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Historia da came.

Came é designado da palavra Teutônica "Kambr" (instrumento dentado). Refere-se


a mecanismos de cames que têm sua origem na cunha ou corpo triangular (um came linear)
e foram encontrados no Paleolítico, relíquias de cerca de 10.000 anos
atrás. A posterior construção das grandes pirâmides do Egito também envolveu o uso
da cunha. No entanto, foi o gênio de Leonardo da Vinci, que produziu um projeto
moderno de came aplicado a uma máquina para bombear água.

Os primeiros desenhos de came foram encontrados em esboços de Leonardo da


Vinci em seu Codex Madrid I (Codex Madrid I e II são dois manuscritos de Leonardo da
Vinci que foram descobertos na Biblioteca Nacional da Espanha, em Madrid, em 1964. Os
dois códices foram levados para a Espanha por Pompeo Leoni, um escultor da corte de
Felipe II, onde permaneceu desconhecido por 150 anos). Leonardo encontrou nos
mecanismos cames, uma forma muito compacta de dispositivos mecânicos para
transformar o movimento rotativo em movimento linear.
Projeto de cames.
Conceito de cames.
Em engenharia mecânica, a came (ou o camo) é uma peça de forma excêntrica e movimento
circular (giratório) que compõe um conjunto mecânico com outra peça chamada de seguidor,
cujo movimento é linear (retilíneo) alternado. A função principal deste conjunto mecânico é
transformar o movimento circular da came em movimento não circular no seguidor, visto que
o seguidor na maioria dos projetos apresenta movimento reto, oscilante (do tipo vai e vêm),
mas pode também apresentar movimento angular: abrindo e fechando uma tampa fixada por
um de seus lados.

Existem diversos tipos de cames, aplicados em diversas máquinas existentes nas indústrias e
estudadas na área da mecânica clássica. Na maioria dos casos, as cames são usadas como
geradoras de função para controlar diferentes movimentos em uma determinada máquina que
realiza operações diferentes. Há diversas aplicações e tipos de cames. São exemplos de
aplicações comerciais de cames as chaves de cames, as cames de mesas giratórias, as cames
de volante etc.

A peça fixada ao elemento de rotação, o came é sempre o elemento motor; ao elemento


comandado é dado o nome de seguidor, que, por sua vez, pode ser chamado de haste
oscilante, quando o movimento é angular, ou haste guiada, quando o movimento é
retilíneo.

Figura 1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Came_(mec%C3%A2nica)

Aplicações

Os mecanismos de came são simples, de projeto fácil e ocupam um espaço muito pequeno.
Além disso, os movimentos dos seguidores que podem ter, todas as características
desejadas, e não são de difícil obtenção. Por tais razões, os mecanismos de came são
largamente utilizados em máquinas, sendo encontrados em motores de combustão interna,
máquinas tipográficas, máquinas têxteis, máquinas ferramentas, máquinas automáticas de
embalar, armas automáticas, dispositivos de comandos etc.

Classificação dos cames.

Os cames são classificados de acordo com sua forma:


Terminologia para Cames

Fonte:https://pt.scribd.com/doc/40045663/
cames

α= Ângulo de Pressão: Ângulo formado entre a linha de deslocamento do seguidor e


normal comum entre as superfícies em contato.

α= Ângulo de Pressão Crítico: Maior ângulo formado entre a linha de deslocamento


do seguidor normal comum entre as superfícies em contato.

Ponto Crítico: Posição do seguidor onde ocorre o ângulo de pressão critica.


Circunferência Crítica: É a circunferência que passa pelo ponto crítico. Esta
circunferência, também, é chamada de Circunferência Primitiva.

Raio Critico(rc): Raio da circunferência crítica.

Curva Primitiva do Came: Curva formada pela união das posições ocupadas pelo centro
do seguidor durante o deslocamento.

Perfil do Came: Linha tangente à todas as posições do seguidor, traçada de maneira


a fornecer ao seu centro o movimento esperado pelo diagrama do deslocamento.
Conclusao

Referências Bibliográficas.

[Norton] R. L. Norton, Design of Machinery, McGraw-Hill, 2001.


[Shigley2] J E. Shigley, J. J. Uicker, Theory of Machines and Mechanisms, McGraw-Hill,
1994.
[Erdman] A. G. Erdman, G. N. Sandor, Mechanism Design, Analysis and Synthesis, vol. 1,
Prentice Hall, 1997.

L.NORTON, Robert. Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos. 1. ed. Porto Alegre:


AMGH Editora, 2011. p. 794.

Cames. 2014. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/40045663/cames. Acesso em:


09/05/2023

Came Seguidor. 2014. Disponível em:


http://docslide.com.br/documents/cames.html. Acesso em: 09/05/2023

Cames e Seguidores. 2009. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/49068791/CAP-


09-CAMES-E-SEGUIDORES-2009-2. Acesso em: 09/05/2023

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