círculo caóti-
co contendo um único ponto em seu centro.
A singularidade da Mônada é cercada pelo
caótico Abismo ou Algo do qual emerge. Na
tradição hermética, a primeira projeção de
pensamento no Abismo caótico é a Divina
Palavra (ou Logos) que causa a explosão de
luz e consciência que cria nossa realidade.
Os alquimistas acreditam que a primeira ex-
plosão de forças criativas – a condensação de Ilustração do Rei Solar e Rainha Lunar
luz e mente do nada – ainda acontece tanto do texto do século XV Splendor Solis.
Mercurius em Você
O espírito de Mercurius existe em todos
nós, mas só se expressa em pura consciência
livre da burocracia interna do ego e a conver-
sa interminável de pensamentos que inunda
nossas mentes. Quando os Hermetistas falam
do “olho da mente” ou “ver com os olhos do
espírito” ou “usando a verdadeira imagina-
ção”, eles estão se referindo à captura de Mer-
curius, a “Semente do Mundo” como sonha
a mente divina. Paracelso acreditava que a
Frontispício da Monas Hieroglyphica mente mercurial visualiza a fonte divina de
por John Dee, impresso por Willem qualquer coisa, que pode então ser explorada
Silvius. Antuérpia, 1564. e até mesmo alterada através de pura e focada
contemplação. “A verdadeira imaginação”, ele
do pensamento em nosso modelo. O objeto resume, “conduz a vida de volta a sua reali-
de várias camadas representa a conclusão dade, e então assume o nome de meditação”.
cosmológica da Palavra. A matéria em nosso Para ele, a verdadeira imaginação é a capaci-
universo ainda contém a centelha original da dade de visualizar como é a transformação e
consciência que a criou, mas também é mol- trabalhar com ela à luz da mente. Carl Jung
dada pelas forças externas ao seu redor. elaborou essa ideia em sua Psicologia e Alqui-
As sete forças arquetípicas que moldam mia:
a Pedra em nosso diagrama representam O conceito de imaginação dos alquimistas
as sete influências planetárias da filosofia é a chave mais importante para compreender
Hermética. Estas são indicadas por sua cifra o Opus. Temos que conceber seus processos
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