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FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS

Machos é uma ferramenta para executar rocas internas,


como porcas, etc. O macho tem filetes internos e rasgos
longitudinais, originando daí o aparecimento de arestas cortantes e
sulcos necessários á saída dos cavacos.
Os machos para trabalhos manuais são formados em jogos
de 3 unidades:
macho desbastador (n°1), macho intermediário (n°2), macho
acabador (n°3).
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
O macho n°1 possui uma conicidade na ponta que permite
sua entrada no furo e da início a rosca. O macho n°2 tem menor
conicidade e o macho n°3 é ligeiramente cônico na ponta.
Os machos podem ser de 2 tipos diferentes:
Machos manuais de perfil completo. Os três machos de um jogo
cortam filetes inteiros. São destinados a trabalhos que podem ser
feitos internamente com um só macho e, segundo a classe daqueles,
escolhe-se um de desbastar, um intermediário ou um acabador.
Machos manuais em série. O diâmetro externo, médio, e do
núcleo, do macho de desbastar e intermediário, são rebaixado. O
macho de desbastar corta filetes preliminares o intermediário alarga
a rosca e o de acabar dá a esta sua forma e diâmetro definitivo. Um
jogo de macho de rosca fina compõe-se, como um jogo de macho
de aço rápido, de duas unidades, ou seja, uma unidade de desbastar
e outra de acabar. Os machos em série são destinados a trabalhos
que não podem ser feitos com um só macho e são empregados tanto
para furos transpassantes como para furos cegos.
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
Exemplo:
Utilizando-se um jogo de macho de perfil completo para
roscar um furo cego com profundidade igual a uma vez e meia o
diâmetro do macho, o desbastador faz 79% do trabalho, o
intermediário somente 11% e o acabador 10%. A consequência disso
é que o primeiro macho se desgasta rapidamente em relação
aos outros dois.
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
Se, pelo contrário, empregamos machos em série, o trabalho
se reparte uniformemente entre os três, isto é, o de desbasta 58% do
trabalho, o intermediário 29% e o de acabamento 13%. Um jogo de
macho em série tem maior duração que um jogo de macho de perfil
completo.
Os furos que atravessam a peça são geralmente rosqueados
com macho n°1 que penetra no interior da rosca e geralmente
aprofunda o filete. Quando se rosqueam a mão furos de grande
diâmetro o trabalho deve ser iniciado com macho n°1 e continuado
com o n°2. Para rosquear furos cegos ou aqueles que os filetes não
atingem o fundo do furo usa-se o macho n°1 até o ponto desejado.
Em seguida, retira-se o macho n°1 e utiliza-se o macho n°2 até o
mesmo ponto, finalmente os filetes são completados pelo n°3. Deve
ser tomado muito cuidado em não força o macho depois de atingir o
fundo do furo, para evitar a quebra da ferramenta.
O trabalho manual com macho é feito por meio de um
desandador de macho. Para evitar quebra a ferramenta ela deve ser
trabalhada girando-se ½ volta para a direita, na direção do corte e
1/4 de volta para esquerda, para retirada do cavaco. A figura abaixo
mostra a maneira de aprumar um macho, com também deve
trabalha no início da operação de roscar e depois da partida.
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
Há vários tipos de machos quer para trabalhos manuais, quer
para operações nas máquinas.
Escolha do macho quanto ao material
Quando se cortam roscas em materiais que expõem o macho a
muito desgaste, como duralumínio, elétron, aço cromo-níquel, aço
inoxidável, baquelite, etc, devem-se empregar machos de aço rápido.
Para abri roscas em material doce ou tenaz com tendência a aderir,
empregam-se machos de aço carbono, que devem ser de baixo teor de
carbono.
Para outras classes de materiais, a escolha entre machos de
aço rápido e machos de aço carbono é, com raras exceções,
determinada pelas condições de trabalho, devendo-se levar em conta o
seguinte:
1 – O aço rápido é mais quebradiço que o aço carbono e, por esta
razão, os machos de pequenas dimensões devem ser, se possível de
aço carbono.
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS
2 – Os machos de aço rápido devem trabalha a alta velocidade, umas
três vezes a mais que a recomendada para aço carbono, isto é factível
devido á alta resistência térmica do aço rápido, a baixa velocidade a
capacidade de corte dos machos de aço rápido é menor que a dos
machos correspondente de aço carbono, ainda pode ocorrer que
trabalhando a pouca velocidade os machos de aço rápido destruam as
roscas já abertas no material.
3 – Os machos de aço carbono de baixo teor de cromo geralmente
podem cortar roscas a velocidades mais altas que os aços comuns de
aço carbono.
ROSCAS
Se na superfície externa ou interna de um cilindro ou cone,
construirmos um helicóide ou vários helicóides paralelos e de seção
constante temos o que denominamos rosca.
É um conjunto de filetes, conforme o número destes, diz-se de
uma, ou mais entradas.
• Rosca cilíndrica é a construída sobre uma superfície cilíndrica.
• Rosca cônica é a construída sobre uma superfície cônica.
• Rosca externa é a construída sobre uma superfície externa de uma
peça.
• Rosca interna é a construída sobre uma superfície interna de uma
peça
ROSCAS
• Rosca simples é a que é construída apenas de um helicoide (rosca de
uma entrada).
• Rosca múltipla é a que é constituída de mais de um helicoide (rosca
de várias entradas).
ROSCAS
ROSCAS
• Rosca à direita é a rosca que montada numa contra parte que esteja
fixa, com o eixo na horizontal, quando gira no sentido do
movimento dos ponteiros de um relógio, se afasta do operador.
• Rosca à esquerda é a rosca que montada numa contra parte que
esteja fixa, com o eixo na horizontal, quando gira no sentido do
movimento dos ponteiros de um relógio, se aproxima do operador.
ROSCAS
• Filete ou fio é cada uma das voltas completas do helicóide de uma
rosca simples ou de cada um dos helicóides de uma rosca múltipla.
É a saliência de seção constante, em forma helicoidal, produzida por
um ou mais sulcos na superfície externa ou interna de um cilindro
ou cone.
• Crista ou coroa é a superfície que liga os lados dos filetes na peça
mais afastada da superfície sobre a qual foi construída o filete.
ROSCAS
• Fundo ou raiz é a superfície que une os lados dos filetes na parte
mais próxima da superfície sobre a qual foi construído o filete.
• Flanco são superfícies que ligam as cristas com os fundos adjacentes
a um filete.
• Profundidade da rosca ou altura do filete ou profundidade do filete é
a distância radial entre a crista e a raiz.
• Ângulo do filete é o ângulo formado pelos flancos de um filete,
medido em um plano axial.
• Os flancos das roscas triangular são inclinada de 60º em todos os
seus tipos menos nos tipos Lowenherz e whitworth que são de 53º
8` e 55º, respectivamente.
• Ângulo de flanco é o ângulo formado por uma perpendicular ao eixo
com os flancos.
• Ângulo da hélice é o que a hélice formada pela interseção do filete
com um cilindro imaginário com a rosca e de diâmetro igual ao
diâmetro dos flancos faz com um plano perpendicular ao eixo da
rosca.
ROSCAS
• Números de fios é o número de filetes compreendido em uma
polegada (25,4 mm), de comprimento da rosca.
• Passo é a distância medida paralelamente ao eixo entre dois pontos
correspondentes de dois filetes adjacentes.
ROSCAS
Formas de designar o passo
1) Pelo o valor do passo medido numa unidade de comprimento
(geralmente em mm).
2) Pelo número de filete por unidade de comprimento (geralmente em
polegadas = in).
Exemplos: Um parafuso de 20 fios por polegadas tem o passo:

Num parafuso de rosca nacional Americana o passo é expresso


em polegadas, assim, um parafuso de 0,125 “ ou 1/8” de passo – terá
8 fios por polegadas.
Avanço é a distância percorrida em uma rotação completa. Na
rosca de uma entrada o avanço é igual ao passo, na de duas entrada, o
avanço é o dobro do passo e assim por diante.
ROSCAS
Num parafuso de rosca nacional Americana o passo é expresso
em polegadas, assim, um parafuso de 0,125 “ ou 1/8” de passo – terá
8 fios por polegadas.
Avanço é a distância percorrida em uma rotação completa. Na
rosca de uma entrada o avanço é igual ao passo, na de duas entrada, o
avanço é o dobro do passo e assim por diante.
Profundidade útil ou altura útil do filete – é a distância radial
em que há superposição dos filetes em 2 roscas montadas.
Folga da crista é a distância radial entre a crista do filete de
uma rosca e o fundo da outra, quando montada.
Largura da crista é a base do triângulo resultante do
truncamento na crista ou no fundo.
ROSCAS
Diâmetro menor – Numa rosca cilíndrica o diâmetro menor é o
diâmetro do cilindro imaginário coaxial com a rosca que passa pela as
raízes de uma rosca externa ou pela a crista de uma rosca interna,
numa rosca cônica é o diâmetro, numa determinada posição de um
cone imaginário, coaxial com a rosca, que passa pelas raízes de uma
rosca externa ou pelas cristas de uma rosca interna.
Diâmetro maior – Numa rosca cilíndrica o diâmetro maior é o
diâmetro de um cilindro imaginário coaxial com a rosca que passa
pelas cristas de uma rosca externa ou pela raiz de uma rosca interna,
numa rosca cônica é o diâmetro, numa determinada posição de um
cone imaginário, coaxial com a rosca que passa pelas cristas de uma
rosca externa ou pelas raízes de uma rosca interna.
Diâmetro dos flancos – É o diâmetro de um cilindro imaginário
que cortando os filetes o faz de forma que a largura da seção dos
filetes seja igual á largura dos espaços, medida paralelamente ao eixo
sobre a superfície desse cilindro.
Espessura de um filete – É a distância entre os lados de um
filete medida paralelamente ao eixo, num diâmetro especificado.
ROSCAS
TIPOS DE FILETES
O filete caracteriza o parafuso. Várias são as formas
fundamentais das seções retas dos filetes usuais. Figuras abaixo.

· Triangular ( equilátero, isósceles e retangular)


· Trapezoidal.
· Quadrada.
· Arredondada.
Falamos em formas fundamentais porque, como veremos mais
adianta, os filetes triangulares são truncados, não apresentado
portanto exatamente seção triangular. Podemos agora acrescentar
duas definições:
TIPOS DE FILETES
- Truncamento na crista e uma rosca – É a distância radial entre a
crista do filete real e a do fundamental dessa rosca.
- Truncamento da raiz de uma rosca – É a distância real entre a raiz
do filete real e a do fundamental dessa rosca.
Emprego dos diferentes tipos de filetes
Filetes triangular
Esse tipo de filete é quase exclusivamente usado em rosca de
fixação. Raramente é usado em rosca de transmissão por causa do
atrito que é grande.

Filete quadrado
Esse tipo é muito usado em rosca de transmissão. A pior
desvantagem desse tipo de rosca é a dificuldade de construção.

Filete trapezoidal
Esse tipo de rosca tem grande emprego em transmissão. Ele apresenta
sobre o filete quadrado as seguintes vantagens:
- É mais resistente
- É mais fácil de ser usinado.
- As ferramentas para sua construção são mais resistentes.
TIPOS DE FILETES
Filetes arredondado
É empregado em peças submetidas a trabalho grosseiro, onde
os filetes agudos se quebrariam. É também, usado em bocais para
lâmpadas , tampas de garrafas, etc.
PADRONIZAÇÃO DA ROSCA
Embora o parafuso seja um dos primeiro inventos do homem,
até o meado do século passado não houve nenhuma tentativa de
padronizá-lo.
A primeira padronização fio apresentada em 1841 por um
mecânico inglês Sir Joseph Whitworth que foi plenamente aceito pelos
industriais da época Com o correr do tempo surgiram várias outras
padronizações, que com a evolução da técnica, têm sofrido várias
modificações, como ocorreu recentemente com a padronização
americana.
Das padronizações existente analisaremos as principais,
adotadas pelos países mais adiantado industrialmente.
Estados Unidos.
Inglaterra.
Alemanha.
França.
PADRONIZAÇÃO DA ROSCA
Nessa padronização encontramos rosca com diversos tipos de
filetes e ainda mais para alguns tipos, roscas com vários passos, daí as
denominações:
Roscas grossas – passo relativamente grande.
Roscas finas – passo pequeno.
Roscas extra-fina – passo muito pequeno.
A diferença entre as series está no número de fios por
polegada para um dado tamanho ou diâmetro e na profundidade do
filete.

EMPREGO DAS ROSCAS GROSSA, FINAS E EXTRA-FINAS


A série roscas grossas é recomendada para uso geral quando
vibração e choque são de pequena intensidade, nas peças em que as
desmontagem são freqüentes e quando o furo roscado é aberto em
materiais diferentes do aço. Deve-se de preferência usar sempre rosca
grossa, a menos que exista uma razão especial para usar uma das
outra séries.
PADRONIZAÇÃO DA ROSCA
A série roscas finas é freqüentemente usadas nas construções
de automóveis e aeronaves, principalmente quando ocorrem choques e
vibração, tende-se a afrouxar a porca, quando uma ajustagem fina e
necessária, quando se emprega porca de castelo e quando o furo é em
aço.
A série de rosca extrafina particularmente usados em
equipamentos aeronáuticos, é indicado na montagem de material de
pouca espessura, quando existe ajustamento “fino” e quando há
vibrações excessiva. Parafusos com tais
roscas são fabricado em aço ligas e tratado termicamente.

ROSCA MÉTRICA E ROSCA MÉTRICA ISO - Rosca métrica (até 1949)


Filete triangular equilátero truncado na crista e truncado e
arredondado na raiz. Até 1949 a rosca métrica normal (DIN 13 e 14)
apresenta as seguintes características: Passo em mm.
A tabela seguinte mostra uma tabela de rosca métrica normal,
com os elementos calculados segundo as características
predominantes até 1949.
ROSCA MÉTRICA E ROSCA MÉTRICA
ISO - Rosca métrica (até 1949)
Rosca métrica (Normal)
Tabela baseada na DIN 13 e 14
PERFIL
Rosca métrica ISO (pós 1964)
DIMENSÕES BÁSICA, DIÂMETRO NOMINAIS E PASSOS

A partir de
1964 passou-se a
adotar a rosca métrica
ISO ( consultar a NB-97,
1ª parte – 1973).
A figura mostra o perfil
básico da nossa rosca
métrica ISO
SELEÇÃO DE DIÂMETROS E PASSOS

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