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Cogeração

DSc. Eng. Samuel Moreira Duarte Santos


Engenheiro Mecânico
CREA MG 106478D

Rio de Janeiro, 03 de julho 2023

Classificação: Interna
Agenda
• Cogeração com turbina a vapor;
• Cogeração com cargas ajustáveis;
• Cogeração com turbina a gás;
• Cogeração com ciclo combinado;
• Cogeração com motor de combustão interna;
• Quis;
• Trabalho; e
• Prova.

Classificação: Interna
Cogeração com turbina a
vapor

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Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor

Classificação: Interna
Termoelétrica e cogeração

• A cogeraçã o é o processo de produçã o combinada de calor ú til


e energia elé trica ou mecânica, de modo simultâneo e
sequenciado, a partir da queima de um combustível;
• Melhorar o aproveitamento da energia produzida pelo
combustível, reduzindo-se as perdas;
• Empregar o calor rejeitado pelos ciclos de potência em
processos industriais, ou para aquecimento de residências e
edifícios, ou ainda para a geraçã o de frio; e
• A potência elé trica, por sua vez, pode ser consumida pela
pró pria instalaçã o de cogeraçã o ou ser vendida para outros
consumidores ou para uma concessioná ria de serviço elé trico.

Classificação: Interna
Termoelétrica e cogeração
• Nas centrais termelé tricas de cogeraçã o ocorre a geraçã o
simultânea de energia elé trica e té rmica a partir de um
mesmo combustível, que pode ser um derivado de petró leo,
gá s natural, carvã o ou biomassa;
• Alta eficiência;
• A cogeraçã o pode ser realizada utilizando-se como
acionadores primá rios tanto as turbinas a vapor como as
turbinas a gá s e os motores de combustã o interna,
incluindo os ciclos combinados;
• A rejeiçã o de calor nã o convertido em potência de eixo
pode, entã o, ser utilizado para atender uma demanda
té rmica; e
• O rendimento total de uma central de cogeraçã o considera
como energia ú til a soma da potência elé trica e do consumo
de calor pelo consumidor externo. Classificação: Interna
Termoelétrica e cogeração
• Uma unidade de cogeração completa utiliza uma caldeira
para a produção de vapor, uma turbina a vapor com ciclo
Rankine e um gerador acionado pela turbina;
• O tipo mais comum no Brasil é o que utiliza bagaço de cana
como combustível, mas também há muitas unidades
utilizando gás natural; e
• Em geral a capacidade é acima de 10 MW, podendo atingir
centenas de MW.

Classificação: Interna
Termoelétrica e cogeração
• Em aplicações industriais as cogerações têm capacidade de
10 a 80 MW, de modo geral;
• Na foto abaixo, uma cogeração com bagaço, mostrando a
pilha de retorno de bagaço, a máquina que faz a
movimentação do combustível, as esteiras transportadoras
de combustível e de retorno do excesso e duas caldeiras; e
• As turbinas e geradores em geral ficam num edifício anexo
ao das caldeiras

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor
• Produção de potência se dá simultaneamente à
utilização do calor rejeitado pelo ciclo, na forma
de vapor de baixa pressão rejeitado pela turbina a
vapor e que pode atender com bons resultados às
necessidades de calor típicas de uma ampla gama
de indústrias, como de alimentos e bebidas, têxtil
e química; e
• Nos sistemas de cogeração a vapor, a eficiência
global, que relaciona o calor utilizado com o calor
entregue aos ciclos, pode ser superior a 80%.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor:
Ciclo Rankine
• É o ciclo das turbinas a vapor, convertendo calor
Vapor de alta
(extraído do combustível) em energia mecânica pressão
eixo

(potência no eixo da turbina);


turbina
• É composto de 4 fases: Vapor de
baixa pressão
caldeira
• Compressão da água pela bomba; combustível
Condensador
• Aquecimento e vaporização a pressão constante ou processo

na caldeira; bomba

• Expansão na turbina; e
• Condensação (no condensador ou nos
equipamentos de processo que utilizam vapor).

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor:
Ciclo Rankine
• Para máxima eficiência a pressão e a temperatura do Vapor de alta
pressão
eixo
vapor devem ser as maiores possíveis;
• O retorno do condensado pode ser feito por um turbina Vapor de
baixa pressão
condensador, mas em cogeração o vapor tem utilidade, caldeira
combustível
então a condensação acontece no seu uso, dentro do Condensador
ou processo

processo; e
bomba

• A cogeração é possível porque a turina fornece calor na


forma de vapor de baixa pressão e energia mecânica no
eixo, que normalmente aciona um gerador.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor
• Os dois tipos de turbinas a vapor mais utilizados são a
contrapressão e a de extração;
• Outra variação do sistema de cogeração do ciclo topping da
turbina a vapor é a de extração-condensação que pode ser
empregada onde o usuário final precisa de energia térmica em
dois diferentes níveis de temperatura;

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor

• As turbinas a vapor de condensação total são


geralmente incorporadas em locais onde o calor
rejeitado do processo é usado para gerar energia; e
• As turbinas a vapor de condensação são aquelas que
aproveitam ao máximo a energia potencial do vapor;
e
• Logo, o vapor que sai da turbina não pode mais ser
aproveitado para a geração de energia devido ao seu
conteúdo já em estado líquido.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a vapor
• A vantagem específica de usar turbinas a vapor em comparação

com os outras formas primárias é a opção de utilizar uma ampla

variedade de combustíveis convencionais e alternativos, como

carvão, gás natural, óleo combustível e biomassa;

• A eficiência de geração de energia da demanda por eletricidade

pode ser maior que um MW até algumas centenas de MW; e

• Devido à inércia do sistema, seu funcionamento não é adequado

para locais com demanda de energia intermitente.


Classificação: Interna
Cogeração com cargas
ajustáveis

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor

Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor
• O acionamento da turbina se dá pela expansã o do vapor
de alta pressã o procedente de uma caldeira
convencional;
• Apó s a expansã o, o vapor de baixa ou de mé dia pressã o
rejeitado pelas turbinas pode ser aproveitado em um
processo industrial que necessite de vapor ou energia
té rmica a temperaturas relativamente baixas,
geralmente abaixo de 200°C;
• Ao se utilizar o vapor de escape da turbina, as perdas
totais se reduzem significativamente devido à utilizaçã o
do vapor de escape em um processo industrial, podendo
alcançar uma eficiência energé tica global da ordem de
82%); e
• Um sistema de cogeraçã o a vapor pode utilizar qualquer
tipo de combustível, desde resíduos industriais até o gá s
natural.
Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor ideal

• Para uma usina de cogeração ideal 𝜀𝑢 = 100%;

• Usinas de cogeração ideais não são usadas na prática pois


não há opções de ajuste de potência e carga térmica

𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜+𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑊ሶ 𝐿𝑖𝑞 +𝑄ሶ 𝑃


𝜀𝑢 = =
𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑄ሶ 𝐸𝑛𝑡

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis
Primeira Lei da Temodinâmica para Volume de Controle:
Válvula de expansão isoentálpica
𝑞1,2 − 𝑤1,2 = ℎ2 − ℎ1

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis
• Demanda de vapor de

processo elevada:

• Todo o vapor sai em 6;

• Vazão em 7 é zero; e

• Válvula fechada.

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis
• Demanda de vapor de

processo mais elevada;

• Todo o vapor sai em 6;

• Vazão em 7 é zero; e

• Válvula aberta e parte do

vapor passa pela valvula.

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis
• Demanda de vapor de processo

ainda mais elevada(máximo de

vapor de processo):

• Válvula aberta e todo do vapor passa

pela válvula;

• Nada passa pela turbina; e

• Nenhuma potência é gerada na

turbina. 24
Classificação: Interna
Cogeração com turbina a vapor:
cargas ajustáveis
• Sem demanda de vapor de
processo (máxima potência
gerada);

• Todo o vapor passa pela


turbina e condensador;

• Válvula fechada;

• Nenhum vapor de processo é


gerado; e

• A potência máxima é atingida.


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Classificação: Interna
Análise energética:
Primeira lei da Termodinâmica

𝑄ሶ 𝑒𝑛𝑡 = 𝑚ሶ 3 ℎ4 − ℎ3

𝑄ሶ 𝑠𝑎𝑖 = 𝑚ሶ 7 ℎ7 − ℎ1

𝑄ሶ 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 = 𝑚ሶ 5 ℎ5 + 𝑚ሶ 6 ℎ6 − 𝑚ሶ 8 ℎ8

𝑊ሶ 𝑇𝑢𝑟𝑏 = 𝑚ሶ 4 − 𝑚ሶ 5 ℎ4 − ℎ6 + 𝑚ሶ 7 ℎ6 − ℎ7

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Classificação: Interna
Cogeração com turbina a
gás

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Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás:
Ciclo Brayton

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás:
Ciclo Brayton
• É o ciclo das turbinas a gás;
combustível
Câmara de
combustão

• As fases são:
compressor turbina
• Compressão do ar;

• Combustão a pressão constante;


entrada de ar saída de gases
• Expansão na turbina; e quentes

• Exaustão.

• O trabalho para acionar o compressor é fornecido pelo próprio eixo da

turbina.
Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás:
Ciclo Brayton
combustível
• E energia mecânica é extraída no eixo da Câmara de
combustão
turbina, que normalmente aciona um
gerador; compressor turbina

• Os gases de saída têm alta temperatura, então


entrada de ar saída de gases
podem ser aproveitados numa cogeração; e quentes

• Existem turbinas estacionárias projetadas


para esse fim e turbinas de avião adaptadas,
como veremos mais à frente.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás
• Os sistemas de cogeração de turbinas

a gás podem produzir toda ou parte

da necessidade de energia do local;

• A energia liberada em alta

temperatura na chaminé de exaustão

pode ser recuperada em vários

aplicações de aquecimento e

refrigeração
Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás
• Embora o gás natural seja mais

comumente usado, outros

combustíveis como óleo

combustível leve ou diesel também

podem ser empregados;

• A faixa típica de turbinas a gás

varia de uma fração de MW a cerca

de 100 MW.
Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás
• A cogeração de turbinas a gás
provavelmente experimentou o
desenvolvimento mais rápido na últimos
anos devido:
• À maior disponibilidade de gás natural;
• Rápido progresso na tecnologia;
• Redução significativa nos custos de
instalação; e
• Melhor desempenho ambiental.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás
• Menor período de gestação para o

desenvolvimento de um projeto:

• Equipamentos podem ser entregues

em forma modular;

• A turbina a gás tem um curto tempo

de partida; e

• Oferece a flexibilidade operacional.

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com turbina a gás

• Embora tenha uma baixa eficiência


de conversão de calor para energia,
mais calor pode ser recuperado em
temperaturas mais altas;
• Se a saída de calor for menor do que
a exigida pelo usuário, é possível ter
queima de gás natural suplementar
misturando combustível adicional
ao combustível rico em oxigênio dos
gases de escape para aumentar a
saída térmica de forma mais
eficiente;

Classificação: Interna
Cogeração com ciclo
combinado

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Classificação: Interna
Sistema de cogeração: ciclo combinado

Classificação: Interna
Sistema de cogeração: ciclo combinado
• Por outro lado, se for necessária mais
potência no local, é possível adotar um ciclo
combinado;
• Combinação de turbina a gás e de turbina a
vapor;
• Vapor gerado a partir do gás de exaustão da
turbina a gás é passado através de uma
turbina de contrapressão ou extração-
condensação para gerar energia adicional;
• A exaustão ou o vapor extraído da turbina a
vapor fornece a energia térmica necessária.
Classificação: Interna
Ciclo Combinado
Vapor de alta
combustível pressão gerador
Câmara de
combustão

gerador
turbina
compressor turbina Vapor de
baixa pressão
caldeira

Condensador

entrada de ar saída de gases


quentes bomba

Como os gases de saída da turbina do ciclo


Brayton são muito quentes, é possível utilizá-los
numa caldeira de recuperação para produzir
vapor e então produzir eletricidade num ciclo
Rankine, com turbina a vapor
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Classificação: Interna
Ciclo Combinado
• A caldeira do ciclo Rankine é substituída por um

trocador de calor que é alimentado pelos gases de

exaustão a alta temperatura do ciclo Brayton;

• A eletricidade é produzida duas vezes, na turbina

a gás com ciclo Brayton e na turbina a vapor; e

• Este ciclo é de alta eficiência e prioriza a produção

de eletricidade. É muito utilizado em centrais

elétricas a gás natural.


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Classificação: Interna
Ciclo Combinado:
Caldeira de recuperação de calor
Heat Recovery Steam Generator - HRSG
• Normalmente a caldeira de recuperação

tem uma pós-queima para elevar a

temperatura e a eficiência; e

• Uma instalação de ciclo combinado tem

alta eficiência e baixas emissões devido à

pós-queima da caldeira, que reduz o Nox.

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Classificação: Interna
Ciclo Combinado:
Caldeira de recuperação de calor
Heat Recovery Steam Generator - HRSG
• Na figura notam-se as duas turbinas no
centro, a turbina a gás e a turbina a
vapor;

• As caldeiras de recuperação têm esse


formato característico de perfil
trapezoidal acentuado;

• A caldeira de recuperação também é


chamada de HRSG, gerador de vapor por
recuperação de calor, na sigla em inglês
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Classificação: Interna
Cogeração com motor de
combustão interna

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Classificação: Interna
Sistema de cogeração com motor de combustão interna
• Elevada eficiência na geração de potência

em comparação com outros motores

primários; e

• Existem duas fontes de calor para

recuperação: gases de escape em alta

temperatura e sistema de água de

refrigeração da camisa do motor em baixa

temperatura.
Classificação: Interna
Sistema de cogeração com motor de combustão interna:
Ciclo Diesel
• É o ciclo dos motores a Diesel
• Também é um motor de 4 tempos, com as seguintes transformações:
• Compressão
• Combustão
• Expansão
• Exaustão
• Diferentemente do ciclo Otto, somente o ar é comprimido e o combustível é
injetado no ponto morto superior;
• Os gases de saída têm alta temperatura e podem ser aproveitado para cogeração;
e
• A energia mecânica no eixo aciona um gerador.
Classificação: Interna
Sistema de cogeração com motor de combustão interna
• A recuperação de calor pode ser bastante eficiente

para sistemas menores;

• São mais populares com instalações de menor

consumo de energia;

• Particularmente aquelas com maior necessidade

de eletricidade do que de energia térmica; e

• Onde a qualidade do calor necessária não é alta,

por exemplo vapor de baixa pressão ou água

quente. Classificação: Interna


Sistema de cogeração com motor de combustão interna
• Embora o diesel tenha sido o combustível

mais comum no passado, os motores

principais também podem operar com

óleo combustível pesado ou gás natural;

• Estas máquinas são ideais para operação

intermitente;

Classificação: Interna
Sistema de cogeração com motor de combustão interna
• Seu desempenho não é tão sensível às

mudanças de temperatura ambiente

quanto as turbinas a gás;

• Investimento inicial baixo; e

• Operação e manutenção com custos

elevados devido ao alto desgaste.

Classificação: Interna
Trigeração e poligeração

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Classificação: Interna
Trigeração e poligeração

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Classificação: Interna
Ciclo de refrigeração por compressão de vapor

Classificação: Interna
Ciclo de refrigeração por absorção
• O ciclo tem similaridade com um ciclo convencional de Vácuo leve
refrigeração, porém em lugar do compressor é utilizada 35~40oC

a solução de brometo de lítio para absorver a água na


região após o evaporador e o calor para fazer o vapor
d’água alcançar pressão e temperatura mais altas;

• O vácuo no evaporador é bastante profundo para


evaporar a água mesmo em temperaturas baixas (4°C); Vácuo intenso
4~6oC
• Na parte superior, no gerador e no condensador, a
Esta parte substitui o compressor de um
temperatura fica em torno de 40°C e o vácuo é menos ciclo convencional de refrigeração

intenso;
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Classificação: Interna
Vídeo: Refrigeração por absorção

https://www.youtube.com/watch?v=Fen7uUnN0aA&feature=emb_logo
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Classificação: Interna
Planta de trigeração

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Classificação: Interna
Vídeo: Trigeração
Trigeração

https://www.youtube.com/watch?v=WPw5JzN_MtQ&feature=emb_logo

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Classificação: Interna
Estudo de caso

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Classificação: Interna
Estudo de caso
Uma turbina operando em regime permanente com bom isolamento térmico é mostrada
na figura abaixo. Vapor d’água entra a 3 MPa, 400 °C com uma vazão volumétrica de 85
m³/min. Uma parte do vapor é extraído da turbina a uma pressão de 0.5 MPa e
temperatura de 180 °C. O restante é expandido até uma pressão de 6 kPa e um título de
90%. A potência total desenvolvida pela turbina é de 11.4 MW. As energias cinética e
potencial gravitacional do vapor podem ser desprezadas. Determine a vazão mássica de
vapor nas duas saídas.

Classificação: Interna
Estudo de caso

• Hipóteses • Volume de controle


1. Regime permanente
2. Escoamento unidimensional;
3. Contorno adiabático;
4. Energias cinética e potencial
gravitacional desprezíveis;
5. Interação por trabalho apenas
através do eixo;

Classificação: Interna
Estudo de caso
• Reunindo propriedades • Volume de controle
• Ponto 1

m3
v1 = 0.0994
kg
kJ
h1 = 3230.9
kg

Classificação: Interna
Estudo de caso
• Reunindo propriedades • Volume de controle
• Ponto 2

m3 m3
v1 = 0.0994 v2 = 0.4045
kg kg
kJ kJ
h1 = 3230.9 h2 = 2812.0
kg kg

Classificação: Interna
Estudo de caso

• Reunindo propriedades • Volume de controle


• Ponto 3

3
m 3 3
m v = 21.365 m
v1 = 0.0994 v2 = 0.4045 3
kg kg v = v + x ( v kg
3 f −v )
g f

kJ kJ h = h + xh
h1 = 3230.9 h2 = 2812.0
3
kJ
f fg

kg kg h3 = 2325.8
kg

Classificação: Interna
Estudo de caso
• Conservação da massa
• Vazão mássica em 1 • Volume de controle

( AV )1 m3 1 kg
m1 = = 85 
v1 min 0.0994 m3

kg kg
m1 = 855.1 = 14.25
min s
• Aplicando ao VC...

m3 m3 m3
m = m
i e v1 = 0.0994
kg
v2 = 0.4045
kg
v3 = 21.365
kg
m1 = m2 + m3
kJ kJ kJ
h1 = 3230.9 h2 = 2812.0 h3 = 2325.8
kg kg kg

Classificação: Interna
Estudo de caso
• Conservação da energia • Volume de controle
• Aplicando ao VC...

 Vi 2 
 i i 2
m h + + gz i +Q =
  0
 0 
 Ve 2 
 e e 2
m h + + gz e  + WVC
 
 0  m3 m3 m3
v1 = 0.0994 v2 = 0.4045 v3 = 21.365
kg kg kg
m1h1 = m2 h2 + m3h3 + WVC kJ kJ kJ
h1 = 3230.9 h2 = 2812.0 h3 = 2325.8
kg kg kg

Classificação: Interna
Estudo de caso
• Conservação da energia
• Aplicando ao VC... • Volume de controle
m1h1 = m2 h2 + m3h3 + WVC
• Sabendo que...

m3 = m1 − m2 
m1h1 = m2 h2 + ( m1 − m2 ) h3 + WVC

m1 ( h1 − h3 ) − WVC
m2 =
h2 − h3
m3 m3 m3
kg ( kJ kJ v1 = 0.0994 v = 0.4045 v3 = 21.365
14.25  3230.9 − 2325.8 ) − 11400 kg 2 kg kg
s kg s
m2 = kJ kJ kJ
( 2812.0 − 2325.8 ) kJ h1 = 3230.9 h = 2812.0 h3 = 2325.8
kg 2 kg kg
kg
kg
m2 = 3.08
s
kg
 m3 = 11.17
s Classificação: Interna
Região de líquido comprimido
Para a região de Líquido comprimido, tem
a tabela de líquido comprimido, porém
pode-se aproximar os dados à saturação
para algumas propriedades desde que não
seja a pressões muito altas.
𝑣𝑙,𝑐 𝑃, 𝑇 ≈ 𝑣𝑙,𝑠𝑎𝑡 𝑇 → 𝑣𝐴 = 𝑣𝐵 = 𝑣
𝑢𝑙,𝑐 𝑃, 𝑇 ≈ 𝑢𝑙,𝑠𝑎𝑡 𝑇 → 𝑢𝐴 = 𝑢𝐵 = 𝑢
ℎ𝐴 = 𝑢𝐴 + 𝑝𝐴 𝑣𝐴 → 𝑢 = ℎ𝐴 − 𝑝𝐴 𝑣
ℎ𝐵 = 𝑢𝐵 + 𝑝𝐵 𝑣𝐵 → 𝑢 = ℎ𝐵 − 𝑝𝐵 𝑣
ℎ𝐴 − 𝑝𝐴 𝑣 = ℎ𝐵 −𝑝𝐵 𝑣 ℎ𝑙,𝑐 𝑇, 𝑃 = ℎ𝑙,𝑠𝑎𝑡 𝑇 + 𝑝 − 𝑝𝑠𝑎𝑡 𝑇 𝑣𝑙,𝑠𝑎𝑡 𝑇
ℎ𝐴 − ℎ𝐵 = 𝑝𝐴 − 𝑝𝐵 𝑣
Samuel Moreira Duarte Santos 65
Classificação: Interna
Referências Bibliográficas
ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A.; BUESA, Ignacio Apraiz. termodinâmica. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006.

MORAN, Michael J. et al. Fundamentals of engineering thermodynamics. John Wiley & Sons,
2010.

MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N.; BOETTNER, Daisie D. Princípios de termodinâmica
para engenharia . Grupo Gen-LTC, 2000.

ENERGÉTICA, Eficiência. Conservação de Energia.

Classificação: Interna
Referências Bibliográficas
Energy conservation – The Indian experience, Department of Power & NPC Publication;;

Bureau of Energy Efficiency

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO USO DE VAPOR, Eletrobrás / PROCEL e consórcio


EFFICIENTIA/FUPAI, MME, autor Luiz Augusto Horta Nogueira, co-autores Carlos R. Rocha e
Fábio José H. Nogueira (UNIFEI), 196 pág., Rio de Janeiro – RJ, 2005.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO USO DE VAPOR – MANUAL PRÁTICO, Eletrobrás / PROCEL e


consórcio EFFICIENTIA/FUPAI, MME, autor Luiz Augusto Horta Nogueira, co-autores Carlos R.
Rocha e Fábio José H. Nogueira (UNIFEI), 96 pág., Rio de Janeiro – RJ, 2005.

Classificação: Interna
DSc. Eng. Samuel Moreira Duarte Santos
CREA 106478D
samuelmoreira@id.uff.br
(21) 980031100
https://www.linkedin.com/in/samuel-moreira-duarte-santos/
http://lattes.cnpq.br/8103816816128546

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