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DRACENA/SP
2021
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1-INTRODUÇÃO
O sistema de irrigação localizada aplica a água ao solo diretamente sobre a
região radicular em pequenas quantidades (entre 1 e 20 litros por hora) e com alta
frequência (turnos de rega diários ou de até quatro dias), visando a manutenção da
umidade do solo na zona radicular próxima da capacidade de campo (máxima
capacidade de retenção de água pelo solo). Para tais sistemas, a água é aplicada via
tubos perfurados com orifícios de pequenos diâmetros, por meio de gotejadores (peças
conectadas às linhas laterais que possuem a capacidade de dissipar a pressão disponível
na linha lateral através da aplicação de água de modo constante e em pequenas vazões)
(BERNARDO, SOARES e MANTOVANI, 2006).
A capacidade de campo deve ser utilizada unicamente como indicação do
armazenamento de água no solo; não se deve relacioná-la com a água disponível às
plantas. Por outro lado, visando aplicar esses conceitos em projetos de irrigação, pode-
se afirmar que a capacidade de campo não expressa adequadamente o limite superior de
disponibilidade de água às plantas, resultando em erros na frequência e lâminas de
irrigação a serem aplicadas no solo. Os resultados demonstram que a drenagem ou
redistribuição de água no perfil do solo é praticamente negligenciável após 24 horas do
início da drenagem (PETRY et al., 2000),
A disponibilidade de água não está ligada de forma direta à capacidade de
armazenamento de água do solo. Este depende de aspectos como o espaço poroso e a
profundidade do solo, enquanto a disponibilidade depende de fatores intrínsecos do solo
e da capacidade das plantas em extrair água nos diferentes teores de umidade e níveis de
energia de retenção (KNIES, 2010). O conhecimento desses aspectos é importante para
o manejo da água na agricultura irrigada e não irrigada, principalmente para um
planejamento correto da atividade agrícola.
Na agricultura não irrigada, o aspecto mais importante é a associação da época
de semeadura com o período de maior disponibilidade hídrica às culturas, além da
utilização de variedades tolerantes e/ou resistentes a curtos períodos de deficiência
hídrica no solo (PETRY et al, 2007). A utilização da capacidade de armazenamento de
água disponível (CAD) tem sido difundida e sua determinação é realizada pela diferença
de conteúdo volumétrico de água entre os limites superior e inferior de disponibilidade
de água às plantas, considerando cada camada do perfil de solo explorado pelo sistema
radicular das plantas (CARLESSO, 1997).
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Nos últimos anos, a área de cultivo de abacaxi em condições de irrigação tem
aumentado consideravelmente no Brasil. Isso se deve ao acirramento da competição nos
mercados, que têm dado relevância cada vez maior ao emprego de técnicas modernas de
cultivo que resultem na elevação da produtividade e da qualidade da produção, somado
ao fato de a irrigação permitir o deslocamento das colheitas para períodos de
entressafra, com preços mais favoráveis do produto. Dessa forma, o uso da irrigação
pode tornar a oferta de abacaxi mais uniforme ao longo do ano, o que é fundamental
para a conquista e a manutenção de novos mercados. Além disso, a fruticultura tropical,
incluindo o cultivo do abacaxi como uma das principais opções, tem-se tornado uma
alternativa muito procurada para projetos agroindustriais, sobretudo no Semiárido e no
Cerrado, onde a pluviosidade insuficiente, em volume e em distribuição, inviabiliza a
exploração econômica do abacaxi sem irrigação.
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requisitos básicos para a implantação da cultura. (EMBRAPA, CIRCULAR TÉCNICA
21).
O abacaxizeiro apresenta estádios de desenvolvimentos bem distintos os
coeficientes de cultivo (Kc) em função desses estádios podem ser obtidos na literatura
brasileira (Almeida 1995) citado por Carvalho (1998) e internacional (FAO, 1999).
As fases de maior demanda hídrica, segundo CARVALHO (1998), são as
seguintes:
a - do plantio ao segundo mês: é necessário umidade elevada e constante, a fim
de permitir o desenvolvimento das raízes e uma boa pega das mudas. Nessa fase a
planta não tolera variação de umidade, uma vez que as raízes estão muito próximas da
superfície do solo e morrem rapidamente com a seca;
b - do terceiro ao quinto mês: as necessidades hídricas da planta são crescentes,
por causa da emissão e desenvolvimento das raízes e das folhas. No entanto, pelo fato
de o solo não estar todo coberto, ocorre alta evaporação, necessitando de irrigações
crescentes com lâminas mais elevadas;
c - do sexto mês ao término da diferenciação floral (aproximadamente 50 dias
após a indução): quando o desenvolvimento foliar é máximo e as necessidades hídricas
das plantas são altas. Não é recomendado nesse período nem o racionamento, nem o
excesso de água, uma vez que o crescimento ativo nesse estádio torna a planta com
maior probabilidade de altos rendimentos e frutos de melhor qualidade;
d - da floração a colheita: nessa fase os frutos crescem e ganham forma em
função do potencial inicial e do clima. A planta é tão sensível à falta quanto ao excesso
de umidade, ocorrendo o pique de sensibilidade um mês antes da colheita;
e - durante a fase propagativa (produção de mudas) ou da segunda safra: seguir
as indicações da letra "b", logo após a colheita dos frutos até 60 dias após a indução
floral,e letra " d", do início da floração até a colheita dos frutos.
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Quadro1- Coeficientes de cultivo (Kc) em função dos estádios de desenvolvimento do
abacaxizeiro.
Desenvolvimento vegetativo Do final do 1° estádio até cobrir 70 a 80% de Varia linearmente entre os
seu desenvolvimento valores do 1° ao 3°
estádios
Intermediário ou de produção Do final do 2° estádio até o início da 1,0 a 1,2
maturação
Final ou de maturação Do início da maturação até a colheita ou fim Varia linearmente entre o
da maturação 3° estádio e 0,4 a 0,6
Fonte: Almeida (1995) citado por Carvalho (1998).
O projeto foi idealizado para a cidade de Frutal MG, com a evapotranspiração máxima
de 5,2 mm.dia-1 para um turno de trabalho máximo de 20 horas por dia. A fonte de água
é de um poço profundo com vazão de 60 m3/h, com água de excelente qualidade.
A densidade aparente do solo é de 1,3 g/cm3, classificado como solo de textura média e
apresentando uma velocidade de infiltração básica de 8 mm/h.
Os critérios adotados para a escolha do emissor foram a facilidade de instalação e
manutenção, durabilidade do sistema, confiabilidade da marca e resistência. Além dos
critérios qualitativos do emissor, o mesmo deverá atender as exigências técnicas
necessárias para o correto funcionamento do sistema, fornecendo a quantidade de água
(Vazão) necessária para as plantas dentro das horas de trabalho disponíveis por dia, que
no caso foi de 18 horas, estar dentro da velocidade permitida para água nas linhas
laterais e não gerar perda de carga superior à permitida nas linhas laterais de acordo
com a pressão de serviço (PS). A eficiência considerada para o sistema foi de 90%.
Assim foi escolhido o Gotejador (tubo gotejador Mexdrip 26 MIL) com vazão de 1,6
L/h na pressão de serviço de 10 m.c.a. (AMANCO 2017) e tubo PELBD (polietileno de
baixa densidade) com espessura de 16 mm (Irritec 2017).
Para o dimensionamento das Linhas de derivação vão ser utilizados um tubo PN40 75
mm com a espessura de parede interna de 1,5 mm e tubo PN 40 35 mm e= 1,5 mm .
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No dimensionamento da Linha Principal e Linhas secundárias o tubo a ser utilizados são
de PN 40 de 100 mm com a espessura da parede de 2,00 mm e para o dimensionamento
da linha de sucção o tubo a ser utilizado é de PN 40 de 125 mm com a espessura da
parede interna de 2,5 mm. (Catálogo Tigre 2020). A bomba selecionada é a Bomba
submersa Leão 4r5pa-17 360 3 cv Monofásica 220 v.
3-DIMENSIONAMENTO DA ÁREA
Cálculo da evapotranspiração
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Qp= 544,0991 m-1 20h
4- LAY OUT DA ÁREA
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Tempo de Irrigação
Ti= V/Q
Ti= 0,7338/1,6
Ti=0,4586 x 40 setores
Ti= 18,35 horas
Número de plantas
Comprimento da linha lateral/ espaçamento entre plantas
Número de plantas= 65 /0,3= 217 plantas.
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f blasius
f=0,316× NR -0,25
f= 0,316× 7617,87-0,25
f=0,0338
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Trecho 1-2=14 x 0,9= 12,6 m
Trecho 2-3= 8 x 0,9= 7,2 m
f=0,316× NR -0,25
f= 0,316× 74458,15-0,25
f=0,01912 m.c.a
hf= f ×( L/D)×( V²/2×g)
hf= 0,01912× (12,6/0,072)×(1,04138²) /2×9,8)
hf= 0,18513 m.c.a
F14= 0,37
hfms1-2=hfLL×F
hfms1-2=0,18513×0,37
hfms1-2= 0,0684 m.c.a (perda)
Declividade de 2,5%= a cada 100 metros de 2,5 m de DN ou 0,025 mm
DNL1-2= 0,025×12,6=0,315 m.c.a (ganho)
f=0,316× NR -0,25
f= 0,316× 74458,15-0,25
f=0,01912 m.c.a
hf= f ×( L/D)×( V²/2×g)
hf= 0,01912× (12,6/0,072)×(1,04138²) /2×9,8)
hf= 0,18513 m.c.a
F14= 0,37
hfms1-2=hfLL×F
hfms1-2=0,18513×0,37
hfms1-2= 0,0684 m.c.a (perda)
Declividade de 2,5%= a cada 100 metros de 2,5 m de DN ou 0,025 mm
DNL1-2= 0,025×12,6=0,315 m.c.a (ganho)
f=0,316× NR -0,25
f= 0,316× 74458,15-0,25
f=0,01912 m.c.a
hf= f ×( L/D)×( V²/2×g)
hf= 0,01912× (12,6/0,072)×(1,04138²) /2×9,8)
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hf= 0,18513 m.c.a
F14= 0,37
hfms1-2=hfLL×F
hfms1-2=0,18513×0,37
hfms1-2= 0,0684 m.c.a (perda)
Declividade de 2,5%= a cada 100 metros de 2,5 m de DN ou 0,025 mm
DNL1-2= 0,025×12,6=0,315 m.c.a (ganho)
f=0,316× NR -0,25
f= 0,316× 60848,61-0,25
f=0,02011 m.c.a
hf= f ×( L/D)×( V²/2×g)
hf= 0,02011× (7,2/0,032)×(1,91483² /2×9,8)
hf=0,84644 m.c.a
F8=0,398
hfms2-3=hfLL×F
hfms2-3=0,84644×0,398
Hfms 2-3= 0,33688 m.c.a (perda)
Declividade de 2,5%= a cada 100 metros de 2,5 m de DN ou 0,025 mm
DNL1-2= 0,025×7,2=0,18 m.c.a (ganho)
hffinal= DN- hfms1-2=
hfinal=0,18-0,33688= -0,15688 gastou
Nos trechos pode se gastar 0,9 m.c.a
hf disponível para o trecho 2-3= 1,1466-0,15688= 0,98972 m.c.a
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Qtubo LD1-2= 100mm
Hfls= (hfLD1-2/ Ctrecho1-2)×CLs
Hfls= (0,1851/12,6)×65
Hfls= 0,95488 m.c.a
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hfL.sucção= 0,00195 m.c.a.
Cálculo da perda de carga em peças especiais
hfLocalizada=(hfLS+hfLP+hfLsucção) x 5%
hfLocalizada= (0,95488+17,8607+0,00195 ) x 5%
hfLocalizada=0,9410 m.c.a
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PTotal setor 25-26= 30,0707 - (17,86/450x250,25) - (11,25/450x250,25)= 13,8823
m.c.a
PTotal setor 26-27= 30,0707 - (17,86/450x269,5) - (11,25/450x269,5)= 12,6370 m.c.a
PTotal setor 28-29= 30,0707 - (17,86/450x288,75) - (11,25/450x288,75)= 11,3917
m.c.a
PTotal setor 31-32= 30,0707 - (17,86/450x 327,25) - (11,25/450x 327,25)= 8,9012
m.c.a
PTotal setor 33-34= 30,0707 - (17,86/450x346,5) - (11,25/450x346,5)= 7,656 m.c.a
PTotal setor 35-36= 30,0707 - (17,86/450x365,75) - (11,25/450x365,75)= 6,4107 m.c.a
PTotal setor 37-38= 30,0707 - (17,86/450x385) - (11,25/450x385)= 5,1654 m.c.a
PTotal setor 39-40= 30,0707 - (17,86/450x404,25) - (11,25/450x404,25)= 3,9202 m.c.a
5- CONCLUSÃO
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6- LISTA DE MATERIAIS
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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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