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FICHA CATALOGRÁFICA
PEDRAZUL EDITORA
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VOLUME I
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
VOLUME II
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
VOLUME III
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
FICHA CATALOGRÁFICA
VOLUME I
CAPÍTULO I
A CANÇÃO DA CIGANA
“Venham, peguem minha mão! Minha arte supera toda a sabedoria
dos mortais;
Venham, donzelas, venham! Minha mágica mostrará seu futuro
esposo
e muito mais;
Pois a mim foi concedido o poder de ver o livro do destino,
De ler as futuras resoluções do céu e mergulhar em seu desígnio;
A CIGANA
DURANDARTE E BELERMA[3]
CAPÍTULO I
O AMOR E A IDADE
O EXÍLIO
O HINO DA MEIA-NOITE
Ah, que escuros são estes vastos reinos e que desperdício lastimável,
Onde nada reina além do silêncio e, mais tarde, na noite escura,
Tão escura quanto o caos antes do surgimento do sol,
Ou antes que seus primeiros raios atravessassem a sombra profunda,
A luz tímida da vela refletindo na lápide da sua triste sepultura,
Encoberta pelo musgo úmido e pelo limo pegajoso,
Pingando um horror sem limites,
E servindo apenas para tornar sua noite mais penosa!
(Blair)
CAPÍTULO I
SERENATA
[Refrão]
“Oh! Que minha lira produza um doce acorde!
É aqui o local onde a beleza repousa:
Descreva as dores do desejo profundo,
Que dilacera o coração do amante fiel.
[Melodia]
Em todo o coração encontrará um escravo,
Em cada alma, um reino deverá ser estabelecido,
Nas uniões, os sábios e bravos deverão ser guiados,
E os prisioneiros deverão beijar suas correntes,
Esse é o poder do amor, e, oh!
Como desejo conhecer essa força.
Passar a vida a suspirar,
Por haver degustado um sonho curto e interrompido,
Por um querido objeto inalcançável,
Desprezando todo o resto, observando e chorando,
Estas são as dores do amor, e oh
Como desejo conhecer a dor do amor!
Enxergar o consentimento nos seus olhos puros,
Beijar os lábios nunca antes beijados,
Ouvir o suspiro do êxtase cada vez mais forte,
Estes são os prazeres do amor, mas, oh!
Quando meu coração conhecerá estes prazeres?
[Refrão]
Agora cale-se, minha lira. Cale-se também a minha voz!
Durma, doce donzela!
Que seus pensamentos estejam repletos de anseios amorosos,
Ainda que minha voz não seja mais ouvida e que minha lira esteja
calada.”
A música cessou: os artistas se retiraram e o silêncio voltou a dominar
a rua. Antonia abandonou a janela com pesar; como de costume, invocou a
proteção de Santa Rosália, rezou suas preces habituais e deitou-se. Logo
caiu no sono e a sua presença a libertou de terrores e inquietude.
Já eram quase duas horas quando o monge luxurioso dirigiu seus
passos até a residência de Antonia. Já foi dito que o mosteiro não ficava
muito longe da Estrada de Santiago. Ele chegou à porta da casa sem ser
visto. Então, parou e vacilou por um momento. Refletiu sobre a
monstruosidade do seu crime, sobre as consequências da descoberta e na
probabilidade de que, depois do ato, Elvira suspeitasse de que ele era o
violador de sua filha. Por outro lado, tudo não passaria de uma simples
suspeita: não haveria nenhuma prova contra ele e seria impossível alegar
que o estupro havia acontecido sem que Antonia soubesse quando, onde e,
por quem. Finalmente, julgava que sua reputação estava muito bem
estabelecida e que não seria afetada por acusações infundadas de duas
mulheres desconhecidas. Este último argumento era completamente falso:
ele não tinha conhecimento do quão incerto é o aplauso popular, e de que
basta um instante para que aquele que é hoje um ídolo torne-se a pessoa
mais detestada na face da terra. O resultado das suas deliberações foi que
ele deveria continuar com seu plano. O monge subiu os degraus que
conduziam à casa. Assim que tocou a porta com a murta de prata, ela abriu-
se completamente, deixando a passagem livre. Ele entrou e a porta se
fechou sozinha.
Guiado pelos raios da lua, subiu as escadas com passos lentos e
cuidadosos. A todo momento olhava ao redor com apreensão e ansiedade.
Via um espião em cada sombra e ouvia uma voz em cada murmúrio da brisa
noturna. A culpa que sentia pelo que estava prestes a fazer assustava seu
coração, que se tornara mais tímido do que o coração de uma mulher.
Mesmo assim, ele seguiu adiante. Finalmente, chegou à porta dos aposentos
de Antonia. Parou e tentou ouvir alguma coisa; estava tudo quieto lá dentro.
O silêncio indicava que sua desejada vítima já estava dormindo e ele, então,
tentou abrir o trinco, mas a porta estava trancada por dentro e resistiu. No
entanto, logo que foi tocado pelo amuleto, o trinco se abriu e a porta foi
aberta. Ele entrou no aposento onde dormia a jovem inocente, inconsciente
do perigo que representava aquele visitante que se aproximava do seu leito.
A porta foi novamente fechada e o trinco voltou ao seu lugar.
Ambrósio avançou com precaução. Tomou cuidado para que
nenhuma tábua do assoalho rangesse embaixo dos seus pés e segurou a
respiração até que estivesse bem perto da cama. Sua primeira preocupação
foi executar a cerimônia mágica exatamente como Matilda lhe explicara.
Ele soprou três vezes sobre a murta de prata, pronunciou o nome de
Antonia e colocou o amuleto sobre o travesseiro. Os efeitos que o objeto já
havia produzido não lhe permitiram duvidar do seu poder de prolongar o
sono da sua adorada. Assim que terminou o encantamento, ele já considerou
a jovem inteiramente sob seu poder e seus olhos brilharam de impaciência e
luxúria. Só então ousou admirar a beleza adormecida. Uma única vela que
queimava diante da imagem de Santa Rosália difundia uma luz débil dentro
do quarto, que lhe permitia contemplar os atrativos da adorável criatura que
tinha diante de si. O calor da estação obrigara a moça a desfazer-se de parte
das cobertas e a mão insolente de Ambrósio apressou-se a retirar aquelas
que ainda cobriam o corpo da jovem. Ela dormia com o rosto apoiado sobre
um braço branco como marfim. O outro braço descansava ao lado da cama
com graciosa indolência. Algumas tranças dos seus cabelos escapavam da
touca de musselina que abrigava as demais, e caíam descuidadamente sobre
o peito que arfava lenta e regularmente. O calor do ambiente deixara seu
rosto mais corado do que o usual. Um sorriso doce brincava em seus lábios
perfeitos e corados de onde se podia ouvir, de tempos em tempos, algum
suspiro ou frase incompleta. Um ar de encantadora inocência e candor
irradiava de toda a sua forma e havia uma espécie de pudor em sua nudez, o
que adicionava algumas agulhadas extras aos desejos do monge libidinoso.
Ele manteve-se por alguns momentos devorando com os olhos os
encantos que não tardariam a submeter-se às suas paixões desordenadas.
Aquela boca entreaberta parecia convidar para um beijo; ele inclinou-se
sobre Antonia, uniu seus lábios aos dela e absorveu, extasiado, a fragrância
do seu hálito. Esse prazer momentâneo aumentou sua ânsia por mais. Seus
desejos tornaram-se tão frenéticos como só os brutos conhecem. Decidiu
não demorar nem mais um instante para satisfazer suas vontades e logo
começou a arrancar as roupas que impediam a gratificação das suas
luxúrias.
— Deus misericordioso! – exclamou uma voz por trás do homem. —
Então eu não estou enganada? Isto não é uma ilusão?
Estas palavras, assim que chegaram aos ouvidos de Ambrósio, foram
acompanhadas de terror, confusão e desapontamento. Ele levantou-se e
virou instantaneamente. Elvira estava parada na porta do quarto e olhava
para o monge com uma expressão de surpresa e repulsa.
Ela havia tido um pesadelo assustador em que Antonia estava à beira
de um precipício. A menina tremia e, a cada instante, parecia mais perto da
queda, gritando: “Mãe, salve-me! Salve-me! Não demore um minuto
sequer, já será muito tarde!” Elvira despertou aterrorizada. A visão do seu
sonho deixara uma impressão tão ruim que ela não poderia voltar a dormir
antes de certificar-se de que a filha estava sã e salva. Levantou-se
apressada, vestiu um robe sobre a camisola, passou pelo cômodo onde
dormia a criada e entrou no quarto de Antonia bem a tempo de libertá-la das
garras do seu violador.
A vergonha dele e o assombro dela pareciam ter transformado ambos
em estátua, tanto Elvira quanto o monge. Os dois fitaram-se em silêncio.
Ela foi a primeira a falar:
— Não é um sonho! – exclamou. — É realmente Ambrósio quem está
diante de mim! É o homem a quem Madri estima como um santo quem eu
encontro a estas horas perto do leito da minha pobre criança. Monstro da
hipocrisia! Eu já suspeitava do seu desígnio, ainda que tenha evitado fazer
acusações por compaixão à fragilidade humana. Mas o silêncio agora seria
um crime. Toda a cidade tomará conhecimento da sua devassidão! Vou
desmascará-lo e convencerei a Igreja da espécie de víbora que ela acalenta
em seu seio.
Pálido e confuso, o culpado tremia diante da mulher. Desejava com
toda a sua alma poder atenuar o delito, mas não conseguia encontrar uma
desculpa para o seu comportamento. Tudo o que conseguia pronunciar eram
algumas frases sem sentido e desculpas contraditórias. Elvira estava
demasiadamente enfurecida, com toda a justiça, para conceder-lhe o perdão
que ele tanto implorava. Ela protestou que chamaria a vizinhança e faria
dele um exemplo para todos os futuros hipócritas. Então, correu até a cama
e tentou acordar Antonia. Percebendo que sua voz não produzia efeito para
despertá-la, abraçou a menina e levantou sua cabeça do travesseiro. O
encantamento era muito poderoso. Antonia continuava insensível e caiu
novamente no travesseiro quando a mãe a soltou.
— Este sono não pode ser natural! – exclamou Elvira, cujo assombro
e indignação aumentavam a cada momento. — Há algum mistério aqui.
Mas prepare-se, hipócrita! Toda a sua vilania será revelada sem demora!
Socorro! Socorro! – ela gritou. — Aqui, Flora! Flora!
— Escute-me por um momento, senhora! – exclamou o monge,
recobrando-se diante da iminência do perigo. — Por tudo o que é mais
sagrado, eu juro que a honra da sua filha ainda não foi violada! Perdoe a
minha transgressão! Poupe-me da vergonha da descoberta e permita que eu
retorne para o mosteiro sem problemas. Tenha compaixão de mim.
Prometo-lhe que Antonia não só estará a salvo de mim no futuro como todo
o resto da minha vida irá lhe provar que...
Elvira o interrompeu bruscamente:
— Antonia estará a salvo do senhor? Eu é que irei mantê-la a salvo!
O senhor não mais terá a confiança das famílias! Sua perversidade será
desvelada publicamente. Toda Madri estremecerá diante da sua falsidade,
sua hipocrisia e devassidão! Ei! Aqui! Flora, Flora, venha aqui!
Enquanto ela dizia estas coisas, o monge lembrou-se de Agnes. Ela
também suplicara por misericórdia e ele, igualmente, recusara suas súplicas.
Agora era a sua vez de sofrer e tinha consciência de que o castigo era mais
do que justo. Elvira continuava a chamar por Flora, mas sua voz estava tão
sufocada pela emoção do momento que a criada, profundamente
adormecida, manteve-se insensível aos seus chamados. Elvira não se atrevia
a ir até o quartinho onde Flora dormia, pois o monge poderia aproveitar a
ocasião para fugir. E esta era realmente a sua intenção: ele acreditava que
conseguiria chegar ao mosteiro sem ser visto por mais ninguém além de
Elvira, cujo único testemunho não seria suficiente para arruinar sua
reputação tão bem estabelecida em Madri. Assim, recolheu todas as roupas
que havia despido e correu para a porta. Quando Elvira percebeu sua
intenção, correu atrás dele, e antes que conseguisse abrir o trinco, agarrou-o
pelo braço tentando detê-lo.
— Nem pense em fugir! – ela disse. — Não sairá daqui sem uma
testemunha do seu delito!
Ambrósio tentou desvencilhar-se da mulher, mas não conseguiu.
Elvira não só continuou segurando o seu braço como passou a gritar ainda
mais por socorro. O perigo crescia a cada instante. A qualquer momento
alguém viria atender aos seus chamados. Completamente enlouquecido pela
proximidade da ruína, ele buscou uma solução igualmente desesperadora.
Virando-se subitamente, apertou a garganta de Elvira com uma mão,
tentando fazê-la parar de gritar; e, com a outra mão, derrubou-a ao chão e a
arrastou até a cama. Confusa pelo ataque inesperado, ela não teve forças
para livrar-se do golpe; enquanto o monge pegava o travesseiro que estava
debaixo da cabeça de Antonia e o comprimia contra seu rosto, pressionava
o joelho em seu estômago com toda a força, pondo um fim à sua existência.
O êxito era certo. Com suas forças naturais aumentadas pelo excesso de
angústia, Elvira lutou o quanto pôde, mas foi tudo em vão. O frade
continuou a pressionar o joelho contra seu peito enquanto testemunhava,
sem a menor compaixão, o estremecimento dos seus membros e suportava
de forma desumana o espetáculo da agonia quando seu corpo e sua alma
atingiram o ponto da separação. Finalmente, tudo estava acabado. Ela não
mais lutava pela vida. O monge retirou o travesseiro e olhou para a mulher.
Seu rosto havia adquirido uma negridão espantosa. Seus membros estavam
paralisados. Seu sangue esfriava nas veias. Seu coração não mais batia e
suas mãos estavam rígidas e geladas.
Ambrósio contemplou aquela figura antes tão nobre e majestosa,
agora convertida em um cadáver, frio, insensível e repugnante.
Mal havia concluído o ato terrível e já se dava conta da enormidade
do seu crime. Um suor frio banhou todo o seu corpo. Ele fechou os olhos,
afundou-se em uma cadeira e permaneceu tão inerte quanto a infeliz que
jazia aos seus pés. Não sentia mais desejo por Antonia; a luta e o perigo de
ser descoberto transformaram a menina em um objeto pouco atraente. Um
frio mortal ocupava agora o ardor que antes inflamava seu coração. Só
podia pensar na morte e na culpa, na vergonha que sentia naquele momento
e no castigo que viria no futuro. Aterrorizado pelo remorso e pelo medo,
decidiu fugir. Ainda possuía algum controle sobre seus temores e pôde
tomar as precauções necessárias à sua segurança: recolocou o travesseiro na
cama, recolheu suas roupas e, com o amuleto fatal nas mãos, dirigiu-se à
porta com passos inseguros. Transtornado pelo medo, imaginava se uma
legião de fantasmas tentaria impedi-lo. Não importava para onde tentava ir,
o cadáver desfigurado parecia sempre querer barrar sua passagem e ele
demorou muito para conseguir deixar o quarto. A murta encantada repetiu
seu feito e a porta, mais uma vez, foi aberta. Ambrósio correu escada
abaixo. Chegou ao mosteiro sem ser visto e trancou-se na cela. Lá,
abandonou sua alma às torturas do remorso e aos terrores da descoberta.
CAPÍTULO II
Não viveu muito o barão, que desde que perdeu sua amada
Não quis mais habitar seu castelo admirável,
Pois dizem as línguas, que por ordem elevada,
Imogine teve sua punição solicitada,
E até hoje lamenta seu destino deplorável.
FIM
[1]
- Nota da Tradutora: eremitério é uma casa religiosa retirada, destinada ao isolamento monástico. O eremita ou ermitão é
um indivíduo que decide viver em lugar deserto e isolado por questões religiosas, para maior proximidade com a natureza – ou,
ainda, para fugir da sociedade.
[2]
- Nota do Autor: supõe-se que a Cientipedoro é nativa de Cuba, e provavelmente foi levada para a Espanha no navio de
Colombo.
[3]
- Nota da Tradutora: algumas baladas espanholas costumavam brincar com nomes franceses para pessoas e coisas. A
mitológica e indestrutível espada de Roland era chamada Durendal, cujo nome possivelmente deriva do verbo francês durer, ou
durar. A palavra também foi usada para nomear um bravo guerreiro, Durandarte. Este personagem da literatura castelhana foi
ferido em uma batalha, mas antes de morrer ofereceu seu coração à sua amada, Belerma.
[4]
- Nota da Tradutora: dobrão é a moeda espanhola de grande peso e valor que circulou entre 1724 e 1822.
[5]
- Nota da Tradutora: De Profundis é um salmo penitencial dedicado às almas do purgatório, que trata de redenção e
misericórdia.
[6]
- Nota da Tradutora: durante o século XVIII, empoar os cabelos, ou cobri-los com pó de farinha de trigo para dar o efeito
branco, era febre entre os homens e mulheres da corte de muitos países na Europa.
[7]
- Nota da Tradutora: Anacreonte (563 a.C. – 478 a.C.) foi um poeta lírico grego, apontado como o inventor das canções de
amor.
[8]
- Nota da Tradutora: Damon e Chloe são personagens da obra The Miscellaneous Works of Richard Linnecar, of Wakefield,
publicada em 1789.
[9]
- Nota da Tradutora: Lésbia, Dafne, Júlia e Caelia são ninfas ou divindades que habitavam os rios e bosques na mitologia
grega.
[10]
- Nota da Tradutora: Silvano, também conhecido como Fauno, é um deus romano responsável pela proteção dos bosques
e das atividades pastoris. Segundo a mitologia, gosta de assustar viajantes solitários.
[11]
- Nota da Tradutora: Febo é um deus romano, também conhecido como Apolo. Irmão gêmeo de Diana, é o deus das
músicas, poesias, e o mais belo de Roma.
[12]
- Nota da Tradutora: Amadis de Gaula e Tirante, o Branco são novelas de cavalaria da Península Ibérica. As novelas de
cavalaria relatavam as aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais. Dom Galaor é personagem de Amadis de Gaula
em uma versão mais recente. Miguel de Cervantes também cita Amadis de Gaula na sua clássica obra Dom Quixote de la
Mancha. A Donzela Prazer-de-minha-Vida é uma personagem de Dom Quixote.
[13]
- Nota da Tradutora: Proteus, na mitologia grega, era um deus marinho que, para se esquivar das pessoas, gostava de se
metamorfosear assumindo aparências monstruosas.
[14]
- Nota da Tradutora: Terra Incógnita é a forma como chamavam as regiões nunca mapeadas ou documentadas no início da
cartografia, por serem terras desconhecidas. Os Hotentotes são membros de uma tribo africana. Silésia é uma região histórica
hoje dividida entre a Polônia, República Tcheca e Alemanha. Durante a Guerra dos Sete Anos, os americanos auxiliaram a
Inglaterra nas batalhas contra a França e seus aliados. Essa fase ficou conhecida como fase norte-americana ou Guerra Franco-
Indígena.
[15]
- Nota da Tradutora: Blondel de Nesle foi um poeta e trovador que viveu no norte da França entre 1175 e 1210. Foi ele
quem descobriu a prisão em que o rei Ricardo I da Inglaterra encontrava-se aprisionado, cantando uma cantiga conhecida por
ambos e provocando uma resposta do rei.