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Esta máquina trabalha ao todo com nove ferramentas: duas facas em cada eixo, uma
serra grande e duas faquinhas que ficam ao lado das grandes para intacar as espigas.
Enquanto que as facas de cima e de baixo tiram o material das duas faces da espiga, a
serra apara-lhe o comprimento.
A inclinação da mesa serve para fazer espigas sutadas, como das cadeiras, etc.
As fábricas que não fazem trabalhos em série, pouco aproveitam o préstimo desta
utilíssima respigadeira.
Torno— Este torno para madeira possui três velocidades. Está equipado com uma peça
de 3 pontas (garfo), uma placa e uma bucha. O garfo serve para serviços mais ou menos
grandes e que podem ser presos nas duas pontas: pés, colunas, balaústres, etc.
A placa recebe as peças que só podem ser presas numa face: pratos, molduras... A
bucha presta-se para trabalhos pequenos, como botões, argolas, bilros, etc.
Morsa — É nesta prensa que fazemos e amolamos os ferros de tupia, reparamos as
fechaduras e tantas outras coisas.
Base de esmeril — Como se vê pela ilustração, esta máquina é para duas pedras, uma
de granulação grossa para desbaste de peças pesadas e outra fina para acabamento e peças
pequenas.
PREVENÇÕES DE ACIDENTES
Quando não se pode conjugar as máquinas, isto é, ter um motor para cada uma, recorre-
se à transmissão, como se fazia anos atrás em todas as indústrias. Assim, um só motor grande
aciona todas as máquinas ou quase todas, segundo as proporções da indústria.
A transmissão consiste num eixo comprido com polias e mancais, suspenso na parede
por vários suportes ou por meio de armação de madeira reforçada, quando não é posto no chão
dentro de valeta, sobre cavaletes de ferro ou de madeira.
Quando um só eixo não dá o comprimento necessário, emenda- se outro com luvas
de junção.
RELAÇÃO DE ROTAÇÃO
É fácil calcular-se um dos diâmetros ou uma das rotações, quando são conhecidos
outros três dados.
Exemplo. — Se uma polia motora gira com 240 r.p.m. e tem 50 cm de diâmetro, que
diâmetro deverá ter a polia movida para dar 600 r.p.m.?
Solução. —Temos:
Exemplo. — Um motor que faz 1 800 r.p.m. e possui uma polia de 32cm de diâmetro,
aciona um eixo de transmissão cuja polia tem 56cm de diâmetro. Que rotação terá o eixo?
Solução:
Notando que o número de rotações da polia C é o mesmo da polia B, mas que o seu
diâmetro é 400, teremos:
CORES CONDICIONADAS
Critério para a distribuição nas máquinas — São assim distribuídas as cores nas
máquinas:
Cor amarela — pintam-se desta cor todas as peças que fazem movimento, mas que não
oferecem perigo, e também porque essa cor descansa a vista.
Cor verde — toda peça estável, sem movimento, recebe pintura desta cor.
Cor azul — esta cor é aplicada nas partes elétricas: caixas de fusíveis, alavancas, etc.
Cor vermelha — partes internas, equipamento contra incêndio, engrenagens e polias
recebem pintura de cor vermelha, que indica perigo.
Cor preta — com esta cor, listada de amarelo, pintam-se peças em que o operador se
pode chocar, devido ao andamento das mesmas, etc. Ex. guinchos, carro de plaina limadora,
braços que se movimentam, tudo, enfim, que ofereça possíveis causas de acidentes.
LUBRIFICANTES
1) Óleos minerais — Estes óleos, um dos quais é o petróleo, são extraídos do subsolo,
ou de rochas minerais, como o xisto betuminoso. O xisto é rocha em formação que contém
grande quantidade de óleo.
No Estado de São Paulo, entre Caçapava e Tremembé (E.F.C.B.) bem como em Bofete,
próximo a Itapetininga (E.F.S.) há grandes jazidas desse mineral, quase à flor da terra.
Os blocos de xisto, submetidos a alta temperatura em alambiques, produzem óleo bruto
de xisto, que, novamente tratado em fornos especiais, dá os subprodutos seguintes: gasolina de
xisto, óleos leves, óleos pesados e o asfalto, que é a escória.
O petróleo, por sua vez, é ura líquido extraído de grandes profundidades da terra. As
sondas perfuram o solo, atravessam as diversas camadas geológicas, até atingirem as câmaras
onde ele se encontra. A sonda fica mergulhada no líquido e os gases que estão também dentro
da câmara, sob grande pressão, expulsam o petróleo, fazendo-o subir pela sonda, sendo então
recolhido para a exploração industrial.
Desse óleo mineral são retirados a gasolina, o querosene, os óleos, o asfalto, o
piche, a vaselina e outros produtos que entram na composição de massas para fabricação de
pentes, de isoladores e da própria galalite.
Esses subprodutos são obtidos após destilação feita em torres semelhantes a fornos,
onde há diversas temperaturas, destinadas a facilitar essa operação.
B) Graxas — Para certas aplicações, os óleos têm alguns inconvenientes; ora são muito
fluidos, ora muito viscosos, ora muito voláteis, quando não formam goma.
Pensou-se então em misturar óleos de qualidades diferentes, para obter-se um
lubrificante mais perfeito.
Com esse processo foi que os técnicos chegaram à composição das graxas, que são
lubrificantes sólidos, de grande aplicação nas estradas de ferro.
As fórmulas abaixo dão a composição de duas graxas:
Gordura................................................................. 23,3%
Óleo de palma ou mineral ...................................... 7,8%
b) A mistura dos lubrificantes não deve ser feita arbitrariamente. Nem sempre dá bom
resultado, pois não raras vezes um lubrificante deficiente prejudica outro que é bom. Por isso, a
mistura deve ser reservada aos técnicos especializados.
Também não se devem encher depósitos, de onde foram retirados lubrificantes de outras
qualidades, sem limpar o vasilhame com querosene.
e) Toda máquina tem pontos de lubrifícação; são pequenos orifícios por onde se
introduz o óleo.
É necessário conhecer todos esses pontos e sempre deitar óleo por eles. Quando há
tampões, jamais deixar esses orifícios abertos.
As máquinas bem lubrificadas trabalham muito melhor, rendem mais e não estão sujeitas
a danos.