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1º Lição: Introdução a NR 35

ma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais


se deve a eventos envolvendo quedas de trabalhadores de
diferentes níveis.
Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de
atividades e em diversos tipos de tarefas. A necessidade de
criação de uma norma mais ampla que atendesse a todos os
ramos de atividade se fazia necessária para que estes trabalhos
fossem realizados de forma segura.
No mundo do trabalho existem realidades complexas e dinâmicas
e uma nova Norma Regulamentadora para trabalhos em altura
precisaria contemplar atividades que necessitam de controle do
estado.
Não poderiam ficar de fora o meio ambiente de trabalho das
atividades de telefonia, do transporte de cargas por veículos, da
transmissão e distribuição de energia elétrica, da montagem e
desmontagem de estruturas, plantas industriais, armazenamento
de materiais, dentre outros.
Por mais detalhada que as medidas de proteção estejam
estabelecidas na NR, não compreenderá as particularidades
existentes em cada setor. Por isso a presente norma
regulamentadora foi elaborada pensando nos aspectos da gestão
de segurança e saúde do trabalho para todas as atividades
desenvolvidas em altura com risco de queda. Como existe uma
infinidade de diferentes trabalhos em altura, com dinâmicas
diferenciadas, esta norma propõe a utilização dos preceitos da
antecipação dos riscos para implantação de medidas adequadas
para cada situação de trabalho para que o mesmo se realize com
a máxima segurança.
Em setembro de 2010 se realizou no Sindicato dos Engenheiros
do Estado de São Paulo o 1º Fórum Internacional de Segurança
em Trabalhos em Altura. Os dirigentes deste sindicato,
juntamente com a Federação de Sindicatos de Engenheiros se
sensibilizaram com os fatos mostrados no Fórum e reivindicaram
ao MTE a necessidade de criação de uma norma específica para
trabalhos em altura que atendesse a todos os ramos dessa
atividade. O Ministério do Trabalho e Emprego avaliou e acatou
esta demanda e ato contínuo, através da DSST criou um grupo
formado por profissionais experientes, formados por
representantes do governo, trabalhadores e empregadores de
vários ramos de atividade que se reuniram em maio e junho de
2011 onde foi criada uma proposta inicial de texto da nova NR.
Esta proposta de texto foi encaminhada para consulta pública,
através da Portaria MTE nº 06 de 28/03/2011 – DOU em
01/04/2011, na qual apresentou à sociedade o texto base da
nova norma, intitulada “Trabalhos em Altura”.
Em agosto de 2011 foram analisadas e sistematizadas as
sugestões recebidas da sociedade para inclusão ou alteração da
norma. Em setembro de 2011 foi constituído o Grupo Técnico
Tripartite da nova NR35 que, após reuniões em setembro e
outubro, em consenso, chegaram ao texto final da Norma. Este
foi encaminhada à CTPP (Comissão Tripartite Paritária
Permanente) para avaliação e análise.
Este curso procura auxiliar a interpretação desta NR,
esclarecendo seus conceitos e os aspectos de seus enunciados.
Busca, ainda, melhorar a percepção e o entendimento da gestão
e das boas técnicas de segurança nos trabalhos em altura,
visando garantir a manutenção de ambientes de trabalho seguros
e saudáveis.
*texto parcialmente extraído da publicação NR10 Comentada dos engenheiros
Joaquim Gomes Pereira e João José Barrico de Sousa
 

Objetivo e Campo de Aplicação


35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção
para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Esta norma foi elaborada para proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos
realizados em altura nos aspectos da prevenção dos riscos de queda. Conforme a
complexidade e riscos destas tarefas o empregador deverá adotar medidas
complementares inerentes a estas atividades. Por isso, esta norma foca na gestão da
segurança e saúde dos trabalhos em altura de forma mais genérica e abrangente.
No termo “mínimos” denota-se a intenção de regulamentar o menor grau de
exigibilidade, passível de auditoria e punibilidade, no universo de medidas de controle
e sistemas preventivos possíveis de aplicação, e que, conseqüentemente, há muito
mais a ser estudado e implantado. Oconceito de garantia em segurança e saúde a
todos os trabalhadores envolvidos, assegurando-lhes o direito à segurança e saúde
quando houver intervenções do trabalhador com interferência direta ou indireta em
serviços em altura.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Adotou-se esta altura como referência por ser a altura com 2,0 metros de desnível
consagrada em várias normas, inclusive internacionais. Facilita a compreensão,
eliminando dúvidas de interpretação da Norma e as medidas de proteção que deverão
ser implantadas. Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho que requeira que o
trabalhador esteja posicionado em um local elevado, com diferença superior a 2,0 m
(dois metros) da superfície de referencia, e que ofereça risco de queda. As atividades
de acesso e a saída do trabalhador deste local também deverão respeitar e atender
esta norma.
Para trabalhos realizados em níveis iguais ou inferiores a 2,00 m (dois metros), onde
haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador, deverão ser tomadas as
medidas preventivas cabíveis. Todas as atividades com risco para os trabalhadores
devem ser precedidas de análise prévia e o trabalhador deve ser informado sobre
estes riscos e sobre as medidas de proteção implantadas pela empresa, conforme
estabelece a NR.1. Independente do que estabelece a NR 35 as atividades
desenvolvidas em altura igual ou inferior a 2,0 m que ofereçam risco ao trabalhador
deverão receber tratamento que eliminem, reduzam ou neutralizem estes riscos.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas,
com as normas internacionais aplicáveis.
 

Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção


para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
Esta norma foi elaborada para proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos
realizados em altura nos aspectos da prevenção dos riscos de queda. Conforme a
complexidade e riscos destas tarefas o empregador deverá adotar medidas
complementares inerentes a estas atividades. Por isso, esta norma foca na gestão da
segurança e saúde dos trabalhos em altura de forma mais genérica e abrangente.
No termo “mínimos” denota-se a intenção de regulamentar o menor grau de
exigibilidade, passível de auditoria e punibilidade, no universo de medidas de controle
e sistemas preventivos possíveis de aplicação, e que, conseqüentemente, há muito
mais a ser estudado e implantado. Oconceito de garantia em segurança e saúde a
todos os trabalhadores envolvidos, assegurando-lhes o direito à segurança e saúde
quando houver intervenções do trabalhador com interferência direta ou indireta em
serviços em altura.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Adotou-se esta altura como referência por ser a altura com 2,0 metros de desnível
consagrada em várias normas, inclusive internacionais. Facilita a compreensão,
eliminando dúvidas de interpretação da Norma e as medidas de proteção que deverão
ser implantadas. Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho que requeira que o
trabalhador esteja posicionado em um local elevado, com diferença superior a 2,0 m
(dois metros) da superfície de referencia, e que ofereça risco de queda. As atividades
de acesso e a saída do trabalhador deste local também deverão respeitar e atender
esta norma.
Para trabalhos realizados em níveis iguais ou inferiores a 2,00 m (dois metros), onde
haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador, deverão ser tomadas as
medidas preventivas cabíveis. Todas as atividades com risco para os trabalhadores
devem ser precedidas de análise prévia e o trabalhador deve ser informado sobre
estes riscos e sobre as medidas de proteção implantadas pela empresa, conforme
estabelece a NR.1. Independente do que estabelece a NR 35 as atividades
desenvolvidas em altura igual ou inferior a 2,0 m que ofereçam risco ao trabalhador
deverão receber tratamento que eliminem, reduzam ou neutralizem estes riscos.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas,
com as normas internacionais aplicáveis.
 

Responsabilidades dos Trabalhadores


35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho
em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo
empregador;
É um compromisso legalmente obrigatório para os trabalhadores
que tem que cumprir as normas e regulamentos estabelecidas e
demais medidas internas de segurança e saúde.
b) colaborar com o empregador na implementação das
disposições contidas nesta Norma;
c) (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que
possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
Os autorizados a trabalhar em altura devem ter atenção em suas
ações ou omissões que impliquem em negligência, imprudência
ou imperícia, zelando tanto pela sua segurança e saúde como
pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de
responder civil e criminalmente.

Capacitação e Treinamento
35.3.1 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que


foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária
mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
As necessidades de treinamento e o nível de treinamento devem estar claramente
definidos. O treinamento deve incluir questões gerais de saúde e segurança
específicas do trabalho, o uso de equipamentos de proteção individual, de ferramentas
e outros equipamentos do trabalho e o manuseio de materiais. O trabalhador
recentemente treinado deve a princípio ficar sob supervisão direta, por exemplo, do
supervisor, ou de um trabalhador mais experiente, a critério do supervisor.
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
Além das normas internas da empresa e as especificas e peculiares às suas
atividades devem ser explicadas ainda as Normas Regulamentadoras 01 e 06, além
daquelas relacionadas ao tipo de serviço realizado.
b) análise de Risco e condições impeditivas;
O que é o risco? Entendemos como a capacidade de uma grandeza com potencial
para causar lesões ou danos à saúde e a segurança das pessoas. A adoção de
medidas de controle deve ser precedida da aplicação de técnicas de análise de risco.
Análise de risco é um método sistemático de exame e avaliação de todas as etapas e
elementos de um determinado trabalho, para desenvolver e racionalizar toda a
seqüência de operações que o trabalhador executa podemos citar:
- identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais;
- identificar e corrigir problemas operacionais e implementar a maneira correta para
execução de cada etapa do trabalho com segurança.
É, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade ou situação, com grande
utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes
possíveis de ocorrência, possibilitando a adoção de medidas preventivas de
segurança e de saúde do trabalhador, do usuário e de terceiros, do meio ambiente e
até mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. A
análise de risco não pode prescindir de metodologia científica de avaliação e
procedimentos conhecidos, divulgados e praticados na organização e, principalmente,
aceitos pelo poder público, órgãos e entidades técnicas.
As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de ‘análise de
risco” são:
- Análise Preliminar de Risco (APR);
- Análise de Modos de Falha e Efeitos – FMEA (AMFE);
- Hazard and Operability Studies (HAZOP);
- Análise Risco de Tarefa (ART),
- Análise Preliminar de Perigo (APP), dentre outras.
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e
controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,


inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

São os acidentes mais comuns de forma geral e os acidentes específicos relacionados


ao ramo de atividade da empresa e ao tipo de atividade que o trabalhador exerce.
g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de
resgate e de primeiros socorros.
Não se deseja que em apenas 8 horas um trabalhador conheça as técnicas de resgate
e de primeiros socorros, mas apenas noções específicas, de acordo com as suas
atividades. Como 8 horas é a carga horária mínima, esta poderá, em função da
necessidade e peculiaridade da tarefa, ser ampliada com carga horária maior, de
forma a satisfazer essas necessidades.
Se as técnicas de resgate devam ser conhecidas pelos trabalhadores, pois tem um
serviço de emergência próprio ou realizado pelos próprios trabalhadores, estes
deverão ter, além das aulas teóricas, aulas práticas com simulações como se fossem
casos reais. Este tema é abordado no item 35.6 - Emergência e Salvamento, desta
norma. Se o empregador possuir serviço próprio de emergência os trabalhadores
autorizados para o trabalho em altura deverão ser competentes em técnicas de
resgate apropriadas e procedimentos de emergência, e estas devem formar parte de
seu treinamento inicial e contínuo. Além disso, técnicas de resgate devem ser
praticadas em intervalos regulares e antes do começo de qualquer trabalho em uma
situação que é pouco conhecida para qualquer um da equipe do trabalho.
35.3.3 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
35.3.3.1 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho
de 2019)
35.3.3.2 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho
de 2019)
35.3.4 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
35.3.5 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
35.3.5.1 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho
de 2019)
35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada
proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em
segurança no trabalho.
Este item da norma ratifica o conceito adotado pela NR 1, ou seja, são entendidos
como trabalhadores qualificados aqueles que receberam instrução específica em
cursos reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Educação e Cultura, com
currículo aprovado e que comprovaram aproveitamento mediante exames e avaliação
pré-estabelecida e por essa razão receberam um diploma, um certificado. Nesta
categoria se encaixam, alem dos profissionais de nível superior e nível médio, com
profissões regulamentadas (Engenheiro e ou Técnico de Segurança do Trabalho), as
pessoas que adquiriram conhecimento que lhes permitiu ter uma ocupação
profissional.
35.3.7 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
35.3.7.1 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho
de 2019)
35.3.8 (Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de
2019)
 
Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por
trabalhador capacitado e autorizado.

Determina a obrigatoriedade dos tomadores de serviços de trabalho em altura garantir


a segurança e a saúde de todos os trabalhadores e usuários envolvidos.
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele
capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para
executar essa atividade e que possua anuência formalda empresa.
A autorização é um processo administrativo através do qual a empresa declara
formalmente sua anuência, autorizando a pessoa a trabalhar em altura. A autorização
está acompanhada da responsabilidade em autorizar, portanto, é de fundamental
importância que as empresas adotem critérios bem claros para assumir tais
responsabilidades.
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que
exercem atividades em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele
consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos
em cada situação;
Sob o ponto de viste médico os exames médicos deverão compreender, além dos
principais fatores que causam as quedas de planos elevados como condições físicas,
psíquicas e clínicas do trabalhador, os demais fatores da tarefa como, por exemplo,
exigência de esforço físico, acuidade visual, restrição de movimentos, etc.
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal
súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
Podemos relacionar algumas patologias que poderão originar mal súbito e queda de
altura:
- Epilepsia
- Vertigem e tontura
- Distúrbios do equilíbrio e deficiência da estabilidade postural
- Alterações cardiovasculares
- Acrofobia
- Alterações otoneurológicas
- Diabetes Mellitus
Além da existência da acrofobia (medo de altura) devem ser avaliados outros fatores
que interferem na saúde do trabalhador como alimentação inadequada, distúrbios do
sono, consumo de bebidas alcoólicas, problemas familiares, stress, uso de
medicamentos e drogas psicoativas, dentre outros.
Fatores psicossociais: desde 1984, a OIT - Organização Internacional do Trabalho e a
OMS - Organização Mundial de Saúde, evidenciam a importância dos fatores
psicossociais no trabalho (ILO/OMS, 31984, 1987). A urgência de maior produtividade,
associada à redução contínua do contingente de trabalhadores, à pressão do tempo e
ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas irrealizáveis e as
relações de trabalho tensas e precárias, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento
profissional, constituindo-se em fatores psicossociais responsáveis por situações de
estresse relacionado com o trabalho. Os fatores psicossociais relacionados ao
trabalho podem ser definidos como aquelas características do trabalho que funcionam
como “estressores”, ou seja, implicam em grandes exigências no trabalho,
combinadas com recursos insuficientes para o enfrentamento das mesmas.
35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de
saúde ocupacional do trabalhador.
Além de constar apto para a função a aptidão para o trabalho em altura também
deverá estar registrada no Atestado de Saúde Ocupacional.
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a
abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
Este cadastro que poderá ser em forma to de documento impresso, crachá, cartaz, ou
registro eletrônico que evidencie para quais atividades o trabalhador tem autorização
para trabalhar em função de sua capacitação e estado de saúde.
35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a
seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo
de execução;
Esta é a melhor alternativa, pois ela simplesmente elimina o risco de queda. Já
existem medidas alternativas consagradas para se evitar o trabalho em altura em
algumas tarefas. Podemos citar, por exemplo, a demolição de edifícios pelo método
da implosão (utilizando explosivos), que evita o acesso de trabalhadores com
ferramentas e equipamentos ao alto das estruturas por períodos prolongados. Existem
ainda a solução com utilização de postes de luz onde a luminária desce, através de
dispositivos mecânicos até a base do poste, e a troca de lâmpadas é realizada a 1
metro do nível do chão. Na análise de risco de uma tarefa esta opção deve sempre
ser avaliada e priorizada, quando possível.
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na
impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;
É conceito universal que as medidas de proteção coletiva devem ser planejadas e
desenvolvidas com a análise de risco realizada e aplicadas mediante procedimentos,
entendido como forma padronizada do proceder (fazer) ou implantar a medida de
proteção programada. O procedimento deve ser documentado, divulgado, conhecido,
entendido e cumprido por todos os trabalhadores e demais pessoas envolvidas. Deve-
se ainda observar que a palavra “prioritariamente”, empregada no texto, determina
aquilo que tem a preferência de execução e impõe a condição de seletividade e que a
possibilidade da aplicação de medidas de proteção coletiva deve, obrigatoriamente, se
antecipar a todas as demais medidas de proteção possíveis de adoção na situação
considerada.
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de
queda não puder ser eliminado.
Trabalhos em altura com ventos podem provocar hipotermia no caso de locais frios
causam sensação térmica muitos graus abaixo do que o termômetro marca. Em caso
de chuva ou garoa associada a vento retira calor do corpo, portanto para alguns casos
é necessário haver recomendação de uso de vestimentas adequadas ou restringir o
trabalho em caso de ventos fortes. O calor intenso sem a proteção e a hidratação
adequada pode causar desidratação e conseqüente malsúbito (desmaio, fraqueza, etc
)
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
No setor elétrico, o responsável pelo cumprimento não é a chefia, mas sim o
supervisor da tarefa a quem caberá esta responsabilidade.
35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que
possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de
risco.
35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em
altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
Podem ser: ventos fortes, chuva, vendavais, tempo muito seco que exija hidratação
adicional, umidade alta, sol e calor execivos, etc. que poderão que poderão
comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de
proteção coletivae individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às
orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos
fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
A queda de materiais e ferramentas deverá ser impedida com a utilização de
procedimentos e técnicas como amarração das ferramentas e matérias, utilização de
redes, ou quaisquer outros que evitem este risco. ...
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
Existem atividades simultâneas com riscos tais como: trabalhos de solda em altura
que podem ser sobrepostas de forma a ...
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais
normas regulamentadoras;
Quando houver outros riscos como, por exemplo, o risco de contato elétrico, áreas
classificadas e espaços confinados, as Normas Regulamantadoras n º 10 , 20 e 33
deverão ser cumpridas respectivamente.
i) os riscos adicionais;
Além dos riscos de queda em altura intrínsecos aos serviços objeto da Norma,
existem outros riscos, específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que,
direta ou indiretamente, podem expor a integridade física e a saúde dos trabalhadores
no desenvolvimento de atividades em altura. Existe, portanto, a determinação de
obrigatoriedade da adoção de medidas preventivas de controle para tais riscos
“adicionais”, com especial atenção aos gerados pelo trabalho em campos elétricos e
magnéticos, confinamento, explosividade, umidade, poeiras, fauna e flora, ruído e
outros agravantes existentes nos processos ou ambientes onde são desenvolvidos os
serviços em altura, tornando obrigatória a implantação de medidas complementares
dirigida aos riscos adicionais verificados.
Dentre os riscos adicionais podemos elencar:
Riscos Mecânicos: são os perigos inerentes as condições estruturais do local como
falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem produzir
lesão e dano.
Riscos Elétricos: são todos os perigos relacionados com as instalações energizadas
existentes no local ou com a introdução de máquinas e equipamentos elétricos, que
podem causar choque elétrico.
Riscos de Corte e Solda: os trabalhos a quente, solda e/ou corte, acrescentam à
atividade os perigos específicos como radiações, emissão de partículas
incandescentes, etc.
Riscos líquidos, gases, vapores, fumos metálicos e fumaça: a presença destes
agentes químicos contaminantes gera condições inseguras e facilitadoras para
ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais, nestes casos, os trabalhos não
devem ocorrer.
Risco de Soterramento: quando o trabalho ocorre em diferença de nível maior que 2
metros com o nível do solo ou em terrenos instáveis, existe a possibilidade de
soterramento por pressão externa (ex. construção de poços, fosso de máquinas,
fundação, reservatórios, porão de máquinas, etc)
Risco por temperaturas extremas: o trabalho sobre fornos e estufas pode apresentar
temperaturas extremas que comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores;
Outros Riscos: pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho; queda de
materiais; energia armazenada.
j) as condições impeditivas;
Condições impeditivas são aquelas situações que por serem extremamente perigosas
para a realização do trabalho como as que ultrapassam os padrões ou limites de
cautela como ventos e chuvas fortes ou que ultrapassem ...
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros
socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
A queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo cinturão de
segurança é também perigoso.
Ficar pendurado pelo cinto de segurança gera a ¨suspensão inerte¨, quando a parte
inferior do cinto de segurança, que se prende às pernas, impede a circulação do
sangue e este se acumula nelas. Se estas não se movem, o sangue fica lá e o
coração não consegue bombear o sangue para a cabeça provocando a ¨intolerância
ortostática¨que se caracteriza por atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça,
fraqueza e desmaios.
Suspensão prolongada causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a
intolerância ortostática que, por sua vez, pode resultar em perda de consciência
seguida por morte em menos de 30 minutos. Para reduzir os riscos relacionados à
suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, o empregador deve implantar
planos de emergência para impedir a suspensão prolongada identificando os sinais e
sintomas da intolerância ortostática e realizando o resgate e tratamento o mais rápido
possível. Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa, sem se mover, maiores serão os
riscos para sua saúde.
Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem ser deitadas na posição
horizontal em nenhum momento, seja durante o resgate ou quando chegarem ao solo.
A manobra correta é deixar a vítima na posição sentada, por pelo menos 20 minutos,
mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes procedimentos pós resgate
pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a morte.
l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode
estar contemplada no respectivo procedimento operacional.
Atividades rotineiras: Conjunto de ações que fazem parte do cotidiano de uma
atribuição, função ou cargo do trabalhador no processo do trabalho.
Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que não fazem parte do cotidiano de
uma atribuição, função ou cargo do trabalhador no processo do trabalho.
35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho
em altura devem conter, no mínimo:
a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente
autorizadas mediante Permissão de Trabalho.
Atividades não rotineiras são as atividades não habituais que estão fora do
planejamento de execução e não contempladas nas Análises de Risco e nos
procedimentos. Existem tarefas que tem freqüência mínima, ou seja, realizadas de
tempos em tempos, mas é uma atividade conhecida e planejada que faz parte do
processo de trabalho da empresa. As atividades não contempladas nestes requisitos
deverão ter autorização prévia através de uma Permissão de Trabalho, que é um
documento que, após avaliação prévia, conterá os requisitos de segurança que devem
ser obedecidos naquela situação.
35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser
evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
Permissão de trabalho deverá ser o documento para formalizar à autorização para a
execução da atividade, ou seja, o local de trabalho, recursos e pessoal se encontram
em conformidade com a AR portanto é permitida a sua realização.
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável
pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da
atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua
rastreabilidade.
35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.


35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da
atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável
pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições
estabelecidas ou na equipe de trabalho.
 

EPI Para Trabalho em Altura: Seleção, Inspeção, Conservação e


Limitação de Uso
35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de
ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua
eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de
segurança, em caso de eventual queda.
O fator de segurança estabelecido mínimo de 2,5:1, tendo como base de cálculo 6 kN,
como força de impacto máximo permitida a ser transmitida ao trabalhador.
A norma de absorvedor de energia e as de todos os modelos de trava-queda testam
os produtos dentro da pior situação possível e limitam a força de impacto gerada em 6
kN (600 Kgf). Existe uma discussãodentro do CB-32 para que seja revista e colocada
em consulta pública a permissão de talabartes de segurança sem absorvedor de
energia com até 0,9m para proteção de queda. Outro fator que deve ser levado em
conta na seleção do EPI é o propósito do uso. Por exemplo nem todo trava-quedas
pode ser utilizado como equipamento de posicionamento.
35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
Em algumas circunstâncias os EPI devem, além de garantir a eficácia na retenção da
queda do tabalhador, garantir que estes sejam adequados aos riscos adicionais que
possam existir no local de trabalho.
35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura,
recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
Antes do equipamento novo ou usado ser utilizado pela primeira vez por um usuário
específico, esse usuário deve assegurar que seja apropriado para a aplicação
pretendida, que funciona corretamente, e que está em boas condições.
Antes de usar um cinturão de segurança pela primeira vez é recomendável que o
usuário seja ajudado na execução de um teste em um lugar seguro para assegurar
que o cinturão é de tamanho correto, tem ajuste suficiente e um nível de conforto
aceitável para o uso pretendido, inclusive suspensão.
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de
todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
Estas inspeções devem fazer parte da rotina de toda a atividade realizada em altura.
Minuciosa verificação das condições de segurança e integridade de todos os
dispositivos de segurança para o trabalho em altura deverão ser realizados pelo
próprio trabalhador e quando possível também pelo supervisor
35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem
forem recusados.
Estes registros deverão existir obrigatoriamente nestas duas circunstâncias e estes
registros deverão ser arquivados para rastrea-los.
35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos,
degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser
inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração forprevista em
normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.
Quando apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de
queda nos pontos de ancoragem, cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de
energia, cabos, conectores e trava-quedas devem ser descartados e inutilizados para
evitar reuso.
Alguns tipos de travaquedas retráteis, quando sofrerem impacto de queda, podem ser
revisados conforme especificação do fabricante e norma da ABNT.
Alguns EPI e cabos de fibra sintética, e materiais têxteis de diferentes naturezas,
podem sofrer degradação por fotodecomposição (exposição a radiação solar) e por
produtos químicos (ácidos, produtos alcalinos, hidrocarbonetos, amônia, cimento, etc)
que podem estar presentes no ambiente, mesmo que em pequenas concentrações.
Em ambientes industriais com estes produtos químicos é fundamental que ocorra
inspeção nas fibras têxteis dos equipamentos. Alguns tipos de degradação são
imperceptíveis a olho nu. Se for reconhecida a presença deste agentes agressivos no
ambiente de trabalho os EPI e sistemas de ancoragem deverão ser substituídos a
intervalos menores do que estabelece o prazo de validade especificado.
35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de
dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.
O sistema de restrição de movimentação restringe o usuáriode atingir locais onde uma
queda possa vir a ocorrer. Sempre que possível este sistema que previne a queda é
preferívelsobre sistemas que buscam minimizar os efeitos de umaqueda.
35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.
O sistema de ancoragem são componentes definitivos ou temporários, dimensionados
para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu
Equipamento de Proteção Individual. O ponto de ancoragem é um local para fixação
de um dispositivo contra queda. Pode ser um simples olhal de rosca, gancho de metal,
talha de viga, ou outro elemento estrutural com capacidade nominal robusta.
35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem
durante todo o período de exposição ao risco de queda.

O sistema de proteção contra quedas deve permitir que o trabalhador se conecte


antes de ingressar na zona de risco de queda e se desconecte somente após sair,
permanecendo conectado durante toda sua movimentação no interior da mesma e em
todos os pontos em que a tarefa demandar. No caso do uso do cinto de segurança
com duplo talabarte, pelo menos um dos mosquetões deverá estar sempre conectado
ao sistema de ancoragem.
35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do
nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda
e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador
colidir com estrutura inferior.
Sempre que possível, os pontos de ancoragem devem estar acima do usuário de
forma a minimizar o comprimento e o impacto de qualquer queda.
Zona Livre de queda (ZQL): É a distância mínima medida desde o dispositivo de
ancoragem até o nível do chão, ou próximo nível inferior real, ou obstáculo
significativo mais próximo. O comprimento indicado será a somatória das distâncias.
35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:
a) fator de queda for maior que 1;
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
O absorvedor de energia é o componente ou elemento de um sistema antiqueda
desenhado para dissipar a energia cinética desenvolvida durante uma queda de uma
determinada altura (força de pico). A obrigatoriedade do uso do absorvedor de energia
nestes casos é reduzir o impacto no trabalhador caso ocorra a queda quando a fator
de queda for superior a 1
35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes
providências:
a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
O profissional habilitado deve preencher as formalidades de registro nos respectivos
conselhos regionais de fiscalização do exercício profissional, CREA/CONFEA. É o
conselho profissional quem estabelece as atribuições e responsabilidades de cada
qualificação em função dos cursos, cargas horárias e matérias ministradas. São os
conselhos profissionais que habilitam os profissionais com superior, neste caso
engenheiros. A regularidade do registro junto ao conselho competente é que resulta
na habilitação.
O engenheiro responsável deve garantir que os pontos de ancoragem devem ser
cuidadosamente selecionados, de forma a suportar os esforços decorrentes das
cargas aplicadas. Além da habilitação, este profissional deve ter competência para
estas atividades. Estes pontos de ancoragem deverão ser mantidos em condições de
uso pelo empregador. Se existirem meios alternativos de proteção contra queda de
altura e estas já estiverem definidas, testadas e aprovadas por profissional habilitado,
a decisão em campo será somente sobre qual alternativa utilizar e, neste caso, o
profissional capacitado poderá tomá-la.
 

Condutas em Situações de Emergência - Técnicas de Resgate e


Primeiros Socorros
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de
emergências para trabalho em altura.
Estas equipes deverão estar preparadas e aptas a realizar as condutas mais
adequadas para os possíveis cenários de situações de emergência em suas
atividades. As respostas serão proporcionais ao nível de treinamento e aptidão
necessárias em função da existência ou não de equipe própria, externa ou composta
pelos próprios trabalhadores. Se a equipe de emergência e salvamento for própria ou
formada pelos próprios trabalhadores as respostas serão realizar o resgate e os
primeiros socorros de imediato com as técnicas aprendidas. Se a equipe for externa, a
resposta será chamar a equipe de emergência com a maior brevidade e dar todo o
suporte e retaguarda à(s) vítima(s) e a equipe de resgate.
35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios
trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características
das atividades.
Equipe externa pode ser pública ou privada. A pública é formada pelo corpo de
bombeiros da policia militar ou por voluntários, defesa civil, resgate, SAMU,
paramédicos, etc, em cidades, regiões ou logradouros que as possuam. A equipe
privada é formada por profissionais capacitados em emergência e salvamento como
bombeiros civis, médicos, enfermeiros e resgatistas treinados em fábricas,
estabelecimentos, ou frentes de serviço que tem função especifica dar suporte para
seus próprios funcionários e de contratadas. Em algumas situações a equipe para
respostas em caso de emergências para trabalho em altura deverá ser própria, ou
seja, formada pelos próprios trabalhadores que exercem trabalhos em altura. Isto
deverá ocorrer quando as equipes externas, públicas ou privadas forem inexistentes
ou quando a distância exija deslocamentos que inviabilizem o trabalho em tempo
ideal.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos
necessários para as respostas a emergências.

Como exemplo de equipe própria podemos citar trabalhos realizados na montagem de


torres de telecomunicações em locais distantes ou de difícil acesso onde os
trabalhadores deverão estar capacitados a realizar salvamentos de emergência,
resgate e inclusive o auto resgate, quando possível ou viável. Portanto deve-se
assegurar que o plano de emergência, após análise de risco, contemple os
treinamentos específicos necessários para cada realidade, utilização de sistemas de
comunicação adequados, equipamentos adequados para resgate e primeiros
socorros.
35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura
devem constar do plano de emergência da empresa.
Trata-se de um documento contendo os procedimentos para contingências de ordem
geral, que os trabalhadores autorizados deverão conhecer e estar aptos adotá-los nas
circunstâncias em que se fizerem necessários. Essas medidas são em função dos
riscos e das condições do trabalho em áreas externas e internas sujeitas a diversas
variáveis cujo controle não está totalmente nas mãos dos trabalhadores, como as
interferências de veículos em vias públicas, intempéries, ações de pessoas
negligentes, bem como os reflexos dessas ocorrências nas áreas internas, que
determinam a necessidade de serem pré estabelecidos procedimentos emergenciais.
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento
devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
Se a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, tiver ou necessitar equipe
própria para executar o resgate e prestar primeiros socorros os membros desta equipe
devem possuir treinamento adequado.A indefinição do fator de segurança e sua
responsabilidade devem ficar a cargo do fabricante dos equipamentos o que poderá
ser consignado no próprio CA do EPI, ou, no caso de equipamentos acessórios, em
documento próprio do mesmo.
 

Glossário da Norma
Absorvedor de energia:
dispositivo destinado a reduzir o impacto
transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança
durante a contenção da queda.

Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas,


consequências e medidas de controle.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da
freqüência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa.
Cinto de segurança tipo paraquedista :
Equipamento de Proteção
Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de
queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral,
acima dos ombros e envolto nas coxas.

Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou


continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou
a integridade física do trabalhador.
Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de
acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista,
talabarte, trava quedas e corda, tais como: conectores,
bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores,
ascensores, dentre outros. (Inserido pela Portaria MTE n.º 593,
de 28 de abril de 2014)
Fator de queda:
razão entre a distância que o trabalhador
percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá
detê-lo.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na
definição e seleção das medidas de proteção, para segurança
das pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma
antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente
de profissional com conhecimentos para avaliar os riscos nas
atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou
neutralizar tais riscos. (Inserido pela Portaria MTE n.º 593, de 28
de abril de 2014)
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de
medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho
seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas
para a conexão de dispositivos de segurança, tais como cordas,
cabos de aço, trava-queda e talabartes.
Profissional legalmente habilitado:
trabalhador previamente qualificado
e com registro no competente conselho de classe.
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além
dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada
ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam
afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporários,
dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o
trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção
Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a
que permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio,
desfalecimento ou queda

Suspensão inerte:
situação em que um trabalhador permanece
suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro.
Talabarte:
dispositivo de conexão de um sistema de segurança,
regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a
movimentação do trabalhador.

Trabalhador qualificado:trabalhador que comprove conclusão de


curso específico para sua atividade em instituição reconhecida
pelo sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário
contra quedas em operações com movimentação vertical ou
horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
 

Anexo I - Acesso por Cordas


ACESSO POR CORDAS
(Inserido pela Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014)
1. Campo de Aplicação
1.1 Para fins desta Norma Regulamentadora considera-se acesso
por corda a técnica de progressão utilizando cordas, com outros
equipamentos para ascender, descender ou se deslocar
horizontalmente, assim como para posicionamento no local de
trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de segurança
fixados de forma independente, um como forma de acesso e o
outro como corda de segurança utilizado com cinturão de
segurança tipo paraquedista.
1.2 Em situações de trabalho em planos inclinados, a aplicação
deste anexo deve ser estabelecida por Análise de Risco.
1.3 As disposições deste anexo não se aplicam nas seguintes
situações:
a) atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
b) arboricultura;
c) serviços de atendimento de emergência destinados a salvamento e resgate de
pessoas que não pertençam à própria equipe de acesso por corda.
2. Execução das atividades
2.1 As atividades com acesso por cordas devem ser executadas:
a) de acordo com procedimentos em conformidade com as
normas técnicas nacionais vigentes;
b) por trabalhadores certificados em conformidade com normas
técnicas nacionais vigentes de certificação de pessoas; (Vide
prazo para implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º
593/2014 e prorrogação no Art. 1º da Portaria MTE n.º
1.471/2014)
c) por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores,
sendo um deles o supervisor.
2.1.1 O processo de certificação desses trabalhadores contempla
os treinamentos inicial e periódico previstos nos subitens 35.3.1 e
35.3.3 da NR-35.
2.2 Durante a execução da atividade o trabalhador deve estar
conectado a pelo menos duas cordas em pontos de ancoragem
independentes.
2.2.1 A execução da atividade com o trabalhador conectado a
apenas uma corda pode ser permitida se atendidos
cumulativamente aos seguintes requisitos:
a) for evidenciado na análise de risco que o uso de uma segunda
corda gera um risco superior;
b) sejam implementadas medidas suplementares, previstas na
análise de risco, que garantam um desempenho de segurança no
mínimo equivalente ao uso de duas cordas.
3. Equipamentos e cordas
3.1 As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das
normas técnicas nacionais.
3.2 Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados
de acordo com normas técnicas nacionais ou, na ausência
dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide
prazo para implementação no Art. 3ª da Portaria MTE n.º
593/2014)
3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a
certificação por normas estrangeiras pode ser aceita desde que
atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).
3.3 Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas
seguintes situações:

a) antes da sua utilização;


b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.
3.3.1 Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes
agressivos, o intervalo entre as inspeções deve ser reduzido.
3.4 As inspeções devem atender às recomendações do
fabricante e aos critérios estabelecidos na Análisede Risco ou no
Procedimento Operacional.
3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito,
desgaste, degradação ou deformação deve ser recusado,
inutilizado e descartado.
3.4.2 A Análise de Risco deve considerar as interferências
externas que possam comprometer a integridade dos
equipamentos e cordas.
3.4.2.1 Quando houver exposições a agentes químicos que
possam comprometer a integridade das cordas ou equipamentos,
devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com
as recomendações do fabricante considerando as tabelas de
incompatibilidade dos produtos identificados com as cordas e
equipamentos.
3.4.2.2 Nas atividades nas proximidades de sistemas
energizados ou com possibilidade de energização, devem ser
adotadas medidas adicionais.
3.5 As inspeções devem ser registradas:
a) na aquisição;
b) periodicamente;
c) quando os equipamentos ou cordas forem recusados.
3.6 Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser
armazenados e mantidos conforme recomendação do fabricante
ou fornecedor.
4. Resgate
4.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e
resgate da própria equipe.
4.2 Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate
dos trabalhadores.

5. Condições impeditivas
5.1 Além das condições impeditivas identificadas na Análise de
Risco, como estabelece o item 35.4.5.1, alínea ¨j¨ da NR-35, o
trabalho de acesso por corda deve ser interrompido
imediatamente em caso de ventos superiores a quarenta
quilômetros por hora.
5.2 Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura
utilizando acesso por cordas em condições com ventos
superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a
quarenta e seis quilômetros por hora, desde que atendidos os
seguintes requisitos:
a) justificar a impossibilidade do adiamento dos serviços
mediante documento assinado pelo responsável pela execução
dos serviços;
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos
riscos, suas causas, consequências e medidas de controle,
efetuada por equipe multidisciplinar coordenada por profissional
qualificado em segurança do trabalho ou, na inexistência deste,
pelo responsável pelo cumprimento desta norma, anexada à
justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis,
assinada por todos os participantes;
c) implantar medidas adicionais de segurança que possibilitem a
realização das atividades;
d) ser realizada mediante operação assistida pelo supervisor das
atividades.
 
Sistemas, Equipamentos e Procedimentos de Proteção Coletiva
A segurança do trabalho é um importante fator para o sucesso de
uma empresa. Sem ela, a saúde e a qualidade de vida de seus
colaboradores são colocadas em risco, fazendo com que seu
processo produtivo seja prejudicado de inúmeras maneiras,
sejam humanas, sejam judiciais, sejam financeiras.
Assim, a atuação de um técnico em segurança do trabalho torna-
se essencial no desempenho de sua gestão, visando a redução
de acidentes. Esse profissional deve tomar atitudes objetivas e
corretas, sempre baseando-se nas normas regulamentadoras
existentes.
Apesar de ter uma rotina corrida e muito atarefada, você deve
entender sobre a legislação do trabalho vigente no Brasil e indicar
bons equipamentos para serem comprados, adequando-os aos
riscos existentes nas suas atividades realizadas em altura.
Com os avanços tecnológicos, muitos equipamentos e
estratégias foram criadas para aprimorar o desenvolvimento das
tarefas empresariais, especialmente no ramo industrial. Apesar
disso, segundo a Associação de Magistrados da Justiça do
Trabalho, o Brasil é o quarto país no mundo em acidentes do
trabalho.
Nessas horas, a linha de ancoragem ou linha de vida, como é
muito conhecida, se faz um equipamento de segurança essencial
no dia a dia do trabalho em altura.
Mas o que é na verdade essa linha de ancoragem ou linha de vida?
A linha de ancoragem ou linha de vida, pode ser composta por
um cabo, corda, fita sintética e até trilho ou viga metálica, sendo
instalada em, pelo menos, dois pontos de ancoragem distintos. É
utilizada para a conexão ao cinto de segurança através de um
trava-queda ou talabarte, em um ou mais trabalhadores,
permitindo a realização de trabalhos em altura com proteção
adequada contra uma eventual queda.
A Norma Regulamentadora 35, em seu Anexo II, bem como a
NBR 16.325/2014 – Proteção Contra Quedas em altura –
Dispositivos de ancoragem, estipulam que ela deve ser instalada
em pontos de ancoragem previamente dimensionados e
determinados por profissional legalmente qualificado. Com isso,
seus usuários têm a liberdade e a confiança para se movimentar
em toda a sua extensão devidamente protegidos contra uma
eventual queda.

Essa ferramenta é mais um equipamento de proteção coletiva a


ser utilizado por um técnico de segurança do trabalho para
garantir a segurança dos trabalhadores nas atividades em altura,
sob a sua supervisão.
Para qual tipo de trabalho ela é indicada?
As linhas de vidas são indicadas para todas as atividades
realizadas em alturas superiores a dois metros, como por
exemplo em andaimes, escadas ou plataformas. Elas também
podem ser utilizadas em:
- escavações, pipe racks
- atividades mineradoras,
- carga e descarga de caminhões,
- na construção naval.

- pontes rolantes

- construção civil
- manutenção de máquinas e equipamentos,
Além disso, são necessárias quando não existem outros
elementos de proteção coletiva capazes de eliminar os riscos
provenientes de uma queda.
Quais os tipos de linha que existem?
As linhas de ancoragem ou linhas de vida podem ser horizontais
ou verticais, fixas ou móveis. O tipo de linha a ser utilizado
dependerá da necessidade levantada pelos profissionais de
segurança do trabalho para cada atividade em altura a ser
realizada.
Após descobrir e entender o que é esse importante conceito e
quando o seu uso é indicado, chegou o momento de conhecer
quais são seus principais tipos. Veja-os abaixo:
Linha de vida móvel horizontal ou vertical
São linhas de vida que podem ser montadas e desmontadas ou
simplesmente movimentadas de seus pontos de utilização pré-
determinados, portanto, apesar de serem ancoragens seguras
são equipamentos de fácil remoção ou movimentação.
Como analogia podemos citar como é importante o uso da linha
de vida móvel para o desenvolvimento de uma obra, citando
como exemplo a linha de vida temporária composta por fita com
trava ajustável, que é amplamente utilizada pelos trabalhadores
da construção civil, por exemplo.
Desde a execução de um elemento de fundação até a
concretagem da última laje de uma edificação, a segurança deve
guiar o trabalho de seus funcionários.
Assim, à medida que as etapas de uma obra avançam, o
posicionamento da linha de vida temporária deve ser alterado.
Então, ela pode ser montada e desmontada de acordo com as
necessidades de sua gestão de segurança no trabalho e os
riscos que a fase da obra apresenta.
Na hora de escolher seu equipamento, opte por aquele que dê
flexibilidade e liberdade à sua equipe e que seja de fácil
identificação.
Como as linhas de vida podem ser customizadas de acordo com
a proteção contra queda necessária, existem vários tipos
comercializados no mercado nacional. A seguir, alguns dos
principais tipos de linha de vida móvel e fixa, horizontal ou vertical
que são oferecidos atualmente:
- Linha de vida horizontal temporária: sistema portátil horizontal,
normalmente composto por uma fita ou cabo com sistema de
travamento, leve e de fácil transporte por um trabalhador, pois
possui uma bolsa que faz parte do próprio dispositivo. Além
disso, ela possibilita o uso simultâneo de até dois colaboradores
e é ideal para as atividades da construção civil e naval bem como
na montagem e desmontagem de estruturas metálicas
provisórias.

- LVM : a linha de vida móvel horizontal normalmente é composta


por perfis tubulares em aço nas bases, cantoneiras e peças
metálicas fixadas com parafusos de aço e possui até sete metros
de altura que podem ser movimentadas através de rodízios. Este
tipo de ancoragem móvel foi projetado principalmente para uso
em carga e descarga de caminhões e vagões de trens mas pode
também ser utilizada como ponto de ancoragem para realização
de manutenção em máquinas e tubulações.

- Linha de vida vertical com corda: este tipo de linha vertical móvel utiliza
um bastão telescópico com gancho de ancoragem em sua
extremidade que pode ser conectado a um ponto de ancoragem
devidamente indicado acima do trabalhador, tendo uma corda
conectada ao gancho e este fixado em uma estrutura segura que
funciona como uma linha de vida juntamente com dispositivo
trava queda para este tipo de corda devidamente conectado ao
cinto de segurança paraquedista do trabalhador que realizará a
atividade em altura. Este conjunto formado pelo gancho com a
corda e o trava-queda pode ser facilmente removido do ponto de
ancoragem na estrutura existente para outro ponto de ancoragem
pré-determinado, com o auxílio do bastão telescópico.
Linha de vida fixa horizontal ou vertical
A linha de vida fixa é ideal para a realização de uma atividade
que não sofrerá alterações em seu posicionamento. Dessa
maneira, não se perde tempo com sua montagem, agilizando
ainda mais o processo produtivo.
Linha de vida horizontal fixa: sistema
horizontal, normalmente composto
por um cabo de aço ou trilho metálico com pontos de ancoragem
intermediários e em também em suas extremidades. Possibilita o
uso simultâneo por um ou mais colaboradores e é ideal para as
atividades em altura com frequência que justificaria a instalação
de um sistema de proteção contra quedas fixo muito utilizado em
telhados, galpões de armazenamento, silos, entre outros.
Linha de vida vertical fixa: sistema
vertical, normalmente composto por
um cabo de aço ou trilho metálico com pontos de ancoragem
intermediários e em também em suas extremidades. Possibilita o
uso simultâneo por um ou mais colaboradores e é ideal para as
atividades em altura com frequência que justificaria a instalação
de um sistema de proteção contra quedas fixo muito utilizado em
escadas tipo marinheiro, escadas metálicas fixas, entre outros.
Como você percebeu, antes de tomar qualquer decisão, analise
muito bem todos os procedimentos a serem realizados e leve em
consideração o melhor custo-benefício antes de decidir por qual
linha de vida irá optar.
Quais são os elementos que uma linha contém?
Como dissemos, a linha de ancoragem deve ser composta por no
mínimo dois elementos de ancoragem e o seu tipo pode variar de
acordo com o suporte a ser utilizado. Ainda, ela deve ser feita de
material têxtil resistente ou em cabo de aço, sendo posicionada
horizontalmente ou verticalmente.
Não se esqueça de que para situações de uso permanente e
exposto ao tempo, o aço inoxidável é mais resistente e apresenta
melhores resultados.
Atualmente, existem outros elementos que melhoram a
performance da linha de vida e um deles é o absorvedor de
impacto ou de energia. Como o próprio nome já diz, ele tem a
função de reduzir os esforços solicitantes no equipamento
quando alguma queda acontece, protegendo os apoios ( pontos
de ancoragem ) e também os trabalhadores de eventuais
sobrecargas provenientes de uma queda. Pode ser utilizado em
grandes indústrias, telhados em geral, pontes, silos, tanques e
plataformas.
Todos esses elementos devem ser dimensionados e
determinados por um profissional capacitado e legalmente
habilitado.
Por que a revisão da linha é tão importante?
Assim como qualquer outro equipamento de seu negócio, a linha
de ancoragem também necessita de manutenções. Isso
acontece, pois, quando em uso, com o passar do tempo, ela pode
perder suas características técnicas originais de fábrica.
Ademais, com o passar do tempo, equipamentos parados podem
ficar desatualizados, imprecisos e obsoletos.
Então, a Norma Brasileira Regulamentadora NBR 16.325/2014,
em seu anexo A, determina que as revisões ou inspeções
técnicas , em conformidade com as instruções dos fabricantes,
devem ocorrer anualmente, independentemente do tipo de
material, das especificações de vida útil estipuladas pelos
fabricantes e dos processos desempenhados pelo sistema de
proteção contra quedas.
Para evitar qualquer tipo de problema, fique muito atento a esses
procedimentos e não hesite em realizá-los ao se deparar com
marcas de usos inadequados em suas linhas de vida: isso é
importante para a segurança de seus funcionários e a utilização
de um equipamento que tenha uma boa performance.
Ao respeitar as exigências normativas e prezar pela segurança
em seu ambiente de trabalho, uma empresa pode obter
resultados surpreendentes, aumentando a produtividade e o
engajamento de todos.
Dessa forma, a linha de ancoragem deve ser utilizada nos
trabalhos em altura, garantindo a saúde e segurança de seus
colaboradores. Logo, não deixe de usá-la sempre que os riscos
forem identificados em sua gestão.
Mantendo-se sempre organizado, atualizado e treinando bem
seus colegas, um profissional de segurança do trabalho está
preparado para colocar sua gestão no caminho do sucesso e
evitar multas.
E então, você sabe onde encontrar uma linha de ancoragem
adequada às necessidades do mercado e de sua gestão? Entre
em contato com a nossa empresa e encontre as soluções que
você procura!
 
Acidentes Típicos em Trabalhos em Altura
1) Trabalho em altura é toda atividade executada acima de 2,00
m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
2) Tenha um planejamento detalhado e documentado sobre as
atividades consideradas Trabalhos em Altura em sua empresa.
Este garantirá a segurança dos trabalhadores envolvidos na
atividade. O Planejamento Documentado visa proporcionar um
ambiente de trabalho seguro e a gestão com o uso de
procedimentos, técnicas e equipamentos de proteção contra
queda.
3) Todo planejamento deve preceder a Análise de Risco das
atividades planejadas.
4) Para cada atividade, utilize as metodologias de trabalhos em
altura adequadas, como:
a) Prevenção da Queda
- Avisos e Placas de Alerta indicando as zonas de risco
- Barreiras físicas como grades impedido o acesso as zonas de
risco
- Trabalho com Restrição
b) Proteção Contra Quedas
- Trabalho com Quedas Controladas e Trabalho Posicionado
- Trabalho com Quedas Controladas
- Trabalho Suspenso – Acesso por Corda
- Resgates e Autoregate considerando as consequências e
traumas ocasionados pela suspensão.
- Acesso vertical em Espaços Confinados
5) Considere sempre a Zona Livre de Queda e o efeito pêndulo,
caso a queda ocorra em seu planejamento
6) Tenha um plano de emergência
7) Equipamentos que devem ser considerados:
- Cintos de Segurança e Cintos para Trabalhos Suspensos
- Talabartes, Ganchos e Conectores
- Trava Quedas Retrátil
- Cordas com Trava Quedas para Cordas
- Cabos com Trava Quedas para Cabos
- Ganchos e Fitas de Ancoragens
- Ancoragens diversas e Adaptadores
- Linha de Vida Horizontal Temporárias
- Linha de Vida Horizontal Fixas ou Móveis
- Sistemas de Resgate e Auto Resgate
- Descensores, Ascensores, cordas de trabalho e acessórios para
trabalhos suspensos
- Tripé e Monopé
- Guinchos retráteis e Blocos de Polias
8) O Trabalhador deverá conhecer os corretos procedimentos
para montagem, manutenção, inspeção e desmontagem dos
sistemas de proteção contra quedas;
9) O Trabalhador deverá saber utilizar corretamente os
equipamentos e saber como armazená-los mantendo-os aptos
para o uso.
10) Cinto de Segurança com Talabarte Duplo (Y) não atende
100% das atividades com exposição ao risco de queda. Caso não
tenha equipamentos adequados, não improvise.
11) Inclua no seu planejamento diversos e diferentes
equipamentos de proteção contra quedas para que possa ter :
- Equipamentos adequados para cada atividade planejada e sua
aplicação.
- Opções de escolha
- Tenha sempre equipamentos de back up. Lembre-se: ” Quem
tem um, não tem nenhum! “
12) Trabalho em Altura é uma atividade de extremo risco, desta
maneira o trabalhador deverá ser capacitado, ter aptidão para a
atividade, possuir saúde física e principalmente possuir equilíbrio
emocional.
13) Trabalhador seguro é trabalhador conectado ao um ponto de
ancoragem
Quais são as modalidades de trabalho em altura?
Dados recentes do MTE apontam que a queda em altura
representa 40% do percentual de acidentes com trabalhadores no
país. Nos últimos anos, os ramos de construção civil, elétrico e de
telecomunicações estão entre os que mais têm contribuído para a
estatística de acidentes com pessoas. Porém, os riscos de queda
em altura também existem em diferentes tipos de tarefas, tais
como:
- trabalho em poços e escavações;
- plataformas e andaimes;
- transporte de cargas por veículos rodoviários, ferroviários e
marítimos;
- montagem e desmontagem de estruturas ou plantas industriais;
- manutenção de fornos e caldeiras;
- armazenamento de materiais, dentre outros.
Vale ressaltar que também ocorrem acidentes em empresas nas
quais a atividade final não é o trabalho em altura. No entanto, em
caso de quedas, a situação pode exigir técnicas e equipamentos
para o resgate e o salvamento de vítimas.
Com relação às equipes treinadas, cabem a elas os atos de
reconhecer os riscos, comunicar irregularidades e parar, a
qualquer momento, as atividades.
Conheça algumas profissões que possuem atividades de trabalho em altura.
Alpinista industrial: Trabalhador que, a serviço de uma empresa,
realiza funções como limpeza ou restauração de vidros,
fachadas, telhados e caixas d’água.
Em 2009, foram regulamentadas as regras que a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou para este tipo de
trabalho, cujo acesso é por cordas. Os principais riscos da
atividade são altura, vento forte, emissão de gases e perigo de
explosão.
Eletricista de linhas de alta tensão:
Além de estarem em contato
constante com cabos de alta tensão, os eletricistas trabalham nas
estruturas das redes elétricas expostos a grandes alturas.
Técnicos relatam que o nível de segurança da profissão é alto.
No trabalho diário, os eletricistas podem ter contato tanto com
cargas de um poste comum de rua quanto com linhas de
transmissão com altíssimas cargas e alto nível de complexidade.
Limpador de vidro: Este profissional precisa encarar o medo de altura
e atuar em andaimes ou suspenso por cordas e guindastes para
executar o seu trabalho.
Inspetor de cabos elétricos de alta voltagem: Essa categoria de trabalhador
é altamente preparada para exercer a função, pois os acidentes
poderiam ser fatais.
Pintor de altura ou pintor de cadeirinha suspensa: É uma atividade de pintura
em que não se consegue chegar a não ser por meio de rapel,
exige muita disciplina e perícia do pintor pois além de realizar o
trabalho de pintura deverá estar sempre atento aos intempéries
climáticos como ventos e temporais bem como ficar longe de
linhas de eletricidade e outros riscos.
Causas dos acidentes comuns em altura
As causas mais freqüentes dos acidentes em altura segundo os
especialistas em análise de acidentes são:
- Falta de capacitação dos colaboradores: Muitos profissionais
trabalham ilegalmente sem realizar o treinamento conforme NR-
35;
- Planejamento inadequado: Antes da execução de qualquer
atividade em altura é necessário observar e estudar o local de
trabalho a fim de eliminar os riscos encontrados;
- Falta de equipamentos de segurança: O trabalho em altura não
poderá ser realizado sem os equipamentos obrigatórios para este
fim;
- Falta de inspeção dos equipamentos: Os equipamentos devem
estar em bom estado e serem certificados para realização da
atividade;
- Falta de comunicação: A comunicação deve ser clara e objetiva,
a equipe precisa estar bem alinhada para que tudo corra como
planejado.
- Carga horária excessiva: O trabalhador deve estar apto e
preparado para execução das atividades, o tempo de descanso
precisa ser respeitado;
- Correria e pressão: Realizar atividades com correria e pressão
pode representar risco grave e eminente, é preciso calma e
concentração;
- Uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes: Antes de realizar
atividades em altura é necessário reconhecer se o trabalhador
está apto; e
- Não ingeriu nenhuma substância que possa afetar o sistema
nervoso.
Os exemplos de acidentes comuns em altura:
- Acidentes envolvendo escadas;
- Montagem inadequada de andaimes;
- Operação incorreta de plataformas elevatórias.
- Falta de percepção de risco
Por que os acidentes comuns em altura são na maioria fatais?
Porque na maioria das vezes o trabalhador sofre a queda e
diversas batidas até alcançar o solo ou à base e isso faz com que
a gravidade do acidente só aumente levando à morte.
E o acidente está sempre relacionado a ausência de proteções
coletivas e procedimentos que visem a eliminação do perigo.
A capacitação e treinamento dos trabalhadores envolvidos na
atividade são de grande valia para evitar os acidentes.
 
Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de
Prevenção e Controle
As quedas em altura são uma das causas mais comuns em
acidente mortais no local de trabalho, nomeadamente nos setores
da montagem eletromecânica e civil, as quedas em altura
provocam acidentes mortais é com muita sorte provoca lesões
graves, em certos casos a perca da mobilidade (tetraplegia) a
toda uma série de limitações e incapacidade ao retorno ao mundo
laboral, com isso a um impacto humano, financeiro e econômico
em todas as esferas. Os custos humanos destes acidentes não
são aceitáveis, pois há sempre maneiras economicamente
viáveis de ser evitar o acidente quando estivermos em atividades
classificadas como trabalho em altura.
Obedecendo a hierarquia do risco em atividade em altura
conforme descrito no item 35.4.2 da NR35, devemos sempre
buscar alternativas que evitem a exposição ao risco de queda,
sempre, considerando a primeira opção de:
“NÃO REALIZAR DE ATIVIDADE EM ALTURA, SEMPRE QUE
EXISTIR MEIO ALTERNATIVO DE EXECUÇÃO. ”
A segunda opção consiste na utilização de proteções que elimine
o risco de queda dos trabalhadores.
A terceira opção medidas que minimizem as consequências da
queda, quando o risco de queda não for eliminado, em qualquer
atividade em altura devemos sempre estabelecer padrões
robustos de planejamento.
Para este tema vamos comentar os cuidados com o padrão de
trabalho com restrição de queda.
Este sistema é usado para impedir o usuário de alcançar a zona
aonde exista o risco de queda com diferença de nível, existe uma
diferença notória em relação a outras técnicas mais utilizadas,
sendo a principal diferença é que adotando este método a única
queda que o usuário poderá sofre é uma queda no mesmo nível.
Imagem a seguir mostra exemplo de Queda de mesmo nível do
executante da atividade:

O sistema de restrição possui várias limitações sendo as


principais:
São limitadas a movimento no plano horizontal;
Restringem a mobilidade do usuário, isto é, podem permitir o
movimento para certas partes de uma estrutura mais não para
outras;
A próxima imagem mostra o sistema de restrição de queda de
limita o executante a borda:

Aumento do comprimento do sistema de restrição de queda


permite ao usuário acessar o canto, mas o coloca em risco de
queda sobre uma das extremidades mais próximas.

Legenda dos números descritos na imagem:


1 - Área que o trabalhador não pode acessar
2 - Extremidade do beiral
3 - Limite de movimento do trabalhador
4 - Área de risco de queda
5 - Telhado/Laje (superfície de trabalho)
6 - Sistema individual contra queda
7 - Ancoragem
8 - SICQ estendido para habilitar o trabalhador a alcançar o canto
9 - Queda em balanço sobre a extremidade possível
O método de trabalho com restrição leva em consideração
características específicas do local como:
O comprimento do talabarte de segurança ou linha de ancoragem
pode somente ser apropriado para a uma situação
Não poderá ser utilizado em situações em que possa ocorrer uma
queda, por exemplo, onde existir um risco de uma queda no raio
de atuação
Deve atentar para o risco de queda em uma superfície feita de
material frágil, quebra de telhas por exemplo, visto que isto
poderá levar a graves ferimentos ao usuário, no caso de
superfície frágil outras medidas deverão ser utilizadas como
pranchas metálicas ou de madeira.
Obs: No uso de pranchas metálicas ou de madeira devemos
analisar a resistência, e as mesmas deverão estar amarradas,
isso poderá trazer morosidade a execução da atividade.
Legenda da imagem:
1 - Ponto de ancoragem;
2 - Linha de vida flexível de corda;
3 - Ponto frágil no telhado, risco de queda acidental do
executante.
As várias opções de equipamento para trabalho com restrição,
desde talabarte fixo ou regulável, alguns trava-queda retrátil
específicos, e cordas com trava queda de corda, devemos nos
atentar a escolha correta dos equipamentos sempre buscando
medidas que evitem o executante caia pela borda
Em uma passarela onde temos como ponto de ancoragem de
uma linha de vida, recomendamos uso de um talabarte como
restrição, porém se este é maior que a largura da passarela,
certamente o executante correrá risco de cair pela borda, na
queda o usuário do sistema poderá fazer um pendulo, este
pendulo irá danifica a parte têxtil do talabarte aumentando assim
a possibilidade de rompimento havendo o rompimento,
aumentando o risco do usuário do cair em queda livre, nesta
situação devemos sempre evitar que o equipamento deixe que o
executante se aproxime da borda a ponto de cair.
Talabarte de segurança ou linha de vida flexível e comprida
demais; o trabalhador cai sobre a extremidade.

O talabarte de segurança ou linha de vida flexível não é longo o


suficiente; o usuário não é capaz de alcançar a posição do
trabalho.
Importância do comprimento correto do talabarte de segurança
ou linha de vida flexível em um sistema de restrição, no caso de
utilização de linha de vida flexível (linha de vida de corda) um nó
deverá ser feito no tamanho ideal para evita assim a queda da
borda, lembrando que este nó deverá ser feito antes que o
executante se coloque na plataforma de trabalho da atividade, o
planejamento é essencial neste tipo de atividade e a escolha
certa do SRCQ (sistema de restrição contra queda).

Legenda da imagem:
1 - Limite de movimento do usuário;
2 - Elemento de engate do cinturão de segurança;
3 - Ancoragem;
4 - Talabarte de segurança;
5 - Área de risco de queda.
Sistema recomendado para trabalho em telhados :
Na montagem de um
telhado devemos utilizar sistema de proteção contra queda
(SPCQ) linha de vida de corda em dois sentidos uma na diagonal
em um ponto fixo evitado a queda do usuário na borda interna do
telhado, é outra na cumeeira do telhado evitando a queda do
usuário na borda externa do telhado ou seja na borda da calha,
sempre devemos atentar a resistência da telha caso a resistência
não atenda ao peso do usuário, devemos busca meios
alternativos como pranchas metálicas ou tabuas de madeiras.

Legenda da imagem:
1 - Pontos de ancoragem fixo;
2 - Linha de vida de corda;
3 - Nó na ponta da corda limitando o usuário do sistema a borda
4 - Linha de vida de corda;
5 - Trava queda de corda.
Em telhado montado devemos ter uma atenção nas bordas
laterais das extremidades onde a o risco de queda, a duas
situações distintas é dois riscos grave que pode ser fatal, a
primeira seria uma queda na lateral aonde o executante irá
pendular indo assim ao centro de gravidade da linha de vida de
ancoragem do sistema de deslocamento, com isso o sistema de
deslocamento irá entrar em contato com as bordas afiadas que
podem danificar a corda, aumentando risco de queda fatal.

Legenda da imagem:
1 - Linha de vida flexível;
2 - Linha de vida de cabo de aço;
3 - Extremidade da aresta.
A,B e C- são as opções segura de deslocamento sobre o telhado;
D- Posição a qual a o risco de queda.
A segunda situação seria uma queda direta no solo devido a sua
altura em relação a sua largura, este tipo de situação e bem
comum neste caso devemo utiliza duas linha de vida flexível uma
evita a queda na extremidade da calha é outra para extremidade
da aresta, com isso a uma mobilidade maior do usuário sem o
risco de queda.
Legenda da imagem:
1 - Linha de vida flexível;
2 - Linha de vida de cabo de aço;
3 - Extremidade da aresta;
4 - Extremidade da calha.
Trabalho em atura com restrição a borda com uso de trava queda retrátil: É
preciso muito cuidado porque o uso de trava-quedas retrátil tem
severas restrições.
A maioria dos trava-queda retrátil e feito para trabalho na vertical,
aonde o ponto de ancoragem e acima da cabeça do usuário, em
casos excepcionais a trava queda retrátil poderá ser utilizado em
plano diferente, devemos sempre buscar está informação no
manual do equipamento ou diretamente com o fabricante.
Há uma série de complicações no uso deste equipamento para
estar atividade uma delas que pode se torna fatal é o fator de
queda já que este equipamento não foi projetado para trabalha
em fator de queda, o travamento deste equipamento somente
ocorre é retém uma queda quando a velocidade de extração da
linha de vida retrátil alcança a velocidade de travamento, no caso
do fator de queda poderá levar mais tempo para o trava queda
retrátil bloquear, levando a uma distância de queda excessiva,
isso afeta alguns componente do equipamento podendo haver
rupturas dos sistemas e o usuário vir ao solo.

Exemplo de uma queda em pêndulo, neste cenário o trava queda


irá levar mais tempo para bloquear, levando a uma distância de
queda excessiva, vale ressaltar que este equipamento tem uma
resistência nominal de 600kgf facilmente podemos ultrapassar
está carga, por isso não recomendamos o uso deste
equipamento em plano inclinado, em superfície de trabalho de
material granular solto, por exemplo, carvão, açúcar ou grãos, em
uma situação de deslizamento causada pelo colapso do material,
a velocidade de bloqueio do trava queda retrátil pode não ser
alcançada, por esta razão, o usuário pode ficar submerso e ser
asfixiar.
A Prevenção de Quedas:Antes de se iniciarem quaisquer trabalhos
em telhados, deve ser efetuado avaliação dos riscos. Devem ser
disponibilizados os equipamentos de trabalho necessários e
executados as medidas e métodos de trabalho adequados. Além
disso, os trabalhadores devem dispor de indicações claras e de
formação suficiente (experiência). Todos os trabalhos em
telhados, incluindo os de curta duração (que demoram minutos e
não horas), requerem um planejamento cuidadoso, de modo a
minimizar os riscos para os trabalhadores.
Devem ser adotadas medidas preventivas sempre que há risco
de queda durante ao acesso, trabalhar em ou descer de um
telhado.
Devem ser tomadas medidas de proteção coletiva contra os
riscos de queda com base nos resultados das avaliações dos
riscos, antes de serem tomadas medidas de proteção individual.
Qualquer proteção contra quedas (como sejam os guarda- -
corpos) deve ser suficientemente resistente para impedir ou
travar quedas e impedir que os trabalhadores sofram danos.
As medidas de prevenção de quedas devem ser postas em
prática antes de se iniciar o trabalho em altura e mantidas até a
sua conclusão. Durante a realização de trabalhos em telhados,
devem levar em conta as condições atmosféricas, já que a chuva
ou umidade ou vento podem aumentar significativamente o risco
de queda de pessoas ou materiais.
Queda De Materiais:
A queda de materiais pode matar. Não se deve
lançar nada de um telhado. Proceda da seguinte maneira:
- utilize condutos de entulho fechados ou desça os materiais até
ao solo;
- não deixe acumular material susceptível de cair;
- impeça o acesso a áreas perigosas sob o telhado ou
adjacentes;
- utilize redes de proteção, vias de passagem coberta ou outras
proteções semelhantes para evitar que a queda de materiais que
cause danos;
- sempre que possível, evite que se carreguem objetos grandes e
pesados para os telhados;
- assegure a correta armazenagem de todos os materiais, em
especial com tempo ventoso.
A Formação Necessária:
Quem trabalha em telhados necessita de
conhecimentos, competências e experiência adequadas para
trabalhar em segurança. Os trabalhadores necessitam de
formação que lhes permitam reconhecer os riscos, compreender
os métodos de trabalho apropriados e disporem das
competências necessárias para executar, como, por exemplo,
trabalhar com uma plataforma móvel de acesso ou instalar e
utilizar sistemas de linha de vida.
Tipos De Telhados Encontrados
Telhados Planos: Trabalhar em
telhados planos comporta um risco
elevado. As pessoas podem cair:
- da extremidade de um telhado completo;
- da extremidade onde se está a trabalhar;
- de aberturas, fendas ou clarabóias frágeis.
É necessário adotar medidas preventivas no trabalho em
telhados planos sempre que há risco de queda. Podem ser
necessárias medidas preventivas no beiral do telhado, nas
aberturas, nos pontos de acesso ao telhado e nas clarabóias
frágeis.
Telhados Inclinados: Em telhados inclinados, as pessoas podem cair:
- dos beirais;
- escorregando pelo telhado e transpondo os beirais;
- internamente, através do telhado;
- das cumeeiras
A proteção das bordas tem de ser suficientemente resistente para
suportar uma pessoa que caia contra ela. Quanto mais inclinado
for o telhado, mais forte terá de ser a proteção. As plataformas de
acesso mecânicas podem proporcionar um local de trabalho
seguro, em alternativa ao trabalho no próprio telhado. Podem ser
particularmente úteis em trabalhos de curta duração e em
demolições, quando se criam aberturas no telhado.
É necessário assegurar acessos, saídas e locais de trabalho
seguros. Uma vez que as telhas podem não constituir uma base
segura, pode ser necessário utilizar passarelas ou equipamento
semelhante.
Telhados Frágeis:
Entende-se por material frágil aquele que não
suporta de forma segura o peso de uma pessoa e de qualquer
carga transportada.
Muitos componentes de telhados são ou podem tornar-se frágeis.
As telhas; fibrocimento, a fibra de vidro e o plástico tendem
geralmente a tornar-se mais frágeis com o tempo e os telhados
metálicos podem enferrujar. As placas de telhados mal reparados
podem não ter sustentação suficiente. Os telhados podem ainda
ter zonas frágeis (como é o caso das clarabóias) não
imediatamente aparentes e podem ser temporariamente frágeis,
em especial durante a construção.
Um telhado frágil não é um local de trabalho seguro, pelo que não
deve haver acesso sem medidas de prevenção adequadas.
Telhados Industriais: O trabalho em coberturas industriais implica
riscos de queda:
- da extremidade do telhado;
- através de aberturas no telhado não completo;
- através de placas;
- do revestimento exterior, quando é inevitável haver aberturas
não protegidas;
- da estrutura, (aberturas provisórias) quando se descarregam
placas da cobertura;
- através de clarabóias ou coberturas frágeis ou de fixação
temporária.
Um bom planejamento pode reduzir significativamente os riscos
ligados às coberturas industriais. Eis alguns elementos-chave:
- Redução da necessidade de deslocação dos trabalhadores no
telhado, através de:
- utilização de armazenagem próximo ao local;
- entrega das placas certas à medida que estas vão sendo
necessárias, no local certo e no momento certo;
- instalação de pontos de acesso adequados à posição em que
se trabalha.
- Minimização das probabilidades de queda através da segurança
do local de trabalho, e não confiando apenas no equipamento de
proteção contra quedas.
Trabalho Em Telhados Já Existentes:
Este tipo de trabalho inclui a
inspeção, a manutenção e a limpeza, bem como a reparação, a
remoção e o desmantelamento. É frequente pessoas não
especializadas, tais como técnicos de limpeza, encarregados de
pequenas reparações em edifícios, efetuarem trabalhos de
inspeção e limpeza.
Tais trabalhos não devem ser efetuados sem uma avaliação dos
riscos adequada, um planejamento correto, as precauções
necessárias nem sem supervisão.
Planejamento do trabalho em telhados antigos:
O trabalho em telhados
antigos exige planejamento cuidadoso, já que é necessário:
- identificar partes frágeis do telhado;
- identificar medidas preventivas;
- estar em contacto com o cliente (sempre que necessário);
- em determinados casos, efetuar em estudo estrutural e, em
todos os casos,
- uma avaliação dos riscos.
Sempre que se planeja a reparação, a renovação ou a
desmontagem de telhado deve-se estudar o modo como os
materiais vão ser retirados e armazenados. São necessárias
salvaguardas de proteção dos trabalhadores contra quedas ao
longo de todo o processo de retirada. É essencial adotar um
método de trabalho seguro para a demolição ou a desmontagem
e a retirada de materiais do telhado.
 
Análise de Risco e Condições Impeditivas
O risco de queda é um conceito fundamental que deve ser
dominado quando se realizam trabalhos em altura.
A gravidade de uma queda depende de diversos fatores:
- A massa do usuário e seu equipamento: quanto maior for a massa, maior
será a energia a ser dissipada durante a queda.
- A altura da queda: quanto maior a altura, maior será a dissipação de
energia. O risco de bater contra qualquer obstáculo também será
maior.
- A posição da ancoragem: quando o trabalhador ultrapassa o ponto de
ancoragem, a gravidade da queda aumenta. O conceito de fator
de queda se utilizar para descrever a posição do trabalhador em
relação à ancoragem e a gravidade da queda. Este conceito se
aplica às situações de escalada, retenção de sujeição, com um
elemento de amarração de corda dinâmica.
Precauções em função do sistema utilizado: As fichas técnicas estabelecem
os limites de utilização dos dispositivos, especialmente em
quanto a altura da queda e o posicionamento de trabalho em
relação a ancoragem
Limitar os efeitos da suspensão inerte: Em caso de queda com perda de
consciência, que incapacite ao trabalhador, a suspensão inerte
no cinturão representa um perigo vital que deve ser tratado com
urgência. Os equipamentos de trabalho devem estar equipados e
configurados para evacuar a vítima.
Evacuação da vítima sem ajuda: Os procedimentos de evacuação de
trabalhadores deve ser especificados quando se cria um novo
local de trabalho.
A instalação das cordas de trabalho pode incorporar sistemas
removíveis para permitir a evacuação desde baixo.
O trabalho em solitário deve ser evitado:
o trabalhador pode executar
sozinho um trabalho em altura, mas pelo menos uma pessoa
formada em evacuação deve estar presente e equipada no local
de trabalho.
Quanto a RETENÇÃO: Um sistema de retenção permite delimitar um
espaço de trabalho que impeça ao trabalhador entrar em uma
zona de risco de queda. Este tipo de dispositivo não esta
destinado a deter uma queda em altura.
Quanto a RESTRIÇÃO: Um sistema de posicionamento limita ao
usuário e lhe permite se posicionar com precisão em apoio ou em
suspensão. Este sistema de restrição deve ser completado por
um sistema contra queda.

Utilização correta do TRAVA QUEDAS :


Um sistema contra queda é um
dispositivo de travamento, independente do modo de progressão
ou de restrição, conectado a uma linha de via e ao ponto de
engate “A” (trava queda) do cinturão.
Este sistema não impede a queda livre. Sua função consiste em
deter a queda, limitando a força do impacto suportada pelo
usuário. Sempre deve ser utilizado prevendo a queda livre com
uma margem de segurança entre os pés do trabalhador e o chão.
Limitação de força de impacto: absorção de energia.
Um sistema anti
queda deve garantir que a força de choque suportada pelo
usuário não exceda os 6 kN.
Um sistema anti queda inclui geralmente um absorvedor de
energia. Os absorvedores estão desenhados para limitar a força
de choque, para uma altura de queda máxima predefinida, e nas
condições especificadas em sua ficha técnica.
Um talabarte de corda dinâmica possui pouca capacidade de
absorção de energia. Sua utilização requer extremar as
precauções: reduzir a altura da queda potencial e respeitar uma
posição de trabalho por baixo do ponto de ancoragem (Fator <1)
Um talabarte de fita ou de cabo de aço, sem capacidade de
absorção de energia, não pode ser utilizado como trava queda.
Distância para deter a queda e zona livre de queda :
Zona livre de queda é a
altura de segurança mínima requerida que deve prever-se por
debaixo de um sistema anti queda, evitando que o usuário bata
no chão ou um obstáculo durante a detenção da queda.
A altura necessária varia em função do sistema utilizado
(talabarte com absorvedor de energia, trava queda deslizante...),
do peso do usuário e da sua posição com relação ao ponto de
ancoragem.
A Zona Livre de Queda (ZLQ) deve considerar:
A - Distância de parada dos dispositivos móveis ou a longitude do
talabarte
B - Longitude de desgarre do absorvedor de energia
C - Altura média do usuário
D - Margem de segurança
E - Alongamento eventual do suporte (elasticidade da corda):
A estimativa de ZLQ é especificada na ficha técnica de cada
dispositivo.
Zona livre de queda é a altura de segurança mínima requerida
que deve prever-se por debaixo de um sistema anti queda,
evitando que o usuário bata no chão ou um obstáculo durante a
detenção da queda.
A altura necessária varia em função do sistema utilizado
(talabarte com absorvedor de energia, trava queda deslizante...),
do peso do usuário e da sua posição com relação ao ponto de
ancoragem.
 
Acesso Por Corda Para Trabalhos Em Altura
A atividade de acesso por corda no Brasil está bem estruturada e
hoje podemos afirmar que as legislações, assim como as normas
técnicas, são completas e detalhadas possibilitando segurança
para aqueles que seguem os requisitos descritos.
Internacionalmente existe apenas uma norma sobre o assunto,
a ISO 22846 que aborda sobre o sistema de acesso por corda. Esta
norma possui duas partes: Princípios fundamentais para um
sistema de trabalho e Código de prática.
Por ter um caráter internacional traz requisitos gerais e cita que a
aplicação da norma deve estar em harmonia e respeitar as
normas e regulamentos de cada país. No Brasil, temos uma
norma que trata da certificação de profissionais, a ABNT NBR 15.475.
Essa norma apresenta os requisitos de certificação de pessoas
que atuam no acesso por corda e detalha todo o processo, desde
os requisitos de aptidão física até o detalhamento dos exames de
qualificação teóricos e práticos.
Temos também a norma ABNT NBR 15.595 que descreve o
procedimento para aplicação do método, referindo-se ao acesso
por corda. Ela estabelece as regras e traz orientações aos
profissionais e empresas que utilizam esta prática a fim de
garantir que a atividade aconteça com eficiência e segurança.
Os princípios para um sistema de acesso por corda seguro
incluem:
- Planejamento e gestão;
- Seleção, capacitação e certificação de pessoal, composição da
equipe e supervisão;
- Seleção, uso e manutenção de equipamentos apropriados;
- Métodos de trabalho adequados;
- Provisão para situações de emergência
As disposições deste anexo não se aplicam nas seguintes
situações:
- Atividades recreacionais, esportivas e de turismo de aventura;
- Arboricultura (compreende a seleção, cultivo, poda e corte de
árvores ou arbustos, assim como o estudo de seu crescimento);
- Serviços de atendimento de emergência destinados a
salvamento e resgate de
pessoas que não pertençam à própria equipe de acesso por
corda.
As atividades com acesso por cordas devem ser executadas, de
acordo com procedimentos em conformidade com as normas
técnicas nacionais vigentes.
- A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas foi
reconhecida por meio da Resolução CONMETRO n.º 7, de 24 de
agosto de 1992, como o único foro nacional de normalização e
representante nos foros regionais e internacionais de
normalização.
- Na execução das atividades com acesso por corda devem ser
utilizados procedimentos técnicos, conforme estabelecido na
norma ABNT NBR 15595 Acesso por Corda - Procedimento para
Aplicação do Método.
As atividades de acesso por corda devem ser realizados por
trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas
nacionais vigentes de certificação de pessoas.
- Profissional de acesso por corda é o profissional capacitado e
certificado em acesso por corda capaz de executar as tarefas
requeridas.
- Os profissionais de acesso por corda devem ser certificados em
conformidade com a ABNT NBR 15475 - Acesso por Corda -
Qualificação e Certificação de Pessoas, seguindo os três níveis
de qualificação profissional.
Profissional de Acesso por Corda Nível 1 - N1 - é aquele com
qualificação básica, que possui habilidades para trabalhar com
segurança dentro de uma variedade de sistemas empregados em
acesso por corda, sob a supervisão de um nível 2 ou nível 3.
Deve estar capacitado para exercer trabalhos limitados sob
supervisão. Não requer experiência anterior e deve ter ao menos
o 5º ano do ensino fundamental. As suas atribuições são:
- Realizar trabalhos sob supervisão;
- Ser responsável pela inspeção de todo o seu equipamento
pessoal;
- Ser capaz de executar autoresgate e participar de resgates sob
supervisão;
-- Conhecer sistemas de redução mecânica;
- No trabalho sobre a água, deve ser exigida a supervisão in loco
do profissional de nível 3;
Já o profissional de Acesso por Corda Nível 2 - N2 - possui
qualificação intermediária. Além das habilidades do nível 1 deve
possuir habilidades necessárias para planejar os trabalhos. Deve
estar capacitado para realizar montagens de sistema de acesso,
executar resgates sob supervisão e possuir treinamentos de
primeiros socorros. Deve ter ao menos 12 meses de qualificação
profissional N1, 1000 horas de experiência e ainda ensino médio
completo. Se tiver apenas o ensino fundamental será exigido ao
menos 24 meses de experiência. As suas atribuições são:
- Supervisionar trabalhos verticais simples de acesso por corda
somente em ambientes urbanos, no caso de trabalho sobre a
terra; para trabalho sobre a água, deve ser exigida supervisão in
loco por um profissional de nível 3;
- Dependendo da análise de risco, em serviços complexos de
ambientes urbanos ou industriais, pode atuar sob supervisão
remota de um profissional de nível 3.
Profissionais de Acesso por Corda Nível 3 - N3 - um profissional
certificado como nível 3 deve ser capaz de assumir total
responsabilidade por projetos de acesso por corda. Deve ter as
habilidades e conhecimentos requeridos nos níveis 1 e 2. Deve
ter ao menos 36 meses como N2, 3000 horas de experiência e,
ainda, ter ao menos o ensino médio completo. As suas
atribuições são:
- Supervisionar as Equipes;
- Capacidade de assumir responsabilidade por projetos de
acesso por corda;
- Planejar as ações de acesso por corda;
- Possuir experiência em técnicas de trabalho por acesso por
corda e conhecimentos sobre análise de risco e legislação;
- Possuir conhecimento avançado em primeiros socorros;
- Possuir conhecimento avançado de técnicas de resgate.
A validade da certificação é de 03 anos, passado esse prazo
deve ser feita a recertificação, submetendo-se a novos exames.
Para mais informações sobre a qualificação e certificação de
pessoas, consultar a ABNT NBR-15475.
-- Estes profissionais certificados para o Acesso por Corda não
precisam se submeter ao treinamento prático de capacitação
para trabalho em altura contemplada na NR-35, no sub item
35.3.1, com carga horária mínima de 8 horas, pois estes
profissionais têm um treinamento com carga horária maior e
currículo mais abrangente.
Para executar as atividades de acesso por cordas
Durante a execução da atividade o trabalhador deve estar
conectado a pelo menos duas cordas em pontos de ancoragem
independentes.
Os pontos de ancoragem da corda de trabalho e da corda de
segurança devem ser independentes para que se estabeleça a
redundância de segurança.
Entretanto as duas ancoragens podem ser ligadas uma a outra
para segurança adicional, conforme ilustrações.
A execução da atividade com o trabalhador conectado a apenas
uma corda pode ser permitida se atendidos cumulativamente aos
seguintes requisitos:
• For evidenciado na análise de risco que o uso de uma segunda
corda gera um risco superior.
• Sejam implementadas medidas suplementares, previstas na
análise de risco, que garantam um desempenho de segurança no
mínimo equivalente ao uso de duas cordas.
As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas
técnicas nacionais.
A seleção de cordas apropriadas para uma tarefa deve
considerar os seguintes critérios:
- Resistência da corda, desgaste, abrasão, reação a produtos
químicos, radiação UV, sujeira e contaminantes.
- Desempenho da corda em condições de umidade, temperatura,
condições climáticas e sujidades.
- Resistência à torção e rigidez.
- Facilidade para a realização de nós.
- Compatibilidade da corda com todos os dispositivos que
precisam interagir com ela, em especial seu diâmetro.
Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de
acordo com normas técnicas nacionais ou, na ausência dessas,
de acordo com normas técnicas internacionais.
Exemplos de equipamentos auxiliares:
 

Equipamentos Utilizados para Trabalhos em Altura de Acesso Por


Corda
Os equipamentos auxiliares não são classificados como EPI, que
são abrangidos pela NR 6 e requerem o certificado de aprovação
(CA).
Já a Norma NBR 15475 define: “3.1- Acesso por corda é a
técnica de progressão utilizando cordas, em conjunto com outros
equipamentos mecânicos, para ascender, descender ou se
deslocar horizontalmente no local de trabalho, assim como para
posicionamento no ponto de trabalho”.
O acesso pode ser realizado desde cima (mais seguro e fácil de
executar, é a técnica que tem preferência) ou desde baixo (um
operário assegura a progressão, por exemplo, lançando uma
corda de progressão ao redor de um ponto fixo para realizar
depois uma ascensão por corda ou escalando pela estrutura).
Quando o primeiro operário instala todas as cordas de
progressão e de segurança, os demais trabalhadores podem
progredir com o máximo de segurança.
Veja agora os equipamentos utilizados para trabalhos em altura
de acesso por cordas:
1. Capacete de segurança sem aba com fita jugular de 3 pontos e
sistema de ajuste total: para uso em trabalhos em altura, resgate,
arboricultura e escalada. Tipo III Classe A – NBR 8221:2003 e
atende a Norma NBR 8221 baseada nas EN 307: 1995, ISO
3873:1997 e ANSI Z89.1:1997 conforme testes realizados em
laboratório homologado pelo INMETRO.
2. Cinto tipo PQD, para
acesso por corda e resgate. Cinto tipo
paraquedista muito confortável em todas as situações de trabalho
em altura: acesso por corda, restrição de queda, posicionamento
e suspensão. Possui sistema de fixação de ascensor peitoral.
3. Descensor autoblocante:
Dispositivo com sistema anti pânico para
uso em operações de descida por corda de 10mm até 12 mm de
diâmetro. Atende as Normas: EN341:2011 - CLASSE A,
EN358:1999, EN12.841:2006 - TIPO C
4. Talabarte de posicionamento em fita dupla com
proteção e dispositivo
GIRO® para regulagem de distância. Utilizado para abraçar uma
estrutura na posição de trabalho.

5. Talabartes em “Y” com ABS (absorvedor de impacto) para


restrição e retenção de queda para trabalhadores com peso de
60 kg até 100 kg.
6. Trava queda com ABS  (absorvedorde impacto), exclusivo para
acoplamento em cordas sintéticas de capa e alma durante
movimentação vertical, plano inclinado (telhados), estruturas
metálicas, fachadas e espaço confinado..

7. Cordas semi-estáticas Tipo III Classe A.


Recomendada para uso como
linha de vida, acesso por corda, cadeira suspensa, espaço
confinado, linha de vida e resgate.
8. Fitas Anel.
Utilizadas para montagem de sistemas de ancoragens
provisórias ou transportáveis; triangulações; equalizações;
amarrações em situações de resgate. Fita tubular em formato
anelar confeccionada em poliéster de alta tenacidade que
proporciona melhor maleabilidade e uma resistência de 2 a 3
vezes maior que os demais tecidos. Costuras em Zig-Zag que
proporcionam uma grande resistência localizada, em cores
contrastantes às da fita para melhor visualização durante a
inspeção.
9. Ascensor de punho.Idealizados para progressão por corda. Sua
rápida instalação facilita a passagem de fracionamentos.

10. Ascensor/Bloqueador peitoral, compacto


e leve. Dispositivo
bloqueador de mordedor dentado, com orifícios superior e inferior
para conexão de ancoragem no cinto do trabalhador. Usado em
ascensões e sistemas de redução autoblocantes.
11. Pedal ou Estribo de fita ajustável .
Dispositivo para apoio do pé,
usado em conjunto com o Ascensor de punho para facilitar as
ascensões por corda. É tecnicamente conhecido também como
estribo de 1 degrau.
12. Mosquetão oval em aço 25KN.
Acessório utilizado em conjunto com
os cinturões paraquedistas e os travaquedas, em atividades de
trabalhos em altura por acesso em corda.

13. Luva técnica.


Também conhecido por luva de escalada, é um
EPI específico para trabalhos em altura, resgate e atividades em
espaço confinado proporcionam máxima proteção sem
comprometer a precisão no manuseio de equipamentos.

14. Banqueta suspensa.


É um acessório para atividades verticais que
proporciona conforto durante longos períodos de trabalhos em
suspensão.
 

Estruturas E Os Equipamentos Necessários Para Se Realizar Um


Trabalho Em Altura
Os EPIs mínimos necessários para efetuar um trabalho em altura
são: trava-quedas retrátil; cinto de segurança (tipo paraquedista);
capacete com jugular; talabartes ajustáveis; talabartes simples;
talabarte Y; botinas de segurança; óculos de segurança; luvas de
segurança; mosquetão de aço e cadeira suspensa.
O trava-quedas é acoplado ao cinto de segurança, em seu ponto
dorsal de ancoragem, bem como ao ponto de ancoragem
devidamente qualificado. O dispositivo destina-se aos trabalhos
efetuados com movimentação vertical (andaimes suspensos,
carregamento de caminhões, entre outros exemplos).
Já a cadeira suspensa é usada para deslocamentos verticais. Os
talabartes, por sua vez, são úteis para proteger contra quedas em
andaimes, torres, estruturas metálicas, escadas e outros locais,
permitindo a redução de impactos contra o corpo do profissional
através de um absorvedor de impacto integrado ao talabarte (são
sempre usados em conjunto com o cinto de segurança).
O cinto de segurança tipo paraquedista é um EPI muito
importante para o trabalho em altura, sendo o único autorizado
para serviços do tipo. Ele distribui, por diferentes pontos, o peso
do corpo em queda livre (o peito e as duas coxas, por exemplo),
reduzindo os riscos de lesões na coluna.
Antes de iniciar uma atividade em altura, é preciso analisar
maneiras diferentes de prender o cinto de segurança.
Não devem ser empregadas fibras sintéticas ou naturais para
fixar o cinto de segurança ao ponto de ancoragem. Em
deslocamentos verticais, ele deve estar ligado a um dispositivo
trava-quedas que é projetado para reter uma eventual queda com
a menor sobrecarga repassada ao usuário através do cinto de
segurança tipo paraquedista.
É bastante necessário o estudo do anexo II da NR35, a qual trata
justamente dos sistemas de ancoragem, tornando-se um material
de alta relevância para a prevenção de quedas. É lá que se faz
demarcado um conjunto de componentes que integram um
sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ. O SPIQ é
constituído dos seguintes elementos:
a) sistema de ancoragem;
b) elemento de ligação;
c) equipamento de proteção individual.
Em relação ao ponto de ancoragem especificamente, por
exemplo, o anexo II dispõe em seu item 2.1 que:
O sistema de ancoragem pode apresentar seu ponto de
ancoragem:
- diretamente na estrutura;
- na ancoragem estrutural;
- no dispositivo de ancoragem.
Quanto aos EPCs, destacam-se:
- andaime suspenso;
- plataforma provisória;
- tela protetora/bandeja de proteção;
- grade metálica dobrável;
- guarda-corpo de rede;
- rede de proteção;
- pranchas antiderrapantes;
- corrimão;
- elevadores de pessoal.
Vale ainda dizer que o anexo supracitado dispõe, em seu item
2.2, que:
2.2 A ancoragem estrutural e os elementos de fixação devem:
a) ser projetados e construídos sob responsabilidade de
profissional legalmente habilitado;
b) atender às normas técnicas nacionais ou, na sua inexistência,
às normas internacionais aplicáveis.
Quais são as principais causas de acidentes por quedas?
Os mecanismos criados pela NR 35 definiram os requisitos e as
medidas de proteção dos trabalhadores que ganham a vida em
altura. A atividade exige 3 fatores básicos ao profissional. São
eles: condicionamento físico, condicionamento psicológico e
conhecimento técnico.
O fato é que quanto maior a altura, consequentemente maior será
o risco de acidentes. Nesse cenário, as principais causas de
incidentes por quedas são:
Ausência de planejamento:
O princípio básico da atividade consiste na
análise prévia do local de trabalho, bem como das atividades que
ali serão exercidas. Quando não são observados esses pontos,
coloca-se em iminente risco a segurança do profissional e de
toda a estrutura.
Carência de treinamento adequado: Ainda hoje, no país, existem
trabalhadores que exercem ilegalmente a profissão, sem a
capacitação obrigatória exigida pela NR 35.
De acordo com a NR 35.3.2, “considera-se trabalhador
capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária
mínima de oito horas”.
Uma vez qualificado por alguma empresa reconhecida pelo MTE,
o profissional pode aprimorar ainda mais suas habilidades ao
realizar os treinamentos de reciclagem.
Falta ou uso inadequado de equipamentos de segurança :
Seja para proteção
individual ou coletiva, o uso de equipamentos é uma exigência da
legislação para qualquer atividade em altura. A falta ou o uso
inadequado de tais utensílios representam grave risco à saúde do
trabalhador. Vale ressaltar que os materiais devem estar
certificados e se apresentar em bom estado.
Excesso de trabalho: A carga excessiva de trabalho ainda é uma
realidade no país — e o serviço em altura exige grande
condicionamento físico por parte do trabalhador. Para estar apto
a exercer suas atividades, o empregado precisa ter seu tempo de
descanso respeitado.
Excesso de confiança: Da mesma forma que o medo pode ser um
limitador para a atividade, é possível que o excesso de confiança
signifique perigo ao próprio profissional e aos colegas de
trabalho. O relaxamento natural após uma falsa sensação de
controle na execução desse tipo de serviço pode fazer com que
ocorram acidentes.
Falta de feedbacks ou pouca orientação: É comum que os colaboradores
sejam repreendidos por tarefas mal executadas em operações ou
funções de rotina. Mas é importante reconhecer quando o
funcionário cumpre as rotinas da forma correta. Ser reconhecido
ao acertar não só é bom para a motivação do time, mas reforça
os comportamentos que são desejados dentro da organização.
Quando não há feedbacks sobre o cumprimento de tarefas —
sobretudo as mais recentes — e uma orientação adequada para
o emprego correto dos equipamentos de segurança (ou as
melhores formas de fazer determinados serviços), pode-se
aumentar as chances de ocorrerem acidentes, sem contar com o
número maior de retrabalhos e a perda de tempo.
Saber o que o líder da empresa pretende ajuda a entender
melhor os pontos nos quais cada colaborador está acertando ou
errando. Esse conhecimento também permite extrair o melhor
das pessoas que trabalham na empresa.
As quedas estão entre os acidentes de trabalho mais comuns. Se
a organização tiver uma boa preparação para evitá-las, mostrará
zelo pela integridade de sua equipe e terá uma maior
produtividade de sua força de trabalho.
 
Guia de Nós
Aprenda a fazer os nós corretos para cada finalidade de
aplicação. A seguir descrevemos e ilustramos cada nó e sua
aplicação prática.
Tipos de nós:
- Emendas de cabos;
- Nós com alça;
- Nós de ancoragem;
- Nós auto-blocantes;
- Nós de tração;
- Nós de salvamento;
- Nós decorativos;
- Amarras;
- Nós diversos.
Estas definições são flexíveis, ou seja, os nós aqui mostrados
podem variar na sua classificação (seu tipo), pois são usados de
várias maneiras com diferentes finalidades. Para ser bom, um nó
deve apresentar algumas características:
- Aquele que é feito com facilidade e rapidez;
- Deve ser fácil desatá-lo e com rapidez;
- Deve apertar à proporção que o esforço sobre ele aumenta;
- Deve-se usar sempre o nó mais simples, que satisfaça as
condições exigidas pelo serviço, sem por em risco a vida de
quem o utiliza.
Vejam agora as ilustrações de como se fazer cada nó:
Nó de pescador ou Nó de inglês:
Usado para emendar cabos de
diâmetros iguais ou diferentes.

Nó de pescador duplo:
Usado para emendar cabos de diâmetros
iguais ou diferentes, sendo este mais seguro que o de pescador,
por ter uma volta a mais.

Nó de correr em oito:
Usado para emendar cabos de diâmetros iguais
ou diferentes. Sendo este mais fácil de desatar do que o nó de
pescador.
Nó de barril:
Usado para emendar cabos de diâmetros iguais,
principalmente feitos de nylon.

Nó direito:
Pouco utilizado para unir cabos de mesmo diâmetro,
tendo cuidado na sua utilização, o mesmo deve estar com um
arremate de cada lado para que não se desfaça.

Nó direito alceado:
Também utilizado para unir cabos de mesmo
diâmetro, sendo usado em trabalhos onde a segurança não seja
fator determinante, quando deseja soltá-lo com facilidade, apenas
com um puxão.
Nó torto:
Mesma função do nó direito, com a diferença de não ser
muito seguro pois pode correr.

Nó de escota singelo:
Usado para unir cabos de diâmetros iguais ou
diferentes; pode ser feito em volta de uma argola, gancho,
braçadeira, etc.

Nó de escota alceado:
Usado para unir cabos de diâmetros iguais ou
diferentes; para prender uma bandeira; em trabalhos onde a
segurança não seja fator determinante.
Nó de escota duplo:
Usado para unir cabos de diâmetros iguais ou
diferentes, sendo este mais seguro que o escota singelo.

Nó albright:Usado para unir cabos de diâmetros iguais ou


diferentes, principalmente feitos de nylon. Empregado
principalmente na pesca.
Calabrote ou Nó de aboco ou Nó do artilheiro: Usado para unir cabos de
mesmo diâmetro e cabos de aço.

Nó de cirurgião:
Usado para emendar cabos de mesmo diâmetro,
secos ou molhados com segurança. Bastante empregado no
canyoning.

Nó d’água ou Nó de fita ou Nó duplo :


Nó extremamente seguro, usado
para emendar cabos de mesmo diâmetro. Estes podendo até
estar molhados; e para fitas tubular é o nó mais empregado por
não “maltratar” a mesma.

Nó de aventureiro:
Usado para emendar cabos de mesmo diâmetro.
Feito com uma extremidade da corda para segurança individual
do montanhista. É o nó d’água, com uma volta a mais.
Nó de caçador:
Usado para emendar cabos de diâmetros iguais ou
diferentes com bastante segurança. Sendo fácil de desatar.

Nó de Zeppelin:
Semelhante ao nó de caçador, é usado para
emendar cabos de diâmetros iguais ou diferentes com bastante
segurança. Sendo fácil de desatar.

Nó em oito duplo ou Volta de fiador duplo ou Nó de azelha em oito:


Nó mais
usado na segurança individual do montanhista, feito na
cadeirinha; usado para fazer uma ancoragem em seguranças
móveis ou fixas; e para emendar cabos de mesmo diâmetro.
Pode ser feito pelo seio ou pela extremidade da corda.

Nó em nove:Usado em ancoragens fixas ou móveis. Este nó é mais


utilizado para tensões maiores, por reduzir menos a capacidade
da corda em relação ao volta de fiador duplo (nó em oito); na
segurança individual do montanhista; e para emendar cabos de
mesmo diâmetro.
Lais de guia ou Nó de bolina:
Forma uma alça de qualquer tamanho,
usado para içar objetos; não é aconselhável como segurança
individual do montanhista, nem como ancoragem, por apresentar
os riscos às trações laterais feitas no balso do nó, possibilitando
desfazer o aperto e desmanchar o nó.; também para equalizar
um outro nó.

Lais de guia com segurança:


Forma uma alça de qualquer tamanho,
usado para içar objetos sendo este mais seguro que o lais de
guia; serve para segurança individual do montanhista, sendo
usado como auto; usado no salvamento de vítimas, a volta é
lassada no peito e sob os braços da pessoa a ser içada; usado
onde a segurança seja fator determinante; serve também para
equalizar um outro nó.
Lais de guia de correr:
Forma uma alça que serve para laçar animais,
objetos diversos, etc.

Lais de guia alceado:


Forma uma alça de qualquer tamanho. Utilizado
para rebocar carros, içar objetos pesados. Muito eficaz, por ser
possível desfaze-lo facilmente mesmo após grandes trações.

Nó de azelha:
Usado como complemento para amarrações; para
formar uma alça; isolar uma falha no cabo e ancoragem. Uma vez
acochado fica difícil desatar. Pode ser feito pelo meio ou pelo
extremo do cabo.

Olho de pescador ou Laçada do pescador:


Forma uma alça de qualquer
tamanho, evitando que ela corra, com uso variado.
Alça com grupo simples:Forma uma alça de qualquer tamanho,
evitando que ela corra, com uso variado.Sendo pouco utilizado.

Arco de pescador:Forma uma alça de qualquer tamanho, evitando


que ela corra, sendo mais utilizado que a alça com grupo simples.

Nó de arnês:
Usado na ligação (encordoamento) dos montanhistas
e espeleólogos, o primeiro e o último da cordada usam um dos
nós com alça, tendo este que ser seguro; usado em trabalhos
que necessitem de uma alça segura; usado para receber tração.

Nó de alpinista ou Nó de borboleta ou Borboleta alpina:


Usado na ligação
(encordoamento) dos montanhistas e espeleólogos, o primeiro e
o último da cordada usam um dos nós com alça, tendo este que
ser seguro. Usado em trabalhos que necessitem de uma alça
segura. Usado para receber tração em amarrações de cargas ou
esticar uma corda.

Nó quadrado:
Serve como alça, sendo pouco usado. Serve para
ornamentação. Serve para emendar cabos de mesmo diâmetro,
sendo este pouco usado.
Nó amor perfeito:
Forma uma alça de qualquer tamanho, evitando
que ela corra. Seu uso é variado.

Nó de barraca ou Nó kanoê:
Forma uma alça ajustável. Muito utilizado
para amarrar uma barraca nas estacas de fixação, sem deixar o
nó correr.

Nó de correr:
Forma uma alça com uso variado que aperta-se
quando puxada. Com a utilização de madeiras, pode-se fazer
uma escada.

Nó de correr duplo:
Forma uma alça com uso variado, sendo este
mais seguro que o nó de correr, porém não pode ser utilizado
para fazer uma escada.
Lais de guia duplo:
Usado para fazer uma ancoragem dupla, em
seguranças móveis ou fixas, em dois grampos por exemplo.
Serve também para salvamento de vítimas.

Volta do salteador ou Nó de fuga:


Usado em situações onde a corda
depois de feita a transposição, possa ser resgatado. Muito
seguro, mas requer atenção em sua utilização.

Volta do fiel e cote:


Usado para içar objetos; e para fazer
ancoragens. Sendo bastante seguro.
Volta do fiel duplo:
Usado para içar objetos, tendo cuidado na sua
utilização; em amarrações diversas, construções de abrigos,
pontes, etc.

Nó U.I.A.A. com nó de mula :


Mais utilizado no cascading, para resgatar
um companheiro em dificuldades. Também chamado de rappel
debreável. Com utilização do nó U.I.A.A. e um mosquetão, usado
em situações onde a corda depois de feita a transposição, possa
ser resgatada. Muito seguro, mas requer atenção em sua
utilização.
Nó de fateixa ou Nó de argola:
Usado na marinha, para prender um
cabo a um mastro, argola, âncora, etc., sem apertá-lo.

Boca-de-lobo com segurança:Usado para amarrações provisórias,


diferentemente do anterior, pode receber tração em apenas um
chicote, sendo assim mais seguro. Também para fixar um
mosquetão à base de um grampo.

Nó auto-block ou Nó de Bachman:
Nó auto-blocante utilizado na
segurança estática; usado da mesma maneira que o nó
Marchand. O mosquetão tem a função de permitir agarrar e
afrouxar rapidamente a laçada levando-a mais à frente.

Nó de aperto alpino ou Nó de coração:


Utilizado para descer pessoas ou
cargas pesadas, sem fazer força.
Nó de caminhoneiro:
Nó de tração utilizado para esticar cabos.
Amarrar cargas, sendo bastante fácil de desatar.

Lais de guia triplo:


Usado para fazer uma ancoragem dupla ou tripla,
em seguranças móveis ou fixas; no salvamento de vítimas.
Coloca-se uma perna em cada alça em quanto a outra fica no
peito sob os braços; e quando pretende-se obter 3 alças seguras
para fins diversos.

Nó U.I.A.A. ou Nó de Munter ou Meia-volta de fiel:


Função de dar
segurança a guiadas e "top rop", podem substituir perfeitamente
oitos e ATCs, com a vantagem de ser mais difícil da corda
escorregar num momento de distração. Podendo ainda servir
para fazer rappel em caso da perda do descensor, tem a
desvantagem de gerar mais atrito na corda provocando um
desgaste maior.

 
Vídeos Explicativos
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2º Lição: Objetivo e Campo de Aplicação3º Lição: Responsabilidades do

Empregador4º Lição: Responsabilidades dos Trabalhadores5º Lição: Capacitação e

Treinamento6º Lição: Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura 7º

Lição: EPI Para Trabalho em Altura: Seleção, Inspeção, Conservação e Limitação de

Uso8º Lição: Condutas em Situações de Emergência - Técnicas de Resgate e

Primeiros Socorros 9º Lição: Glossário da Norma

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