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1. Split Pond
Figura XX – Representação do sistema Split pond. As setas indicam a direção do fluxo da água
entre os dois compartimentos do viveiro.
1.2. Benefícios
A agua que retorna para a área de cultivo apresenta menores teores de amônia e
gás carbonico e é rica em oxigênio. Este mecanismo possibilita maior eficiência de uso
do recurso hídrico, uma produção anual de 3 a 4 vezes maior que em viveiros
convencionais além de maior taxa fotossintética (8 a 12 g de C fixado/m²/dia) quando
comparado aos viveiros tradicionais (2 a 4 g de C fixado/m²/dia). Apresenta também o
uso eficiente do espaço físico, viabiliza a operação em áreas com recursos hídricos
limitados e possibilita policultivo com tilápia e camarão, como mostrado na Figura XX
(KUBITZA, 2015).
1.3. Problemática
Para Kubitza (2011) quanto mais proteína na ração, maior será o teor de
nitrogênio, resultando em resíduos com baixa relação C/N. Uma ração com 16% de
proteína possui relação C:N próxima de 20:1, ideal para a formação de bioflocos.
Aplicações periódicas de fonte rica em carbono como açúcar, melaço, farinhas de trigo
e de mandioca, quirera de arroz, fubá, resíduos de padaria ou pastifício, entre outras
possibilidades asseguram a relação C:N presente na agua, onde geralmente são definidas
com base na concentração de nitrogênio.
Um exemplo desta prática pode ser visto na cidade de Uruguaiana, no Rio Grande
do Sul, localizada a mais de 500 km da costa. Nesta cidade encontra-se o “Projeto
Camaroeste”, uma fazenda modelo de produção de camarões Litopenaeus vannamei em
sistema BFT, que se encontra no quinto ciclo de cultivo, sempre reutilizando a mesma
água (MUTTI et al. 2013).
2.2. Benefício
O sistema proposto não gera efluente, necessita de menor volume de agua, menos
área de cultivo, podem ser conduzidas em estruturas completamente isoladas do
ambiente natural além de apresentar características de sustentabilidade e biossegurança
bastante atrativas (WASIELESKY et al., 2006).
Figura XX- Visão de um raceway utilizado para produção de camarões marinhos, onde utiliza-se forte
aeração para manutenção do biofloco em suspensão.
3.2. Benefícios
3.3. Problemática
Este sistema apresenta risco de perdas de produção por falha instrumental e/ou por
proliferação de doenças em todo o sistema, exigindo do piscicultor uma atenção maior
quanto aos pontos críticos do sistema (KUBITZA, 2000), além da necessidade de
grandes áreas de instalação (CREPALDI et al, 2006).