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ISSN 1808-6810

Modelos para estimativa dos coeficientes de


cultivo (Kc) de videiras irrigadas

132
Técnica
Circular

Introdução

A produção de uvas nas regiões tropicais do Brasil tem sido realizada,


normalmente, com o emprego de sistemas de irrigação. O uso dessa técnica
também tem sido incrementado em algumas áreas vitícolas de clima temperado do
país, visando reduzir a queda de produtividade devido a estiagens ocasionais, ou
o abastecimento hídrico de vinhedos sob cultivo protegido com cobertura plástica
impermeável.

Bento Gonçalves, RS Na viticultura irrigada, o manejo da água deve ser feito de forma eficiente,
Dezembro, 2016
evitando-se o desperdício dos recursos hídricos regionais, que são cada vez mais
escassos. Para que haja uma alta eficiência de irrigação, as aplicações deverão ter
por base os valores da evapotranspiração diária da cultura (ETc). Esses valores são
estimados, normalmente, multiplicando-se a evapotranspiração de referência (ETo)
Autor pelo coeficiente de cultivo (Kc):

Marco Antônio Fonseca Conceição ETc = ETo . Kc (1)


Eng. Civil., Dr., Pesquisador
Embrapa Uva e Vinho
Bento Gonçalves, RS sendo que as unidades de ETc e ETo são em mm dia-1 e o Kc é adimensional.
marco.conceicao@embrapa.br

A ETo representa a demanda hídrica da atmosfera, sendo uma função da radiação


solar (Rs), da temperatura do ar (T), da velocidade do vento (V) e da umidade
relativa do ar (UR) (ALLEN et al., 2006). Já o Kc representa o estádio fenológico
da cultura e as condições de cultivo. Na presença de deficit hídrico, esses valores
devem ser multiplicados por um fator de estresse (Ks), que varia entre 0 e 1,0
(ALLEN et al., 2006; ALLEN; PEREIRA, 2009).

Vários trabalhos foram realizados, em diversas regiões do país, buscando-se


determinar os valores de Kc para videiras em condições irrigadas (TEIXEIRA et
al., 1999; ÁVILA NETTO et al., 2000; CONCEIÇÃO et al., 2012). Entretanto,
a variabilidade dos resultados obtidos não permite o seu uso em condições
diferentes daquelas em que foram determinados. Para que isso ocorra, é
necessário o ajuste local desses valores por meio de modelos que empregam
variáveis meteorológicas e culturais.

O objetivo do presente trabalho é apresentar, assim, os principais modelos de


estimativa de Kc para a cultura da videira em condições irrigadas. Esses modelos
permitem, por sua vez, o emprego de programas computacionais em sistemas de
apoio à irrigação de áreas vitícolas.
apoio à irrigação de áreas vitícolas.

2 Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas

Modelos para estimativa dos valores de Kc para videiras

Modelos para estimativa dos valores 3) e um valor final (Kcfin), que engloba o período de
de Kc para videiras
1. Modelo da FAO1 (ALLEN et al., 2006) maturação até a colheita ou a completa senescência.
No intervalo entre esses três períodos, os valores de
A FAO recomenda três valores de Kc para cada cultura, conforme o período de
1. Modelo da FAO (ALLEN et al., 2006) Kc apresentam variação linear (Figura 1).
desenvolvimento das plantas:
A FAO recomenda 1) umtrês valor inicial
valores de Kc(Kc
paraini),cada
que representa No operíodo inicial
período que(Kcvai ), a principal demanda hídrica
ini do plantio (ou da

cultura, conforme o período da cultura corresponde, normalmente, à evaporação


poda, no caso dededesenvolvimento
videiras) atédaso momento em que o cultivo alcança,
plantas: da água do solo. Essa, por sua vez, sofre a influência
aproximadamente, 10% da cobertura do solo; da evapotranspiração de referência (ETo), do tipo de
2) um
(Kcinivalor
), queintermediário
representa o (Kc solo, da lâmina infiltrada e da frequência de irrigação
1) um valor inicial med), para o período de pleno desenvolvimento foliar
período
que vai do plantio (ou da poda, no caso de ou chuva, entre outros. Em fruteiras caducifólias,
até o início da maturação; como a videira, esse período tem uma duração
videiras) até o momento em que o cultivo alcança,
3) e um valor
aproximadamente, 10% da cobertura dofinal (Kc ), que
fin solo; engloba o período de menor
proporcional maturação
do que atéem
a culturas
colheita anuais
ou ou
pastagens (Figura 2).
a completa senescência.
2) um valor intermediário (Kcmed), para o período
No intervalo entre esses três períodos, Durante
os valores de Kcintermediário
o período apresentam(Kcvariação
), o Kc atinge
de pleno desenvolvimento foliar até o início da med

linear
maturação; (Figura 1). seu valor máximo devido ao pleno desenvolvimento

Figura 1esquemática
Fig. 1. Representação – Representação esquemática
do comportamento dodecomportamento
dos valores dos valores
Kc durante o desenvolvimento de Kc (Fonte:
das culturas durante
ALLEN et al.,
2006). videira, esse período tem uma duração proporcional
o desenvolvimento das culturas (Fonte: ALLEN et al., 2006). menor do que em culturas anuais
ou pastagens (Figura 2).
No período inicial (Kcini), a principal demanda hídrica da cultura corresponde,
normalmente, à evaporação da água do solo. Essa, por sua vez, sofre a influência da
evapotranspiração de referência (ETo), do tipo de solo, da lâmina infiltrada e da
frequência de irrigação ou chuva, entre outros. Em fruteiras caducifólias, como a

1
Sigla em inglês da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Fig. 2. Duração relativa dos diferentes períodos fenológicos para culturas anuais, pastagens e, em destaque, as fruteiras caducifólias
Figura
(Fonte: ALLEN et al.,2 2006).
– Duração relativa dos diferentes períodos fenológicos para culturas anuais,
pastagens e, em destaque, as fruteiras caducifólias (Fonte: ALLEN et al., 2006).

Durante o período intermediário (Kcmed), o Kc atinge seu valor máximo devido ao


Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas 3

foliar das plantas. O seu valor dependerá de fatores não de cobertura vegetal ativa, da frequência de
característicos das plantas, como altura, resistência umedecimento do solo e, no caso de cobertura
do dossel à transpiração, índice de área foliar e morta, da densidade da palhada. Por isso, o valor de
percentual de interceptação da radiação solar pela Kcini poderá alcançar valores superiores a 0,80, na
copa, entre outros. presença de vegetação de cobertura ativa.

No período final (Kcfin), decresce o efeito da Conceição et al. (2012) verificaram que o Kcini
transpiração sobre o Kc devido ao envelhecimento médio, para a cultivar Niágara Rosada na região
e, eventual, queda das folhas. Isso faz com que ele noroeste de São Paulo, apresentou um valor igual
dependa mais da frequência de umedecimento do a 0,86 para o solo com vegetação espontânea,
solo, além das condições da cultura durante e após enquanto que o solo nu apresentou um valor médio
a colheita. Esse período também apresenta uma igual a 0,32, resultado semelhante ao recomendado
duração relativamente curta, quando comparado ao pela FAO.
período intermediário (Figura 2).
Na área com cobertura morta (mulch), o Kcini
Os valoresde
de umedecimento
Kc para videiras,do solo e, no caso
recomendados pela de cobertura morta,
apresentará daredução
uma densidade da palhada.
de valor, que pode ser
FAO, estão apresentados
Por na de
isso, o valor Tabela
Kcini1.poderá alcançar valores
calculado pela seguinte
superiores expressão:
a 0,80, na presença de

• Kcini vegetação de cobertura ativa. Kcini(cm)= Kcini (1 – 0,50 . fcm) (2)


Conceição et al. (2012) verificaram que o Kcini médio, para a cultivar Niágara
O valor de Kcini apresentado na Tabela 1 (0,30) em que Kc é o valor de Kc com cobertura
Rosada na região noroeste de São Paulo, apresentouini(cm) um valor igual a ini0,86 para o
é apenas uma primeira aproximação. No caso morta e fcm é a fração da área com cobertura morta
solo
das videiras, elecom vegetação
irá refletir espontânea,
as condições enquanto que
do solo o solo1).
(Exemplo nu apresentou um valor médio
antes da brotação e dependerá
igual a 0,32, da semelhante
resultado existência ouao recomendado pela FAO.

Na área com cobertura morta (mulch), o Kcini apresentará uma redução de valor,
Tabela 1. Valores de Kcser
que pode inicial (Kcini), intermediário
calculado pela seguinte(Kcmed) e final (Kcfin) para videiras, recomendados pela FAO (ALLEN
expressão:
et al., 2006).

Kcini(cm)= Kcini (1 – 0,50 . fcm)


Tipo Kcini Kcmed (2) Kcfin
Uvas de mesa 0,30 0,85 0,45

Uvasem
paraque
vinho
Kcfino
ini(cm) é o valor de Kc0,30 0,70* 0,45
ini com cobertura morta e fcm é a fração da área com
* O valor de KCmed para uvas destinadas à elaboração de vinhos finos inclui, normalmente, um fator de estresse hídrico controlado, que
cobertura
visa a melhoria morta
da qualiidade (Exemplo
final 1).
dos produtos.

Exemplo 1 - Estimativa de Kcini(cm)

Dados:
 Kcini = 0,30
 Fração da área com cobertura morta (fcm) = 0,40 (40%)

Estimativa de Kcini(cm) empregando-se a eq. 2:

 Kcini(cm) = 0,30 . (1 – 0,50 . 0,40) = 0,30 . (1 – 0,20) = 0,30 . 0,80


 Kcini(cm) = 0,24

Observação
 O uso de mulch reduz o valor de Kcini e, consequentemente, o consumo de
água da área cultivada.

No entanto, mesmo para solos nus, o Kcini pode apresentar grande variação em
função da frequência de irrigação ou chuvas, do valor da ETo e do tipo de solo. A
4 Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas

No entanto, mesmo para solos nus, o Kcini pode Por outro lado, em sistemas que umedecem
apresentar grande variação em função da frequência parcialmente o solo, como é o caso do gotejamento,
de irrigação ou chuvas, do valor da ETo e do tipo o Kcini tende a ser menor, mesmo em condições de
de solo. A Tabela 2 apresenta alguns valores de alta frequência de aplicação. O valor reduzido de Kcini
Kcini para solos de textura média, em função do pode ser calculado multiplicando-o pela fração do
intervalo de umedecimento do solo e da demanda solo umedecida:
hídrica da atmosfera (ETo). Observa-se que o
Tabela 2 – Valores de Kc inicial (Kcini), recomendados pela FAO para valores
Kcini, nesses casos, podedevariar
moderados de 0,10, para
umedecimento (10ETo
mm a 40 Kc mm) = fw . Kcini (3)
ini(w)em função de diferentes valores da
muito alta eevapotranspiração
intervalo de umedecimento maior que
de referência (ETo) e intervalos de chuva ou irrigação (ALLEN et
semanal; a al., 2006).
1,20, para intervalo de umedecimento em que Kcini(w) é o Kc no período inicial quando há
menor que semanal e ETo baixa. Por isso, no um umedecimento parcial do solo e fw é a fração do
ETo (mm/dia)
Intervalo de umedecimento do solo
período inicial, as irrigações frequentes devem ser Baixa Moderada Alta
solo umedecida pelo sistema deMuito Alta (varia entre
irrigação
evitadas, em sistemas de irrigação que umedeçam (1 a 3) (3 a 5)
0 e 1,0) (Exemplo 2). (5 a 7) (> 7)
Menor que semanal
toda a superfície do solo, como na aspersão ou na 1,20 - 0,80 1,10 – 0,60 1,00 – 0,40 0,90 – 0,30
Semanal 0,80 0,60 0,40 0,30
microaspersão.
Maior que semanal 0,70 – 0,40 0,40 – 0,20 0,30 – 0,20 0,20 – 0,10

Por outro lado, em sistemas que umedecem parcialmente o solo, como é o caso
Tabela 2. Valores de Kc inicial (Kcini),
do gotejamento, o Kcinirecomendados pela FAOmesmo
tende a ser menor, para valores
em moderados
condiçõesde
deumedecimento (10 mm
alta frequência de a 40
mm) em função de diferentes valores da evapotranspiração de referência (ETo) e intervalos de chuva ou irrigação (ALLEN et
aplicação. O valor reduzido de Kcini pode ser calculado multiplicando-o pela fração do
al., 2006).
solo umedecida:
ETo (mm/dia)
Intervalo de umedecimento do solo
Baixa (1 a 3) Moderada (3 a 5) Alta (5 a 7) Muito alta (> 7)
Kcini(w) = fw . Kcini (3)
Menor que semanal 1,20 - 0,80 1,10 - 0,60 1,00 - 0,40 0,90 - 0,30
Semanal 0,80 0,60 0,40 0,30
em que Kcini(w) é o Kc no período inicial quando há um umedecimento parcial do solo e
Maior que semanal 0,70 - 0,40 0,40 - 0,20 0,30 - 0,20 0,20 - 0,10
fw é a fração do solo umedecida pelo sistema de irrigação (varia entre 0 e 1,0)
(Exemplo 2).

Exemplo 2 - Estimativa de Kcini(w)

Dados:
 Sistema de irrigação: gotejamento
 Fração do solo umedecida (fw) = 0,40 (40%)
 Intervalo entre irrigações = 1 dia

ETo média no período = 3,0 mm dia-1

Estimativa de Kcini(w) empregando-se a eq. 3:


 Pela Tabela 2, Kcini = 1,10.
 Kcini(w) = Kcini. fw = 1,10 . 0,40
 Kcini(w) = 0,44

Observação
 No período inicial, o uso da irrigação por gotejamento pode representar uma
redução expressiva no consumo de água do vinhedo.
Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas 5

• Kcmed • Kcfin

Os valores de Kcmed apresentados na Tabela 2 O valor de Kcfin apresentado na Tabela 2 (0,45)


(0,85 e 0,70) são os esperados em condições de refere-se ao final do ciclo da cultura em condições
umidade relativa mínima diária ao redor de 45% e de presença de folhas nas plantas. Em locais onde
velocidade média do vento igual a 2,0 m s-1. Para há queda de folhas e em condições de solo nu, ou
condições diferentes, esse valor deverá ser corrigido com cobertura morta, deve-se empregar um valor de
empregando-se a eq.4: Kcfin igual a 0,20. Já na presença de vegetação de
cobertura, o Kcfin deverá ficar entre 0,50 e 0,80.

Kcmed = 0,85 + [0,04 . (V2 – 2) – 0,004 . (URmin -45)] . (h/3)0,3 (4)


Deve-se ressaltar, todavia, que em regiões com
chuvas frequentes, mesmo quando há queda de
folhas, o Kcfin pode atingir valores próximos a 1,0
em que Kcmed é o coeficiente de cultivo no período
devido à evaporação da água do solo.
intermediário do ciclo da cultura, V2 é o valor médio
diário da velocidade do vento a 2,0 m de altura
Como no caso de Kcmed, o valor de Kcfin também
(m s-1) durante o período intermediário, URmin é o
deverá ser ajustado de acordo com as condições
valor médio diário da umidade relativa mínima do ar
climáticas locais:
(%) durante o mesmo período e h é a altura média
das plantas (m).
Kcmax = 0,45 + [0,04 . (V2 – 2) – 0,004 . (URmin -45)] . (h/3)0,3 (6)

No período intermediário, a evaporação da água no


em que Kcfin é o coeficiente de cultivo no período
solo não afeta tanto a demanda hídrica da cultura em
final do ciclo da cultura, V2 é o valor médio diário
sistemas de condução do tipo latada, que sombreia
da velocidade do vento a 2,0 m de altura durante o
a maior parte da superfície do solo. No entanto,
período final, URmin é o valo médio diário da umidade
na condução em espaldeira, parte dessa superfície
relativa mínima do ar durante o mesmo período e h é
permanece exposta, fazendo com que a evaporação
a altura média das plantas.
da água do solo continue apresentando valores
significativos, principalmente quando se emprega
Em regiões que apresentarem diferenças expressivas
sistemas de irrigação por aspersão ou microaspersão
nas condições climáticas durante o ciclo da cultura,
com aplicações frequentes.
tanto o valor de Kcfin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4)
poderão ser ajustados mensalmente.
Nas áreas cultivadas, em geral, a energia disponível
no ambiente para o processo de evapotranspiração
• Intervalos entre os períodos
é limitada. Por isso, o Kcmed não ultrapassa,
normalmente, um valor máximo (Kcmax) que, para
O aumento nos valores de Kc entre o período inicial
videiras, pode ser estimado pela expressão:
(Kcini) e intermediário (Kcmed), e a sua redução entre
Kcmed e Kcfin, podem ser calculados diariamente por
meio de gráficos ou de interpolações lineares. Esses
Kcmax = 1,20 + [0,04 . (V2 – 2) – 0,004 . (URmin -45)] . (h/3)0,3 (5)
intervalos variam de acordo com a cultivar, a região
e as condições de cultivo.
Deve-se considerar, contudo, que em certas
condições, o valor de Kcmax pode ser ultrapassado, • Uso de cobertura plástica no solo
como, por exemplo, quando o cultivo ocorre em
pequenas áreas irrigadas (inferiores a 2.000 m2) O uso de cobertura plástica no solo é comum em
rodeadas por áreas com menor disponibilidade algumas áreas de videiras irrigadas por gotejamento.
hídrica. Nesses casos, a evapotranspiração da cultura A principal função é reduzir a evaporação da água
irrigada e os valores de Kc tendem a aumentar, em do solo, melhorando a eficiência de aplicação do
decorrência do fluxo de calor sensível oriundo das sistema. O valor de Kcini, nessas condições, pode
áreas mais secas em direção às mais úmidas. Esse chegar a 0,10, enquanto que os valores de Kcmed e
fenômeno é conhecido como “efeito oásis”. Kcfin podem apresentar reduções entre 10% e 30%.
altura média
ficar entre dase plantas.
0,50 0,80.
ficar entre 0,50 e 0,80.
Em regiões que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
Em regiões
Deve-se que apresentarem
ressaltar, todavia, que diferenças
em regiões expressivas nas condições
com chuvas climáticas
frequentes, mesmo
duranteDeve-se ressaltar,
o ciclo da cultura, todavia, que de
tanto o valor emKcregiões com chuvas frequentes, mesmo
fin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4) poderão
durante
quando oháciclo da
queda cultura, tantooocultivo
de folhas, valor
Kc de Kcatingir
fin pode
(eq.6)irrigadas
como opróximos
videirasvalores
de Kcmed (eq.4)
a 1,0 poderão
devido à
6 Modelos para estimativa
quando há queda dos coeficientes
de folhas, de (Kc) defin
o Kcfin pode atingir valores próximos a 1,0 devido à
ser ajustados mensalmente.
ser ajustadosdamensalmente.
evaporação água do solo.
evaporação da água do solo.
Como no caso de Kcmed, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
Como no caso de Kcmed, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
com as condições
Exemplo climáticas
3 - Estimativa de Kc locais:
med e Kcfin
Exemplo 3 - Estimativa
com as condições de Kc
climáticas med e Kcfin
locais:
Dados:
Dados:
Kcfin = 0,45 + [0,04 . (V2 – 2) – 0,004 . (URmin -45)] . (h/3)0,3 (6)
Altura
Kcfin = 0,45 + das
[0,04plantas
. (V2 – (h) 1,80 m. (URmin -45)] . (h/3)0,3
2) –= 0,004 (6)
 Altura das plantas (h) = 1,80 m
 -1
 Velocidade média do vento a 2,0 m de altura (V2) = 1,0 m s-1
Velocidade média do vento a 2,0 m de altura (V ) = 1,0 m
em que Kcfin é o coeficiente de cultivo no período final do ciclo da cultura, V2 é o valor
2 s
em queValor
Kcfin é o coeficiente
médio no período de da
cultivo no período
umidade relativa final do ciclo
mínima da(UR
do ar cultura,
min) =V60%
2 é o valor
médio Valor da
 diário médio no período
velocidade da umidade
do vento a 2,0 mrelativa
de altura mínima
durantedo oarperíodo
(URmin ) final,
= 60% URmin é
médio diário da velocidade do vento a 2,0 m de altura durante o período final, URmin é
Estimativa
o valo de Kcmed
médio diário da ::umidade relativa mínima do ar durante o mesmo período e h é a
Estimativa
o valo médio de Kcmed
diário da0,20.
umidade relativa mínima do ar durante ocobertura,
mesmo período
valor de Kc
Pela igual
eq.4:
fin Kca Já na
= 0,85 presença
+ [0,04 de –vegetação
. (1 – 2) 0,004 . (60de -45)] . (1,80/3) Kcfin edeverá
o0,3
0,3 héa
altura
valor demédia
Kc das
Pela fineq.4: plantas.
igual amed0,20. Já na presença de vegetação de
Kcmed = 0,85 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3) cobertura, o Kc fin deverá
altura média
ficar entre 0,50 dase plantas.
0,80.
Kc
Em = 0,76
Kcregiões
ficar entre
Em
0,50 e 0,80.
med
med = 0,76
regiões
que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
Deve-se ressaltar, todavia, que em regiões com chuvas frequentes, mesmo
durante o ciclo
Deve-se
Estimativa de da cultura,
ressaltar,
Kc : tanto
todavia,o valor
que de
emKc (eq.6)
regiões
fin como
com o de
chuvas Kc (eq.4)
frequentes,
med poderão
mesmo
durante oháciclo
Estimativa
quando dedaKccultura,
queda
fin
de
fin tantooo Kc
: folhas, valor de Kcfin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4) poderão
fin pode atingir valores próximos a 1,0 devido à
ser ajustados
quando há eq.5:
Pela mensalmente.
queda Kcde folhas, o Kc . (1
fin = 0,45 + [0,04fin
pode
– 2) atingir
– 0,004valores próximos
. (60 -45)] . (1,80/3) a 0,3
1,0 devido à
ser ajustados
damensalmente.
Pela eq.5:
evaporação Kcfin
água 0,45 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)0,3
do= solo.
evaporação
 Kcfin = da0,36
água do solo.
Kcfin =
 Como no0,36
caso de Kcmed, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
Como no caso de Kcmed, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
Exemplo 3
4 - Estimativa
com as condições climáticasde Kc med e Kcfin
locais:
Exemplo 4
3 - Estimativa
com as condições climáticasde Kc med e Kcfin
locais:
Dados:
Dados:
Kcfin = 0,45
Altura + das
[0,04plantas
. (V2 – (h)2) –= 0,004
1,80 m. (URmin -45)] . (h/3)0,3 (6)
Kcfin = 0,45 + [0,04
Altura das plantas. (V – 2) – 0,004
2 (h) = 1,80 m . (URmin -45)] . (h/3)0,3 (6)
 -1
 Velocidade média do vento a 2,0 m de altura (V2) = 1,0 3,0 m s
Velocidade média do vento a 2,0 m de altura (V2) = 3,0 1,0 m s-1
em queValor Kcfin é o coeficiente
médio no período de da
cultivo no período
umidade relativa final do ciclo
mínima da(UR
do ar cultura, V2 é o valor
em queValor Kcfin é o coeficiente de da
cultivo no período final do ciclo da(UR min) =V60%
cultura, 30%
2 é o valor
médio no período umidade relativa mínima do ar min) = 30%
60%
médio diário da velocidade do vento a 2,0 m de altura durante o período final, URmin é
médio diário da
Estimativa develocidade
Kcmed: do vento a 2,0 m de altura durante o período final, URmin é
o valo médio diário
Estimativa de Kcmedda :umidade relativa mínima do ar durante o mesmo período e h é a
o valo
valor
 médio
Pela diário
eq.3:
Kc eq.4: Kcda umidade
= 0,85 +relativa
[0,04 mínima
(3
. (1 – 2) do ar durante
de –vegetação
0,004 ocobertura,
mesmo
(30 -45)]
. (60 . (1,80/3) período
o Kc edeverá
0,3 héa
 de igualKc amed0,20. Já na presença
altura média eq.3:
das plantas.
Pela fineq.4: med = 0,85 + [0,04 . (1 (3 – 2) – 0,004 . (60 (30de
-45)] . (1,80/3)0,3 fin
altura
ficar entremédia
Kcmed0,50 dase plantas.
0,94
= 0,76
0,80.
 Em Kcregiões que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
0,94
med = 0,76
Em regiões
Deve-se que apresentarem
ressaltar, todavia, diferenças
que emKcregiõesexpressivas nas condições
com chuvas frequentes, climáticas
mesmo
Estimativa
durante o ciclodedaKccultura,
fin: tanto o valor de fin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4) poderão
Estimativa
durante de Kc :
quando oháciclo da cultura,
queda fin
de folhas,tantooo Kcvalor pode
de Kcfin (eq.6)valores
(3 – 2) atingir
como opróximos
de Kcmed (eq.4)a 0,3 1,0 poderão
devido à
ser ajustados
Pela eq.5: mensalmente.
Kcfin = 0,45 + [0,04fin. (1 – 0,004 . (60(30 -45)] . (1,80/3)
ser ajustados
Pela eq.5: Kcfin = 0,45 + [0,04 . (1
mensalmente. (3 – 2) – 0,004 . (60 (30 -45)] . (1,80/3) 0,3
evaporação da água do solo.
 Kcfin = 0,36 0,54
Kcfin = 0,54
 Como no0,36
caso de Kcmed, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
Exemplo 4 5
3 - Estimativa de Kcmed med e Kcfinfin
com as condições
Exemplo
Exemplo 4
3 climáticas
5 -- Estimativa
Estimativa de
de KcKclocais:
med e
med e Kc
Kcfin
fin

Dados:
Dados:
Dados:
Dados:
Kcfin = 0,45
Altura + das
[0,04plantas
das . (V2 – (h)
plantas 2) –=
(h) = 0,004
1,00 mm. (URmin -45)] . (h/3)0,3 (6)
 Altura
Altura das plantas (h)
Altura das plantas (h) = 1,80 = 1,80
1,00
1,80 mm
 -1
Velocidade média do vento a 2,0 m de altura (V22)) =
Velocidade = 3,0 m
m s-1

Velocidade média
Velocidade média do
média do vento
vento a a 2,0
2,0 m m dede altura
altura (V = 1,0
(V22)) = m sss-1
3,0 m
1,0 -1
em queValorKc
Valor é o coeficiente
fin médio no de cultivo
no período da umidade no período
umidade relativa final
relativa mínimado ciclo
mínima do da
do ar cultura,
ar (UR
(URmin =V30%
))) = 2 é o valor
Valor médio
 Valor médio no
médio no período
período da da umidade
umidade relativa
relativa mínima
mínima do do ar (URmin
ar (UR min)
min
= 60%
= 30%
60%
médio diário da velocidade do vento a 2,0 m de altura durante o período final, URmin é
Estimativa de
Estimativa de Kcmedmed::
Estimativa
Estimativa
o valo de Kc
de
médio diário Kcmed
Kc da ::umidade relativa mínima do ar durante o mesmo período
med ehéa
 0,3
 Pela eq.4:
Pela eq.3: Kc
Kc med == 0,85
0,85 + + [0,04
[0,04 .. (1
(3 –– 2)
2) –– 0,004
0,004 .. (60
(30 -45)]
-45)] .. (1,80/3)
(1,00/3)0,3 0,3
altura médiaPela eq.3:
Pela eq.4: Kc
Kcmed
med = 0,85 + [0,04 . (3 – 2) – 0,004 . (30 -45)]
med = 0,85 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)
das plantas. . (1,00/3) 0,3

Kcmed
 Kc med = = 0,76
0,93
 Em Kcregiões
Kc med =
med
= 0,76
0,93
que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
Estimativa
Estimativa de Kccultura,
o ciclode fin::
durante
Estimativa
Estimativa dedaKc
de Kcfin
Kc fin::
fin
tanto o valor de Kcfin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4) poderão
 0,3
Pela eq.5:
Pela
ser ajustados eq.5: Kcfin
Kc = 0,45
fin =
mensalmente. 0,45 +
+ [0,04
[0,04 .. (1
(3 –
– 2)
2) –
– 0,004
0,004 .. (60
(30 -45)]
-45)] .. (1,80/3)
(1,00/3)0,3
0,3
Pela eq.5: Kc
Pela eq.5: Kcfin = 0,45 + [0,04 . (3 – 2) – 0,004 . (30 -45)] . (1,00/3)
fin = 0,45 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3) 0,3

Kcfin
 Kc = 0,36
fin = 0,53
 Kc Kcfin = 0,36
fin = 0,53
Observações
Exemplo 4 - Estimativa de Kcmed e
Exemplo 3
4 -- Estimativa
Observações
Exemplo Estimativa de
de Kc
Kcmed e Kc
Kcfin
med e Kcfin
fin
 No exemplo 3, em condições de baixo valor de V2 e alta URmin, os valores de
 No
Kc exemplo
Dados:
Dados: 3, em
e Kc são condições
inferiores aosde baixo valor
tabelados de V1).
(Tabela 2 e alta URmin, os valores de
Pela eq.3: Kcmed = 0,85 + [0,04 . (3 – 2) – 0,004 . (30 -45)] . (1,00/3)

Em regiões que apresentarem diferenças expressivas nas condições climáticas
Kcmed = 0,93
durante o ciclo da cultura, tanto o valor de Kcfin (eq.6) como o de Kcmed (eq.4) poderão
Estimativa de Kcfin:
ser ajustados mensalmente.
Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas 7
Pela eq.5: Kc = 0,45 + [0,04 . (3 – 2) – 0,004 . (30 -45)] . (1,00/3)0,3
fin

 Kcfin = 0,53

Observações
Exemplo 3 - Estimativa de Kcmed e Kcfin
 No exemplo 3, em condições de baixo valor de V2 e alta URmin, os valores de
Dados:
Kcmed e Kcfin são inferiores aos tabelados (Tabela 1).
 No exemplo
Altura das4,plantas
em condições de maior
(h) = 1,80 m valor de V2 e baixa URmin, os valores de
Kcmed e Kcfin são superiores aos tabelados (Tabela 1).
 -1
 Velocidade
Pelas média
observações do ventoverifica-se
anteriores, a 2,0 m de
quealtura (V2) =de1,0Kcmpodem
os valores s ser
diferentes dos tabelados, de acordo com a época do ano.
 Valor médio no período da umidade relativa mínima do ar (URmin) = 60%
 Comparando-se o exemplo 4 com o 5, observa-se que a alteração da altura
das plantas
Estimativa deafeta
Kcmedmuito
: pouco os valores de Kcmed e Kcfin.

Pela eq.4: Kcmed = 0,85 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)0,3
2. Modelo de Allen e Pereira (2009) O valor de Kd pode ser estimado empregando-se a
 Kcmed = 0,76 fração do solo coberta pela vegetação:
 Intervalos entre os períodos
Allen e PereiraEstimativa
(2009) apresentaram
denos : uma
Kcfinvalores
O aumento de Kc entre o período inicial (Kcini) e intermediário
metodologia para a estimativa de Kc que tem Kd = min {(ML . fc ), fc [1/(1+h)]} (9)

(Kcmed), e a sua redução entre Kc e Kc , podem ser calculados diariamente por0,3
Pela eq.5: Kc = 0,45
por base o modelo da FAO, masfinque emprega o + [0,04
med . (1
fin – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)
coeficientemeio de gráficos(Kd)
de densidade ou deque,
interpolações
por sua vez,lineares.
é Essesem que MLvariam
intervalos é umdefator multiplicador
acordo com que
Kcfin = 0,36
a cultivar, a região e ascoberta
condições descreve o efeito da densidade da copa sobre a
uma função da fração do solo ou de cultivo.
sombreada
Exemplo 4 - Estimativa de Kcmed e Kcfin evapotranspiração relativa da área sombreada,
pela cultura (fc)2.
podendo-se utilizar um valor igual a 1,5, para
O valor de Kc pode ser calculado pela seguinte
videiras; fc é a fração do solo coberta ou sombreada
expressão: Dados:
pela vegetação ao meio-dia (valor entre 0 e 1).
 Altura das plantas (h) = 1,80 m
Kc = Ksolo + Kd . (Kcpleno – Ksolo) (7)
 -1
Velocidade média do vento a 2,0 m deAaltura
Figura(V32)apresenta
= 3,0 m sos valores de Kc, calculados
em que Ksolo representa
 Valor omédio valor médio de Kcda
no período daumidade relativa
pela eq. 7, paradodiferentes
mínima ar (URminfrações
) = 30%de cobertura
superfície não vegetada (exposta) do solo, refletindo do solo (fc), nas condições padrões das tabelas
a frequência de umedecimento, o tipo de solo e a da FAO (h=2,0 m, URmin=45%, V2=2,0 ms-1).
ETo (Tabela 2); Kd é o coeficiente de densidade; e Considerou-se um Ksolo igual a 0,30, semelhante
Kcpleno é o valor de Kc da cultura para condições de ao Kcini da Tabela 1. Nessas condições, o valor de
máximo recobrimento do solo. O valor de Kcpleno pode Kcpleno (eq. 8) será igual a 1,25. Observa-se que
ser calculado pela expressão: até um valor de fc igual a 0,50, o crescimento de
Kc é linear. A partir daí, há uma redução na taxa de
Kcpleno = 0,05 + Fr . {min [(1,0 + 0,1 . h), 1,20] + [0,04 . crescimento de Kc em função de fc.
(V2 – 2) – 0,004 . (URmin -45) . (h/3)0,3]} (8)
Verifica-se na Figura 3 que o valor de Kcmed
em que Fr (varia de 0 a 1) é um fator de ajuste para recomendado pela FAO para uvas de mesa (0,85
valores de resistência foliar (rf) da cultura superiores - Tabela 1) representa uma fração de cobertura do
a 100 s m-1; min é uma função que representa o solo (fc) de, aproximadamente, 0,40 (Figura 3).
menor valor entre duas opções; V2 é o valor médio
diário da velocidade do vento a 2,0 m de altura 1,40

durante o período máximo de desenvolvimento 1,20

foliar, URmin é o valor médio diário da umidade 1,00


0,85
relativa mínima do ar durante o mesmo período; h 0,80
Kc

é a altura média das plantas. No caso de videiras 0,60

sem restrições hídricas no solo, pode-se considerar 0,40

Fr igual a 1,0, uma vez que os valores de rf são, 0,20

normalmente, inferiores a 100 s m-1 (TEIXEIRA et 0,00


0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
al., 2007). Já em videiras submetidas a um estresse
fc
hídrico controlado, esse valor poderá ser inferior a Figura 3 – Valores do coeficiente de cultivo (Kc), calculados pela eq. 7, para diferentes
3 Valores
Fig.frações do coeficiente de cultivo (Kc), calculados pela
1,0. de cobertura do solo (fc).
eq. 7, para diferentes frações de cobertura do solo (fc).
Verifica-se na Figura 3 que o valor de Kcmed recomendado pela FAO para uvas
2
A metodologia de Allen & Pereira (2009) emprega a fração efetiva do solo coberta peladecultura
mesa (0,85 - Tabela 1) representa uma fração de cobertura do solo (fc) de,
(fceff) que depende do ângulo médio do sol com o horizonte ao
meio-dia e que, por isso, varia durante o ano. Já a fração de cobertura do solo (fc) considera que os raios
aproximadamente, de sol 3).
0,40 (Figura aoEsse
meio-dia estarão
valor pode incidindo para
ser encontrado na vertical.
videiras No
entanto, para videiras, as diferenças entre a fceff e fc ficam, geralmente, entre 2% e 4%.
conduzidas em razão,
Por essa no(MOYER
espaldeira presente
et al.,trabalho,
2015), masconsiderou-se
é inferior aos que, que fceff = fc”.
normalmente,
são encontrados para sistemas de condução do tipo latada ou em Y (MORATIEL;
MARTÍNEZ-COB, 2012; NETZER et al., 2009; VILLAGRA et al., 2014), que
apresentam, normalmente, uma fc mais próxima a 1,00. Nesses casos, como se
observa na Figura 3, os valores de Kc podem ser superiores a 1,20.
irrigação, como
apresentado base 1.
na Figura nosO três valores
Kcini será de Kc (Kc
equivalente ao ini
Kc , solo
Kc, med e Kcfinque
enquanto ), conforme
o Kcmed
apresentado naaoFigura
corresponderá 1. O
Kc sob as Kc ini será equivalente
condições de máximaaocobertura
Kcsolo, enquanto queárea
do solo na o Kcem
med
8 Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas
corresponderá
estudo. ao queda
Se houver Kc sobdeas condições
folhas, o Kcfin de máxima
poderá coberturacom
ser calculado do base
solo em
na fc.
área em
estudo. Se houver queda de folhas, o Kcfin poderá ser calculado com base em fc.

Exemplo 6 - Estimativa de Kc em função da altura e da fração coberta do solo


Exemplo 6 - Estimativa de Kc em função da altura e da fração coberta do solo
Dados:
valor de Kcfin igual a 0,20. Já na presença de vegetação de cobertura, o Kcfin deverá
Dados:
 Altura das plantas (h) = 1,8 m
ficar
valorentre
de Kc0,50 e 0,80.
igual a 0,20.(h)Já= na
Altura fin das
 Velocidade plantas
média do 1,8presença
vento m2,0 m dedealtura
a
vegetação de cobertura,
(V2) = 2,3 m s-1
o Kcfin deverá
Deve-se
ficar entre 0,50 ressaltar,
e 0,80. todavia, que em regiões com chuvas -1frequentes, mesmo
Velocidade
 Valor médiomédia do vento
no período a 2,0 m de
da umidade alturamínima
relativa (V2) = do
2,3ar
m (UR
s min) = 52%
quando há queda
Deve-se de folhas,
ressaltar, o Kcque
todavia, fin pode atingir valores
em regiões próximos
com chuvas a 1,0 devido
frequentes, mesmo à
 K Valor
solo = médio
0,30 no período da umidade relativa mínima do ar (URmin) = 52%
evaporação
quando há da quedaáguadedofolhas,
solo. o Kcfin pode atingir valores próximos a 1,0 devido à
 fcKsolo
1 = = 0,30
0,40
Como no
evaporação da caso
água de
do Kc med, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
solo.
0,40
 fc21 = 0,80
com as condições
Como no caso climáticas
de Kcmedlocais:
, o valor de Kcfin também deverá ser ajustado de acordo
 fc2 = 0,80
Estimativa de Kc:
com as condições climáticas locais:
Estimativa
Kcpleno
 = 0,45
Kcfin de0,05
= Kc:. (V
+ [0,04 + min {(1,0
2 – 2) + 0,1.. (UR
– 0,004 1,8),min1,20} (h/3)0,3
-45)]+. [0,04 . (2,3 – 2,0) – 0,004 . (50
(6)-
0,3
Kcpleno
Kcfin = 0,45
45) = 0,05
. +(1,8/3)
[0,04 + min
. ](V {(1,0 + 0,1. 1,8), 1,20} + [0,040,3
2 – 2) – 0,004 . (URmin -45)] . (h/3)
. (2,3 – 2,0) – 0,004 . (50
(6)-
0,3 0,3
em queKc 45)
Kc . (1,8/3)
pleno
fin é=o0,05 +] min {(1,18),
coeficiente 1,20)}
de cultivo no + [0,04 . final
período (0,3)do
– 0,004 . (7)
ciclo da . (0,6)V2]é o valor
cultura,
0,3
médio Kc
em quediário = 0,05
plenoda
Kc min {(1,18),
+ 1,18
velocidade - 0,01
do vento =1,20)}
a 2,0+m[0,04
1,22 . (0,3)durante
de altura – 0,004o.período
(7) . (0,6)
final,] URmin é
fin é o coeficiente de cultivo no período final do ciclo da cultura, V2 é o valor
pleno
[1/(1+1,8)]
Kcplenofcda
Para
 médio
omédio
valo diário =1: 0,05
Kd1da
diário =+ min
1,18{(1,5
- 0,01
umidade
velocidade do vento = 1,22
.relativa
0,40), (0,45
mínima
a 2,0 m de do ar
altura)} =durante
min {(0,60),
durante (0,72)}
oomesmo
período = 0,60
período
final, e min
UR h ééa
[1/(1+1,8)]
altura
o valo Para
Kc1 = fc
 média
médio 1: Kd
das
0,30
diário = min
plantas.
+1da
0,60 {(1,5 –
. (1,22
umidade .relativa
0,40),
0,30) (0,45
mínima do ar )} =durante
min {(0,60), (0,72)}
o mesmo = 0,60e h é a
período
 Em
altura Kcregiões
1 = das
média 0,30 que apresentarem
+ 0,60
0,85plantas. diferenças expressivas nas condições climáticas
. (1,22 – 0,30)
durante
 Em o regiões
Kc ciclo
Para
1 da que
=fc0,85
2: Kd
cultura,
2 = min
tanto
{(1,5 .o0,80),
apresentarem valor de Kc[1/(1+1,8)]
(0,80 fin (eq.6)
diferenças )} =como
expressivas onas
de condições
Kc(0,92)}
min {(1,20), med (eq.4) poderão
=climáticas
0,92
ser ajustados
durante Para
Kc = fcmensalmente.
2:da
0,30
o2ciclo Kd = min
+cultura,
20,92 {(1,5 –
. (1,22
tanto .o0,80),
0,30) (0,80
valor de
[1/(1+1,8)]
Kcfin (eq.6) )} =como
min {(1,20),
o de Kc(0,92)} = 0,92
med (eq.4) poderão
Kc2 = 0,30
serajustados + 0,92 . (1,22 – 0,30)
mensalmente.
1,15
 Kc32 = 1,15
Exemplo 7 emefunção
- Estimativa de Kcmed Kcfin da altura e da fração coberta do solo
Exemplo
Dados: 7
Exemplo - Estimativa de Kc em função da altura e da fração coberta do solo
Dados: 3 - Estimativa de Kcmed e Kcfin
Dados:
 Mesmos dados do Exemplo 6, mas com Ksolo diferente
 Altura das plantas (h) = 1,80 m
Dados:
 Mesmos
K dados
solo = 0,80 do Exemplo
(superfície 6, úmida)
do solo mas com Ksolo diferente
 Velocidade média do
Altura das plantas (h) vento
= 1,80a m2,0 m de altura (V2) = 1,0 m s-1
Estimativa
 Ksolo = de Kc:(superfície do solo úmida)
0,80
 Valor médiomédia
Velocidade no período da umidade
do vento relativa
a 2,0 m de alturamínima do ar
(V2) = 1,0 m (UR
s-1 min) = 60%
Estimativa de Kc:
 Valor
Kc1 = médio
Estimativa 0,80 no
de Kc+med : período
0,60 . (1,22da umidade relativa mínima do ar (URmin) = 60%
– 0,80)
 0,3
Kc1 =eq.4:
 Pela
Estimativa 1,05Kcmed
de Kc med: = 0,85 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)
 Kc
Pela
med
2 = 0,76
=eq.4:
0,80 + 0,92
Kc . (1,22 – 0,80)
med = 0,85 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)
0,3

 Kc2med= 1,19
Estimativa = 0,76
de Kcfin:

Pela eq.5:
Observações
Estimativa Kcfinfin: = 0,45 + [0,04 . (1 – 2) – 0,004 . (60 -45)] . (1,80/3)0,3
de Kc
 Kcfin =
Pela 0,36Kcfin =os
Comparando-se
eq.5: Exemplos
0,45 + [0,04 .6(1
e–7,2)
verifica-se
– 0,004 . que as condições
(60 -45)] . (1,80/3)da
0,3 superfície

 do
Exemplo
solo
Kc4fin irão afetar os valores de Kc de forma mais acentuada para menores
- =Estimativa
0,36 de Kcmed e Kcfin
fatores de cobertura do solo (fc).
Exemplo
Dados: 4 - Estimativa de Kcmed e Kcfin
 Se a superfície do solo apresentar cobertura vegetal ativa, o Ksolo representará
 Altura das plantas (h) = 1,80 m
Dados:
o Kc dessa vegetação, também podendo chegar a valores superiores a 1,0.

 Velocidade média do
Altura das plantas (h) vento 2,0 m de altura (V2) = 3,0 m s-1
= 1,80a m
 Valor médiomédia
Velocidade no período da umidade
do vento relativa
a 2,0 m de alturamínima do ar
(V2) = 3,0 m (UR
s-1 min) = 30%
 Valor médio no período da umidade relativa mínima do ar (URmin) = 30%
3. Modelo de Williams e Ayars (2005) para videiras conduzidas em espaldeira
Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas 9

Esse valor pode ser encontrado para videiras cultura. A relação entre Kc e PAS obtida nesse
conduzidas em espaldeira (MOYER et al., 2015), mas trabalho foi:
é inferior aos que, normalmente, são encontrados
para sistemas de condução do tipo latada ou em Y Kc = -0,008 + 0,017 . PAS (10)
(MORATIEL; MARTÍNEZ-COB, 2012; NETZER et al.,
2009; VILLAGRA et al., 2014), que apresentam, Observa-se que quando PAS for igual a zero, o Kc
normalmente, uma fc mais próxima a 1,00. Nesses apresenta um valor negativo (-0,008). Por essa
o de Williams e Ayars (2005) para videiras conduzidas em espaldeira
casos, como se observa na Figura 3, os valores de razão, na utilização da eq. 10, pode-se considerar
mo já mencionado,
Kc podem ser a fração coberta
superiores (fc), ou porcentagem de área
a 1,20. sombreadalinear como sendo igual a zero o que
o coeficiente
ura (PAS), afeta os valores de Kc das videiras. Quanto praticamente maior essanão afeta os resultados finais. Além da
No modelo de Allen e Pereira (2009), também podem Califórnia, esse modelo também tem sido adotado
gem, maior tende ao manejo
ser adotados ser a da transpiração
irrigação, comodasbase
plantas,
nos devido à maior
em outras regiões dos Estados Unidos, para cultivos
ação da radiação solar
três valores de pelo
Kc (Kdossel.
cini
, KcmedAlguns
e Kcfin),modelos
conformeempíricos foram, assim, (HELLMAN, 2015; MOYER et al.,
em espaldeira
vidos comapresentado
base nessenaprincípio.
Figura 1. O Kcini será equivalente ao 2015).
Kcsolo, enquanto que o Kcmed corresponderá ao Kc
iams e Ayars
sob as (2005), ao estudarem
condições de máxima ocobertura
consumodohídrico
solo nade videiras parapode
A PAS mesa ser estimada empregando-se um
n Seedlessárea em (Vitis
estudo. Se houver
vinifera) conduzidas em espaldeira
queda de folhas, o Kcfin na Califórnia,
gabarito quadriculado (Figura 4). Sabendo-se a
poderá ser calculado com base em fc. área de cada quadrícula pode-se estimar a área
ram uma relação linear entre a área sombreada pela copa e o uso de água
sombreada (AS) e, consequentemente, a relação
ura. A relação entre Kc e PAS obtida nesse
3. Modelo de Williams e Ayars (2005) para trabalho foi: percentual entre a AS e a área total da planta.
videirasconduzidas em espaldeira
Para esse tipo de sistema de condução, também
08 + 0,017 . PAS (11)
Como já mencionado, a fração coberta (fc), ou Para esse tipo de ser
pode sistema de condução,
empregada a largura também pode
da sombra ser empregada
projetada
porcentagem de área sombreada pela cultura (PAS),projetada
da sombra ao meio-dia (Figura (Figura
ao meio-dia 5), em que
5), aem
PASque
seráaestimada
PAS será estim
afeta os valores de Kc das videiras. Quanto maior
serva-se que quando PAS for igual a zero, o Kc apresenta um valor negativo pela expressão:
essa porcentagem, maior tende a ser aexpressão:
transpiração
Por essa razão, na utilização da eq. 11, pode-se considerar o coeficiente
das plantas, devido à maior interceptação da PAS = 100 . LS/EF (11)
mo sendoradiação
igual a zero o que praticamente não afeta os
solar pelo dossel. Alguns modelos empíricos resultados finais. Além
PAS = 100 . LS/EF
foram, assim,
rnia, esse modelo também desenvolvidos
tem sido com base em
adotado nesseoutras regiõesem dosque LS é a largura média sombreada ao meio-dia
Estados
princípio. (m) e EF é o espaçamento entre fileiras (m).
para cultivos em espaldeira
Williams (HELLMAN,
e Ayars (2005), 2015; MOYER
ao estudarem o consumo et al., 2015).
em que LS é a largura média sombreada ao meio-dia (m) e EF é o espaçam
PAS podehídrico
ser estimada empregando-se
de videiras um gabarito
para mesa Thompson quadriculado (Figura 4).
Seedless
fileiras (m).
(Vitis vinifera) conduzidas em espaldeira na
-se a área de cada quadrícula pode-se estimar a área sombreada (AS) e,
Califórnia, encontraram uma relação linear entre
entemente, a relação
a área percentual
sombreada entre
pela copa eoa uso
AS edea água
área pela
total da planta.

– Gabarito usado para estimar a área sombreada por5videiras


Figura conduzidas
– Estimativa no média sombreada por videiras conduzidas n
da largura
espaldeiraFig.
(Fonte: HELLMAN,
4 Gabarito usado para 2015).
estimar a área sombreada por videiras Fig. 5 Estimativa
espaldeira (Fonte: HELLMAN, 2015). da largura média sombreada por videiras
conduzidas no sistema espaldeira (Fonte: HELLMAN, 2015). conduzidas no sistema espaldeira (Fonte: HELLMAN, 2015).
10 Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas

•  Modelo de Selles et al. (2012) para Os menores valores de PAS empregados no


videiras conduzidas em latada desenvolvimento desse modelo foram iguais a 20%,
resultando em um valor de Kc igual 0,31. Já para
Esse modelo foi desenvolvido no Chile, também PAS igual a 100%, o Kc seria igual a 1,27.
para a cultivar de mesa Thompson Seedless, só que
Na condução em latada, a determinação da PAS
conduzida no sistema latada. Nele, o valor de Kc
pode ser obtido pela expressão: pode ser realizada empregando-se gabaritos
semelhantes ao apresentado na Figura 5 ou imagens
gitais Kc
associadas a programas
= 0,072 + 0,012 computacionais
. PAS (12) paraassociadas
digitais cálculoa programas
de áreas. Valores para
computacionais de
cálculo de áreas. Valores de PAS para um parreiral
AS para um parreiral conduzido em latada são apresentados
conduzido em latadanasão
Figura 6. na Figura 6.
apresentados

gura 6Fig.– 6Estimativa da porcentagem


Estimativa da porcentagem coberta
coberta ou sombreada por videirasou sombreada
conduzidas por(Fonte:
no sistema latada videiras
SELLES conduzidas
et al., 2012).
sistema latada (Fonte: SELLES et al., 2012).
Modelos para estimativa dos coeficientes de cultivo (Kc) de videiras irrigadas 11

4. Videiras sob cultivo protegido para videiras, como, também, para outras fruteiras e
culturas perenes em geral (PEREIRA et al., 2015).
O uso de cultivo protegido é uma prática comum
em várias regiões. A tela plástica é usada, O modelo de Williams e Ayars (2005) tem sido
principalmente, para a proteção contra o ataque de empregado em algumas regiões com sistemas de
pássaros e morcegos e para evitar a incidência de condução em espaldeira. É necessário considerar,
granizo. Já a cobertura impermeável é empregada todavia, que os valores que originaram esse modelo
para proteger as folhas e frutos da precipitação foram obtidos em uma área irrigada por gotejamento,
pluvial, visando uma melhoria nas condições que apresenta uma pequena fração de solo úmido e
fitossanitárias das videiras. sem vegetação de cobertura.

Em geral, o cultivo protegido reduz a radiação Essa também foi a condição em que foi desenvolvido
solar e a velocidade do vento dentro do parreiral, o o modelo de Selles et al. (2012), muito embora o
que afeta a demanda hídrica atmosférica e o ciclo sistema de condução adotado tenha sido a latada.
fenológico das plantas, atrasando, inclusive, a Essa condição (irrigação por gotejamento e solo nu)
senescência foliar (CARDOSO et al., 2010). Esses é comum em regiões de clima árido e semiárido. Daí
fatores irão influenciar, por sua vez, os valores de o uso de coeficientes lineares fixos nesses modelos.
Kc. No entanto, em regiões de clima úmido e subúmido
é comum a manutenção de uma vegetação de
Sob cultivo protegido, os valores de Kc das videiras cobertura no solo. Por isso, esses modelos poderão
devem ser multiplicados por um coeficiente de apresentar maiores limitações de uso, nessas
redução (Kr): regiões.

Kccob = Kc . Kr (13) O modelo de Allen e Pereira (2009) permite o cálculo


de Kc sob diferentes condições de cobertura do solo.
em que Kccob é o valor de Kc da videira sob cobertura Além disso, graças ao coeficiente de densidade (Kd),
plástica. os valores de Kc apresentam um comportamento
linear até um valor de fc igual a, aproximadamente,
Nessas condições, os valores de Kc podem 0,50, quando, então, passa a assumir um
apresentar reduções médias de, aproximadamente, crescimento potencial, com taxas menores do que as
35% do valor que seria observado na ausência anteriores.
da cobertura plástica sobre o parreiral (CARDOSO
et al., 2008; MORATIEL; MARTÍNEZ-COB, 2012; Os modelos apresentados nesse trabalho devem
PIRKNER et al., 2014; SILVA, 2011; SUVOCAREV ser utilizados como primeiras aproximações no
et al., 2013). Isso equivale a um valor de Kr igual a cálculo dos valores de Kc em áreas com videiras
0,65. No entanto, esse valor deve ser considerado irrigadas. Ajustes locais empregando-se, por
uma primeira aproximação, uma vez que novas exemplo, o monitoramento da água no solo, poderão
pesquisas poderão apresentar resultados diferentes ser realizados, adequando-se os coeficientes às
(MORATIEL; MARTÍNEZ-COB, 2012). diferentes condições de cultivo.

Considerações gerais Referências

Para as videiras, os valores de Kc recomendados pelo ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S. Estimating crop
Modelo da FAO (Tabela 1) só devem ser adotados coefficients from fraction of ground cover and
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densidade e em conduções do tipo latada e em Y,
devem ser empregados modelos em que o Kc seja ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH,
estimado com base na fração (fc) ou porcentagem M. Evapotranspiración del cultivo: guías para la
(PAS) de área de solo coberta pela cultura. Essa é determinación de los requerimientos de agua de los
uma tendência que tem sido observada, não somente cultivos. Roma: FAO, 2006. 298p. (Estudios FAO:
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Circular Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Comitê de Presidente: César Luis Girardi
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Técnica, 132 Publicações
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Bello Fialho

1ª edição
Expediente Editoração gráfica: Cristiane Turchet
Normalização: Rochelle Martins Alvorcem

CGPE 13204

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