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INTRODUÇÃO

A Acupuntura está fundamentada dentro da Medicina Tradicional Chinesa

baseia se em conceitos Taoístas e energéticos, os quais enfocam o indivíduo

como todo e como parte integrante do universo. Para ela, o indivíduo é constituído

por um conjunto de energias, provenientes do céu e da terra, que fluem por todo

corpo, e que devem estar em perfeito equilíbrio, quando isso não ocorre teremos

então as manifestações patológicas.

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem como base o reconhecimento das

leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, sua

interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza.

A Acupuntura, mesmo provenientes milhares de anos antes de Cristo,

podem diagnosticar e tratar com sucesso problemas de saúde causados pelo

estilo de vida do século XXI.

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica

sobre os fundamentos essenciais da Acupuntura, nas principais bases da

Medicina Tradicional Chinesa para melhor compreensão desta filosofia e técnica.


I. ACUPUNTURA

A acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa praticado há

pelo menos quatro milênios. O método das agulhas e moxabustão foi chamado

primitivamente, de punções de pedra e moxas, pressupondo que tenha sido

desenvolvido na era neolítica, vinte e sete séculos antes de Cristo (CINTRACT,

1987; SUSSMANN, 2000).

Acupuntura é uma palavra que deriva dos radicais latinos acus (agulhas) e

pungere (puncionar), remete a uma terapia que visa tratar doenças através do uso

de agulhas em pontos denominados acupontos. Os acupontos são pontos

precisos e localizados em regiões da pele onde encontram-se grande número de

terminações nervosas sensórias. É um tratamento relativamente simples, pois

consiste na introdução de agulhas metálicas e na estimulação de pontos sobre a

pele, agindo através da reflexologia onde o estimulo feito em uma área age em

outra ( SUSSMANN, 2000).

A Medicina Oriental baseia-se em conceitos Taoístas e energéticos, que

enfatiza a vida em afinidade com o Tao, que significa caminho, via ou princípio.

Conceitua-se a harmonia e equilíbrio do Yin e Yang e dos Cinco Elementos, nos

quais faz sua manifestação (WEN, 2005). Ao contrário da medicina ocidental,

desconsidera a estrutura anatômica, a causalidade e a divisão corpo-mente.

Fundamenta-se na função, na analogia e no continuum corpo-mente

(AUTEROCHE et al., 1987).


Na teoria do Tao, baseia-se a fonte original do Universo, nos princípios

chineses não havia corpo físico ou energético no início. A esse estado de ausência

de forma chamam de Vazio, sendo essa a essência do Tao. Quando o Vazio

produziu a função de transformar e de criar, todas as coisas e fenômenos surgiram

(WEN, 2005). O Tao se manifesta como Qi ou energia vital, se polarizando em

Yin/Yang. A energia vital apresenta o aspecto Yang ou Celeste e o Yin Terrestre.

Segundo Su Wen cap.5: “O Yang puro é o céu, o Yin é a terra. A energia da terra

sobe como nuvem e a energia do céu desce como chuva” (DULCETTI, 2001).

As Energias Qi

Segundo Ling-shu são seis denominações ligando-se á noção de

energia: 1 jing (essência) 2 qi (sopro) 3 jing (fluido) 4 yé (humor) 5 xué (sangue) e

6 mai (vasos).

O pensamento chinês considera um conjunto de energias primordiais

compondo a origem do universo como se fosse uma mistura de energias

invisíveis, impalpáveis. Trata-se de um princípio de preexistência, levando em

conta a unidade conjugada por energias do céu anterior, que é um estado perfeito

das energias criativas do mundo primitivo- a energia primordial do Tao. Ducelti pg

36

O Qi reúne diversos graus de manifestações que constituem outro tanto

fenômeno naturais porque, como diz So Quenn ( capitulo 66). Na imensidão do

espaço existe uma energia essencial, primitiva, que dá nascimento a todos os

elementos e neles se integra. É assim que o Qi dá nascimento ao céu e à terra: os

sopros ligeiros, mais yang, se elevam e formam o céu; os sopros pesados, mais

yin, se abaixam e formam a terra. Cronobilogia pg 19


Entre o céu e a terra se encontra o homem. Ele possui sua energia própria,

resultado de diversos componentes, e é submetido às energias celestes e

terrestres. O conjunto das interações entre as diversas energias que, de outro

lado, são todas submetidas a leis de mutações comuns é o objetivo da medicina

chinesa, estudo da integração do homem no universo. Cronobilogia pg 19

O Universo compõem-se de energias, ou seja, um conjunto de energias

vetorizadas, segundo os antigos chineses e tratados clássicos de Medicina

Tradicional Chinesa. Dulcet pg 36

A energia tem a propriedade de movimentação no espaço-tempo e é

conduzida por vetores ou condutores energéticos conhecidos no Ocidente pelo

vocábulo de Meridiano. Dulceti pg 36

Na teoria do Tao, baseia-se a fonte original do Universo, nos princípios

chineses não havia corpo físico ou energético no início. A esse estado de ausência

de forma chamam de Vazio, sendo essa a essência do Tao. Quando o Vazio

produziu a função de transformar e de criar, todas as coisas e fenômenos surgiram

(WEN, 2005). O Tao se manifesta como Qi ou energia vital, se polarizando em

Yin/Yang. A energia vital apresenta o aspecto Yang ou Celeste e o Yin Terrestre.

Segundo Su Wen cap.5: “O Yang puro é o céu, o Yin é a terra. A energia da terra

sobe como nuvem e a energia do céu desce como chuva” (DULCETTI, 2001).

O Yin e o Yang

Segundo René Guénon a tradição oriental, em sua parte propriamente

cosmológica, atribui capital importância aos dois princípios, ou, se preferir, às duas
categorias que são designadas yin e yang, onde tudo que é passivo, negativo e

feminino e yin e tudo que é ativo, positivo e masculino é yang, sendo também que

essas duas categorias estão ligadas simbolicamente a luz e a sombra. Em todas

as coisas, o lado claro é yang e o escuro é o yin, mas nunca um existindo sem o

outro, eles aparecem como complementares muito do que como opostos.

Tabela 1 – Dualidade entre Yin-Yang (Apostila ABA)


Yang Yin
Natureza Sol Lua
Dia Noite
Céu Terra
Homem Mulher
Verão Inverno
Calor Frio
Sul Leste
Norte Oeste
Corpo Humano Superfície (externa) Região profunda (interna)
Região dorsal Região central
Porção Supra diafragmática Porção infra
Vísceras energéticas diafragmática
Cinco órgãos
Sistema sangüíneo

Essa energia que circula em permanência dentro de nosso corpo é o reflexo

da energia que constitui e impregna nosso planeta terrestre e todo o universo.

Como ela, semelhante a um coração gigantesco, bate em um ritmo em um

ritmo duplo que os chineses denominaram o Yin e o Yang.


O Yang, para utilizar imagens compreensivas aos nossos espíritos

ocidentais, é a atividade, a tonicidade, a hipertonia, a luz, o dia, o calor. O principio

masculino é Yang.

O Yin é a inatividade, ou o repouso, a atonia ou mais precisamente a

hipotonia, a escuridão, a noite, o frio. O principio feminino é Yin.

Yin e Yang não são duas formas independentes de energia, mas 2 aspectos

complementares de um mesmo fenômeno. Coexistem juntos. Não são percebidos

senão quando há excesso de um relação ao outro.

Assim como a noite está implicitamente contida no dia e é percebida à

medida que a escuridão torna-se mais intensa, do mesmo modo o Yin está contido

no Yang e só aparece quando há excesso de Yin ou falta de Yang. E

inversamente.

Nessa concepção energética tradicional, a saúde supõe um equilíbrio

perfeito em nosso corpo entre o Yin e o Yang. Desde que haja um desequilíbrio, a

doença ameaça e a seguir se manifesta.

A atribuição do acupuntor será então, primeiro diagnosticar esse

desequilíbrio o mais precocemente possível, e em seguida tratá-lo.

Nesse estágio patológico Yin e Yang tornam-se antagônicos. O excesso

de um acarreta a insuficiência de outro e reciprocamente.

Teremos assim perturbações Yang, por predominância do Yang;

congestão ativa, simpaticotomia, hiperfuncionamento de órgãos, dores brutais,

espasmos, contraturas, câimbras.


Teremos também perturbações Yin: congestão passiva, vagotonia,

hipofuncionamento de órgãos, estados depressivos e astenias.

A doença pode atacar o organismo todo: excesso geral de Yin ou de

Yang. Pode estar localizada em uma parte do corpo, em um órgão ou em seu

merediano.

A mais antiga referência do yin – yang é provavelmente aquela contida no

Book of Changes (Livro das Mutações – Yi Jing), datado por volta de 700 a. C.

O símbolo Taiji (Figura 1) representa o equilíbrio da natureza, da força, das

mentes e do físico. Representa todas as forças negativas (preto) e positivas

(branco).

Figura 1 – Símbolo do Yin e Yang (MACIOCIA, 1996, p 7.).

O Qi é a energia circulante no corpo, “move” o corpo. Segundo Auteroche:

O sangue (Xue) tem caráter Yin, nutrindo o Qi. O Qi comanda o


sangue, é através da movimentação do Qi que o sangue
consegue circular nos vasos. Em contrapartida o Qi necessita ser
mantido pelo Xue para cumprir normalmente a sua função de
aquecimento dos órgãos. Portanto o Qi e o Xue são necessários
um ao outro e por isso são inseparáveis (AUTEROCHE et al.,
1987, p. 18).

De acordo com Wen (2005), pelo princípio Yin e Yang podem-se explicar os

fenômenos ocorridos nos órgãos através dos conceitos de superficial e profundo,

de excesso e deficiência, de calor e de frio. Se as energias Yin e Yang estiverem

em harmonia, o organismo estará equilibrado e em consequência disso, com

saúde. Em compensação um desequilíbrio energético promoverá a doença.

OS CINCO ELEMENTOS

A teoria dos cinco elementos considera a natureza como constituinte de

elementos básicos: madeira, fogo, terra, metal e água. Provém da variação das

energias Yin/Yang dos cosmos perceptíveis pelo ser humano à sucessão das

estações (DUCETTI, 2001). Esses cinco elementos, segundo a filosofia taoísta

compõem tudo que existe na natureza (macrocosmo) e no corpo humano

(microcosmo). Os cinco elementos interagem entre si, nutrindo, fortalecendo e

equilibrando-se respectivamente, conforme o ciclo de geração e o ciclo de controle

(FAHRNOW & FAHRNOW, 2003). Através do ciclo de geração, um elemento

origina o outro e através do ciclo de controle, um elemento domina o outro,

estimulando ou inibindo-o (Figura 2).


Figura 2: Ciclo de geração e controle dos 5 elementos.

Fonte: Zhen Jiu

As cinco energias primordiais formadoras de matérias originadas do


YIN/YANG no Tai Ji são as Cinco Fases da natureza: a Madeira, o Fogo, a Terra, o
Metal, e a Água, as quais recebem o nome de substâncias concretas da natureza,
porém são representações simbólicas ou emblemas das energias Yin/Yang e cada
elemento corresponde a um dinamismo característico das energias, são energias
modalizadas ( DUCETTI 2001).

O princípio dos cinco elementos é considerado cinco características básicas


num círculo de regras. Tudo está relacionado com todas as coisas e tudo
influencia mutuamente (FAHRNOW & FAHRNOW, 2003). A Madeira, o Fogo, a
Terra, o Metal e a Água são elementos básicos da natureza. Entre eles existe uma
correlação e uma inter-restrição que determinam seus estados de constante
movimento e mutação. Os cinco elementos regem os órgãos do corpo humano. O
conceito de órgão, vísceras, assim como seu inter-relacionamento de acordo com
a Teoria dos Cinco Elementos é um dado experimental da medicina chinesa
(WEN, 2005).
No elemento Água a energia é essencialmente fluída e latente. A estação da
água é o inverno e a sua cor é o azul. Os rins controlam o nível de água do
organismo, a bexiga armazena e elimina o excesso. Os rins retêm os minerais que
são o Metal, para o fígado poder aproveitá-los no metabolismo (HIRSCH, 2001).
No elemento Fogo é a área que a energia vital é abundante como o sol do
meio, dia em pleno verão, irradiando o seu calor em todas as direções (HIRSCH,
2001). Sua cor é vermelha, a cor própria denominada de Imperial, o verão é a
estação de maior calor (DUCETTI, 2001).
O elemento Madeira é o setor onde a energia vital sobe, cresce, ocupa
espaço, procura caminho para obter espaço ao sol (HIRSCH, 2001). A primavera é
a sua estação, a cor verde corresponde à cor da vida (DUCETTI, 2001).
O elemento Metal tem energia vital descendente e pesada. A estação é o
Outono, a estação da maturação final, sua cor é o branco. Representa o acúmulo
das energias (DUCETTI, 2001).
O elemento Terra é considerado o centro do corpo e tem influência sobre o
ritmo, baço, pâncreas, estômago e umbigo. É o centro da atividade mental, das
ideias e opiniões e da capacidade de reflexão (HIRSCH, 2001). É o centro do
espaço envoltório, carne que reveste os ossos e músculos dando a aparência e a
identidade corporal (HIRSCH, 2001). A cor é o amarelo, a cor do imperador
amarelo (DUCETTI, 2001). A energia vital passa por uma fase de estabilidade de
concentração, antes de voltar ao movimento (HIRSCH, 2001).

Conclusão

A acupuntura é uma disciplina milenar no Extremo Oriente que, permite

aliviar rapidamente os pacientes, é hoje imposta como instrumento complementar

à medicina ocidental.
Os resultados observados nesta revisão de literatura sugerem que a

acupuntura e suas variantes têm a capacidade de oferecer excelentes resultados

no tratamento de pacientes de forma em equilibrada tratando o individuo como

todo ........

Ver esses

BANCO DE SAÚDE. Medicina Tradicional Chinesa. Disponível em:


111medicina-tradicional-chinesa-mtc. Atualizado em: 05/01/2010.

REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

AUTEROCHE, B et al,. Acupuntura em Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo:


Andrei, 1987.

ACUPUNTURA. Disponível em:http://es.wikipedia.org/wiki/Acupuntura. Acesso

em: 21 de julho de 2015.

CONNOR, J.; BENSKY, D. Acupuntura: Um texto compreensível. 1.ed. São

Paulo: Roca, 1996.

CINTRACT, M, Curso Rápido de Acupuntura. São Paulo: Andrei, 1987.

DING, Li. Acupuntura, Teoria do Meridiano e Pontos de Acupuntura. Editora

Roca - São Paulo, 1996.

DULCETTI Junior, Orley; Pequeno Tratado de Acupuntura Tradicional Chinesa.

1.ed. São Paulo: Andrei, 2001


FAHRNOW, M. I & FAHRNOW, J. Os Cinco Elementos na Alimentação
Equilibrada – A Arte da vida e da culinária segundo a Medicina Tradicional
Chinesa. 2003.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Práticas Integrativas e

Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006

WEN, Tom Sitan. Acupuntura Clássica Chinesa. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2002.

O corpo do texto é a sua pesquisa, não se esqueça de se utilizar

corretamente das referencias, o autor de onde você retirou a idéia. (AUTOR, ano).

Toda vez que você citar algo literal, se for menos de três linhas coloque

entre aspas, porém não se esqueça de colocar o autor onde esta a referencia, o

ano da publicação e a pagina. (AUTOR, ano. p.).

Se for mais de três linhas a configuração deve seguir esse


exemplo: recuo esquerdo de 2,5, entre linhas simples, sem aspas.
Não se esqueça de fazer no final do texto citado a devida
referencia. (AUTOR, ano p.).

I. 1. SUBITENS.

Ao falar do mesmo assunto, deve abrir subitens. Quando for falar

sobre outro assunto, por exemplo, dietética pule para outra divisão II.

Não use o termo capítulos, uma monografia normalmente não tem a

dimensão necessária para tal e você não se compromete.


CONCLUSÃO

A conclusão é o fechamento do seu trabalho, onde você vai dizer se

conseguiu o seu objetivo que está na introdução ou não. Sei que você sabe

disso só mencionei para poder mostrar as partes de um trabalho e sua

numeração. Qual quer duvida entre em contato.

Não se esqueça de verificar o numero correto das paginas no sumario

e no corpo do texto.

Boa sorte.

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