Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A plaina. — Esta máquina de marcenaria e carpintaria, tanto como a maioria das outras,
varia muito em tipo. Descrever todas seria um nunca acabar. É que cada fábrica tem seus
modelos próprios e técnica peculiar.
Quanto ao sistema de funcionamento das nossas máquinas, umas são conjugadas,
outras de monopolia e ainda outras de intermediárias, prevalecendo, na indústria moderna, as
conjugadas.
A plaina, a nosso ver, não deveria ser conjugada, devido ao enorme esforço que faz
quando aparelha madeira mal serrada e de grossura muito irregular.
A correia, por curta que seja, reduz o choque ao passar das facas para o motor.
Há um tipo de plaina com duas mesas, que se transforma em desempenadeira graças ao
movimento de recuo e avanço, e da faculdade de se dobrar, da metade da mesa de cima.
Noutro tipo mais aperfeiçoado, essa metade da mesa de cima recua, desce e se afasta
para a esquerda do operador, girando sobre armação de ferro.
Nas plainas grandes, que se destinam ao aparelho da madeira comprida e pesada, é a
mesa que corre enquanto a madeira fica fixa; como é também o cilindro das facas que sobe e
desce em vez da mesa.
A plaina combinada com a desempenadeira tem duas mesas para um só eixo de facas, e
estas tanto trabalham quando passam na mesa de cima como na de baixo.
A largura da mesa das plainas varia de 40 a 60 centímetros.
FURADEIRAS
Furadeira combinada. — Máquina que, do lado oposto, tem uma serra circular no mesmo
eixo.
Furadeira vertical de corrente. — Fura com rapidez e perfeição pelos seus elos cortantes
que nem navalhas
Furadeira vertical. — Esta furadeira tem a braçagem articulada com broca em posição
vertical, e pode ser levada para onde se queira.
A velocidade das furadeiras varia de 2 000 a 3 700 r.p.m.
Emalhetadeira. — É uma máquina especial para fazer malhetes de vários tamanhos, com
rapidez e perfeição, em gavetas de todos os formatos.
É comumente instalada sobre um cavalete de madeira. Tem o motor conjugado sobre
braçagem articulada.
As brocas são cônicas. Cada pente tem sua broca certa, mas uma broca pode
trabalhar com pente mais largo, produzindo malhetes com o dobro de sua grossura.
Cada vez que a broca entra na madeira faz, ao mesmo tempo, o macho e a fêmea do
malhete.
O lado da gaveta, na máquina, fica colocado em oposição vertical, e a frente, no sentido
horizontal, sendo que aquele remonta no topo desta.
Soldadeira elétrica para serra de fita — Peça de ferro fundido com quatro pés, tendo
embaixo um transformador, ao lado esquerdo um fio de cobre revestido de borracha e uma chave
para ligar a corrente com quatro pontos (0-1-2-3-). Em cima estão duas bases de bronze (cada
uma com o parafuso e o calço que prendem a serra), separadas pelo espaço por onde passa o
braço da manícula com a tenaz. Esta aperta a emenda na hora de soldar .
Amoladeira automática. — Um tipo destas máquinas trabalha com esmeril comum, e outro,
com esmeril de copo oco no centro, levando aquele vantagem sobre este, pois que o primeiro
esmeril cava o chanfro das facas e o segundo não.
É neste aparelho que são vazadas as facas das plainas.
Tupia. — A tupia mais geralmente usada (do francês toupie — pião), pode-se dizer, em
linhas gerais, que consiste numa base, mesa de mais ou menos um metro em quadro, uma guia
de ferro (ou de ferro e de madeira) e um eixo (fuso), que sai fora da mesa, com parafuso e
rasgo em que é colocado o ferro de moldura, e outro eixo, com várias arruelas, próprio para
fresas, serras e navalhas.
O ferro de moldura pode ser simples ou duplo, segundo se é pequena ou grande a
moldura que faz.
Há um tipo de tupia dupla, com dois eixos, que faz a moldura de uma só vez, esboçando-a
o primeiro eixo, ao passo que o segundo a termina.
Entre todas as máquinas usadas em marcenaria a tupia é a mais violenta. Em
compensação, substitui, em caso de necessidade, como a fresa na mecânica, todas as outras. É,
pois, tão importante quanto perigosa.
O seu ferramental é complicadíssimo; são ferros de mil formas diversas, pois cada um tem
o recorte da moldura que se deseja fazer; fresas, serras circulares, serras oscilantes, facas,
molas, etc.
Os ferros de moldura são amolados com lima murça, limatões e no esmeril, e afiados com
pedrinhas redondas e direitas. De 4 500 até 5 000 r.p.m. é a velocidade do eixo das tupias
modernas com rolamentos. Quem não quiser ser vítima de desastre, deve trabalhar nesta
máquina sempre com guias, ainda que especiais.
Como se risca um ferro de moldura — Risca-se a moldura em tamanho natural, e traçam-