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Como permanecer fiel a Deus diante de uma sociedade que o rejeita completamente?

É isso
que nós vamos começar a meditar hoje na nova série de reflexões no livro de Daniel.

Seja muito bem-vindo a mais um vídeo da Escola do Discípulo. Meu nome é Felipe Breder e
hoje nós estamos aqui para começar uma nova série de reflexões no livro de Daniel, no Antigo
Testamento. Já temos aqui no canal uma série de reflexões sobre Juízes, a carta de Paulo aos
Gálatas, o livro de Eclesiastes, e hoje estamos começando Daniel. Então, antes de tudo, já se
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postados.

Hoje, eu quero falar um pouco do capítulo um, versículos um ao sete, no começo do texto. E,
para que possamos entender primeiro, nós precisamos lembrar de todo o contexto. O que está
acontecendo aqui? Em quinhentos e oitenta e sete antes de Cristo, o grande império da
Babilônia, sob o reinado de Nabucodonosor, cerca Jerusalém e a destrói completamente. A
terra prometida, que foi dada aos israelitas, agora estava sendo tomada por um império pagão,
e dessa vez não houve nenhum resgate miraculoso, nenhuma intervenção divina onde Deus
levantou um homem para que pudesse derrotar o exército inimigo, como ele já tinha feito no
passado. Dessa vez, Nabucodonosor simplesmente esmaga Jerusalém, destrói o templo, leva
embora todos os objetos religiosos, toda a riqueza. A arca da aliança também é levada, e não
apenas objetos, mas também os jovens, a elite de Israel, aquelas pessoas que eram
talentosas, que eram capacitadas para alguma coisa, são levadas para Babilônia para serem
escravos. E eles permaneceriam na Babilônia durante setenta anos. E não foi por falta de
aviso, durante anos os profetas já estavam dizendo: "Arrependam-se para que o juízo de Deus
não venha". O juízo de Deus veio. Jerusalém foi destruída, a terra prometida foi destruída,
agora o povo está como escravo na Babilônia. Parece que todas as promessas de Deus, a
esperança de uma vida boa, evaporaram. O sentimento do povo era que Deus nos abandonou.
O templo foi destruído. O que significava a presença de Deus no meio do povo não existia
mais. De onde virá a esperança? E agora, como Deus vai cumprir o seu propósito no meio da
terra? Essa era a crise do povo de Deus nesse tempo.

O livro de Daniel está no Antigo Testamento, ali nos livros proféticos, apesar de não ser bem
um livro profético. Nós veremos mais sobre isso. Ele está dividido praticamente em dois
gêneros literários. Do capítulo um ao seis, temos uma narrativa histórica que conta a história de
Daniel e seus amigos na Babilônia, e do capítulo sete em diante, temos uma literatura
apocalíptica, um gênero apocalíptico, sobre o qual falaremos mais quando chegarmos lá. O
livro de Daniel surgiu justamente depois desses setenta anos em que o povo volta para
Jerusalém. Eles estão destroçados, praticamente sem esperança, não têm mais um reino, não
existe mais um rei, pelo menos um que seja útil. Um império pagão é que domina o povo.
Então, o livro de Daniel surge nesse contexto e surge como um bálsamo, uma esperança.
Surge como um texto maravilhoso que nos impulsiona e nos convida a permanecermos fiéis a
Deus, a permanecermos santos diante de uma sociedade que rejeita Deus, diante de um
império que não crê em Deus. É nesse contexto que o livro de Daniel surge, e ele reflete a
nossa vida hoje também.
É importante entendermos o contexto da Babilônia aqui em Daniel. Muitas vezes, na Bíblia,
olhamos para a Babilônia com uma perspectiva totalmente negativa, e isso não está errado.
Quando lemos os livros dos reis, quando lemos alguns salmos, quando vemos o livro de
Lamentações, quando vemos o Apocalipse falando, vemos a Babilônia de uma perspectiva
completamente negativa. E que Deus a destruiria. É interessante que, aqui no livro de Daniel,
Deus leva o povo para viver lá na Babilônia, e no período em que eles estão na Babilônia, a
Babilônia se torna a casa do povo de Deus. E enquanto eles estão nessa nova casa, Deus os
levanta para que sejam fiéis, Deus os levanta para que o povo abençoe a Babilônia. Durante os
setenta anos em que o povo de Deus está na Babilônia, a Babilônia foi extremamente
abençoada pelo povo de Deus. E da mesma maneira, nos dias de hoje, nós também estamos
longe de casa. Nossa verdadeira casa é no reino de Jesus Cristo, que está por vir. Estamos
aqui provisoriamente, mas enquanto estamos aqui provisoriamente, também somos chamados
por Deus para sermos fiéis e para fazermos dessa nossa casa uma bênção, para transformar o
meio em que vivemos enquanto estamos aqui. E o livro de Daniel é também para nós um
bálsamo, um livro que nos convida a ter esperança, a permanecermos fiéis a Deus e a
transformarmos nossa casa no tempo em que estamos aqui, em santidade.

A reflexão prática que eu gostaria de fazer hoje, nesses primeiros versículos, está no
comecinho do versículo dois, com uma pequena frase dizendo que o Senhor deu. É incrível
porque nós descobrimos que a catástrofe que veio sobre Jerusalém não foi por causa de
Nabucodonosor e da Babilônia, foi Deus, foi Deus quem deu Jerusalém e Judá para o império
da Babilônia. Isso é surpreendente porque nós descobrimos que Deus tem domínio da história,
Deus tem controle, e foi o próprio Deus quem escolheu tirar do seu povo.

Foi o próprio Deus que escolheu entregar seu povo para a Babilônia, para que eles pudessem
ser tratados, para que pudessem ser moldados, para que pudessem passar pela fornalha de
fogo e serem tratados como ouro é tratado no fogo. A catástrofe foi permitida por Deus, Deus
deu, Deus entregou justamente para que seu propósito pudesse ser cumprido na terra. Isso é
incrível, porque nós descobrimos que, em todo o momento, Deus é soberano sobre a história.
Foi Deus quem rodou a roda da história para que seu propósito pudesse ser cumprido. E no
final de tudo, Deus sempre cumprirá seu propósito. E quando nós olhamos para essa pequena
frase "Deus deu", encontramos conforto, encontramos alegria no meio das catástrofes e das
adversidades da vida, porque sabemos que Deus tem domínio, porque sabemos que Deus está
no controle de tudo, porque sabemos que o propósito de Deus será cumprido, como vemos lá
em Romanos, no Novo Testamento, que todas as coisas cooperam juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus. E no final de tudo, o propósito de Deus será cumprido. Quando
meditamos nessa pequena frase "Deus deu", encontramos alegria, encontramos bálsamo,
porque, independentemente das circunstâncias, sabemos que temos um Deus que está do
nosso lado, que está cumprindo seu propósito na terra.

Gosto muito de uma frase de Abraham Kuyper que diz: "Há um único centímetro quadrado em
todos os domínios da nossa existência sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não
clame: 'É meu'". Cristo é soberano sobre tudo, Ele coloca reis, Ele derruba reis, Ele levanta
impérios e Ele destrói impérios. Todas as coisas cooperam juntamente para o bem do Seu
nome, para a Sua glória. O plano de Deus se cumprirá. Aqui no livro de Daniel, Deus estava
trazendo a catástrofe, Deus estava trazendo a tragédia para que Seu projeto de enviar Jesus
Cristo pudesse ser cumprido. Hoje, conhecemos a história e sabemos que Deus enviou Jesus,
e Jesus, na cruz do calvário, reconciliou consigo todo mundo. Essa é a notícia maravilhosa. E
vemos então, lá no livro de Daniel, que Deus deu, permitiu que a tragédia acontecesse na
história de Israel para que o povo pudesse ser moldado, para que a terra pudesse estar
preparada para quando Jesus viesse. Deus tem domínio sobre Sua história, Deus tem domínio
sobre tudo que está acontecendo na sua vida. Eu não sei se você está passando por alguma
catástrofe, por alguma adversidade, por algum problema, mas eu convido você a meditar nessa
pequena frase: "E Deus deu". E quando Deus tira algo que nós gostávamos, quando Deus tira
uma bênção que Ele mesmo tinha dado no passado, é para que Seu projeto seja cumprido,
para que nós possamos ser moldados, para que possamos crescer e nos desenvolver na fé,
para que nos tornemos íntimos e santos, assim como Daniel e seus amigos. Possamos viver
experiências sobrenaturais com o Senhor.

Nos primeiros versículos, também conhecemos os personagens da nossa história: Daniel e


seus três amigos. Daniel e seus três amigos eram jovens exemplares, que possivelmente
cresceram na casa real. Eles eram da corte, eram jovens sábios, inteligentes, bonitos, capazes,
estudados. Eles foram levados como escravos para a Babilônia e colocados para servir no
Palácio do Rei, onde seriam treinados para servir o rei Nabucodonosor. Acompanharemos a
história desses jovens, que são convidados e convocados por Deus a permanecerem fiéis
diante da catástrofe, nessa nova casa para a qual foram chamados e convocados para fazê-la
uma bênção. Nós também fomos chamados para fazer da nossa casa temporária uma bênção,
para sermos fiéis a Deus e permanecermos em santidade.

No próximo vídeo, veremos a história de quando os jovens chegam na Corte do Rei e


escolhem se abster de algumas comidas para permanecerem santos. Eles se tornam os
homens mais úteis do mundo porque permaneceram fiéis a Deus. Espero que você seja
tremendamente abençoado com essa série. Inscreva-se no nosso canal para receber todos os
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