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MÁQUINAS FERRAMENTAS

A plaina. — Esta máquina de marcenaria e carpintaria, tanto como a maioria das outras,
varia muito em tipo. Descrever todas seria um nunca acabar. É que cada fábrica tem seus
modelos próprios e técnica peculiar.
Quanto ao sistema de funcionamento das nossas máquinas, umas são conjugadas,
outras de monopolia e ainda outras de intermediárias, prevalecendo, na indústria moderna, as
conjugadas.

A plaina, a nosso ver, não deveria ser conjugada, devido ao enorme esforço que faz
quando aparelha madeira mal serrada e de grossura muito irregular.
A correia, por curta que seja, reduz o choque ao passar das facas para o motor.
Há um tipo de plaina com duas mesas, que se transforma em desempenadeira graças ao
movimento de recuo e avanço, e da faculdade de se dobrar, da metade da mesa de cima.
Noutro tipo mais aperfeiçoado, essa metade da mesa de cima recua, desce e se afasta
para a esquerda do operador, girando sobre armação de ferro.
Nas plainas grandes, que se destinam ao aparelho da madeira comprida e pesada, é a
mesa que corre enquanto a madeira fica fixa; como é também o cilindro das facas que sobe e
desce em vez da mesa.
A plaina combinada com a desempenadeira tem duas mesas para um só eixo de facas, e
estas tanto trabalham quando passam na mesa de cima como na de baixo.
A largura da mesa das plainas varia de 40 a 60 centímetros.

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Ângulo de corte. — As facas das plainas mecânicas trabalham com ângulo de corte entre
25 e 35 graus, sendo o maior para madeiras duras e o menor para madeiras moles.
A rotação das facas depende do diâmetro de seu eixo.
A velocidade de 4 500 r.p.m. (rotações por minuto) serve para uma plaina que tem o
cilindro das facas de 4" de diâmetro, ao passo que noutra plaina de cilindro maior (5") a
velocidade cai para 3 960 r.p.m.
Convém saber também que, quanto maior é o diâmetro do cilindro das facas,
tanto mais imperfeito o aparelho em madeira arrevesada.
Uma velocidade regular para madeiras lisas é de 4,60m por minuto.
Para madeiras arrevesadas e nodosas, quanto menor for a sua marcha, tanto melhor.
Embora sabendo que há plainas especiais para serviços delicados, e que para isso têm as
facas colocadas sobre o eixo, em forma helicoidal, somos de opinião que, se as facas das plainas
comuns ficassem colocadas um pouco de viés, produziriam melhor serviço para a marcenaria.
Desempenadeira. — Esta garlopa mecânica é de simplicidade única. É formada de uma
mesa de uns 2 metros de comprimento por 40 centímetros de largura, dividida em duas partes,
uma guia à direita, duas facas montadas num cilindro rotativo sustido por dois mancais, e um
pedestal de ferro fundido.
A desempenadeira combinada com a furadeira tem ao lado posterior uma pequena mesa,
e, no mesmo cilindro das facas, um mandril para as brocas.
Já se tem feito também desempenadeira com uma espécie de tupia ao lado da guia, pouco
além das facas, para aparelhar simultaneamente a face e o canto da madeira a 90°.

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O movimento do cilindro das facas vai de 3 600 a 4 000 r.p.m.
As facas desta máquina, como as da plaina, podem ser vazadas tanto na amoladeira
mecânica, de esmeril, automática ou não, como no rebolo com dispositivo de corrediças, próprio
para esse fim, assentando-lhes o fio com uma pedra fina.
Tanto nos mancais como nas engrenagens, deve-se pôr semanalmente graxa para
conservá-los em perfeito estado de funcionamento.

FURADEIRAS

Furadeira. — Dos vários tipos de furadeiras, a horizontal é a mais comum. Consta de


uma mesa assentada em corrediças, um eixo com polia e mandril também de correr, e duas
alavancas, sendo uma para movimentar a broca e a outra para levar a mesa.
A altura do furo é regulada por um parafuso com volante, encontrado sob a coluna que
sustenta a mesa.

Furadeira combinada. — Máquina que, do lado oposto, tem uma serra circular no mesmo
eixo.
Furadeira vertical de corrente. — Fura com rapidez e perfeição pelos seus elos cortantes
que nem navalhas

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Furadeira dupla, tripla ou quádrupla. — Máquina que tem muitas brocas, de funcionamento
simultâneo, acionadas por uma só correia.

Furadeira vertical. — Esta furadeira tem a braçagem articulada com broca em posição
vertical, e pode ser levada para onde se queira.
A velocidade das furadeiras varia de 2 000 a 3 700 r.p.m.

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MÁQUINAS ESPECIAIS

Prensa. — Utensílio de ferro ou de madeira em que se fazem os compensados.


Das prensas de ferro, umas são de parafusos e outras hidráulicas.
Seus modelos são muito variáveis.

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Lixadeira. — Das lixadeiras mecânicas mencionaremos a de fita sem fim e cilíndrica; a de
disco horizontal e vertical, e, finalmente, a radial de braço articulado, com disco rotativo.
Todas possuem aspiradores de pó. Seu movimento atinge aproximadamente 1 130 r.p.m.

Emalhetadeira. — É uma máquina especial para fazer malhetes de vários tamanhos, com
rapidez e perfeição, em gavetas de todos os formatos.
É comumente instalada sobre um cavalete de madeira. Tem o motor conjugado sobre
braçagem articulada.
As brocas são cônicas. Cada pente tem sua broca certa, mas uma broca pode
trabalhar com pente mais largo, produzindo malhetes com o dobro de sua grossura.
Cada vez que a broca entra na madeira faz, ao mesmo tempo, o macho e a fêmea do
malhete.
O lado da gaveta, na máquina, fica colocado em oposição vertical, e a frente, no sentido
horizontal, sendo que aquele remonta no topo desta.

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Ângulo dos malhetes.

Soldadeira elétrica para serra de fita — Peça de ferro fundido com quatro pés, tendo
embaixo um transformador, ao lado esquerdo um fio de cobre revestido de borracha e uma chave
para ligar a corrente com quatro pontos (0-1-2-3-). Em cima estão duas bases de bronze (cada
uma com o parafuso e o calço que prendem a serra), separadas pelo espaço por onde passa o
braço da manícula com a tenaz. Esta aperta a emenda na hora de soldar .
Amoladeira automática. — Um tipo destas máquinas trabalha com esmeril comum, e outro,
com esmeril de copo oco no centro, levando aquele vantagem sobre este, pois que o primeiro
esmeril cava o chanfro das facas e o segundo não.
É neste aparelho que são vazadas as facas das plainas.

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Travadeiras e amoladeiras automáticas. — Compõe-se uma de um cavalete de ferro,
sobre o qual estão dois volantes com flange na parte de baixo, a maquininha de travar e a que
amola a serra de fita com esmeril.

Topejadeira. — Maquininha de uns 25 x 40 centímetros de base, com uma faca dupla,


cônica, que se desloca de uma extremidade a outra da mesa, acionada por uma alavanca. A guia
de encosto corre dentro de um rasgo até os 90°.

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TUPIA

Tupia. — A tupia mais geralmente usada (do francês toupie — pião), pode-se dizer, em
linhas gerais, que consiste numa base, mesa de mais ou menos um metro em quadro, uma guia
de ferro (ou de ferro e de madeira) e um eixo (fuso), que sai fora da mesa, com parafuso e
rasgo em que é colocado o ferro de moldura, e outro eixo, com várias arruelas, próprio para
fresas, serras e navalhas.
O ferro de moldura pode ser simples ou duplo, segundo se é pequena ou grande a
moldura que faz.

Há um tipo de tupia dupla, com dois eixos, que faz a moldura de uma só vez, esboçando-a
o primeiro eixo, ao passo que o segundo a termina.
Entre todas as máquinas usadas em marcenaria a tupia é a mais violenta. Em
compensação, substitui, em caso de necessidade, como a fresa na mecânica, todas as outras. É,
pois, tão importante quanto perigosa.
O seu ferramental é complicadíssimo; são ferros de mil formas diversas, pois cada um tem
o recorte da moldura que se deseja fazer; fresas, serras circulares, serras oscilantes, facas,
molas, etc.
Os ferros de moldura são amolados com lima murça, limatões e no esmeril, e afiados com
pedrinhas redondas e direitas. De 4 500 até 5 000 r.p.m. é a velocidade do eixo das tupias
modernas com rolamentos. Quem não quiser ser vítima de desastre, deve trabalhar nesta
máquina sempre com guias, ainda que especiais.
Como se risca um ferro de moldura — Risca-se a moldura em tamanho natural, e traçam-

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se as linhas retas que separam cada um de seus membros. A parte negativa que se vê à
esquerda é o ferro, aumentado apenas em cima para reforçar a ponta.
Os mesmos traços, como se vê no desenho, podem servir para muitas molduras.
Quando o ferro é muito grande deve ser duplo. No encaixe, que se vê na parte de cima do
ferro, entra o parafuso do eixo da tupia para evitar que o ferro escape. Tupia superior .
Ferramentas .
Trabalhos desta tupia — Os trabalhos ilustrados por esta figura demonstram com grande
eloquência as inúmeras possibilidades desta moderníssima tupia. Algumas de suas ferramentas
acham-se reproduzidas na Figura.

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