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OS QUATRO ELEMENTOS
A energia é o alicerce básico da astrologia. Toda a vida física e mental não passa de uma
manifestação de energia. Os planetas seriam energias específicas que operam dentro de nós,
coloridos por energias específicas de acordo com sua relação com o cosmos num dado espaço-
tempo. Todavia, o que falta é uma linguagem adequada para abordar e diferenciar as energias que
operam no ser humano e ao seu redor. A astrologia pode nos dar esta linguagem. O horóscopo natal
representa a impressão energética sobre o recém-nascido no momento da sua primeira respiração,
onde se inicia a troca pessoal de energia com o cosmos, e não mais através da mãe. Estes padrões
de energia estabelecidos no nascimento continuam a operar ao longo da vida.
Os quatro elementos são os blocos básicos para a construção de todas as estruturas materiais
e todos orgânicos. Cada elemento representa um tipo básico de energia e consciência e se
entrelaçam para formar toda a matéria. Somente a vida é que mantém os elementos unidos num
todo organizado. Quando este se vai, eles se dissociam, retornando ao seu estado inicial. Cada
elemento se manifesta em 3 modalidades vibratórias (cardeal, fixo e mutável) que, quando
combinados, formam os 12 signos.
Os signos são as realidades vivas que a astrologia simboliza e são idênticos aos arquétipos de
Jung, que afirma que “parece provável que a natureza real do arquétipo não possa se tornar
consciente, que é transcendente”. Logo, a verdadeira natureza dos signos não pode ser conhecida,
mas sim suas manifestações. A compreensão daquilo que é significado por esses padrões primários
de energia á necessária para uma abordagem astrológica profunda.
Os signos cardeais representam a energia centrífuga com ação numa direção definida. Áries e
libra, os cardeais “positivos” representam a ação no presente baseada em considerações futuras.
Câncer e capricórnio, os cardeais “negativos”, representam a ação baseada no passado (capricórnio
se preocupa muito com a tradição e a história).
Os signos fixos (touro, leão, escorpião e aquário) representam a energia centrípeta, isto é, na
direção do centro. São associados ao princípio da inércia, mas quando direcionam suas energias
para algo criativo, são dotados de grande capacidade de concentração e perseverança. São os mais
centralizados no aqui e agora. Sua grande concentração de energia permite-lhes compreender e
usar construtivamente esta energia.
Os signos mutáveis se ligam ao passado ou ao futuro, porém, não numa relação de ação em
direção temporal (cardeal). Peixes está ligado ao karma passado. Virgem com as crises ocorridas no
desenvolvimento da personalidade. Gêmeos e sagitário dão origem a tendências proféticas
(sagitário) e a intermináveis especulações (gêmeos). Por representarem o final das estações, os
signos mutáveis têm grande capacidade de adaptação e sua energia os prepara para a estação
vindoura. Em outras palavras, estes signos agem no sentido de resolver questões para que o novo
possa chegar.
Planetas e personalidade
Os planetas são, para a astrologia, centros de energia que representam dimensões da
experiência individual ou coletiva. O ser humano, como um microcosmo, possui uma configuração
energética específica onde, através de seus centros energéticos, expressa os planetas do sistema
solar de um modo específico.
Primeiro temos os planetas pessoais e suas dimensões de experiência, que podemos dirigir ou
modificar até certo ponto. O sol traz o senso de individualidade; a lua reage emocionalmente;
mercúrio traz habilidade e raciocínio; vênus a necessidade de amor e relacionamento íntimo; marte o
impulso para a ação, auto-afirmação e experiência sexual.
Motivações mais profundas e anseios coletivos estão ligados aos planetas impessoais júpiter e
saturno. As aspirações futuras e crescimento pessoal ficariam com júpiter, enquanto saturno age
sorrateiramente, transformando pessoas através de alguma forma de sofrimento.
Urano, netuno e plutão, os planetas transpessoais, simbolizam as mais profundas fontes de
mudança, as dimensões transcendentes da experiência e as energias mais sutis com as quais
estamos afinados.
Os quatro elementos
Os quatro elementos são a base dos quatro elementos materiais físicos, assim como também
são a vida que há por trás deles. São a força que há por traz da química material. No esforço para
Fogo
Este elemento se refere a uma energia excitável e entusiástica que, através de sua luz, dá
colorido ao mundo. Jung o relaciona com o núcleo dinâmico da energia psíquica, que flui
espontaneamente, de maneira inspirada e auto-motivada. Também representa a experiência
centralizada na identidade pessoal (egocentrismo). Essas pessoas sentem que são “canais de vida”.
Fogo representa decisão, entusiasmo, fé em si mesmo, força sem fim e honestidade. Precisa de
liberdade para se expressar de forma natural e garante seu espaço por meio de uma incansável
insistência em seus pontos de vista.
Tende a ser impaciente com pessoas gentis e sensíveis (principalmente água e terra). Sente
que a água o extinguirá e a terra o sufocará. Ar abana sua chama, alimentando-lhe com novas
idéias, porém, fogo é muito impaciente para o delicado sistema nervoso aéreo, que poderá não
tolera-lo por muito tempo. Fogo também pode não tolerar e se cansar das observações intelectuais.
Água
Estes signos estão em contato com os próprios sentimentos e estão em sintonia com nuanças e
sutilezas que muitos não percebem. Permeiam desde paixões compulsivas e temores irresistíveis
até a aceitação de um amor que abranja toda a criação.
Como os sentimentos têm uma natureza parcialmente inconsciente, os signos de água, quando
plenamente cônscios das dimensões mais profundas da vida, são os mais intuitivos e psiquicamente
sensíveis e são capazes de serem empáticos às necessidades emocionais alheias. Quando não
estão plenamente conscientes de seus próprios sentimentos, vêem-se imersos nos problemas
emocionais já citados.
Como são fluidos e não têm forma própria, sentem-se melhores quando são modelados pelos
outros, principalmente terra, na qual a água pode se apoiar.
Água tende a sentir aversão à turbulência e personalidade forte de ar e fogo. A discrição e
reserva terrena lhe dá a sensação de proteção e segurança.
Embora possam parecer calmos, costumam ter tempestades fervilhando em níveis interiores,
podendo se tornar sensacionalistas e histéricos.
Esta sua sensibilidade emocional não deve ser considerada uma fraqueza, pois têm uma grande
força e poder quando é canalizada de forma concentrada.
John Blofeld diz que “entre todos os elementos, o sábio tomaria a água como seu preceptor. A
água é submissa, mas conquista tudo. A água extingue o fogo ou, vendo que pode ser derrotada,
escapa como vapor e toma nova forma. A água carrega a terra macia ou, quando desafiada pelas
rochas, procura um caminho em torno... Satura a atmosfera de modo que o vento morre. A água
cede passagem para os obstáculos com uma humildade enganadora, pois nenhum poder pode
impedi-la de seguir o seu caminho traçado rumo ao mar. A água conquista submetendo-se, nunca
ataca, mas sempre ganha a última batalha”
A compreensão da verdadeira natureza das suas emoções é um processo lento e doloroso que,
quando encarado com sinceridade, traz grande paz e contentamento.
Conceitos de água para interpretação: Sentimento, Empatia, Valor afetivo, Compaixão, Agem ou
decidem pelo sentimento, Exigência emocional, Apego emocional, Agressão indireta (vitimização ou
vingança), Sabedoria.
Terra
Os signos terrenos estão em contato com os sentidos físicos e com o aqui-e-agora material.
Tendem a confiar nos seus sentidos e raciocínio prático mais do que nas inspirações, considerações
A Psicologia do indivíduo
O elemento do signo solar pode ser considerado dominante no exame da psicologia geral da
pessoa, pois revela a afinação da vitalidade básica e a qualidade fundamental de sua consciência
(todavia, mais de um elemento pode ser considerado ativo).
O elemento do signo solar mostra onde a consciência está enraizada, com qual reino de
experiência se está sintonizado e o campo de atividade de onde se retira a força. O “real” é vivido de
acordo com a natureza do elemento. Para os signos de ar, o pensamento pode ser mais real do que
o mundo concreto. Em água, temos o comportamento definido por estados emocionais. Fogo precisa
viver num estado de atividade inspirada. Terra se assenta no mundo material e na sobrevivência.
Quando consideramos a força que nos motiva, em ar, temos os conceitos; em água, anseios e
desejos; em fogo, inspirações e aspirações; em terra, necessidades.
C. E. O. Carter diz que nos signos de fogo, o “eu” é sentido como uma projeção do princípio de
vida na natureza e que eles procuram experiências de um tipo positivo, no campo da ação. Nos
signos de água, o ser, projetado na natureza, é concebido como estando sujeito ao sofrimento e
precisando de proteção. Os signos de água ajudam a preservar a vida, estando em sintonia com os
sentimentos dos outros, podendo ser um “guardião útil” ou um “inimigo astuto”. Os signos de terra
vêem a natureza como um campo de manifestação da vida e mantém a vida através da utilização e
domínio dos processos naturais. Os signos de ar percebem a natureza como algo que deve ser
compreendido e utilizado, sendo a compreensão a condição de utilização correta. O princípio mental
aéreo é usado para melhorar a vida, dando a pessoa uma visão dos processos naturais
espontâneos. A natureza complementar de ar e terra pode ser observada nas regências duplas de
vênus e mercúrio.
O elemento do signo solar é o alimento que precisamos para nos sentirmos vivos. Ele é a força
que permite que efetuemos nossa revitalização para podermos enfrentar as exigências da vida
cotidiana. O próprio contato físico íntimo com o elemento serve como alimento. Fogo não precisaria
se queimar literalmente, mas estender as mãos ao calor de uma fogueira ou até mesmo para uma
vela. Tomar sol e atividades físicas despertam sua energia. Para um signo ígneo, ficar parado é
como estar morrendo.
Paracelso, médico e astrólogo, relacionou os elementos aos espíritos da natureza e demonstrou
a melhor forma de se lidar com eles. As ondinas (água) deveriam ser controladas com a firmeza. As
pessoas dos signos de água deveriam ser firmes consigo e também, a firmeza é o melhor meio de
lidar quando suas emoções estão fora de controle.
As sílfides (ar) podiam ser controladas pela constância. Para os signos de ar é difícil assumir um
compromisso com uma determinada resolução, mas isso é importante para o seu crescimento.
As salamandras (fogo) podem ser controladas pela serenidade. Os signos de fogo evitam o uso
extremo de sua energia cultivando, conscientemente, um estado tranqüilo de contentamento. Aceitar
o aqui-e-agora da vida evita o desgaste de sua energia.
Interpretação
Quando, num mapa natal, temos um elemento demasiadamente fraco, temos uma pessoa que
não consegue lidar conscientemente com a dimensão de experiência associada a este elemento.
Uma sintonia deve ser conscientemente cultivada pata se ter uma vida mais satisfeita e completa. De
outro lado, uma ênfase exagerada em um elemento se ligaria às experiências relacionadas a este
elemento, privando o indivíduo do seu potencial de integralidade.
A ordem de importância para a análise dos elementos seria: sol, lua, ascendente, mercúrio,
vênus, marte e assim por diante. Não se deve dar tanta importância aos transaturnianos, já que
estes não lidam com a sintonia consciente do indivíduo. Outro grande fator é o planeta regente do
ascendente (a menos que sejam planetas transpessoais). Este planeta é de importância vital e o
elemento do seu signo sempre deve ser considerado como fortemente acentuado. O elemento do
regente do ascendente mostra os anseios fundamentais que motivam o indivíduo. Se somássemos o
número de planetas em cada elemento, dando-lhes peso igual, poderíamos perder esta percepção.
Desequilíbrio de fogo
A pouca ênfase no elemento fogo se manifesta como falta de ânimo e uma tendência a não se
confiar na própria vida. Pode não haver alegria em se viver e faltar entusiasmo para se enfrentar os
desafios da vida. Os problemas vivenciados podem levar muito tempo para serem superados, devido
aos efeitos psicológicos residuais que deveriam ser transformados através do fogo.
Quanto aos aspectos físicos, pode-se ter uma digestão lenta. O exercício físico e uma
alimentação moderada podem auxiliar a pessoa a cultivar sua energia ígnea.
Quando o fogo está em demasia, a pessoa tende a se tornar muito ativa, inquieta e
exageradamente preocupada em fazer com que alguma coisa aconteça no mundo. A impulsividade e
o egocentrismo podem fazer a pessoa agir de modo insensível e rude.
Desequilíbrio de terra
Quando terra está faltando, falta também a sintonia com o mundo físico, o corpo e as limitações
e exigências para a sobrevivência no mundo material. Esta pessoa pode lutar contra o fato de
“crescer” e se adaptar às exigências da realidade, até que seja obrigada a fazer isso. Haverá a
dificuldade de se encontrar um trabalho que traga satisfação, de se enquadrar em algum nicho da
sociedade. Uma busca espiritual imatura pode ser o resultado de uma necessidade de perda de
contato com a realidade. Quando o indivíduo aprende a aceitar as exigências básicas da vida, este
desequilíbrio pode ser muito benéfico, pois ele não aceita os limites materiais até certo ponto e pode
usar ferramentas de transcendência destes limites.
As necessidades físicas podem se tornar secundárias a estas pessoas. Elas podem esquecer
de comer, de fazer exercícios, de repousar adequadamente. Sua vitalidade pode estar baixa,
trazendo um tom de pele doentio. O cultivo de hábitos saudáveis pode ser imensamente benéfico ao
trazer o poder sustentador deste elemento. Vale ressaltar que, mesmo com pouca ênfase em terra,
aspectos fortes de saturno podem compensar a falta deste elemento.
Já a ênfase excessiva pode fazer com que a pessoa acredite que as coisas são somente o que
aparentam. Haverá uma estreiteza da visão, uma preocupação excessiva com o “resultado”. Pode
Desequilíbrio de ar
A deficiência deste elemento dificilmente é percebida àqueles cuja ênfase se da em qualquer um
dos outros três, já que lhes falta a reflexão, o parar para analisar o contexto em que se encontram. O
seu envolvimento com as próprias emoções, impulsos ou necessidades, ao mesmo tempo que os
afasta do sofrimento auto-reflexivo, também os carrega na direção de um sofrimento, pois lhes falta a
habilidade de saber a hora de parar ou mudar antes de tudo ruir.
Este elemento fornece à consciência a habilidade de se ver as coisas, tanto externas quanto
internas, de diversas perspectivas diferentes. A falta dele (a menos que virgem esteja ressaltado no
mapa) impossibilita a pessoa de refletir a partir de um ponto de vista objetivo e ela raramente será
notada por um poder de raciocínio e clareza de expressão.
Como o ar vitaliza o sistema nervoso, quando há uma grande necessidade de adaptação a
novas situações, as pessoas com pouca ênfase neste elemento podem desenvolver problemas
psicossomáticos.
Já uma ênfase excessiva gera uma mente extremamente ativa, que deve ser controlada. Se há
falta de fogo e terra, esta pessoa pode viver dentro de sua cabeça e ter sua ação e sua vontade
paralisados pela incapacidade de manifestação, o que pode trazer um estado depressivo. Além
disso, como normalmente os pensamentos carecem de ordem e profundidade, pode-se notar
atitudes impulsivas e imaturas devidas a uma incapacidade de uma reflexão madura.
Quando se desenvolve disciplina para domar este elemento, pode-se ter o caso de pessoas que
dão uma grande contribuição através de suas grandes idéias. (a maioria dos ganhadores do Prêmio
Nobel tem o sol em signos de ar).
Como o sistema nervoso é muito ativado e sensível, essas pessoas tendem a esgotar sua
energia nervosa muito mais depressa do que as outras. Períodos de repouso, meditação e passeios
ajudam sua mente a sair de sua absorvente rota de preocupações, reconsiderações e planos sem
fim.
Desequilíbrio de água
A pouca ênfase em água não diz que se é destituído de sentimento, mas sim que o mundo das
emoções é uma terra estranha e perigosa. Tem-se dificuldade em desenvolver empatia e compaixão,
assim como perceber os próprios sentimentos. Essas pessoas, ao tentar alcançar auto-suficiência
emocional, negam, paradoxalmente, sua natureza emocional, podendo haver uma dependência
inconsciente dos que expressam sentimentos.
Negar os próprios sentimentos pode ser comparado ao entupimento de uma panela de pressão.
Essas pessoas, muitas vezes, fazem gestos semiconscientes que revelam sua solidão, sua raiva,
seu medo ou sua tristeza. Para elas é muito importante que descubram uma forma de permitir que
os sentimentos venham à tona e sintam o alívio da liberdade de seu medo, ira, dor ou tristeza.
Em nível físico, a falta deste elemento pode trazer um alto grau de intoxicação, já que este
elemento é a energia que purifica nosso organismo. Tendo em vista que muitas doenças têm raízes
emocionais, dá pra imaginar como é danosa a falta de contato íntimo com este elemento. Um
sofrimento, quando vivido intensamente e sem apego não deixa rastro.
A ênfase exagerada torna as pessoas sensíveis a qualquer experiência. Quando as emoções
saem controle, a pessoa se desvitaliza. Muitas vezes a incapacidade de lidar com as pressões do
mundo faz com que essas pessoas comecem a fugir dos desafios da vida e se recolher em seus
mundos.
Quando se é capaz de se dominar as avalanches emocionais, pode-se chegar ao ponto de se
desfrutar de uma rica vida interior. Tem-se uma grande capacidade imaginativa e uma sintonia
natural com as realidades espirituais.
Quando alguém com ênfase em água pratica alguma forma de auto-sacrifício, pode-se concluir
que se trata de algo genuíno, diferente daqueles que mascaram seu egoísmo e sua necessidade de
que outros preencham seu vazio interior.
Combinações ar-água
Embora esse tipo normalmente se sinta arrastado entre orientações intelectuais e emocionais
em sua vida, tal combinação pode, no melhor dos casos, produzir indivíduos que estão sintonizados
com ambos os reinos de experiência. Nem o mundo abstrato e nem o mundo sensível-intuitivo são
estranhos a ele, por isso mesmo é capaz de desenvolver um modo de operação que abrange ambos
os tipos de percepção. O resultado disso é que a pessoa passa a ser capaz de dar profundidade às
suas idéias e pode ver seus próprios sentimentos e anseios mais profundos com imparcialidade e
Combinações ar-terra
Nesta combinação não há tanto conflito quanto poderá parecer, embora possa haver um
impulso alternativo entre as orientações abstrato-conceitual e eficiente-prática. Isso acontece porque
os signos de ar e de terra são regidos pelos mesmos planetas, portanto, são coloridos com alguns
dos mesmos valores, qualidades e modos de operação. Devemos compreender, porém, que a
compatibilidade deles é mais evidente quando é encontrada no mapa de uma só pessoa do que
quando na comparação de mapas. Esses elementos são energias incompatíveis no seu modo real
de ex pressão, mas suas afinações particulares podem ser consideradas complementares. Quando
tais energias estão concentradas (com um certo grau de harmonia) no indivíduo, ele é capaz de
combinar a percepção intelectual e conceitual numa afinação prática com os objetivos concretos.
Pode, portanto, ter um alicerce prático sobre o qual seus ideais estão baseados e ter uma
perspectiva particularmente inovadora no que se refere a realizar as coisas no mundo material. Este
tipo de pessoa é dado à reflexão prévia, à imparcialidade, à inteligência prática e à lógica bastante
fria. O impulso ou o emocionalismo não fazem parte do seu jeito e ele normalmente desconfia
daqueles que exemplificam tais qualidades. Isso é uma excelente combinação para homens de
negócios, organizadores ou outros tipos de trabalhadores que são intelectualmente exigentes.
Combinações água-fogo
Essa combinação é justamente oposta à anterior, pois esse tipo expressa tudo emocionalmente,
excitadamente e de forma absolutamente impulsiva. Muitas vezes há falta de lógica, de pensamento
e de procedimento sistemáticos, com uma conseqüente intranqüilidade e predisposição subjetiva. É
uma combinação de intensidade e de extremos emocionais, e tais pessoas são muito sensíveis
àquilo que os outros pensam a respeito delas. Tendem a ser supinamente egoístas e demonstram
uma acentuada falta de autocontrole. Essa falta de controle, ou de disciplina leva, em muitos casos,
a mudanças de humor extremamente graves. Essas pessoas funcionam num estado de alta pressão
e, como regra, têm um desempenho melhor quando são desafiadas por circunstâncias exteriores.
Embora possa haver um conflito entre liberdade e devoção, entre aspirações futuras e necessidades
de segurança, entre egoísmo e desprendimento, esta combinação faz com que as pessoas
temperem o seu entusiasmo com a sensibilidade e expressem, de maneira direta, o que sentem
pelos outros. Nessas pessoas normalmente há uma simplicidade de maneiras e uma qualidade
revigorante e encorajadora. No pior dos casos, tal tipo é explosivamente imprevisível, alternando
entre inspiração e frustração profunda. No melhor dos casos, são afetuosos e protetores do trato
com os outros. É, com freqüência, uma boa combinação para os negocias ou profissões ligadas a
entretenimentos, pois essas pessoas são capazes de temperar suas atividades promocionais com
prudência e projetar seus sentimentos com convincente envolvimento.
Combinações terra-fogo
Esta combinação foi chamada de “rolo compressor”. É a mais criativa e produtiva das
combinações, tendo a iniciativa e a criatividade do fogo e, da terra, a praticalidade e o desejo
veemente de produzir de forma tangível. Essas pessoas continuam caminhando quando os outros já
caíram na beira da estrada. Terra dá o poder de sustentação para o impulso de auto-expressão do
fogo. Há, também, nessas pessoas, uma base prática que elas usam para testar suas inspirações,
para ver se o seu gasto de energia é potencialmente produtivo. Elas, portanto, têm a capacidade de
conservar e dirigir sua boa vitalidade e canalizar seus entusiasmos no sentido de ambições
específicas. A afinação com a terra dá ao fogo mais paciência e disciplina, enquanto o fogo dá a
confiança e a fé espontânea que a terra não possui. Essas pessoas geralmente adoram trabalhar,
pois sentem grande satisfação ao ver os efeitos das suas energias manifestados no mundo.