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Aula Extra 1 –

Livro Digital
Questões Inéditas

ITA/IME 2020

Professor Victor So
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Aula Extra 1: ITA/IME 2020

Sumário
Lista de Questões Inéditas ....................................................................................... 3
Gabarito .................................................................................................................. 9
Lista de Questões Inéditas Comentadas ................................................................. 10

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LISTA DE QUESTÕES INÉDITAS


1. (Inédita)
Em um triângulo 𝐴𝐵𝐶 traça-se a ceviana interna 𝐵𝐷 tal que 𝐷𝐵̂𝐶 = 90°, 𝐴𝐵̂𝐷 = 𝐵𝐶̂ 𝐴 e 𝐷𝐶 =
2(𝐴𝐷 ). Se 𝐵𝐴̂𝐶 = 𝛼, o valor de sec 𝛼 é:
a) 2
b) √2
c) 2√3/3
d) √6 − √2
e) √6 + √2

2. (Inédita)
O valor de
2 2
(cos(2𝑎) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(2𝑎))(cos(𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏)) (cos(2𝑎) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (2𝑎))(cos(𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏))
+
cos(𝑎 + 𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) cos(𝑎 + 𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
É igual a:
a) 2𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
b) 2 cos(𝑎 + 𝑏)
c) 2 cos(2𝑎 + 2𝑏)
d) 2𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑏 − 3𝑎)
e) 2 cos(𝑏 − 3𝑎)

3. (Inédita)
Seja 𝜆 a circunferência de equação 𝑥 2 − 2𝑥 + 𝑦 2 = 0. Se 𝑟 é uma reta que intercepta 𝜆 no
ponto 𝑃 = (1, 1) e forma um ângulo de 45° com o eixo das abcissas, então a equação da reta
que é tangente à circunferência e é perpendicular à 𝑟 cujo ponto de tangência se encontra no
primeiro quadrante é
a) 𝑦 + 𝑥 = √2 − 1
b) 𝑦 + 𝑥 = √2
c) 𝑦 + 𝑥 = √2 + 1
d) 𝑦 + 𝑥 = −√2
e) 𝑦 − 𝑥 = 1

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4. (Inédita)
Considere as seguintes afirmações:
I. se 𝑎, 𝑏, 𝑐 são números reais positivos e 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1, então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 ≥ 1/3.
II. se 𝛼, 𝛽, 𝛾 são ângulos internos de um triângulo, então 𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽 + 𝑡𝑔𝛾 = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽 ⋅ 𝑡𝑔𝛾.
3 3
III. √20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4.
É(são) VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) todas.

5. (Inédita)
Assinale a opção que identifica o lugar geométrico descrito pelos afixos de 𝑍 ∈ ℂ tal que
1
𝑍 =1+𝑖+ ; 𝑟 ∈ ℝ − {0}
1 + 𝑟𝑖
a) Uma reta
b) Uma circunferência
c) Uma elipse
d) Uma hipérbole
e) Uma parábola

6. (Inédita)
Em um prisma hexagonal regular, as faces laterais são regiões quadradas cujos lados medem
𝑎. Um plano 𝛼 passa por uma aresta da base inferior e pela aresta diametralmente oposta da
base superior. A área do plano interna ao prisma é igual a:
a) 𝑎2
b) 3𝑎2
c) 6𝑎2
d) 9𝑎2
e) 12𝑎2

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7. (Inédita)
Seja 𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑧 3 + 𝑏𝑧 2 + 𝑎𝑧 + 𝑎 um polinômio tal que 𝑎 e 𝑏 são números inteiros
consecutivos. Sabendo que 2𝑖 é uma raiz do polinômio, a soma dos módulos das raízes de 𝑝(𝑧)
é igual a
a) 5
b) 4 + 2√3
c) 6
d) 8
e) 5 + √5

8. (Inédita)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais positivos e diferentes de 1. Considere as seguintes afirmações:
1
log2 4 4
I. ln 𝑒 + log 𝑎 𝑏 ⋅ log 𝑏 𝑎 é um número irracional.
log𝑎 𝑐
II. = 1 + log 𝑎 𝑏.
log𝑎𝑏 𝑐

III. Se log 𝑑 𝑎 , log 𝑑 𝑏 , log 𝑑 𝑐 formam nesta ordem uma progressão aritmética, então 𝑏2 = 2𝑎𝑐.
É(são) VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) todas.

9. (Inédita)
Um seletor de números aleatórios apenas pode selecionar um dos nove números inteiros
1, 2, … ,9, e essas seleções são feitas com a mesma probabilidade. A probabilidade de, após 𝑛
seleções (𝑛 > 1), o produto dos 𝑛 números selecionados ser divisível por 10 é
8 𝑛 5 𝑛 4 𝑛
a) 1 − ( ) − ( ) + ( )
9 9 9
8 𝑛 5 𝑛 4 𝑛
b) 1 − ( ) − ( ) − ( )
9 9 9
4 𝑛
c) 1 − ( )
9
5 𝑛
d) 1 − ( )
9
4 𝑛 5 𝑛
e) 1 − ( ) − ( )
9 9

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10. (Inédita)
𝑑
Seja 𝑓: ℝ − {− } → ℝ definida por
𝑐
𝑎𝑥 + 𝑏
𝑓 (𝑥 ) =
,
𝑐𝑥 + 𝑑
Na qual 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 são números reais não nulos. Sabendo que 𝑓(19) = 19, 𝑓(97) = 97 e
𝑓(𝑓(𝑥)) = 𝑥, então, o valor de 𝑓 (59) é igual a
a) 1579
b) 1237
c) 236
d) 118
e) 59

11. (Inédita)
O sistema de inequações
(𝑥 − 1) 2 + 𝑦 2 ≤ 1
{ 𝑥+𝑦≥0
𝑦−𝑥+2≥0
Delimita uma região no plano cuja área é igual a
𝜋−3
a)
2
𝜋−1
b)
2
𝜋+3
c)
2
𝜋+2
d)
2
𝜋+1
e)
2

12. (Inédita)
Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes quadradas não singulares de ordem 𝑛, considere as afirmações
I. 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴 é uma matriz simétrica.
II. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes antissimétricas e 𝐴𝐵 é simétrica, então 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴.
III. (𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)−1 ⋅ 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
É(são) VERDADEIRA(S)
a) Apenas I.

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b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.

13. (Inédita)
A soma das soluções distintas da equação
7
𝑠𝑒𝑛4 𝑥 + cos4 𝑥 =
8
com 𝑥 ∈ [0, 2𝜋], é
a) 4𝜋
b) 5𝜋
c) 6𝜋
d) 7𝜋
e) 8𝜋

14. (Inédita)
A razão entre a altura de um cone e o raio da esfera circunscrita a este cone é igual a 3/2.
Podemos afirmar que a relação entre o volume do cone e o volume da esfera é igual a
a) 9/32
b) 9/16
c) 9/64
d) 3/4
e) 3/16

15. (Inédita)
Se 𝑤1 , 𝑤2 , 𝑤3 são as raízes cúbicas da unidade imaginária, então o valor de
𝑤12 + 𝑤22 + 𝑤32
é
a) 1
b) −1
c) 3
d) √3𝑖

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e) 𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3

16. (Inédita)
Seja uma função 𝑔 ∶ ℝ ⟶ ℝ, a qual satisfaz a seguinte expressão:
𝑥 + 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑔(𝑥)), ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
Mostre que a função 𝑔 é injetora e, em seguida, calcule todas as soluções da equação
𝑔(𝑔(𝑥)) = 0.

17. (Inédita)
Considere um triângulo qualquer Δ𝐴𝐵𝐶. Os quadrados 𝐵𝐶𝐻𝐼 e 𝐴𝐵𝐹𝐺 são formados
externamente sobre os lados 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵 do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶. Dessa maneira, demonstre que o
segmento 𝐹𝐼 tem o dobro do comprimento da mediana 𝐵𝑃 do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶.

18. (Inédita)
Certo polinômio 𝑔(𝑥), quando dividido por 𝑥 + 1, deixa resto 5. Quando dividido por (𝑥 2 +
1), deixa resto 4𝑥 + 7. Sabendo que o resto da divisão de 𝑔(𝑥) por (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1) é igual a
𝑅 (𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, determine o valor de √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐².

19. (Inédita)
Sabendo que o valor numérico da expressão:
1 1 1 1 1
𝐸=( + 𝑡𝑔 1°) ( + 𝑡𝑔 2°) ( + 𝑡𝑔 3°) … ( + 𝑡𝑔 58°) ( + 𝑡𝑔 59°)
√3 √3 √3 √3 √3
𝑝𝑞
é da forma , onde 𝑝, 𝑟, 𝑞 𝑒 𝑠 são números primos distintos, determine o valor de 𝑝 + 𝑞 +
𝑟 𝑠 √𝑟
𝑟 + 𝑠.

20. (Inédita)
Em um shopping estão estacionados 50 carros lado a lado, dispostos em linha reta, ocupando
todas as vagas disponíveis. Euclides estaciona sua moto entre 2 desses 50 carros. Quando
Euclides retorna, ainda estão estacionados 29 dos 50 carros. Determine a probabilidade de as
duas vagas adjacentes à moto de Euclides estarem vazias.

21. (Inédita)
Um plano intercepta as arestas de um triedro trirretângulo de vértice 𝑂, determinando o
Δ𝐴𝐵𝐶 de lados 𝐵𝐶 = 𝑎, 𝐴𝐶 = 𝑏 𝑒 𝐴𝐵 = 𝑐. Determine as distâncias dos vértices desse
triângulo ao vértice 𝑂 do triedro e encontre o valor da altura ℎ do tetraedro 𝑂𝐴𝐵𝐶 em relação
à base Δ𝐴𝐵𝐶, tudo em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐.

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22. (Inédita)
𝑥 + 𝑎𝑦 + 𝑎2 𝑧 = 𝑎³
Determine para que valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐 o sistema {𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑏2 𝑧 = 𝑏³ é determinado.
𝑥 + 𝑐𝑦 + 𝑐 2 𝑧 = 𝑐³

23. (Inédita)
1
Sejam 𝛼 e 𝛽 respectivamente os valores mínimo e máximo da expressão |𝑧 − |, em que 𝑧 é
𝑧
um número complexo tal que |𝑧| = 2. Determine o valor de 𝛼 2 + 𝛽².

24. (Inédita)
Os ângulos da base 𝐴𝐷 do trapézio 𝐴𝐵𝐶𝐷 são iguais a 2𝛼 e 2𝛽. Sabendo que o trapézio é
circunscritível, encontre o valor de 𝐵𝐶/𝐴𝐷 em função de 𝛼 e 𝛽.

25. (Inédita)
5
Determine as equações das retas que passam pelo ponto (− , 5) e que são tangentes à cônica
2
2𝑥 2 + 3𝑦 2 = 35. Em seguida, calcule as retas bissetrizes dos ângulos formados entre as retas
tangentes encontradas

GABARITO
1. c
2. e
3. c
4. e
5. b
6. b
7. c
8. b
9. a
10. a
11. d
12. e
13. e
14. a
15. e
16. 𝑆 = {0}
17. Demonstração
18. √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = 9
19. 𝑝 + 𝑞 + 𝑟 + 𝑠 = 93
20. 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 6/35

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𝑎2 +𝑏2 −𝑐 2 𝑏2 +𝑐 2 −𝑎2 𝑎2 +𝑐 2 −𝑏2 1 2 2


21. 𝑂𝐶 = √ ; 𝑂𝐴 = √ ; 𝑂𝐵 = √ ; = + +
2 2 2 ℎ2 𝑎 2 +𝑏2 −𝑐 2 𝑎2 +𝑐 2 −𝑏2
2
𝑏2 +𝑐 2 −𝑎2
22. 𝑎 ≠ 𝑏 ≠ 𝑐
17
23. 𝛼 2 + 𝛽2 =
2
𝐵𝐶
24. = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
𝐴𝐷
25. 𝑅𝑒𝑡𝑎𝑠 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑟: 3𝑦 − 8𝑥 − 35 = 0; 𝑠: 9𝑦 + 4𝑥 − 35 = 0;
𝑅𝑒𝑡𝑎𝑠 𝑏𝑖𝑠𝑠𝑒𝑡𝑟𝑖𝑧𝑒𝑠 𝑡: (3√97 − 9√73)𝑦 − (8√97 + 4√73)𝑥 − 35(√97 − √73)
= 0; 𝑣: (3√97 + 9√73)𝑦 − (8√97 − 4√73)𝑥 − 35(√97 + √73) = 0

LISTA DE QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS


1. (Inédita)
Em um triângulo 𝐴𝐵𝐶 traça-se a ceviana interna 𝐵𝐷 tal que 𝐷𝐵̂𝐶 = 90°, 𝐴𝐵̂𝐷 = 𝐵𝐶̂ 𝐴 e 𝐷𝐶 =
2(𝐴𝐷 ). Se 𝐵𝐴̂𝐶 = 𝛼, o valor de sec 𝛼 é:
a) 2
b) √2
c) 2√3/3
d) √6 − √2
e) √6 + √2
Comentários

Podemos observar no Δ𝐴𝐵𝐶 que 𝛼 + 𝜃 + (90° + 𝜃) = 180°, então:


𝛼 + 2𝜃 = 90° (𝐼)
Aplicando a lei dos senos nesse triângulo:

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3𝑥 𝐵𝐶
=
𝑠𝑒𝑛(90° + 𝜃) 𝑠𝑒𝑛 𝛼
3𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼
= 𝐵𝐶 (𝐼𝐼)
cos 𝜃
Usando a lei dos senos no Δ𝐵𝐶𝐷:
2𝑥 𝐵𝐶
=
𝑠𝑒𝑛(90°) 𝑠𝑒𝑛(𝛼 + 𝜃)
Da relação (𝐼), temos:
𝛼 + 2𝜃 = 90° ⇒ 𝛼 + 𝜃 = 90° − 𝜃
Logo:
2𝑥 𝐵𝐶 𝐵𝐶
= ⇒ 2𝑥 = (𝐼𝐼𝐼)
𝑠𝑒𝑛(90°) 𝑠𝑒𝑛(90° − 𝜃) cos 𝜃
Substituindo 𝐵𝐶 de (𝐼𝐼) em (𝐼𝐼𝐼):
3𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 1 3 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 2
2𝑥 = ⋅ ⇒2= ⇒ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = cos2 𝜃
𝑐𝑜𝑠 𝜃 cos 𝜃 cos2 𝜃 3
Sabendo que cos 2𝜃 = 2 cos 2 𝜃 − 1, podemos escrever:
2 cos2 𝜃 = cos 2𝜃 + 1
cos 2𝜃 + 1
⇒ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 =
3
De (𝐼), temos 2𝜃 = 90° − 𝛼:
cos(90° − 𝛼) + 1 1
𝑠𝑒𝑛 𝛼 = ⇒ 3𝑠𝑒𝑛 𝛼 = 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 1 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝛼 =
3 2
Lembrando que 𝛼 < 90°, então:
𝛼 = 30°
1 1 2 √3
sec 𝛼 = sec 30° = = =
cos 30° √3 3
2
Gabarito: “c”

2. (Inédita)
O valor de
2 2
(cos(2𝑎) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(2𝑎))(cos(𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏)) (cos(2𝑎) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (2𝑎))(cos(𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏))
+
cos(𝑎 + 𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) cos(𝑎 + 𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
É igual a:
a) 2𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
b) 2 cos(𝑎 + 𝑏)

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c) 2 cos(2𝑎 + 2𝑏)
d) 2𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑏 − 3𝑎)
e) 2 cos(𝑏 − 3𝑎)
Comentários
Método 1) Podemos usar a fórmula de De Moivre para resolver essa questão:
𝑧 𝑛 = |𝑧|𝑛 (cos 𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃 )𝑛 = |𝑧|𝑛 (cos(𝑛𝜃) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜃)) = |𝑧|𝑛 𝑐𝑖𝑠 (𝑛𝜃)
Desse modo, reescrevendo os termos da expressão:
2 2
(cos(2𝑎) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(2𝑎))(cos(𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏)) (cos(2𝑎) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (2𝑎))(cos(𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏))
+
cos(𝑎 + 𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) cos(𝑎 + 𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
2 2
(𝑐𝑜𝑠(2𝑎) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(2𝑎))(𝑐𝑜𝑠(𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (𝑏)) (𝑐𝑜𝑠(2𝑎) + 𝑖𝑠𝑒𝑛 (2𝑎))(𝑐𝑜𝑠(𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑏))
+
𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑏) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑏) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏)
2 2
(𝑐𝑖𝑠(−2𝑎))(𝑐𝑖𝑠(𝑏)) (𝑐𝑖𝑠(2𝑎))(𝑐𝑖𝑠(−𝑏))
+
𝑐𝑖𝑠(𝑎 + 𝑏) 𝑐𝑖𝑠[−(𝑎 + 𝑏)]
(𝑐𝑖𝑠(−2𝑎))𝑐𝑖𝑠(2𝑏) (𝑐𝑖𝑠(2𝑎))𝑐𝑖𝑠(−2𝑏)
+
𝑐𝑖𝑠(𝑎 + 𝑏) 𝑐𝑖𝑠[−(𝑎 + 𝑏)]
Usando as propriedades dos complexos na forma polar, temos:
𝑐𝑖𝑠[−2𝑎 + 2𝑏 − (𝑎 + 𝑏)] + 𝑐𝑖𝑠{2𝑎 − 2𝑏 − [−(𝑎 + 𝑏)]}
𝑐𝑖𝑠(𝑏 − 3𝑎) + 𝑐𝑖𝑠(3𝑎 − 𝑏)
𝑐𝑖𝑠(𝑏 − 3𝑎) + 𝑐𝑖𝑠[−(𝑏 − 3𝑎)]
cos(𝑏 − 3𝑎) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑏 − 3𝑎) + cos(𝑏 − 3𝑎) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑏 − 3𝑎)
∴ 2 cos(𝑏 − 3𝑎)

Método 2) Também podemos resolver usando a fórmula de Euler:


Seja 𝑒 𝑎𝑖 = cos 𝑎 + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝑎 e 𝑒 𝑏𝑖 = cos 𝑏 + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝑏, daí:
𝑒 2𝑎𝑖 = cos 2𝑎 + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 2𝑎
𝑒 −2𝑎𝑖 = cos(−2𝑎) + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 (−2𝑎)
𝑒 −2𝑎𝑖 = cos 2𝑎 − 𝑖 𝑠𝑒𝑛 2𝑎
Além disso:
𝑒 −𝑏𝑖 = cos 𝑏 − 𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝑏
Seja 𝐼 a equação do enunciado, substituindo essas relações em 𝐼:
𝑒 −2𝑎𝑖 ⋅ (𝑒 𝑏𝑖 )2 𝑒 2𝑎𝑖 ⋅ (𝑒 −𝑏𝑖 )2
𝐼= +
𝑒 (𝑎+𝑏)𝑖 𝑒 −(𝑎+𝑏)𝑖
𝑒 −2𝑎𝑖 ⋅ 𝑒 2𝑏𝑖 𝑒 2𝑎𝑖 ⋅ 𝑒 −2𝑏𝑖
𝐼= + −(𝑎+𝑏)𝑖
𝑒 (𝑎+𝑏)𝑖 𝑒

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𝐼 = 𝑒 (−3𝑎+𝑏)𝑖 + 𝑒 (3𝑎−𝑏)𝑖
𝐼 = cos(−3𝑎 + 𝑏) + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 (−3𝑎 + 𝑏) + cos (3𝑎 − 𝑏) + 𝑖 𝑠𝑒𝑛(3𝑎 − 𝑏)
𝐼 = 2 cos(3𝑎 − 𝑏) = 2 cos(𝑏 − 3𝑎)
Gabarito: “e”

3. (Inédita)
Seja 𝜆 a circunferência de equação 𝑥 2 − 2𝑥 + 𝑦 2 = 0. Se 𝑟 é uma reta que intercepta 𝜆 no
ponto 𝑃 = (1, 1) e forma um ângulo de 45° com o eixo das abcissas, então a equação da reta
que é tangente à circunferência e é perpendicular à 𝑟 cujo ponto de tangência se encontra no
primeiro quadrante é
a) 𝑦 + 𝑥 = √2 − 1
b) 𝑦 + 𝑥 = √2
c) 𝑦 + 𝑥 = √2 + 1
d) 𝑦 + 𝑥 = −√2
e) 𝑦 − 𝑥 = 1
Comentários
Como 𝑟 forma um ângulo de 45° com o eixo das abcissas, temos 𝑚𝑟 = 𝑡𝑔 45° = 1. Assim, a
equação de 𝑟 é dada por:
𝑟: 𝑦 = 𝑥 + 𝑐
Se a reta 𝑟 intercepta 𝜆 em 𝑃 = (1,1), então, substituindo esse ponto na reta, temos:
1=1+𝑐
𝑐=0
Logo:
𝑟: 𝑦 = 𝑥
Seja 𝑡 a reta pedida. Sabendo que 𝑡 é perpendicular à 𝑟, temos válida a relação 𝑚𝑡 ⋅ 𝑚𝑟 =
−1, na qual 𝑚𝑡 é o coeficiente angular de 𝑡. Desse modo:
𝑚𝑡 ⋅ 1 = −1
𝑚𝑡 = −1
A equação de 𝑡 é dada por:
𝑡: 𝑦 = −𝑥 + 𝑘
Agora, podemos encontrar o valor de 𝑘 de dois modos diferentes. Veja:
Método 1)
Substituindo 𝑡 em 𝜆 para encontrar o valor de 𝑘:
𝑥 2 − 2𝑥 + 𝑥 2 − 2𝑥𝑘 + 𝑘 2 = 0
2𝑥 2 − 𝑥 (2 + 2𝑘 ) + 𝑘 2 = 0

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Para que 𝑡 seja tangente, ela deve intersectar 𝜆 uma única vez, logo, o Δ deve ser nulo:
Δ = (−2 − 2𝑘 )2 − 4 ⋅ 2 ⋅ 𝑘 2 = −4𝑘 2 + 8𝑘 + 4 = 0
𝑘 2 − 2𝑘 − 1 = 0
𝑘 2 − 2𝑘 + 1 = 2
(𝑘 − 1)2 = 2
𝑘 = 1 ± √2
𝑘 = 1 − √2 ou 𝑘 = 1 + √2
Assim, da equação de 𝑡:
𝑡: 𝑦 + 𝑥 = 𝑘
O enunciado afirma que 𝑡 possui ponto de tangência no primeiro quadrante, então, devemos
ter 𝑦 + 𝑥 = 𝑘 > 0. Como 𝑘 = 1 − √2 < 0, esse coeficiente linear não serve. Portanto, a equação
de 𝑡 é
𝑡: 𝑦 + 𝑥 = 1 + √2

Método 2) A equação da circunferência pode ser escrita como:


𝑥 2 − 2𝑥 + 𝑦 2 = 0 ⇒ 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 + 𝑦 2 = 1 ⇒ (𝑥 − 1)2 + 𝑦 2 = 1
Representando a situação no plano cartesiano:
Como 𝐴𝐵//𝑟, temos 𝐵Â𝐶 = 45° e,
portanto, Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles com 𝐴𝐵 =
𝐵𝐶.
Podemos aplicar o teorema de
Pitágoras no triângulo 𝐴𝐵𝐶, sabendo que
𝐴𝐵 = 1 (raio da circunferência), temos:
𝐴𝐶 2 = 𝐴𝐵2 + 𝐵𝐶 2
⇒ 𝐴𝐶 = √2
Desse modo:
𝑘 − 1 = √2 ⇒ 𝑘 = 1 + √2

𝑡: 𝑦 + 𝑥 = 1 + √2
Gabarito: “c”

4. (Inédita)
Considere as seguintes afirmações:
I. se 𝑎, 𝑏, 𝑐 são números reais positivos e 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1, então 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 ≥ 1/3.

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II. se 𝛼, 𝛽, 𝛾 são ângulos internos de um triângulo, então 𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽 + 𝑡𝑔𝛾 = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽 ⋅ 𝑡𝑔𝛾.
3 3
III. √20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4.
É(são) VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) todas.
Comentários
I) Sabendo que a média quadrática é maior ou igual à média aritmética, temos:
𝑀𝑄 ≥ 𝑀𝐴

𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 𝑎 + 𝑏 + 𝑐
√ ≥
3 3
Substituindo 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 1 e elevando ao quadrado (já que ambos os termos são positivos):
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 1

3 9
1
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 ≥
3
Portanto, o item é VERDADEIRO.
II) Como, 𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°, então, 𝑡𝑔(𝛼 + 𝛽 + 𝛾 ) = 𝑡𝑔(180°) = 0. Desse modo:
𝑡𝑔(𝛼 + 𝛽) + 𝑡𝑔𝛾
𝑡𝑔(𝛼 + 𝛽 + 𝛾 ) = =0
1 − 𝑡𝑔(𝛼 + 𝛽) ⋅ 𝑡𝑔𝛾
𝑡𝑔(𝛼 + 𝛽) = −𝑡𝑔𝛾
𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽
= −𝑡𝑔𝛾
1 − 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽 = −𝑡𝑔𝛾 + 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽 ⋅ 𝑡𝑔𝛾
𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽 + 𝑡𝑔𝛾 = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽 ⋅ 𝑡𝑔𝛾
Logo, o item é VERDADEIRO.
3 3
III) Seja √20 + 14√2 = 𝑎 e √20 − 14√2 = 𝑏, então:
𝑎+𝑏 =𝑥
(𝑎 + 𝑏 ) 3 = 𝑥 3
𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3 = 𝑥 3
𝑎3 + 𝑏3 + 3𝑎𝑏(𝑎 + 𝑏) = 𝑥 3

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 15


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𝑎3 + 𝑏3 + 3𝑎𝑏𝑥 = 𝑥 3
Substituindo os valores de 𝑎 e 𝑏 na equação:
3 2
20 + 14√2 + 20 − 14√2 + 3 √202 − (14√2) 𝑥 = 𝑥 3
3
40 + 3√8𝑥 = 𝑥 3
40 + 6𝑥 = 𝑥 3
Assim, para verificar se 𝑎 + 𝑏 = 4, basta tomar 𝑥 = 4, substituindo na equação acima:
40 + 6 ⋅ 4 = 43
64 = 64
3 3
Ou seja, 𝑥 = 4 é solução e, portanto, √20 + 14√2 + √20 − 14√2 = 4. Logo, o item é
VERDADEIRO.
Gabarito: “e”

5. (Inédita)
Assinale a opção que identifica o lugar geométrico descrito pelos afixos de 𝑍 ∈ ℂ tal que
1
𝑍 =1+𝑖+ ; 𝑟 ∈ ℝ − {0}
1 + 𝑟𝑖
a) Uma reta
b) Uma circunferência
c) Uma elipse
d) Uma hipérbole
e) Uma parábola
Comentários
Podemos reescrever o complexo 𝑍 desse modo:
1 − 𝑟𝑖 1 𝑟
𝑍 =1+𝑖+ ⇒ 𝑍 = (1 + ) + (1 − )𝑖
1 + 𝑟2 1 + 𝑟2 1 + 𝑟2
Para analisar o lugar geométrico, podemos escrever 𝑍 na forma algébrica:
𝑍 = 𝑥 + 𝑖𝑦
Assim, obtemos:
1
𝑥 =1+
1 + 𝑟2
𝑟
𝑦 =1−
1 + 𝑟2
De 𝑥, temos:

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1 2
1 2−𝑥
𝑥−1= ⇒ 1 + 𝑟 = ⇒ 𝑟 = ± √
1 + 𝑟2 𝑥−1 𝑥−1

Para esse valor de 𝑟, temos como condição de existência 𝑥 ∈ ]1, 2[.


Substituindo em 𝑦:
2−𝑥
±√
𝑥−1
𝑦 =1− ⇒ 𝑦 = 1 ∓ √(2 − 𝑥)(𝑥 − 1)
2−𝑥
1+
𝑥−1
Note que 𝑦 ≠ 1 devido à condição de existência.
Elevando a equação ao quadrado:
(𝑦 − 1)2 = (2 − 𝑥)(𝑥 − 1)
(𝑦 − 1)2 = 3𝑥 − 2 − 𝑥 2
(𝑦 − 1)2 + 𝑥 2 − 3𝑥 = −2
9 1
(𝑦 − 1)2 + (𝑥 2 − 3𝑥 + ) =
4 4
3 2 1
(𝑥 − ) + (𝑦 − 1)2 =
2 4
Portanto, o lugar geométrico descrito acima é de uma circunferência.
Gabarito: “b”

6. (Inédita)
Em um prisma hexagonal regular, as faces laterais são regiões quadradas cujos lados medem
𝑎. Um plano 𝛼 passa por uma aresta da base inferior e pela aresta diametralmente oposta da
base superior. A área do plano interna ao prisma é igual a:
a) 𝑎2
b) 3𝑎2
c) 6𝑎2
d) 9𝑎2
e) 12𝑎2
Comentários
A figura abaixo representa a situação do problema:

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 17


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A área da base é igual à projeção da área pedida. Sabendo que a base é um hexágono regular
e denotando por 𝐴 a área destacada, temos:
𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒
𝐴 ⋅ cos 𝐼Â𝐶 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ⇒ 𝐴 =
cos 𝐼Â𝐶
Um hexágono regular é formado por seis triângulos equiláteros, assim, sua área é dada por:

𝑎 √3
𝑎⋅ 2
𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 = 6 ⋅ 2 = 𝑎 3 √3
2 2
Para calcular o valor do cosseno, podemos usar os seguintes desenhos:

A medida de 𝐴𝐶 é igual à duas vezes a altura de um triângulo equilátero:


𝑎 √3
𝐴𝐶 = 2 ⋅ ( ) = 𝑎√3
⏟2
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 Δ𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙á𝑡𝑒𝑟𝑜

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Aplicando o teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝐶𝐼, obtemos:


2
𝐴𝐼2 = 𝑎2 + (𝑎√3) = 4𝑎2 ⇒ 𝐴𝐼 = 2𝑎

𝐴𝐶 𝑎√3 √3
⇒ cos 𝐼Â𝐶 = = =
𝐴𝐼 2𝑎 2
Assim, concluímos:
𝑎 2 3 √3
𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 2
𝐴= = ⇒ 𝐴 = 3𝑎2
cos 𝐼Â𝐶 √3
2
Gabarito: “b”

7. (Inédita)
Seja 𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑧 3 + 𝑏𝑧 2 + 𝑎𝑧 + 𝑎 um polinômio tal que 𝑎 e 𝑏 são números inteiros
consecutivos. Sabendo que 2𝑖 é uma raiz do polinômio, a soma dos módulos das raízes de 𝑝(𝑧)
é igual a
a) 5
b) 4 + 2√3
c) 6
d) 8
e) 5 + √5
Comentários
Como 2𝑖 é raiz, temos:
𝑝(2𝑖) = 16 − 8𝑖 − 4𝑏 + 2𝑖𝑎 + 𝑎 = 0
⇒ 16 + 𝑎 − 4𝑏 + (2𝑎 − 8)𝑖 = 0
Parte imaginária:
(2𝑎 − 8) = 0
𝑎=4
Parte real:
(16 − 4𝑏 + 𝑎) = 0
𝑏=5
⇒ 𝑝(𝑧) = 𝑧 4 + 𝑧 3 + 5𝑧 2 + 4𝑧 + 4
Se 2𝑖 é raiz, seu conjugado também é, ou seja, −2𝑖 é raiz.
Pelas relações de Girard, o produto das raízes é 𝑧1 𝑧2 𝑧3 𝑧4 = 4. Substituindo os valores das
raízes conhecidas, obtemos:
(2𝑖) ⋅ (−2𝑖) ⋅ 𝑧3 𝑧4 = 4

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𝑧3 𝑧4 = 1
Além disso, a soma das raízes é:
𝑧1 + 𝑧2 + 𝑧3 + 𝑧4 = −1
2𝑖 − 2𝑖 + 𝑧3 + 𝑧4 = −1
𝑧3 + 𝑧4 = −1
Elevando a equação acima ao quadrado:
𝑧32 + 2 𝑧⏟ 2
3 𝑧4 + 𝑧4 = 1
1

𝑧32 + 𝑧42 = −1
Encontramos a soma de dois quadrados que resultam em um número negativo, logo, 𝑧3 e 𝑧4
são complexos. Assim, pelo teorema da raiz complexa conjugada, temos:
𝑧4 = 𝑧3
Usando as propriedades dos complexos:
𝑧3 𝑧3 = |𝑧3 |2 = 1 = |𝑧4 |2 ⇒ |𝑧3 | = |𝑧4 | = 1
Portanto:
|𝑧1 | + |𝑧2 | + |𝑧3 | + |𝑧4 | = 2 + 2 + 1 + 1 = 6
Gabarito: “c”

8. (Inédita)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais positivos e diferentes de 1. Considere as seguintes afirmações:
1
log2 4 4
I. ln 𝑒 + log 𝑎 𝑏 ⋅ log 𝑏 𝑎 é um número irracional.
log𝑎 𝑐
II. = 1 + log 𝑎 𝑏.
log𝑎𝑏 𝑐

III. Se log 𝑑 𝑎 , log 𝑑 𝑏 , log 𝑑 𝑐 formam nesta ordem uma progressão aritmética, então 𝑏2 = 2𝑎𝑐.
É(são) VERDADEIRA(S)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) todas.
Comentários
I) Aplicando as propriedades dos logaritmos, temos:
1 1 1 1 1
ln 𝑒 log2 44 = ln 𝑒 4 log2 4 = ln 𝑒 2 = ln 𝑒 =
2 2
log 𝑎 𝑏 ⋅ log 𝑏 𝑎 = log 𝑎 𝑎 = 1

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Logo:
1
log2 4 4
1 3
ln 𝑒 + log 𝑎 𝑏 ⋅ log 𝑏 𝑎 = +1=
2 2
1
ln 𝑒 log2 44 + log 𝑎 𝑏 ⋅ log 𝑏 𝑎 é um número racional. Portanto, o item é FALSO.
II) Fazendo a mudança de base, temos:
log a 𝑐 log a 𝑐
= = log a 𝑎𝑏 = 1 + log a 𝑏
log ab 𝑐 log a 𝑐
log a 𝑎𝑏
Portanto, o item é VERDADEIRO.
III) Como os termos formam uma progressão aritmética, podemos escrever:
log 𝑑 𝑎 + log 𝑑 𝑐 = 2 log d 𝑏
log 𝑑 𝑎𝑐 = log d 𝑏2
𝑏2 = 𝑎𝑐
Portanto, o item é FALSO.
Gabarito: “b”

9. (Inédita)
Um seletor de números aleatórios apenas pode selecionar um dos nove números inteiros
1, 2, … ,9, e essas seleções são feitas com a mesma probabilidade. A probabilidade de, após 𝑛
seleções (𝑛 > 1), o produto dos 𝑛 números selecionados ser divisível por 10 é
8 𝑛 5 𝑛 4 𝑛
a) 1 − ( ) − ( ) + ( )
9 9 9
8 𝑛 5 𝑛 4 𝑛
b) 1 − ( ) − ( ) − ( )
9 9 9
4 𝑛
c) 1 − ( )
9
5 𝑛
d) 1 − ( )
9
4 𝑛 5 𝑛
e) 1 − ( ) − ( )
9 9

Comentários
Seja 𝑃 o produto dos 𝑛 números selecionados. Para que 𝑃 seja divisível por 10, a fatoração
de 𝑃 deverá conter no mínimo um fator 2 e um fator 5. Assim, entre os números selecionados,
devemos ter pelo menos um número par e um número 5.
Vamos calcular a probabilidade de 𝑃 não ser divisível por 10. Isso pode acontecer de 3 formas:
(𝐼) nenhum dos 𝑛 números ser igual a 5: a probabilidade de isso acontecer é
8 𝑛
( )
9

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Em cada seleção pode ser selecionado qualquer número de 1 a 9 menos o 5. Assim, para cada
seleção, temos 8 maneiras de selecionar um inteiro entre 9 opções. Como são 𝑛 seleções, a
8 𝑛
probabilidade de nenhum dos 𝑛 números ser igual a 5 é ( ) .
9

(𝐼𝐼) nenhum dos 𝑛 números ser par: a probabilidade de isso acontecer é


5 𝑛
( )
9
Em cada seleção pode ser selecionado qualquer número dentre os ímpares (1, 3, 5, 7, 9).
Nesse caso, para cada seleção, temos 5 maneiras de selecionar um inteiro entre 9 opções. Perceba
que o produto de 𝑛 inteiros ímpares nunca será múltiplo de 10. Como são 𝑛 seleções, a
5 𝑛
probabilidade de nenhum dos 𝑛 números ser par é ( ) .
9

(𝐼𝐼𝐼) nenhum dos 𝑛 números ser par ou ser igual a 5: a probabilidade de isso acontecer é
4 𝑛
( )
9
Em cada seleção pode ser selecionado qualquer número dentre os ímpares (1, 3, 7, 9). Desse
modo, para cada seleção, temos 4 maneiras de selecionar um inteiro entre 9 opções. Como são 𝑛
4 𝑛
seleções, a probabilidade de nenhum dos 𝑛 números ser par nem ser igual a 5 é ( ) .
9

Além disso, dentro do caso (𝐼) e do caso (𝐼𝐼) é considerado o caso (𝐼𝐼𝐼). Então, quando se
subtrai da probabilidade total a probabilidade de (𝐼) e de (𝐼𝐼), subtraimos duas vezes o caso (𝐼𝐼𝐼).
Assim, para resolver esse problema, é necessário somar a probabilidade (𝐼𝐼𝐼).
8 𝑛 5 𝑛 4 𝑛
Portanto, a probabilidade de 𝑃 ser divisível por 10 é 1 − ( ) − ( ) + ( ) .
9 9 9

Gabarito: “a”

10. (Inédita)
𝑑
Seja 𝑓: ℝ − {− } → ℝ definida por
𝑐
𝑎𝑥 + 𝑏
𝑓 (𝑥 ) =
,
𝑐𝑥 + 𝑑
na qual 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 são números reais não nulos. Sabendo que 𝑓(19) = 19, 𝑓(97) = 97 e
𝑓(𝑓(𝑥)) = 𝑥, então, o valor de 𝑓 (59) é igual a
a) 1579
b) 1237
c) 236
d) 118
e) 59
Comentários
Calculando 𝑓(𝑓 (𝑥)) = 𝑥:

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𝑎𝑥 + 𝑏
𝑎 + 𝑏 𝑎2 𝑥 + 𝑎𝑏 + 𝑐𝑏𝑥 + 𝑑𝑏
𝑓(𝑓(𝑥)) = 𝑐𝑥 + 𝑑 = =𝑥
𝑎𝑥 + 𝑏 𝑎𝑐𝑥 + 𝑏𝑐 + 𝑑𝑐𝑥 + 𝑑 2
𝑐 +𝑑
𝑐𝑥 + 𝑑
𝑎2 𝑥 + 𝑎𝑏 + 𝑐𝑏𝑥 + 𝑑𝑏 = 𝑎𝑐𝑥 2 + 𝑏𝑐𝑥 + 𝑑𝑐𝑥 2 + 𝑑 2 𝑥
𝑐 (𝑎 + 𝑑 )𝑥 2 + (𝑑 2 − 𝑎 2 )𝑥 − 𝑏 (𝑎 + 𝑑 ) = 0
Para a igualdade ser verdadeira, devemos ter:
𝑎𝑏 + 𝑑𝑏 = 0
Como os coeficientes são não-nulos:
𝑑 = −𝑎
Daí, substituindo em 𝑓(𝑥):
𝑎𝑥 + 𝑏
𝑓 (𝑥 ) =
𝑐𝑥 − 𝑎
Usando os dados do enunciado:
19𝑎 + 𝑏
𝑓(19) = = 19
19𝑐 − 𝑎
19𝑎 + 𝑏 = 192 𝑐 − 19𝑎 (𝐼)

97𝑎 + 𝑏
𝑓(97) = = 97
97𝑐 − 𝑎
97𝑎 + 𝑏 = 972 𝑐 − 97𝑎 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼) − (𝐼):
156𝑎 = 9048𝑐
𝑎
𝑐=
58
Substituindo em (𝐼):
361𝑎
38𝑎 + 𝑏 =
58
1843𝑎
𝑏=−
58
Substituindo 𝑎, 𝑏, 𝑐 e 𝑑 em 𝑓(𝑥):
1843𝑎
𝑎𝑥 −
𝑓 (𝑥 ) = 𝑎 58 = 58𝑥 − 1843
𝑥−𝑎 𝑥 − 58
58
Portanto:
𝑓(59) = 1579
Gabarito: “a”

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11. (Inédita)
O sistema de inequações
(𝑥 − 1) 2 + 𝑦 2 ≤ 1
{ 𝑥+𝑦≥0
𝑦−𝑥+2≥0
Delimita uma região no plano cuja área é igual a
𝜋−3
a)
2
𝜋−1
b)
2
𝜋+3
c)
2
𝜋+2
d)
2
𝜋+1
e)
2

Comentários
A região delimitada é representada na figura abaixo:

Para calcular a área, vamos dividir a região em duas partes: semicircunferência 𝐴𝐶 e triângulo
𝐴𝐵𝐶.
(𝐼) área da semicircunferência é dada por
𝜋 ∙ 12 𝜋
𝑆= =
2 2
(𝐼𝐼) área do ∆𝐴𝐵𝐶 é dada por
2∙1
𝑆𝐴𝐵𝐶 = =1
2
Portanto, a área delimitada é dada por

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𝜋 𝜋+2
𝑆 + 𝑆𝐴𝐵𝐶 = +1=
2 2
Gabarito: “d”

12. (Inédita)
Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes quadradas não singulares de ordem 𝑛, considere as afirmações
I. 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴 é uma matriz simétrica.
II. Se 𝐴 e 𝐵 são matrizes antissimétricas e 𝐴𝐵 é simétrica, então 𝐴𝐵 = 𝐵𝐴.
III. (𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)−1 ⋅ 𝐴𝑇 = 𝐴−1 .
É(são) VERDADEIRA(S)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
Comentários
I) Se 𝑋 = 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴, então:
𝑋 𝑇 = (𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)𝑇 = 𝐴𝑇 ⋅ (𝐴𝑇 )𝑇 = 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴
∴ 𝑋 = 𝑋𝑇
Item VERDADEIRO.
II) Da definição de matriz antissimétrica, temos:
𝐴𝑇 = −𝐴 e 𝐵𝑇 = −𝐵
Como 𝐴𝐵 é simétrica:
𝐴𝐵 = (𝐴𝐵 )𝑇 = 𝐵𝑇 ⋅ 𝐴𝑇
Substituindo 𝐴𝑇 e 𝐵 𝑇 :
𝐴𝐵 = (−𝐵)(−𝐴)
𝐴𝐵 = 𝐵𝐴
Item VERDADEIRO.
III) Suponha a matriz 𝑋 = 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴. Então, 𝑋 também é não-singular, assim, podemos escrever:
𝑋 −1 ⋅ 𝑋 = 𝐼
(𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)−1 ⋅ (𝐴𝑇 ⋅ 𝐴) = 𝐼
Multiplicando por 𝐴−1 dos dois lados:
(𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)−1 ⋅ 𝐴𝑇 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐴−1 = 𝐴−1
(𝐴𝑇 ⋅ 𝐴)−1 ⋅ 𝐴𝑇 = 𝐴−1

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Portanto, o item é VERDADEIRO.


Gabarito: “e”

13. (Inédita)
A soma das soluções distintas da equação
7
𝑠𝑒𝑛4 𝑥 + cos4 𝑥 =
8
com 𝑥 ∈ [0, 2𝜋], é
a) 4𝜋
b) 5𝜋
c) 6𝜋
d) 7𝜋
e) 8𝜋
Comentários
Podemos fatorar a expressão do primeiro membro e usar a relação fundamental 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 +
cos2 𝑥 = 1 para simplificá-lo:
2
4 4 2 2
𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥 = (𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥 )2 2 2
− 2𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1 − 2 ( )
2

4
𝑠𝑒𝑛2 (2𝑥)
4
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥 = 1 −
2
Desse modo, temos:

4
7 4
𝑠𝑒𝑛2 (2𝑥) 7
𝑠𝑒𝑛 𝑥 + cos 𝑥 = ⇒ 1 − =
8 2 8
𝑠𝑒𝑛2 (2𝑥) 1 1 1
= ⇒ 𝑠𝑒𝑛2 (2𝑥) = ⇒ 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = ±
2 8 4 2
𝜋 𝜋 𝑘𝜋
2𝑥 = ± + 𝑘𝜋 ⇒ 𝑥 = ± + ,𝑘 ∈ ℤ
6 12 2
Para o intervalo determinado, temos as seguintes soluções:
𝜋 5𝜋 7𝜋 11𝜋 13𝜋 17𝜋 19𝜋 23𝜋
𝑥∈{
; ; ; ; ; ; ; }
12 12 12 12 12 12 12 12
Logo, a soma é dada por:
𝜋 5𝜋 7𝜋 11𝜋 13𝜋 17𝜋 19𝜋 23𝜋
𝑆= + + + + + + + = 8𝜋
12 12 12 12 12 12 12 12
Gabarito: “e”

14. (Inédita)

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A razão entre a altura de um cone e o raio da esfera circunscrita a este cone é igual a 3/2.
Podemos afirmar que a razão entre o volume do cone e o volume da esfera é igual a
a) 9/32
b) 9/16
c) 9/64
d) 3/4
e) 3/16
Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

Legenda:
ℎ − 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑒
𝑟 − 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑒
𝑅 − 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎
A questão afirma que:
ℎ 3 3
= ⇒ ℎ= 𝑅
𝑅 2 2

Precisamos encontrar 𝑟 em função de 𝑅. Podemos extrair essa informação do triângulo 𝑂𝐵𝑀.


Aplicando o teorema de Pitágoras no Δ𝑂𝐵𝑀:
𝑅 2 = (ℎ − 𝑅 )2 + 𝑟 2
2
3
𝑅 = ( 𝑅 − 𝑅) + 𝑟 2
2
2
2 2
𝑅2
𝑟 =𝑅 −
4
𝑅 √3
𝑟=
2
Assim, o volume do cone é:
2
𝜋𝑟 2 ℎ 𝜋 𝑅√3 3𝑅
𝑉𝑐 = = ⋅( ) ⋅
3 3 2 2
3𝜋𝑅3
𝑉𝑐 =
8

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O volume da esfera é:
4 3
𝑉𝑒 = 𝜋𝑅
3
Portanto, a razão pedida é dada por:
3𝜋𝑅3
𝑉𝑐 9
= 8 =
𝑉𝑒 4 𝜋𝑅3 32
3
Gabarito: “a”

15. (Inédita)
Se 𝑤1 , 𝑤2 , 𝑤3 são as raízes cúbicas da unidade imaginária, então o valor de
𝑤12 + 𝑤22 + 𝑤32
é
a) 1
b) −1
c) 3
d) √3𝑖
e) 𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3
Comentários
Sabendo que 𝑤1 , 𝑤2 e 𝑤3 são raízes de 𝑤 3 − 𝑖 = 0, então, usando a fórmula de De Moivre,
temos:
𝜋 𝜋 2𝑘𝜋
𝑤 3 = 𝑖 ⇒ 𝑤 3 = 𝑐𝑖𝑠 ( ) ⇒ 𝑤 = 𝑐𝑖𝑠 ( + ) ; 𝑘 ∈ {0,1,2}
2 6 3
Desse modo, as raízes são:
𝜋 √3 𝑖
𝑤1 = 𝑐𝑖𝑠 ( ) = +
6 2 2
5𝜋 √3 𝑖
𝑤2 = 𝑐𝑖𝑠 (
)=− +
6 2 2
3𝜋
𝑤3 = 𝑐𝑖𝑠 ( ) = −𝑖
2
2 2 2
Portanto, o valor de 𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3 é
𝜋 5𝜋 1 𝑖 √3 1 𝑖 √3
𝑤12 + 𝑤22 + 𝑤32 = 𝑐𝑖𝑠 ( ) + 𝑐𝑖𝑠 ( ) + 𝑐𝑖𝑠(3𝜋) = + +( − ) + (−1)
3 3 2 2 2 2
∴ 𝑤12 + 𝑤22 + 𝑤32 = 0
Não temos a alternativa com o número 0. Vamos verificar a “e”:

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 28


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√3 𝑖 √3 𝑖
𝑤1 + 𝑤2 + 𝑤3 = + − + −𝑖 =0
2 2 2 2
Gabarito: “e”

16. (Inédita)
Seja uma função 𝑔 ∶ ℝ ⟶ ℝ, a qual satisfaz a seguinte expressão:
𝑥 + 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑔(𝑥)), ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
Mostre que a função 𝑔 é injetora e, em seguida, calcule todas as soluções da equação
𝑔(𝑔(𝑥)) = 0.
Comentários
Para resolver esta questão é preciso estar atento aos dados do enunciado, pois ela diz quais
passos você deve seguir para a resolução dela.
Vejamos por partes.
“Seja uma função 𝑔 ∶ ℝ ⟶ ℝ, a qual satisfaz a seguinte expressão:

𝑥 + 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑔(𝑥)), ∀ 𝑥 ∈ ℝ. ”(𝐼)


Nessa parte do enunciado, é dada uma única expressão envolvendo a função 𝑔, isso significa
que você deve usá-la, pois é a única informação algébrica a respeito da função.
“Mostre que a função 𝑔 é injetora e, em seguida, calcule todas as soluções da equação
𝑔(𝑔(𝑥)) = 0.” A interpretação desse trecho é fundamental, pois a ordem do que fazer na questão
importa! Primeiramente é preciso mostrar que a função é injetora e, em seguida, calcular as
soluções da equação 𝑔(𝑔(𝑥)) = 0.
Quando as questões evidenciam essa sequência cronológica de resolução, deve-se ficar
atento, pois geralmente o que é realizado antes (neste caso, mostrar que a função é injetora) é
usado para resolver o problema posterior (novamente, neste caso, achar as soluções da equação
𝑔(𝑔(𝑥)) = 0.
Dito isto, vamos provar que a função 𝑔 é injetora:
Lembre-se que, uma função qualquer 𝑓 é injetora se, e somente se, a seguinte implicação é
verdadeira:
𝑓 (𝑎) = 𝑓 (𝑏) ⇒ 𝑎 = 𝑏 ∀ 𝑎, 𝑏 ∈ 𝐷𝑜𝑚𝑓 (𝐼𝐼)
Isto é, cada elemento do domínio possui uma imagem diferente.
Dessa maneira, usaremos a expressão (𝐼) dada no enunciado para chegarmos à implicação
(𝐼𝐼) descrita acima:
Sejam 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ.
Suponhamos que 𝑔(𝑎) = 𝑔(𝑏). Aplicando a função 𝑔 em ambos os lados:
𝑔(𝑔(𝑎)) = 𝑔(𝑔(𝑏)) (𝐼𝐼𝐼)
Usando a expressão (𝐼), temos que:

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 29


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𝑔(𝑔(𝑎)) = 𝑎 + 𝑔(𝑎)
𝑔(𝑔(𝑏)) = 𝑏 + 𝑔(𝑏)
Substituindo essas expressões acima em (𝐼𝐼𝐼):
𝑎 + 𝑔(𝑎) = 𝑏 + 𝑔(𝑏)
Porém, por hipótese, temos:
𝑔 (𝑎 ) = 𝑔 (𝑏 )
Assim, concluímos que 𝑎 = 𝑏.
Portanto, provamos a veracidade da relação lógica 𝑔(𝑎) = 𝑔(𝑏) ⇒ 𝑎 = 𝑏, o que prova que
a função 𝑔 é injetora.
Feito isso, agora façamos a segunda parte da questão, que é resolver a equação 𝑔(𝑔(𝑥)) =
0, sabendo que a função é injetora.
Observe a expressão (𝐼): 𝑥 + 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑔(𝑥)), ∀ 𝑥 ∈ ℝ. Substituindo 𝑥 por 0, temos:
𝑔(0) = 𝑔(𝑔(0))
Como a função é injetora, podemos retirar as 𝑔’s de ambos os lados (Veja (𝐼𝐼)), o que nos dá
que 𝑔(0) = 0. Ainda na equação acima temos: 𝑔(𝑔(0)) = 𝑔(0) = 0. Logo, 𝑥 = 0 é solução da
equação.
Suponha agora que exista mais do que uma solução da equação a ser resolvida, e tome duas
delas, 𝑥1 e 𝑥2 . Pela expressão dada no enunciado:
𝑥1 + 𝑔(𝑥1 ) = 𝑔(𝑔(𝑥1 )) = 0 (pois é solução da equação)
𝑥2 + 𝑔(𝑥2 ) = 𝑔(𝑔(𝑥2 )) = 0 (pois é solução da equação)
Portanto: 𝑔(𝑥1 ) = −𝑥1 e 𝑔(𝑥2 ) = −𝑥2 . Por hipótese, 𝑔(𝑔(𝑥1 )) = 0 ⇒ 𝑔(−𝑥1 ) = 0. Do
mesmo modo, 𝑔(𝑔(𝑥2 )) = 𝑔(−𝑥2 ) = 0. Sendo assim, temos 𝑔(−𝑥2 ) = 𝑔(−𝑥1 ) = 0, o que é um
absurdo, pois já provamos que a função é injetora. Assim, concluímos que não pode existir mais de
uma solução e, portanto, ela é única.
Logo, a equação 𝑔(𝑔(𝑥)) = 0 tem solução única, que é 𝑥 = 0.
Gabarito: 𝑺 = {𝟎}

17. (Inédita)
Considere um triângulo qualquer Δ𝐴𝐵𝐶. Os quadrados 𝐵𝐶𝐻𝐼 e 𝐴𝐵𝐹𝐺 são formados
externamente sobre os lados 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵 do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶. Dessa maneira, demonstre que o
segmento 𝐹𝐼 tem o dobro do comprimento da mediana 𝐵𝑃 do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶.
Comentários
Para resolver essa questão de geometria, é preciso, a priori, construir geometricamente o
problema de forma correta. Para tanto, atentemos ao trecho: “Considere um triângulo qualquer
Δ𝐴𝐵𝐶. Os quadrados 𝐵𝐶𝐻𝐼 e 𝐴𝐵𝐹𝐺 são formados externamente sobre os lados 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵 do
triângulo Δ𝐴𝐵𝐶.”

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A construção de polígonos representados apenas pelos vértices, ‘𝐵𝐶𝐻𝐼’ por exemplo, ocorre
nessa mesma sequência, nomeando os vértices em sentido fixo de rotação (nesse caso 𝐵 → 𝐶 →
𝐻 → 𝐼 → 𝐵).
A figura que deve ser construída, seguindo esse pensamento é a seguinte:

Continua: “Dessa maneira, demonstre que o segmento 𝐹𝐼 tem o dobro do comprimento da


mediana 𝐵𝑃 do triângulo Δ𝐴𝐵𝐶.” Nesse trecho ele define outro ponto 𝑃 tal que 𝐵𝑃 é mediana do
triângulo, ou seja, o ponto 𝑃 divide o lado 𝐴𝐶 em dois segmentos de mesmo tamanho. A construção
inicial, portanto, é:

O que é pedido na questão é demonstrar que um segmento é o dobro do outro (𝐹𝐼 = 2𝐵𝑃).
O que é comumente feito em questões de geometria desse tipo é prolongar o menor segmento
(𝑛𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝐵𝑃) até chegar ao tamanho desejado (2𝐵𝑃) e, em seguida, por argumentos
geométricos deduzidos da figura, demonstrar que, de fato, esse segmento prolongado é de fato
igual ao outro segmento (2𝐵𝑃 = 𝐹𝐼). É o que vamos fazer a seguir:
Prolongamos o segmento 𝐵𝑃 até o ponto 𝑃′ tal que 𝐵𝑃 = 𝑃𝑃′, ligamos também 𝑃′ ao ponto
𝐶 e damos nomes a vários segmentos e ângulos, completando a figura da seguinte forma:

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 31


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Veja que os lados dos quadrados 𝐴𝐵𝐹𝐺 e 𝐵𝐶𝐻𝐼 foram chamados de ‘a’ e ‘b’ respectivamente;
a mediana 𝐵𝑃 foi chamada de ‘m’ (bem como 𝑃𝑃′), e os ângulos 𝐶Â𝐵, 𝐴𝑃̂𝐵 e 𝐴𝐶̂ 𝐵 de ‘𝜶, 𝜽 e 𝜷’
respectivamente. Vamos concluir alguns fatos geometricamente a partir de agora:
- Como os ângulos 𝐴𝑃̂𝐵 e 𝑃′𝑃̂𝐶 são O.P.V (Opostos pelo vértice), então eles são iguais. Daí,
𝑃′𝑃̂ 𝐶 = 𝜃.
- Com isso, podemos concluir que os triângulos Δ𝐴𝑃𝐶 e Δ𝑃′𝑃𝐶 são congruentes (iguais) pelo
caso Lado, Ângulo, Lado (LAL). Para visualizar basta ver que 𝑃′ 𝑃 = 𝐵𝑃 = 𝑚, 𝐴𝑃̂𝐵 = 𝑃′𝑃̂𝐶 = 𝜃, e
𝐴𝑃 = 𝑃𝐶, e isso define uma congruência entre esses dois triângulos.
- Como Δ𝐴𝑃𝐶 e Δ𝑃′𝑃𝐶 são côngruos, concluímos que 𝐴𝐵 = 𝑃′ 𝐶 = a. Além disso, concluímos
também que 𝐵Â𝑃 = 𝑃′𝐶̂ 𝑃 = 𝛼.
A figura mais completa, portanto, fica da seguinte maneira:

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OBS: O círculo vermelho indica a congruência entre os triângulos marcados.


Mas, ainda temos que provar que 𝐹𝐼 = 2𝐵𝑃. Foi pra isso que duplicamos o segmento BP,
prolongando-o. Observe que o 𝛥𝑃′𝐶𝐵 é muito parecido com o Δ𝐵𝐹𝐼. Se provarmos que o ângulo
𝐹𝐵̂𝐼 = 𝑃′𝐶̂ 𝐵 = 𝛼 + 𝛽, implicaria que Δ𝑃′𝐶𝐵 e Δ𝐵𝐹𝐼 são congruentes e então iguais, o que
significaria que 𝐹𝐼 = 𝐵𝑃′ = 2𝐵𝑃 = 2𝑚. Vamos verificar isso!
Veja que a soma dos ângulos internos de Δ𝐴𝐵𝐶 tem que dar 180 graus. Daí: 𝛼 + 𝛽 + 𝐴𝐵̂𝐶 =
180° ⇒ 𝐴𝐵̂𝐶 = 180° − (𝛼 + 𝛽) (1).
Agora, analisando o vértice 𝐵, vemos que a soma de todos os ângulos em torno deste deve
dar 360° (volta completa). Temos quatro ângulos (𝐹𝐵̂𝐼, 𝐴𝐵̂𝐶 e dois ângulos retos) em torno de 𝐵
que somados devem dar 360°:
𝐹𝐵̂𝐼 + 𝐴𝐵̂𝐶 + 180° = 360° ⇒ 𝐹𝐵̂𝐼 = 180° − 𝐴𝐵̂𝐶. De (1), portanto:
𝐹𝐵̂𝐼 = 180° − 180° + 𝛼 + 𝛽 ⇒ 𝐹𝐵̂𝐼 = 𝛼 + 𝛽 = 𝑃′𝐶̂ 𝐵 .
Assim, concluímos que 𝛥𝑃′𝐶𝐵 e Δ𝐵𝐹𝐼 são congruentes e, portanto, os lados opostos ao
ângulo 𝛼 + 𝛽 são iguais, desta feita: 𝐹𝐼 = 𝐵𝑃′ = 2𝐵𝑃 , como queríamos demonstrar.
Gabarito: Demonstração

18. (Inédita)
Certo polinômio 𝑔(𝑥), quando dividido por 𝑥 + 1, deixa resto 5. Quando dividido por (𝑥 2 +
1), deixa resto 4𝑥 + 7. Sabendo que o resto da divisão de 𝑔(𝑥) por (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1) é igual a
𝑅 (𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, determine o valor de √𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐².
Comentários
Para resolver esta questão é preciso primeiramente ter em mente que toda questão foi feita
para dar certo, e para ter uma resposta. Então tudo que for fornecido no enunciado precisa ser

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aproveitado e levado em consideração, devendo-se prestar atenção nos polinômios dados, e se suas
raízes são conhecidas.
Assim, inicialmente, é preciso retomar os conhecimentos antigos de divisibilidade, mais
especificamente o Algoritmo de Divisão. Quando um polinômio 𝑝(𝑥) é dividido por um 𝑞(𝑥)
qualquer, podemos escrever:
𝑝(𝑥) = 𝑞 (𝑥)𝑓 (𝑥) + 𝑟(𝑥) (1)
Onde: 𝑞 (𝑥) é o dividendo, 𝑓 (𝑥) é o quociente e 𝑟(𝑥) o resto da divisão, tal como numa divisão
numérica.
Agora, analisemos o enunciado: “Certo polinômio 𝑔(𝑥), quando dividido por 𝑥 + 1, deixa
resto 5.” Escrevendo isso em termos de algoritmo de divisão:
𝑔(𝑥) = 𝑞 (𝑥)(𝑥 + 1) + 5
Sendo 𝑞 (𝑥) um polinômio qualquer desconhecido. Se aplicarmos 𝑥 = −1 na equação acima:
𝑔(−1) = 𝑞 (𝑥)(−1 + 1) + 5 ⇒ 𝑔(−1) = 5 (2)
Perceba que não precisamos de nenhuma informação a respeito de 𝑞 (𝑥) para concluir (2).
Continuando a análise do enunciado: “Quando dividido por (𝑥 2 + 1), deixa resto 4𝑥 + 7.”
Novamente, traduzindo isto para o Algoritmo da Divisão:
𝑔(𝑥) = (𝑥 2 + 1)𝑓(𝑥) + 4𝑥 + 7
Sendo 𝑓(𝑥) um outro polinômio também desconhecido. Sabemos que 𝑖 e −𝑖 são raízes da
equação (𝑥 2 + 1). Fazendo 𝑥 = 𝑖:
𝑔(𝑖) = (𝑖 2 + 1)𝑓(𝑥) + 4𝑖 + 7 = (−1 + 1)𝑓 (𝑥) + 4𝑖 + 7 = 4𝑖 + 7
⟹ 𝑔(𝑖) = 4𝑖 + 7 (3)
Fazendo agora 𝑥 = −𝑖:
𝑔(−𝑖) = ((−𝑖)2 + 1)𝑓 (𝑥) − 4𝑖 + 7 = (−1 + 1)𝑓 (𝑥) − 4𝑖 + 7 = 7 − 4𝑖
⟹ 𝑔(−𝑖) = 7 − 4𝑖 (4)
Perceba que, novamente, em nenhum momento necessitou-se conhecer o polinômio 𝑓(𝑥)
(quociente da divisão) para concluir isso. Continuando a análise do enunciado: “Sabendo que o resto
da divisão de 𝑔(𝑥) por (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1) é igual a 𝑅(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, determine o valor de
√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐².” Traduzindo a informação da primeira oração em termos de Algoritmo de Divisão:
𝑔(𝑥) = (𝑥 + 1)(𝑥 2 + 1)ℎ(𝑥) + 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (5)
É sabido que precisamos calcular o valor de 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐² e, portanto, vamos tentar achar os
valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐. Veja que, 𝑥 = −1, 𝑖 e −𝑖 são as raízes do quociente dessa última divisão, e nós
sabemos as imagens desses números (𝑔(−1), 𝑔(𝑖), 𝑔(−𝑖)). Dessa maneira, teremos 3 equações e
3 incógnitas. Veja:
De (1) e (4): 𝑔(−1) = 5 = 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 (6)
De (2) e (4): 𝑔(𝑖) = 4𝑖 + 7 = −𝑎 + 𝑖𝑏 + 𝑐 (7)
De (3) e (4): 𝑔(−𝑖) = 7 − 4𝑖 = −𝑎 − 𝑏𝑖 + 𝑐 (8)

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Da igualdade entre números complexos (parte real = parte real; parte imaginária = parte
imaginária), segue em (6)
4𝑖 + 7 = −𝑎 + 𝑖𝑏 + 𝑐 ⟹ 𝑏 = 4 (9) e 𝑐 − 𝑎 = 7 (10)
Daí, aplicando em (6):
5 = 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ⟹ 5 = 𝑎 − 4 + 𝑐 ⟹ 𝑐 + 𝑎 = 9 (11)
Somando (10) + (11):
𝑐 − 𝑎 + 𝑐 + 𝑎 = 7 + 9 ⟹ 2𝑐 = 16 ⟹ 𝑐 = 8 (12)
Finalmente, (12) em (11):
𝑐+𝑎 =9⟹8+𝑎 =9⟹ 𝑎 =1
Assim, 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = 12 + 42 + 82 = 1 + 16 + 64 = 81

√𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 = √81 = 9

Gabarito: √𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 = 𝟗

19. (Inédita)
Sabendo que o valor numérico da expressão:
1 1 1 1 1
𝐸=( + 𝑡𝑔 1°) ( + 𝑡𝑔 2°) ( + 𝑡𝑔 3°) … ( + 𝑡𝑔 58°) ( + 𝑡𝑔 59°)
√3 √3 √3 √3 √3
𝑝𝑞
é da forma , onde 𝑝, 𝑟, 𝑞 𝑒 𝑠 são números primos distintos, determine o valor de 𝑝 + 𝑞 +
𝑟 𝑠 √𝑟
𝑟 + 𝑠.
Comentários
Esse tipo de questão não possui enunciado, somente pede para que se calcule a expressão
de forma direta. Dessa maneira, precisa-se pensar qual a maneira de se calcular este produtório,
buscando um padrão.
É clássico em questões de somatórios (ou produtórios) de termos que seguem uma sequência
crescente, que se analise termos simétricos da soma (ou produto), a fim de que se verifique se não
resulta numa constante. Além disso, o que nos motiva ainda mais a agir como tal, é o fato de que os
ângulos dos termos simétricos somarem 60°, para quaisquer deles (1° + 59°, 2° + 58° e assim
sucessivamente).
Multipliquemos, pois, os termos extremos primeiramente:
1 1 1 𝑡𝑔 1° + 𝑡𝑔 59°
( + 𝑡𝑔 1°) ( + 𝑡𝑔 59°) = + + 𝑡𝑔 1° ⋅ 𝑡𝑔 59°
√3 √3 3 √3
Porém, analisando a fórmula da tangente da soma:
𝑡𝑔 1° + 𝑡𝑔 59°
𝑡𝑔(1° + 59°) = = √3
1 − 𝑡𝑔 1° ⋅ 𝑡𝑔 59°
Multiplicando meios pelos extremos e passando o √3 dividindo no lado esquerdo:

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𝑡𝑔 1° + 𝑡𝑔 59°
= 1 − 𝑡𝑔 1° ⋅ 𝑡𝑔 59°
√3
𝑡𝑔 1° + 𝑡𝑔 59°
⟹ + 𝑡𝑔 1° ⋅ 𝑡𝑔 59° = 1
√3
Daí:
1 1 1 𝑡𝑔 1° + 𝑡𝑔 59° 1
( + 𝑡𝑔 1°) ( + 𝑡𝑔 59°) = + + 𝑡𝑔 1° ⋅ 𝑡𝑔 59° = + 1
√3 √3 3 √3 3
1 1 4
⟹(
+ 𝑡𝑔 1°) ( + 𝑡𝑔 59°) =
√3 √3 3
De uma maneira geral, isso vale para o produto de todos os termos simétricos. Veja:
1 1 1 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
( + 𝑡𝑔 𝑥) ( + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)) = + + 𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔(60° − 𝑥)
√3 √3 3 √3
Observe que, para tangente da soma de termos simétrico, temos:
𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
𝑡𝑔 60° = 𝑡𝑔(𝑥 + 60° − 𝑥) = = √3
1 − 𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
Multiplicando meios pelos extremos e passando o √3 dividindo no lado esquerdo:
𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
= 1 − 𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
√3
𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)
⟹ + 𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔 (60° − 𝑥) = 1
√3
Daí:
1 1 1 𝑡𝑔 𝑥 + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥) 1
( + 𝑡𝑔 𝑥) ( + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)) = + + 𝑡𝑔 𝑥 ⋅ 𝑡𝑔(60° − 𝑥) = + 1
√3 √3 3 √3 3
1 1 4
⟹ ( + 𝑡𝑔 𝑥) ( + 𝑡𝑔 (60° − 𝑥)) =
√3 √3 3
4
Portanto, vemos que qualquer produto simétrico resultará em . Como temos um número
3
ímpar de termos (59 termos), um termo central ficará sem par, e multiplicará todo o resultado dos
produtos simétricos. Veja, estamos multiplicando os simétricos em relação a 30: 1 e 59, 2 e 58, 3 e
57, ..., 27 e 33, 28 e 32, 29 e 31, 30 e...? Exatamente! O termo que sobra é exatamente o 30 (o que
contém a 𝑡𝑔 30°).
Portanto, teremos 29 produtos simétricos (iguais a 4/3) que multiplicarão
1 1 1 2
( + 𝑡𝑔 30°) = ( + )=
√3 √3 √3 √3
Dessa maneira, temos o seguinte resultado
4 29 2 ⋅ (22 )29
2 2 ⋅ 258 259
𝐸= ⋅( ) = = =
√3 3 √3 ⋅ 329 √3 ⋅ 329 √3 ⋅ 329

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259 𝑝𝑞
⟹ =
√3 ⋅ 329 √𝑟 ⋅ 𝑟 𝑠
Dessa maneira, como 2, 3, 59 e 29 são primos, podemos concluir que 𝑝 = 2, 𝑞 = 59, 𝑟 = 3 e
𝑠 = 29. Assim:
𝑝 + 𝑞 + 𝑟 + 𝑠 = 2 + 59 + 3 + 29 = 93
Gabarito: 𝒑 + 𝒒 + 𝒓 + 𝒔 = 𝟗𝟑

20. (Inédita)
Em um shopping estão estacionados 50 carros lado a lado, dispostos em linha reta, ocupando
todas as vagas disponíveis. Euclides estaciona sua moto entre 2 desses 50 carros. Quando
Euclides retorna, ainda estão estacionados 29 dos 50 carros. Determine a probabilidade de as
duas vagas adjacentes à moto de Euclides estarem vazias.
Comentários
Essa é uma questão que envolve probabilidade de eventos. A primeira coisa a se observar na
mesma é que em nenhum momento o enunciado fornece valores de probabilidade para quaisquer
eventos (por exemplo, não encontramos coisas do tipo 𝑃(𝐴) = 1/5, etc.). Quando isso acontece,
geralmente é recomendado utilizar a definição de probabilidade na íntegra:
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Agora, analisaremos o enunciado: “Em um shopping estão estacionados 50 carros lado a lado,
dispostos em linha reta, ocupando todas as vagas disponíveis. Euclides estaciona sua moto entre 2
desses 50 carros”. Veja que o trecho afirma que a moto de Euclides foi estacionada entre 50 carros
em fila e que não foi em uma das extremidades, mas não diz qual a posição em que foi estacionada.
Isso significa que no cálculo de probabilidade é preciso considerar todas as possíveis posições em
que pode ter sido estacionada.
Em seguida, temos: “Quando o dono da moto retorna, ainda estão estacionados 29 dos 50
carros”. Perceba que este trecho afirma que quando o dono retorna, ainda estão estacionados 29
dos 50 carros, mas não diz quais foram retirados e quais ficaram. O leitor não está na posição do
dono da moto para saber quais carros ficaram e quais foram removidos. Portanto, é preciso também
considerar todas as possibilidades de remoção de carros no cálculo da probabilidade desejada.
Por fim: “Determine a probabilidade de as duas vagas adjacentes à moto estarem vazias”.
Neste trecho o enunciado deixa explícito quais são os casos favoráveis: os casos em que as vagas
adjacentes à vaga da moto estão vazias. Dessa maneira, considerando que não sabemos onde a
moto foi estacionada primeiramente, nem sabemos quais carros foram retirados, vamos calcular o
número de todos os casos possíveis e o número de casos favoráveis.
Atentemos primeiramente para o número de todos os casos possíveis, isto é, saber de
quantas maneiras o seguinte evento poderia ocorrer: a moto ter sido estacionada sem ser nas
pontas e serem retirados carros até sobrarem 29.
- Primeiramente, analisemos de quantas maneiras a moto poderia ter sido estacionada:
temos 50 carros estacionados e temos 49 espaços entre estes para colocar a moto, pois se quisermos

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colocar um objeto entre outros 𝒏 objetos, que não seja nas pontas, temos sempre 𝒏 − 𝟏
possibilidades. Se não visualizou isso, pense para os casos pequenos: inserir 1 objeto entre 2 (1
possibilidade), inserir 1 objeto entre 3 (2 possibilidades), inserir 1 objeto entre 4 (3 possibilidades),
e assim sucessivamente. Logo, temos 49 vagas entre 50 carros para colocar a moto, logo, 49
possibilidades.
- Agora vejamos de quantas maneiras poder-se-ia tirar 21 dos 50 carros (para sobrar 29). Esse
problema restringe-se apenas a saber de quantas maneiras pode-se escolher 21 carros dentre os 50
para retirá-los, e isso é exatamente um problema de Combinação, pois a definição do número
binomial é exatamente essa.
𝑚
( ) = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑟 𝑛 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜𝑠
𝑛
Dessa maneira, podemos tirar 21 de 50 carros (sobrando 29 como diz o enunciado) de:
50
(
) 𝑚𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
21
Como os dois eventos descritos acima devem acontecer ambos sequencialmente, pelo
princípio multiplicativo, o número de casos possíveis é dado pelo produto desses. Logo:
50
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 = 49 ⋅ ( )
21
Agora, atentando para o número de casos favoráveis: queremos todos os casos em que se
estaciona a moto entre os 50 carros e se retira 21 carros de modo que as vagas vizinhas à moto se
tornem vazias.
- Primeiramente, deve-se estacionar a moto entre 50 carros e não nas extremidades. Essa
etapa é semelhante à discutida anteriormente e vimos que podemos estacionar a moto de 49
maneiras, logo 49 possibilidades.
- Agora vejamos de quantas maneiras podemos retirar 21 carros da fila, sendo que as vagas
vizinhas à moto devem ficar vazias obrigatoriamente. Dessa maneira, basta pensar que, dado um
lugar em que a moto está estacionada, os seus 2 vizinhos sejam retirados (pois é requisito de caso
favorável) e depois sejam retirados os 19 restantes (dos 21 a serem retirados). Assim, num caso
favorável, dada uma posição da moto, os vizinhos já devem ser retirados, importando apenas
escolher os 19 restantes que serão retirados dos 48 que sobraram (não dos 50, pois os vizinhos à
moto já foram retirados). Portanto, para cada lugar em que a moto é estacionada, temos:
48
( ) 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
19
Como a moto pode ser estacionada de 49 maneiras:
48
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠 = 49 ⋅ ( )
19
Assim, a probabilidade desejada:
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠 49 ⋅ (48
19
)
𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 49 ⋅ (50
21
)

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21 ⋅ 20 6
⟹ 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = =
50 ⋅ 49 35
𝟔
Gabarito: 𝑷𝒓𝒐𝒃𝒂𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 =
𝟑𝟓

21. (Inédita)
Um plano intercepta as arestas de um triedro trirretângulo de vértice 𝑂, determinando o
Δ𝐴𝐵𝐶 de lados 𝐵𝐶 = 𝑎, 𝐴𝐶 = 𝑏 𝑒 𝐴𝐵 = 𝑐. Determine as distâncias dos vértices desse
triângulo ao vértice 𝑂 do triedro e encontre uma expressão para 1/ℎ2 , no qual ℎ é o valor da
altura do tetraedro 𝑂𝐴𝐵𝐶 em relação à base Δ𝐴𝐵𝐶, tudo em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐.
Comentários
Primeiramente, analisemos o enunciado a fim de construir corretamente a figura
tridimensional. “Um plano intercepta as arestas de um triedro trirretângulo de vértice 𝑂,
determinando o 𝛥𝐴𝐵𝐶 de lados 𝐵𝐶 = 𝑎, 𝐴𝐶 = 𝑏 𝑒 𝐴𝐵 = 𝑐.” Assim, construímos a seguinte figura:

Depois, o enunciado diz: “Determine as distâncias dos vértices desse triângulo ao vértice 𝑂
do triedro e encontre uma expressão para 1/ℎ2 , no qual ℎ é o valor da altura do tetraedro 𝑂𝐴𝐵𝐶
em relação à base 𝛥𝐴𝐵𝐶, tudo em função de 𝑎, 𝑏 e 𝑐.”
Vamos primeiro encontrar as distâncias do vértice 𝑂 aos vértices do Δ𝐴𝐵𝐶. Chamemos 𝑂𝐴 =
𝑦, 𝑂𝐶 = 𝑥 e 𝑂𝐵 = 𝑧. Aplicando o Teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝑂𝐵, Δ𝐴𝑂𝐶 e Δ𝐵𝑂𝐶, obtemos as
seguintes relações:
No Δ𝐴𝑂𝐵:
𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑐 2 (𝐼)

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No Δ𝐴𝑂𝐶:
𝑦 2 + 𝑥 2 = 𝑏2 (𝐼𝐼)
Finalmente, no Δ𝐵𝑂𝐶:
𝑥 2 + 𝑧 2 = 𝑎2 (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) − (𝐼𝐼) + (𝐼𝐼𝐼):
𝑦 2 + 𝑧 2 − (𝑦 2 + 𝑥 2 ) + 𝑥 2 + 𝑧 2 = 𝑐 2 − 𝑏2 + 𝑎²
⟹ 2𝑧 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 𝑏²
𝑎2 + 𝑐 2 − 𝑏²
⟹ 𝑧2 =
2
Analogamente, fazendo (𝐼) − (𝐼𝐼𝐼) + (𝐼𝐼), obtemos:

2
𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎²
𝑦 =
2
𝑎2 + 𝑏2 − 𝑐²
𝑥2 =
2
Logo:

𝑎2 +𝑏2 −𝑐² 𝑏2 +𝑐 2 −𝑎² 𝑎2 +𝑐 2 −𝑏²


𝑂𝐶 = 𝑥 = √ , 𝑂𝐴 = 𝑦 = √ 𝑒 𝑂𝐵 = 𝑧 = √ (𝐼𝑉).
2 2 2

Agora, vamos para a segunda parte que é determinar a altura do tetraedro trirretângulo
relativa à base Δ𝐴𝐵𝐶. Para tanto, projetamos o vértice 𝑂 na base Δ𝐴𝐵𝐶 e chamamos essa projeção
de ponto 𝐻, e assim, ligamos estes dois pontos, formando a altura que desejamos: 𝑂𝐻 = ℎ. Depois,
ligamos 𝐴𝐻 e o prolongamos até tocar no lado 𝐵𝐶 no ponto denominado 𝑃. Em seguida ligamos
𝑂𝑃. A figura ilustra o que fizemos:

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 40


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Veja que 𝐴𝑂 ⊥ 𝑂𝐵 e 𝐴𝑂 ⊥ 𝑂𝐶 ⇒ 𝐴𝑂 ⊥ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐵𝑂𝐶 ⇒ 𝐴𝑂 ⊥ 𝐵𝐶, pois, em particular,


𝐵𝐶 ∈ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐵𝑂𝐶.
Além disso, como 𝑂𝐻 é altura relativa à base Δ𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝑂𝐻 ⊥ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐴𝐵𝐶 ⇒ 𝑂𝐻 ⊥ 𝐵𝐶, pois,
em particular, 𝐵𝐶 ∈ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐴𝐵𝐶
Logo, temos que: 𝐵𝐶 ⊥ 𝐴𝑂 e 𝐵𝐶 ⊥ 𝑂𝐻 ⇒ 𝐵𝐶 ⊥ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐴𝑂𝐻 ⇒ 𝐵𝐶 ⊥ 𝑂𝑃 , pois, em
particular, 𝑂𝑃 ∈ 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝐴𝑂𝐻.
Isso mostra que 𝑂𝑃 é altura relativa à hipotenusa 𝐵𝐶 do Δ𝐵𝑂𝐶. Desenhamos isso na figura
abaixo:

Agora, observe o Δ𝐴𝑂𝑃:

Nesse triângulo retângulo, sabemos que a área é dada por:


𝑂𝐴 𝑂𝐻
[𝐴𝑂𝑃 ] = 𝑃𝑂 ⋅ = 𝐴𝑃 ⋅ ⇒ 𝑃𝑂 ⋅ 𝑂𝐴 = 𝐴𝑃 ⋅ 𝑂𝐻
2 2
⇒ 𝑃𝑂2 ⋅ 𝑂𝐴2 = 𝐴𝑃2 ⋅ 𝑂𝐻²
Porém, sabemos que 𝐴𝑃 é hipotenusa e, pelo Teorema de Pitágoras:
𝐴𝑃2 = 𝑂𝐴2 + 𝑃𝑂²

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 41


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⇒ 𝑃𝑂2 ⋅ 𝑂𝐴2 = (𝑂𝐴2 + 𝑃𝑂2 ) ⋅ 𝑂𝐻 2

2
𝑃𝑂2 ⋅ 𝑂𝐴2
⇒ 𝑂𝐻 =
𝑃𝑂2 + 𝑂𝐴2
1 1 1 1
⇒ = = + (𝑉)
𝑂𝐻 2 ℎ2 𝑃𝑂2 𝑂𝐴2
Agora, analisando o Δ𝐵𝑂𝐶:

Veja que é a mesma figura anterior, porém com outras letras. Se procedermos de maneira
análoga ao feito logo acima, chegaremos na seguinte relação:
𝐶𝑂2 ⋅ 𝑂𝐵2
𝑃𝑂2 =
𝐶𝑂2 + 𝑂𝐵2
1 1 1
⇒ = + (𝑉𝐼)
𝑃𝑂2 𝐶𝑂2 𝑂𝐵2
Daí, aplicando (𝑉𝐼) 𝑒𝑚 (𝑉 ), temos:
1 1 1 1 1 1
= + = + +
ℎ2 𝑃𝑂2 𝑂𝐴2 𝑂𝐶 2 𝑂𝐵2 𝑂𝐴2
E, usando as relações obtidas em (𝐼𝑉 ):
1 2 2 2
= + +
ℎ2 𝑎2 + 𝑏2 − 𝑐² 𝑎2 + 𝑐 2 − 𝑏² 𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎²

𝑎2 + 𝑏2 − 𝑐² 𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎² 𝑎2 + 𝑐 2 − 𝑏²
𝑂𝐶 = √ , 𝑂𝐴 = √ 𝑒 𝑂𝐵 = √
2 2 2

𝒂𝟐 +𝒃𝟐 −𝒄𝟐 𝒃𝟐 +𝒄𝟐 −𝒂𝟐 𝒂𝟐 +𝒄𝟐 −𝒃𝟐 𝟏 𝟐 𝟐


Gabarito: 𝑶𝑪 = √ ; 𝑶𝑨 = √ ; 𝑶𝑩 = √ ; = + +
𝟐 𝟐 𝟐 𝒉𝟐 𝒂𝟐 +𝒃𝟐 −𝒄² 𝒂𝟐 +𝒄𝟐 −𝒃²
𝟐
𝒃𝟐 +𝒄𝟐 −𝒂²

22. (Inédita)

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 42


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𝑥 + 𝑎𝑦 + 𝑎2 𝑧 = 𝑎³
Determine para que valores de 𝑎, 𝑏 e 𝑐 o sistema {𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑏2 𝑧 = 𝑏³ é determinado.
𝑥 + 𝑐𝑦 + 𝑐 2 𝑧 = 𝑐³
Comentários
Essa questão possui enunciado curto e direto. À primeira vista, o leitor deve identificar alguns
aspectos: essa questão envolve o estudo de soluções de sistemas lineares e, consequentemente,
matrizes e determinantes.
Para responder se um sistema é possível e determinado, possível e indeterminado ou
impossível, devemos nos valer do teorema de Cramer. Escrevamos o sistema na forma de matrizes:
1 𝑎 𝑎² 𝑥 𝑎³
(1 𝑏 𝑏²) (𝑦) = (𝑏³)
1 𝑐 𝑐² 𝑧 𝑐³
Perceba que se fizermos a multiplicação, obteremos o sistema descrito no enunciado.

O teorema de Cramer afirma que, dada a matriz dos coeficientes do sistema (a que multiplica
a coluna de incógnitas), o sistema será possível e determinado se, e somente se, o determinante da
matriz dos coeficientes for não nulo. Calculemos o seu determinante e vejamos as condições para
que este não se anule:
1 𝑎 𝑎2 1 𝑎 𝑎2
𝑑𝑒𝑡 (1 𝑏 𝑏2 ) = |1 𝑏 𝑏2 |
1 𝑐 𝑐2 1 𝑐 𝑐2
Esta matriz é conhecida e seu nome é Matriz de Vandermonde, cuja fórmula do determinante
é amplamente conhecida. Porém, vamos calcular seu resultado sem jogar fórmulas prontas.
Sabendo da propriedade de que o determinante de uma matriz não se altera quando
trocamos uma linha ou coluna por uma combinação linear desta com as outras linhas ou colunas,
vamos fazer algumas mudanças dentro do determinante para facilitar os cálculos. Vamos denotar
𝐿𝑖, 𝑖 ∈ ℕ, como a i-ésima linha e 𝐶𝑗, 𝑗 ∈ ℕ, como a j-ésima coluna.
Primeiro, vamos aplicar Jacobi para zerar os primeiros elementos da primeira coluna da
segunda e terceira linhas:
1 𝑎 𝑎2 1 𝑎 𝑎2
𝐿2 = 𝐿2 − 𝐿1 ⇒ |1 𝑏 𝑏2 | = |0 𝑏 − 𝑎 𝑏2 − 𝑎²|
1 𝑐 𝑐2 1 𝑐 𝑐2
1 𝑎 𝑎2 1 𝑎 𝑎2
𝐿3 = 𝐿3 − 𝐿1 ⇒ |0 𝑏 − 𝑎 𝑏 − 𝑎 | = |0 𝑏 − 𝑎 𝑏 − 𝑎2 |
2 2 2

1 𝑐 𝑐2 0 𝑐 − 𝑎 𝑐 2 − 𝑎2
Há, também, uma propriedade de determinantes de que se houver um fator comum
multiplicativo em toda uma linha ou em toda uma coluna, este pode ser colocado em evidência,
multiplicando todo o determinante. Dessa maneira, pondo em evidência 𝑏 − 𝑎 e 𝑐 − 𝑎 nas linhas 2
e 3, respectivamente, temos:

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1 𝑎 𝑎2 1 𝑎 𝑎2
2 2
|0 𝑏 − 𝑎 𝑏 − 𝑎 | = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎) |0 1 𝑏 + 𝑎|
0 𝑐 − 𝑎 𝑐 2 − 𝑎2 0 1 𝑐+𝑎
Aplicando o Teorema de Laplace na primeira coluna:
1 𝑎 𝑎2
(𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎) |0 1 𝑏 + 𝑎| = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎) |1 𝑏+𝑎
|
1 𝑐+𝑎
0 1 𝑐+𝑎
Finalmente, calculando esse simples determinante 2x2:

(𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎) |1 𝑏 + 𝑎| = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 + 𝑎 − (𝑏 + 𝑎))


1 𝑐+𝑎
1 𝑎 𝑎2
⇒ |1 𝑏 𝑏2 | = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 + 𝑎 − 𝑏 − 𝑎) = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)
1 𝑐 𝑐2
Dessa maneira, concluímos:
1 𝑎 𝑎2
|1 𝑏 𝑏2 | = (𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏)
1 𝑐 𝑐2
Veja que queremos que este determinante seja diferente de zero. Isso somente será possível
quando:
(𝑏 − 𝑎)(𝑐 − 𝑎)(𝑐 − 𝑏) ≠ 0
𝑏−𝑎 ≠0 𝑏≠𝑎
{ {
⇒ 𝑐−𝑎 ≠0 ⇒ 𝑐 ≠𝑎
𝑐−𝑏 ≠0 𝑐≠𝑏
Portanto, o sistema será determinado apenas quando 𝑎, 𝑏 e 𝑐 forem distintos dois a dois.
Gabarito: 𝒂 ≠ 𝒃 ≠ 𝒄

23. (Inédita)
1
Sejam 𝛼 e 𝛽 respectivamente os valores mínimo e máximo da expressão |𝑧 − |, em que 𝑧 é
𝑧
| | 2
um número complexo tal que 𝑧 = 2. Determine o valor de 𝛼 + 𝛽².
Comentários
O enunciado basicamente diz que 𝑧 é um número complexo e que seu módulo é 2. Também
1
cita uma expressão |𝑧 − | e seus valores máximo e mínimo. Basicamente o problema é encontrar
𝑧
os valores máximo e mínimo da expressão modular para determinar a relação que a questão requer.
Comecemos do fato que o enunciado fornece: 𝑧 é um número complexo de módulo 2:
⇒ 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖
Pela definição do módulo de um número complexo:
|𝑧|2 = 𝑎2 + 𝑏2
Mas |𝑧| = 2 ⇒ |𝑧|² = 4,

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⇒ 𝑎2 + 𝑏2 = 4 (𝐼)
1
Agora, analisemos a expressão 𝐸 = |𝑧 − |:
𝑧
1 1
𝐸 = |𝑧 − | = |𝑎 + 𝑏𝑖 − |
𝑧 𝑎 + 𝑏𝑖
Multiplicando o inverso de 𝑧, no numerador e no denominador, pelo seu conjugado 𝑧̅ = 𝑎 −
𝑏𝑖:
1 𝑎 − 𝑏𝑖 𝑎 − 𝑏𝑖
𝐸 = |𝑎 + 𝑏𝑖 − ⋅ | = |𝑎 + 𝑏𝑖 − 2 |
𝑎 + 𝑏𝑖 𝑎 − 𝑏𝑖 𝑎 + 𝑏2
De (𝐼), temos 𝑎2 + 𝑏2 = 4:
𝑎 − 𝑏𝑖 3 5
𝐸 = |𝑎 + 𝑏𝑖 −
| = | 𝑎 + 𝑏𝑖|
4 4 4
Da definição de módulo de um número complexo, dadas suas partes real e imaginária:
3
2
5 2 9𝑎² 25𝑏²
𝐸 = | 𝑎 + 𝑏𝑖| = +
4 4 16 16
2
9𝑎² 9𝑏² 16𝑏² 9(𝑎 + 𝑏2 )
2
𝐸 = +( + )= + 𝑏²
16 16 16 16
De (𝐼) novamente, temos:

2
9(𝑎2 + 𝑏2 ) 9⋅4 9
𝐸 = + 𝑏2 = + 𝑏2 = + 𝑏²
16 16 4

9
⇒ 𝐸 = √ + 𝑏²
4
Agora, analisando (𝐼):
𝑎2 + 𝑏2 = 4 ⇒ 𝑎2 = 4 − 𝑏2
Mas 𝑎2 ≥ 0
⇒ 4 − 𝑏2 ≥ 0 ⇒ 𝑏2 ≤ 4 (𝐼𝐼)
Assim, 𝐸 será máximo quando 𝑏2 for máximo (igual a 4), e mínimo quando 𝑏² for mínimo
(igual a 0).
Logo, como no enunciado o valor mínimo de 𝐸 é 𝛼 e o valor máximo de 𝐸 é 𝛽, temos:

9 3
𝛼 = √ + 0² =
4 2

9 25 5
𝛽 = √ + 2² = √ =
4 4 2
Sendo assim, calculamos o valor requerido pela questão:

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2
3 2
2
5 2 9 25 34 17
𝛼 +𝛽 =( ) +( ) = + = =
2 2 4 4 4 2
17
⇒ 𝛼 2 + 𝛽2 =
2
𝟏𝟕
Gabarito: 𝜶𝟐 + 𝜷𝟐 =
𝟐

24. (Inédita)
Os ângulos da base 𝐴𝐷 do trapézio 𝐴𝐵𝐶𝐷 são iguais a 2𝛼 e 2𝛽. Sabendo que o trapézio é
circunscritível, encontre o valor de 𝐵𝐶/𝐴𝐷 em função de 𝛼 e 𝛽.
Comentários
Vamos analisar o enunciado da questão: “Os ângulos da base 𝐴𝐷 do trapézio 𝐴𝐵𝐶𝐷 são
iguais a 2𝛼 e 2𝛽.” Nesse trecho há apenas a explicação de que vamos tratar de um trapézio, cujos
ângulos da base 𝐴𝐷 receberam suas representações (2𝛼 𝑒 2𝛽). Em seguida: “Sabendo que o
trapézio é circunscritível, encontre o valor de 𝐵𝐶/𝐴𝐷 em função de 𝛼 e 𝛽”. Nessa última parte do
enunciado, é dito que o trapézio é circunscritível, isto é, pode-se escrever uma circunferência que
tangencia todos os lados do trapézio internamente, como mostra a figura abaixo:

A questão pede a relação 𝐵𝐶/𝐴𝐷 em função de 𝛼 𝑒 𝛽, portanto, vamos buscar colocar os


lados 𝐵𝐶 𝑒 𝐴𝐷 em função de 𝛼 𝑒 𝛽, a partir de uma análise geométrica do problema.
Inicialmente, veja que a questão fornece um trapézio qualquer, pois não conhecemos nada
sobre os ângulos da base. O que sabemos é que as bases são paralelas, o que se deduz das
propriedades de um trapézio. Depois ela afirma que o trapézio é circunscritível, como já foi falado
acima.
E aqui vai uma dica: sempre que uma questão falar em circunscrição, a primeira coisa que
precisa ser feita é ligar o centro da circunferência aos pontos de tangência com os lados do polígono,
pois é o que se pode usar como argumento geométrico: que os lados do polígono são tangentes à
circunferência e, portanto, tangentes ao raio da circunferência naquele ponto. Vejamos isso
graficamente:

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Agora, tracemos os segmentos 𝐴𝑂, 𝐵𝑂, 𝐶𝑂 𝑒 𝐷𝑂 a fim de obtermos vários triângulos


retângulos, dos quais sabemos várias relações. A imagem fica:

Agora, façamos as deduções geométricas desse desenho:


𝐴𝐵𝐶𝐷 é 𝑡𝑟𝑎𝑝é𝑧𝑖𝑜 ⇒ 𝐴𝐷//𝐵𝐶
∠𝐴𝐵𝐶 𝑒 ∠𝐵𝐴𝐷 = 2𝛼 𝑠ã𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 ⇒ ∠𝐴𝐵𝐶 + ∠𝐵𝐴𝐷 = 180°
⇒ ∠𝐴𝐵𝐶 + 2𝛼 = 180° ⇒ ∠𝐴𝐵𝐶 = 180 − 2𝛼 (𝑰)
No quadrilátero 𝑃𝐵𝑄𝑂, a soma dos ângulos internos deve dar 360°. Logo:
∠𝑃𝑂𝑄 + ∠𝑂𝑃𝐵 + ∠𝑃𝐵𝑄 + ∠𝐵𝑄𝑂 = 360° (𝑰𝑰)
Mas ∠𝑂𝑃𝐵 = ∠𝐵𝑄𝑂 = 90° e ∠𝑃𝐵𝑄 = ∠𝐴𝐵𝐶 (𝑉𝑒𝑗𝑎 𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎). Assim, de (𝑰𝑰):
⇒ ∠𝑃𝑂𝑄 + 90° + ∠𝐴𝐵𝐶 + 90° = 360° ⇒ ∠𝐴𝐵𝐶 + ∠𝑃𝑂𝑄 = 180°. Em (𝑰):
⇒ 180° − 2𝛼 + ∠𝑃𝑂𝑄 = 180° ⇒ ∠𝑃𝑂𝑄 = 2𝛼 (𝑰𝑰𝑰)

∠𝐵𝐶𝐷 e ∠𝐶𝐷𝐴 = 2𝛽 𝑠ã𝑜 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 ⇒ ∠𝐶𝐷𝐴 + ∠𝐵𝐶𝐷 = 180°


⇒ ∠𝐵𝐶𝐷 + 2𝛽 = 180° ⇒ ∠𝐵𝐶𝐷 = 180 − 2𝛽 (𝑰𝑽)

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No quadrilátero 𝑆𝑂𝑄𝐶, a soma dos ângulos internos deve dar 360°. Logo:
∠𝑆𝑂𝑄 + ∠𝑂𝑄𝐶 + ∠𝑄𝐶𝑆 + ∠𝐶𝑆𝑂 = 360° (𝑽)
Mas ∠𝑂𝑄𝐶 = ∠𝐶𝑆𝑂 = 90° e ∠𝑄𝐶𝑆 = ∠𝐵𝐶𝐷 (𝑉𝑒𝑗𝑎 𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎). Assim, de (𝑽):
⇒ ∠𝑆𝑂𝑄 + 90° + ∠𝐵𝐶𝐷 + 90° = 360° ⇒ ∠𝐵𝐶𝐷 + ∠𝑆𝑂𝑄 = 180°.
De (𝑰𝑽):
⇒ 180° − 2𝛽 + ∠𝑆𝑂𝑄 = 180° ⇒ ∠𝑆𝑂𝑄 = 2𝛽 (𝑽𝑰)
Assim, a partir de (𝑰𝑰𝑰) 𝒆 (𝑽𝑰), completamos a figura da seguinte forma:

Agora, veja os seguintes pares de triângulos:


Δ𝐴𝑃𝑂 𝑒 Δ𝐴𝑇𝑂, Δ𝐷𝑇𝑂 𝑒 Δ𝐷𝑆𝑂, Δ𝑆𝐶𝑂 𝑒 Δ𝐶𝑄𝑂, Δ𝑄𝐵𝑂 𝑒 Δ𝐵𝑃𝑂
Observe que todos estes são triângulos retângulos e que cada par possui uma hipotenusa e
um cateto em comum (o raio do círculo). Isso implica que cada par descrito anteriormente
estabelece uma relação de congruência, isto é, de igualdade. Pois se dois triângulos retângulos
possuem a mesma hipotenusa e o mesmo cateto, isso implica que o outro cateto será o mesmo
também para os dois, fato este garantido pelo Teorema de Pitágoras. Podemos garantir a
congruência também pelo caso (LAL – Lado, Ângulo, Lado: cateto, ângulo reto, cateto 𝑟) em cada
par. Vejamos isso apenas para um par, o restante será análogo:

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Nesse caso, estamos analisando o par de triângulos Δ𝐴𝑃𝑂 𝑒 Δ𝐴𝑇𝑂. Teorema de Pitágoras no
Δ𝐴𝑃𝑂:
𝐴𝑃2 + 𝑟 2 = 𝐴𝑂2
Teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝑇𝑂:
𝐴𝑇 2 + 𝑟 2 = 𝐴𝑂2
Subtraindo a penúltima da última equação:
⇒ 𝐴𝑃2 = 𝐴𝑇²
Como medida de lados de polígono são sempre positivas, podemos tirar a raiz de ambos os
lados: 𝐴𝑃 = 𝐴𝑇.
Portanto, o par Δ𝐴𝑃𝑂 e Δ𝐴𝑇𝑂 possui relação de igualdade. Assim, como todos os demais.
Dessa maneira, podemos concluir que:
∠𝑃𝐴𝑂 = ∠𝐴𝑂𝑇 = 𝛼
A partir dessas deduções, completamos novamente a figura:

Lembrando que a questão pede a razão 𝐵𝐶/𝐴𝐷, vamos tentar escrever esses lados em
termos de 𝛼 𝑒 𝛽. No Δ𝑂𝐵𝑄:
𝐵𝑄
𝑡𝑔𝛼 = ⇒ 𝐵𝑄 = 𝑟 ⋅ 𝑡𝑔𝛼
𝑟
Já no Δ𝑂𝑄𝐶:
𝑄𝐶
𝑡𝑔𝛽 = ⇒ 𝑄𝐶 = 𝑟 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
𝑟
Mas, logicamente, 𝐵𝐶 = 𝐵𝑄 + 𝑄𝐶
⇒ 𝐵𝐶 = 𝑟 ⋅ 𝑡𝑔𝛼 + 𝑟 ⋅ 𝑡𝑔𝛽 = 𝑟(𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽)
Agora, vamos achar 𝐴𝐷. No Δ𝐴𝑂𝑇:
𝑟 𝑟
𝑡𝑔𝛼 = ⇒ 𝐴𝑇 =
𝐴𝑇 𝑡𝑔𝛼
No Δ𝐷𝑇𝑂:

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𝑟 𝑟
𝑡𝑔𝛽 = ⇒ 𝑇𝐷 =
𝑇𝐷 𝑡𝑔𝛽
Mas, logicamente, 𝐴𝐷 = 𝐴𝑇 + 𝑇𝐷
𝑟 𝑟 1 1
⇒ 𝐴𝐷 = + = 𝑟( + )
𝑡𝑔𝛼 𝑡𝑔𝛽 𝑡𝑔𝛼 𝑡𝑔𝛽
𝑟(𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽)
⇒ 𝐴𝐷 =
𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
Portanto, queremos:
𝐵𝐶 1 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
= 𝐵𝐶 ⋅ = 𝑟(𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽) ⋅ = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
𝐴𝐷 𝐴𝐷 𝑟(𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛽)
𝐵𝐶
⇒ = 𝑡𝑔𝛼 ⋅ 𝑡𝑔𝛽
𝐴𝐷
𝑩𝑪
Gabarito: = 𝒕𝒈𝜶 ⋅ 𝒕𝒈𝜷
𝑨𝑫

25. (Inédita)
5
Determine as equações das retas que passam pelo ponto (− , 5) e que são tangentes à cônica
2
2𝑥 2 + 3𝑦 2 = 35. Em seguida, calcule as retas bissetrizes dos ângulos formados entre as retas
tangentes encontradas
Comentários
O enunciado é claro ao comunicar o que se requer para a resolução: equações das retas que
5
passam pelo ponto (− , 5) e que são tangentes à cônica descrita.
2

Tome, portanto, uma reta qualquer 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Queremos que ela passe pelo ponto
5
(− , 5). Logo:
2
5
5 = − 𝑎 + 𝑏 ⇒ 10 = −5𝑎 + 2𝑏 ⇒ 2𝑏 = 5𝑎 + 10 (𝑰)
2
Multiplicando a equação da reta por 2 e substituindo (𝑰):
2𝑦 = 2𝑎𝑥 + 2𝑏
⇒ 2𝑦 = 2𝑎𝑥 + 5𝑎 + 10 (𝑰𝑰)
O ponto de tangência entre a reta e a cônica satisfaz tanto à equação da reta, quanto à da
cônica. Se denotarmos o ponto de tangência como 𝑇 = (𝑋, 𝑌), temos:
2𝑌 = 2𝑎𝑋 + 5𝑎 + 10
{
2𝑋 2 + 3𝑌 2 = 35
Elevando a primeira equação ao quadrado e multiplicando a segunda por 4:
4𝑌 2 = 4𝑎2 𝑋 2 + 4𝑎𝑋 (5𝑎 + 10) + (5𝑎 + 10)²
{
8𝑋 2 + 3 ⋅ 4𝑌 2 = 140

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Multiplicando a primeira por 3 e subtraindo da segunda, e sabendo que (5𝑎 + 10) = 5(𝑎 +
2):
−8𝑋 2 = 12𝑎2 𝑋 2 + 60𝑎𝑋 (𝑎 + 2) + 75(𝑎 + 2)2 − 140
⇒ 4(2 + 3𝑎2 )𝑋 2 + 60𝑎(𝑎 + 2)𝑋 + 75(𝑎 + 2)2 − 140 = 0 (𝑰𝑰𝑰)
Essa equação é uma equação quadrática e, portanto, geralmente tem duas soluções. Porém
sabemos que a reta 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 que estamos considerando é tangente a cônica, de forma que só
pode existir um ponto de tangência, por definição. Portanto, só pode existir um valor de 𝑋 que
satisfaça (𝑰𝑰𝑰).
Uma equação quadrática possui apenas uma solução se, e somente se, seu discriminante Δ =
0. Dessa maneira:
Δ = 602 𝑎2 (𝑎 + 2)2 − 4 ⋅ 4(2 + 3𝑎2 ) ⋅ (75(𝑎 + 2)2 − 140) = 0
Vamos abrir esse produto. Uma dica ao fazer esse tipo de procedimento é organizar as
multiplicações numéricas em produtos de potências de números primos, para facilitar o
reconhecimento de fatores comuns depois. Assim, após muita conta, a expressão fica:
⇒ 432𝑎2 − 960𝑎 − 512 = 0
Dividindo a mesma por 16:
27𝑎2 − 60𝑎 − 32 = 0 (𝑰𝑽)
Esta equação é também quadrática. Resolvendo-a, temos:
60 ± √(−60)2 − 4 ⋅ 27 ⋅ (−32) 10 ± 14
𝑎= =
2 ⋅ 27 9
Achamos dois valores de 𝑎 e, portanto, dois valores de 𝑏. De (𝑰):
50 ± 70 70 ± 35
2𝑏 = 5𝑎 + 10 ⇒ 2𝑏 = + 10 ⇒ 𝑏 =
9 9
Basta substituirmos na equação da reta para obtermos as equações das retas:
10 + 14 8 70 + 35 35
𝑠𝑒 𝑎 = = ⇒𝑏= =
9 3 9 3
Logo, a equação de uma reta tangente é:
8𝑥 + 35
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 ⇒ 𝑦 = ⇒ 3𝑦 − 8𝑥 − 35 = 0
3
Por outro lado,
10 − 14 4 70 − 35 35
𝑠𝑒 𝑎 = =− ⇒𝑏= =
9 9 9 9
Assim, a equação da outra reta tangente é:
4 35 −4𝑥 + 35
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 = − 𝑥 + ⇒𝑦=
9 9 9
⇒ 9𝑦 + 4𝑥 − 35 = 0

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5
Logo, as duas retas tangentes à cônica 2𝑥 2 + 3𝑦 2 = 35, passando pelo ponto (− , 5) são
2
𝑟: 3𝑦 − 8𝑥 − 35 = 0 e 𝑠: 9𝑦 + 4𝑥 − 35 = 0 .

Para encontrar as retas bissetrizes dos ângulos formados entre as retas tangentes, basta
lembrar que as distâncias de um ponto qualquer da bissetriz de um ângulo às retas que o formam
são iguais. Isso é até intuitivo, dado que a reta bissetriz divide um ângulo de maneira simétrica. Veja
a figura:

As retas contínuas são as tangentes à elipse, e as tracejadas são as bissetrizes que queremos
achar. Dessa maneira, seja um ponto da reta bissetriz 𝐵 = (𝑥, 𝑦). Sabendo que as distâncias desse
ponto às retas tangentes são iguais (e usando a fórmula de distância de ponto à reta), temos:
𝑑 (𝐵, 𝑟) = 𝑑 (𝐵, 𝑠)
‖3𝑦 − 8𝑥 − 35‖ ‖9𝑦 + 4𝑥 − 35‖
⇒ =
√32 + 82 √92 + 42
Elevando ambos os lados ao quadrado e multiplicando meios e extremos:
⇒ 97(3𝑦 − 8𝑥 − 35)2 = 73(9𝑦 + 4𝑥 − 35)²
⇒ 97(3𝑦 − 8𝑥 − 35)2 − 73(9𝑦 + 4𝑥 − 35)2 = 0
Fatorando como diferença de quadrados:
(√97(3𝑦 − 8𝑥 − 35) − √73(9𝑦 + 4𝑥 − 35)) ⋅ (√97(3𝑦 − 8𝑥 − 35) + √73(9𝑦 + 4𝑥 − 35)) = 0

Agrupando os termos em 𝑥 𝑒 𝑦:
((3√97 − 9√73)𝑦 − (8√97 + 4√73)𝑥 − 35(√97 − √73))
⋅ ((3√97 + 9√73)𝑦 − (8√97 − 4√73)𝑥 − 35(√97 + √73)) = 0
Dessa maneira, temos um produto de duas equações de retas que devem ser 0. Logo:

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(3√97 − 9√73)𝑦 − (8√97 + 4√73)𝑥 − 35(√97 − √73) = 0


{
(3√97 + 9√73)𝑦 − (8√97 − 4√73)𝑥 − 35(√97 + √73) = 0
Portanto, como as incógnitas 𝑥 𝑒 𝑦 eram coordenadas de pontos pertencentes à bissetriz,
então essas equações de retas são as equações das bissetrizes desejadas.
Logo, as equações das retas bissetrizes são:

𝑡: (3√97 − 9√73)𝑦 − (8√97 + 4√73)𝑥 − 35(√97 − √73) = 0

𝑣: (3√97 + 9√73)𝑦 − (8√97 − 4√73)𝑥 − 35(√97 + √73) = 0

Gabarito: 𝑹𝒆𝒕𝒂𝒔 𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒓: 𝟑𝒚 − 𝟖𝒙 − 𝟑𝟓 = 𝟎; 𝒔: 𝟗𝒚 + 𝟒𝒙 − 𝟑𝟓 = 𝟎;

𝒓𝒆𝒕𝒂𝒔 𝒃𝒊𝒔𝒔𝒆𝒕𝒓𝒊𝒛𝒆𝒔 𝒕: (𝟑√𝟗𝟕 − 𝟗√𝟕𝟑)𝒚 − (𝟖√𝟗𝟕 + 𝟒√𝟕𝟑)𝒙 − 𝟑𝟓(√𝟗𝟕 − √𝟕𝟑)


= 𝟎; 𝒗: (𝟑√𝟗𝟕 + 𝟗√𝟕𝟑)𝒚 − (𝟖√𝟗𝟕 − 𝟒√𝟕𝟑)𝒙 − 𝟑𝟓(√𝟗𝟕 + √𝟕𝟑) = 𝟎

Aula Extra 1 – Questões Inéditas 53


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