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produtoras do brasil
RESUMO
O Brasil é o maior produtor de soja mundial atualmente, porém, embora se
tenha altas produtividades, ainda são muitos os desafios. Os fatores de ordem
climática têm afetado significativamente o desempenho de muitas regiões produtoras,
principalmente casos de baixa precipitação pluvial. No caso de déficit hídrico, uma das
soluções é a utilização da irrigação com manejo adequado, a qual pode minimizar as
quebras de safras sob esta condição, mas é essencial que antes disso sejam
avaliados o retorno produtivo e a demanda de irrigação de cada local.
APRESENTAÇÃO
MATERIAL E METÓDOS
Para o solo foi considerada a textura média, com água disponível para as
plantas de 1,0 mm cm-1 de raiz, sendo que para soja foi considerado a profundidade
máxima do sistema radicular de 80 cm, conforme apresentado por Battisti e Sentelhas
(2017).
em que: PPBP é a produtividade bruta de matéria seca para uma cultura padrão
com IAF = 5, em kg MS ha-1dia-1 e ND é o número de dias do ciclo entre semeadura
e colheita. A PPBp foi estimada para o período do dia de céu limpo (PPBC) e de céu
nublado (PPBn), a partir das eq. (2) e (3), respectivamente, em que a relação da parte
do dia de céu limpo e nublado é dado pelos valores de insolação e fotoperíodo.
𝑛
𝑃𝑃𝐵𝐶 = (107,2 + 8,604 ∗ 𝑄𝑂 ) ∗ 𝑐𝑇𝑐 ∗ (2)
𝑁
𝑛 (3)
𝑃𝑃𝐵𝑛 = (31,7 + 5,234 ∗ 𝑄𝑂 ) ∗ 𝑐𝑇𝑛 ∗ (1 − )
𝑁
em que: cTc e cTn foram estimados a partir da temperatura média do ar, n é a
insolação, em horas, Qo é irradiância solar global extraterrestre, em MJ m -2 dia-1, e N
o fotoperíodo, em horas, ambos calculados a partir do dia do ano e da latitude de cada
local.
A soma de PPBn e PPBc em cada dia resultou no total diário, ou seja, PPBp.
Em seguida o valor do PPBp foi corrigido pelos índices apresentados a seguir.
CIAF = 0,0093 + 0,185 ∗ IAFmax − 0,0175 ∗ IAFmax2 (Para IAFmax < 5,0) (4)
(5)
𝐶𝐼𝐴𝐹 = 0,5 (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝐼𝐴𝐹𝑚𝑎𝑥 ≥ 5,0)
Correção para índice de colheita (CC): este se refere à relação entre a parte
colhida de interesse, neste caso os grãos, com a matéria seca total produzida ao final
do ciclo da cultura. O valor utilizado foi de 0,45, conforme apresentado por Battisti et
al. (2018).
𝐸𝑇𝑟
𝑃𝐴 = [1 − 𝐾𝑦 ∗ (1 − )] ∗ 𝑃𝑃𝐹 (6)
𝐸𝑇𝑐
Os valores de Ky foram iguais a 0,05 para a fase S-V1, 0,20 para V2-R1, 0,90
para a fase R1-R5.5 e de 0,10 para a fase R6-R8 (Battisti, 2013). As siglas
correspondem as fases de semeadura e folhas unifolioladas completamente
desenvolvida (S-V1), desenvolvimento vegetativo, compreendido entre primeira folha
trifoliolada completamente aberta e o início de florescimento (V2-R1),
floração/enchimento de grãos, compreendido entre o início da floração e fim do
enchimento de grãos (R1-R5.5), e maturação, compreendido entre grãos
completamente cheios e a maturação fisiológica (R6-R8). Na Eq. 6, a PPF
corresponde ao somatório total do ciclo, enquanto a penalização foi realizada para
cada uma das fases de forma multiplicativa e individual, obtendo-se a PA final.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadrado Médio
FV GL Produtividade Volume Irrigado
Data da semeadura (D) 2 349637,078 NS 2977,097 NS
NS: não significativo, *Significativo a 5%, **Significativo a 1%, ***Significativo a 0,001% pelo teste F.
Nota-se que para o cultivo irrigado, Cruz Alta, no estado do Rio Grande do Sul,
apresentou a maior produtividade, obtendo o valor de 10.417 kg ha -1, enquanto
Balsas, no estado do Maranhão, apresentou o menor valor, de 8.560 kg ha -1 (Tabela
2). Além disso, sob este manejo, somente os municípios de Sorriso, no estado do
Mato Grosso, e Cristalina, no estado de Goiás, não diferiram entre si. Em sistema de
sequeiro, o município de Sorriso apresentou a maior produtividade, chegando a 8.854
kg ha-1 (Tabela 2). Pode-se destacar que os municípios de Cruz Alta, Luís Eduardo
Magalhães, no estado da Bahia, e Balsas, apresentaram as menores produtividades
sob condição de sequeiro, variando de 5.848 a 6.022 kg ha -1 (Tabela 2).
Sorriso - MT
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOORENBOS, J.; KASSAM, A.M. Yield responde to water. Rome: FAO, 1979. 300 p.
(Irrigations and Drainage Paper, 33).
THORNTHWAITE, C.W.; MATHER, J.R. The water balance. Next Jersey: Drexel
Institute of Technology, 1955. 104 p. (Publications in Climatology, 1).
*Informo que assisti somente duas palestras, todavia possuo certificado somente da
que está em anexo. Não assisti mais palestras devido ao fato de ter uma grade bem
cheia de aulas remotas no início do programa, as quais me cansavam muito. Além
disso, iniciei meu estágio logo em seguida, conciliando com outras atividades
extracurriculares.