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pés em cruz. Serve para suster, perto do banco, peças muito compridas que se apertam na
prensa.
Panela para cola — É composta de dois recipientes em que se dissolve, a banho-maria,
a cola de gelatina.
Pincel — Instrumento que consiste num molho de pêlos ligado a um cabo. Serve para se
tomar a cola e estendê-la sobre uma superfície.
Como se endireita uma régua comprida: quando se quer uma régua comprida bem
direita, lança-se mão deste recurso: endireita-se a régua com boa garlopa, até que fique o mais
perfeita possível. Para verificar se está bem direita, traça-se uma linha com a própria régua,
numa tábua aparelhada ou numa prancheta grande, virando-se a régua de todos os lados.
Deixa-se de retocar a régua só quando o traço do lápis não apresentar abertura de lado
nenhum, por estar a régua absolutamente direita.
Escariador — Instrumento de aço, semelhante à verruma e que serve para dar um cônico
à entrada de furos em que se põem parafusos de fenda.
Serra para meia esquadria — Tem a lâmina como a de traçar, mas presa numa armação
desmontável de madeira e ferro.
Não só serve para meia esquadria como para serrar a 67x/2° e no esquadro, isto é, a
90°.
Serra de voltas — Igual à de traçar, porém, de lâmina estreita, que serve para serrar em
linhas tortuosas.
Serra capilar — É uma serra muito estreita e fina, presa a uma armação de aço. Com
ela fazem-se trabalhos perfurados e marchetados.
Serrote ordinário — Instrumento de lâmina larga e dentada, presa a um cabo de madeira
na extremidade mais larga. Serve para serrar em linha reta.
Serrote de costa — De lâmina curta e larga, com uma costa na parte superior; próprio
para cortes de precisão.
Construção do esquadro —
Grampo expresso .
Quando as ferramentas não cortam ou não trabalham bem, a madeira parece tornar-se
cada vez mais dura; o serviço sai com dificuldade, malfeito e demorado; o operário sente o
cansaço dominar-lhe o corpo; o trabalho converte-se numa penitência, fazendo supor que a
marcenaria seja a pior de todas as artes. E nessas ocasiões que, aos superiores, os operários
se apresentam como incapazes ou preguiçosos.
Dá-se o contrário quando as ferramentas estão cortantes e em boas condições. Elas
então convidam ao trabalho, que o oficial executa com facilidade, rapidez e perfeição.
AMOLAGEM E CONSERVAÇÃO
Ferros de plaina, formões, etc, são amolados e afiados no rebolo e na pedra turca, como
quase todas as outras ferramentas do marceneiro. A goiva afia-se com pedrinha redonda.
As nossas melhores madeiras para cepos de plainas são a aroeira (orundiúva), em
todas as suas variedades, as cabriúvas, os jacarandás, etc.
Para bem poucos oficiais essas ferramentas deixam de ter segredos, pois, tanto a
garlopa como a plaina são suscetíveis de uns trinta defeitos.
Os ferros todos desses instrumentos são amolados no rebolo e o fio é assentado na
pedra de grés besuntada com quer rosene ou óleo.
Obtém-se a sua conservação passando, de tempo em tempo, um pouco de graxa de
máquina, sebo ou óleo gordo na ferragem, e verniz, à boneca, no cepo.
Amolagem das serras. — Amolam-se esses instrumentos, apertados em prensas
próprias, com a liminha triangular de cantos vivos, arrastando-a só na ida, da esquerda para a
direita, e com os dentes dispostos de maneira que a rebarba da ponta dos dentes fique voltada
para dentro.
Perfil dos dentes. — Os dentes das serras, como dos serrotes, podem ser caídos
(pouco ou muito sutados) ou no esquadro, segundo a madeira e o serviço. Em trabalhos
delicados, tanto de madeiras moles como duras, usam-se os dentes pequenos e no esquadro;
MAQUINARIA
SERRAS MECÂNICAS
Preparo das serras. — Nas pequenas oficinas as serras são travadas e amoladas à mão,
ao passo que nas grandes indústrias fazem-no com travadeiras e amoladeiras mecânicas, de
movimento automático.
Com a lima triangular de cantos redondos, amolam-se as serras de fita, tico-tico, e as
circulares pequenas.
A lima murça chata, de cantos redondos, serve para amolar as circulares grandes e as
folhas das serras francesa, tiçoa e santista.
Com o esmeril fino, também de cantos redondos, não só se amolam muitas serras de
dentes grandes e abertos, como são afundados os mesmos quando se tornam rasos.
Os dentes devem ser tanto mais finos e apertados quanto mais duras as madeiras a
cortar.
Conservação. — Com os lubrificantes (óleos gordos e graxas) são conservados os
mancais de rolamentos e de bronze, as engrenagens, etc, em perfeito estado de conservação,
para o desgaste mínimo do ferro e do aço.
Folha da serra de fita — Esta serra é amolada com os dentes na posição em que
trabalha. É um erro, quem trabalha à direita, virar a serra ao avesso, para depois de olada,
desvirá-la.
O seguimento deve ser da esquerda para a direita, porque, assim, o movimento dos
braços faz-se naturalmente e a rebarba fica voltada para dentro.
Enrola-se a serra em cinco voltas: fechando-se bem duas das três voltas feitas, forma-
se uma grande, segurando-a com a mão esquerda.