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Aniversário de Campo Gra pag. 18
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2020 - Ano 28 - nº 155
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Templo de
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Salomão
da Maçonaria
do Brasil - CMSB em Belém/PA Simbólica
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2010 - ANO 18 - Nº 94
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gleg - goiânia/gO
n.351, da COMAB
Templo da Loja Remanso
Sul – RS.
Oriente de São Pedro do
ssense
O presidente sul-mato-gro
origens
que não renunciou às suas pág. 32
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Editorial
Maçonaria
No reino da verdade:
breves considerações
na Maçonaria
Estimados Irmãos!
Após nossa iniciação em nossa Sublime Ordem, o método iniciático nos leva a
tornar significativo o nosso despertar para uma nova visão de mundo, em busca de uma
consciência universal unificada. Tal consciência está alicerçada em três pilares sobre os
quais se apoia a natureza e, não temos a pretensão de esgotar o assunto, por se tratar de
conteúdo com muita profundidade e extensão, a saber: SABEDORIA, FORÇA e BELEZA.
Essas palavras são representadas por S∴S∴S∴, as quais significam as três colunas
do Templo que assim se escreve em latim “SAPIENTIA, SALUS, STABILITAS), e, que er-
roneamente, muitos Irmãos as utilizam de forma inadequada, como se traduzissem “saúde,
saúde, saúde”, ou, ainda, como “salve, salve, salve”.
Torna-se imprescindível, salientarmos que esses pilares em diferentes facetas de
uma mesma Força Primordial, não poderiam apoiar a natureza, sem HARMONIA, por re-
quererem um equilíbrio na preparação do ser humano para eventos futuros, permitindo que
a matéria, a energia e a informação se organizem de forma equilibrada numa grande varie-
dade de sistemas, dentro do universo em que vivemos.
Sabedoria – (grande conhecimento; erudição, saber, ciência...) – significa que o
Maçom deve investigar constantemente o caminho da verdade, na busca pelo aperfeiçoa-
mento interior, com objetivos de crescimento intelectual e espiritual. Conhece-te a ti mesmo
– é o ponto de partida da observação sobre si, de modo regular, identificando seus defeitos,
fraquezas e imperfeições e reforçando suas virtudes.
Força – (obrigação a que não se pode faltar, esforço necessário para fazer alguma
coisa, intensidade, calor, veemência, impulso, poder, influência, prestígio, a virtude, o po-
der, a eficácia das coisas, motivo, causa...) – significa que o Maçom deve ser o construtor de
uma obra viva, por meio de um grande esforço, tanto individual como coletivo. Por meio de
ações que norteiam sua vida (e a frequência e participação em Loja, é um exemplo), cons-
truindo um canal perfeito que alimenta e guia a todos na busca do conhecimento.
Beleza - (qualidade de belo, muito agradável, muito bela, pessoa bela) – é o equilí-
brio da vida interior, onde o Maçom em seu relacionamento com os outros, possa permitir Irmão
o desenvolvimento da fraternidade, na construção de um caminho para o combate ao ego- Ademir Batista
ísmo. Mesmo que esteja no mundo profano uma profunda desarmonia, em Loja, podemos de Oliveira
Diretor e Editor da
identificar um mundo sagrado onde tudo está em ordem e em harmonia, constituindo um
Revista Consciência
mundo de beleza, em perfeito equilíbrio, purificados pelo esforço individual na busca do Loja Oriente Maracaju nº 01
domínio das emoções e reações, demonstradas pelo uso da linguagem praticadas em Loja. GLEMS - Campo Grande
Harmonia - (disposição bem ordenada entre as partes de um todo, ordem, simetria,
conformidade...) – significa que o Maçom deve ser Livre e de Bons Costumes, trabalhando
continuamente no conhecimento de si mesmo e dos outros, cultivando as qualidades ade-
quadas, como paciência, suportar dissabores, adversidades e infelicidades do dia-a-dia, por
meio do equilíbrio e da serenidade em quaisquer situações independente da sua capacidade,
habilidade ou esforço pessoal.
Portanto, meus estimados Irmãos, todos os nossos atos devem ser equilibrados com
estas forças, para que possamos contribuir de forma significativa na união dos Irmãos, no
fortalecimento das Lojas e, finalmente, na solidez das famílias.
Pensemos nisto!
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A colaboração na Revista Consciência não gera vínculo
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Textos maçônicos Irmão Heitor Rodrigues Freire • Acervo Santa Casa de Campo Grande
• Acervo Revista Consciência
6 O que a maçonaria faz?
Irmão Gustavão Velásquez PROJETO GRÁFICO
Uma caminhada
consciente e vitoriosa
E m setembro de 1991, nascia a revista Consciência, fruto de um ideal que começara a ser
elaborado durante a campanha para o Grão-Mestrado da Grande Loja Maçônica do Es-
tado de Mato Grosso do Sul, realizada no primeiro semestre daquele ano e que culminou
com a posse da alta administração presidida por nós.
Durante aquela campanha histórica, ao visitar a Loja Sacerdotes do Direito nº 47,
no oriente de Terenos, ao apresentar o programa de trabalho, o Irmão Eron Brun, então
obreiro daquela oficina, sugeriu que a Grande Loja tivesse um órgão impresso de divul-
gação, uma revista.
Considerei a sugestão muito apropriada e depois de empossado convidei ao Irmão
Eron para que assumisse a criação, edição e direção da revista que, devido ao seu nasci-
mento na campanha denominada Conscientização, tivesse o nome de Consciência, o que
foi aceito por ele.
E assim nasceu a revista que, hoje, passados 30 anos atinge a edição de número
167, consagrada pela sua própria trajetória como um projeto vitorioso.
Resolvida a questão da edição e direção faltava definir quem assumiria o com-
promisso de obter assinaturas para a revista, já que ela deveria arcar com seus próprios
custos. Foi quando convidei o Irmão Ademir Batista de Oliveira, profissional da área de
vendas e que vinha da equipe de vendas da Agenda Maçônica.
O Ademir aceitou o desafio e assumiu o departamento comercial da revista. E foi
o grande articulador e realizador do seu sucesso ao longo desses trinta anos de trabalho
permanente e conquista de assinantes que viabilizou economicamente o projeto inicial.
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A intenção era a de estimular os Irmãos ao estudo e à contribuição com seus co-
nhecimentos para publicar em nossa revista.
Nessa administração foi também criado o dístico que encima o prédio da nossa
Grande Loja: NOSCE TE IPSUM. Conhece-te a ti mesmo. Inscrição que ornava o Tem-
plo de Apolo na ilha de Delfos e que se constituía, no aprendizado esotérico sintetizado
no VITRIOL (VISITA INTERIORE TERRAE, RETIFICANDOTE INVENIES OCUL-
TUM LAPIDEM) – Visita o interior da Terra e retificando-te encontrarás a pedra oculta.
Tudo isso para chegar ao nome da revista: CONSCIÊNCIA.
O despertar da consciência representa a grande conquista que cada um de nós deve
alcançar para entender a finalidade de sua encarnação e para contribuir efetivamente para
sua própria evolução. É a consciência que nos proporciona os meios e as condições para
a libertação que depende da ação de cada um.
Hoje estamos em festa, comemorando a trajetória vitoriosa da nossa revista, e
enaltecendo a dedicação, competência e capacidade do Irmão Ademir a quem devemos
esta conquista.
VIDA LONGA Á NOSSA REVISTA.
No meu entender a Maçonaria como uma escola Falarmos, escutarmos, lermos, assuntos, que nos
que visa despertar o nosso estudo ao autoconhecimento, a deixam desgostosos, revoltados e nada acrescentam em
nossa reflexão sobre a nossa postura e o livre arbítrio de nosso nosso pensar?
pensar agir, realmente se bem entendida, até faz acontecer. Criarmos inimizades gratuitas apenas por não
Mas o que ela faz acontecer? concordar com nosso interlocutor?
Diria eu que, antes de nos dar condições de ajudar E QUANDO NOSSAS PAIXÕES FAZEM MAL
no crescimento da humanidade, no desenvolver da socie- ÀS PESSOAS?
dade em que estamos inseridos, ela visa nos despertar na Ter pensamentos ou sentimentos negativos para
busca em nosso autoconhecimento.... com os outros, mesmo sabendo que apenas nós mesmos
De nosso EU... estaremos sendo prejudicados?
QUEM SOMOS!!! Agredir com atos e palavras as pessoas, apenas
E é essa a grande luta que inicialmente travamos e pelo prazer de agredir.
devemos continuar a travar: Usar em diálogos antagônicos, tão normais entre
VENCER AS NOSSAS PAIXÕES!!! livres pensadores, formas de expressões agressivas, sem
Vencer nossas paixões, um grande desafio!!! urbanidade e candura?
O interessante nesse desafio é que precisamos nos Quebrar regras e normas previamente aceitas,
policiar em evitar aquilo que sabemos não ser permissível pelo simples fato de querer chamar a atenção e ser o centro
em determinadas circunstâncias. da discórdia?
Diria eu que a grande provação é saber resistir em Nos expor sem preocupação com o próximo, em
algo que nos tenta, que as vezes é prazeroso, mas nos faz ambientes ou locais de risco, mesmo sabendo que são peri-
mal, ou melhor, quando sentimos que faz mal a nós ou às gosamente prazerosos?
pessoas a quem queremos o bem Procurar celeumas em ambientes ou locais ina-
O QUE NOS FAZ MAL? propriados?
Comer doces em excesso quando somos diabéti-
cos ou temos propensão a ela? QUERER MAL AO OUTRO É COMO TOMAR
Beber ou fumar quando temos propensão a do- VENENO E QUERER QUE O OUTRO MORRA!!!
enças pré existentes em nosso DNA? Comer em demasia VENCER NOSSAS PAIXÕES!!!
quando sabemos ser prejudicial a nossa saúde? QUÃO DIFÍCIL É!!!
Maçonaria
As antigas Lojas
Maçônicas Irmão Paulo Sérgio Mathias Henrique
ARLS Sagrado Tibete nº 1898 - Oriente do Lins/RJ
Nos primórdios da Maçonaria, quando não construção de duas “Lojas” erigidas para que os
existiam rituais específicos, as reuniões aconteciam operários realizassem seus trabalhos privativos
em qualquer local que oferecesse privacidade para durante a edificação da abadia de Vale Royal. Em
a formação de uma Loja. 1772, a Grande Loja da Inglaterra ordenou a cons-
Esse local deveria permitir desenhar símbo- trução do “Freemasons’s Hall”, concluída em 1776,
los maçônicos do respectivo grau em que a oficina onde foi erigida a primeira Loja com Templo fixo.
iria trabalhar, no piso, com giz ou carvão. Esses lo- Em 1788, o Grande Oriente da França proi-
cais podiam ser uma gruta, um galpão, ou até mes- bia a reunião de Lojas Maçônicas em tabernas.
mo ao ar livre. Entre 1776 a 1820, as Lojas ainda mantive-
A perfeição dos símbolos riscados no solo ram a tradição de desenhar os símbolos característi-
dependia da habilidade de quem os traçava. cos da Maçonaria Operativa no piso da Loja.
Os principais símbolos riscados tinham liga- John Harris compôs o primeiro Quadro fixo,
ção direta com a construção: o Compasso, o Esqua- que veio substituir os desenhos que eram feitos no
dro, a Régua, o Nível e o Prumo, eram símbolos traça- piso. Era um quadro de pano simples, sem moldura
dos somente pelo Maçom designado para compor a e que era desenrolado diante do altar depois da aber-
Loja, e caracterizavam as principais tarefas dos ope- tura do Livro da Lei.
rários. Em alguns rituais, esses símbolos eram bor- Mais tarde este quadro passou a ter uma
dados em panos que eram desenrolados no início dos moldura e a ser chamado de Painel, tal como é co-
trabalhos e recolhidos no enceramento das sessões. nhecido atualmente por nossas Lojas simbólicas,
Os símbolos desenhados no solo eram to- que apresenta aspectos diferentes de acordo com o
talmente apagados após as sessões, para não deixar grau e o Rito praticado.
vestígios a ser percebidos por quem passasse poste- A Maçonaria Especulativa atual incorporou
riormente por esses locais. apenas o sentido figurativo que a Maçonaria Opera-
Mais tarde, os símbolos passaram a ser reais, tiva possuía de seus ornamentos e instrumentos que
quando os Maçons operários passaram a deixar suas ornamentam a Loja.
ferramentas no piso. Com isso deixou de haver ne- E para compreender melhor a Maçonaria,
cessidade de se desenhar os símbolos. seus símbolos e seus ensinamentos sempre é preci-
Nessa época não existia o Livro Sagrado, ou so voltar no tempo e procurar na história da forma-
o Livro da Lei, pois como não havia imprensa os li- ção da Ordem o sentido literal de cada símbolo para
vros eram manuscritos e estavam foram do alcance então se compreender o sentido figurativo e oculto
dos operários. de cada símbolo.
Supostamente acredita-se que deveria exis-
tir algum elemento sintetizando a figura do Sagrado
onde eram prestados os juramentos.
Somente a tradição transmitida oralmen-
te é que nos dá certeza da existência destas Lojas,
pois não existe registro deste período da História
da Maçonaria. Lionel Vibert, autor da Antiguidade,
em 1321 refere uma Loja como alpendre coberto
de palha. Em 1277. Knoop e Jones informaram a
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Maçonaria
S
ímbolo do espírito, do pensamento nas di- todos e, muito particularmente para os Maçons. É,
versas formas de raciocínio, e também do re- portanto, o emblema da Sabedoria visto que, graças
lativo (círculo) dependente do ponto inicial ao Compasso, todas as coisas podem ser medidas
(absoluto). ao seu justo valor.
A Régua de 24 polegadas, o Prumo, o Nível, Com o Compasso, descrevem-se círculos
o Esquadro e o Compasso são instrumentos simbó- cujo centro ele indica nitidamente, assim como os
licos que o Maçom deve aprender a manejar com raios e o diâmetro. Intelectualmente, o Compasso
maestria. é a imagem do pensamento nos diversos círculos
Filosoficamente, o homem constrói a si que ele percorre; o afastamento de seus braços e
mesmo, e, para que resulte em um templo apropria- sua aproximação representa os diferentes modos
do para glorificar o Grande Arquiteto do Universo, do raciocínio que, de acordo com as circunstâncias,
torna-se indispensável saber usar cada um dos prin- devem ser abundantes e amplos, ou precisos e es-
cipais instrumentos da construção. treitos, mas sempre claros e persuasivos.
Dos alicerces ao teto, todos eles são indis- O círculo centrado pelo ponto é a primeira
pensáveis, e quando surgir em nosso caminho algo figura que se pode traçar com a ajuda de um com-
em aparência de incontornável lancemos mãos da passo; essa figura é o emblema solar por excelência.
alavanca. Removido o obstáculo, teremos uma edi- Ela combina o Círculo (infinito) com o ponto (sím-
ficação gloriosa que nos honrará. O Compasso é, bolo do início de toda manifestação). O absoluto e
em Maçonaria, um dos máximos Símbolos, ao lado o Relativo estão, portanto, representados pela ação
do Esquadro e do Livro da Lei Moral, formando, do Compasso, que é também a figura da dualidade
com esses dois, o conjunto chamado de Três Gran- (braços) e da união (a cabeça do Compasso). É um
des Luzes Emblemáticas da Maçonaria. dos atributos que a Divindade é representada e ex-
Compasso – É um instrumento de metal, plicada, visto ser o vértice do mesmo uma alegoria
ou de madeira, composto de duas hastes, utilizado do olho de Argos da Divindade que tudo vê, e seus
para traçar circunferências, arcos de círculo e para ramos a claridade dos eflúvios que se derramam so-
tomar medidas. bre o homem ou a matéria, neste caso, estão repre-
sentadas pelo Esquadro.
É por isto que, no 1º Grau, vê-se o Esquadro
colocado sobre o Compasso, manifestando assim
que o homem que não vencer o seu “Eu” material,
invadido pelo erro e preconceito, não pode receber
completamente estas emanações da Divindade, até
que lhe permita seu próprio esforço por vencer suas
paixões e seus vícios, por meio de uma vontade fir-
me e incontestável.
O Compasso representa o céu, para onde o
Iniciado deve dirigir suas vistas; o Esquadro repre-
senta a Terra onde o acorrentam os seus vícios e
O Compasso é um dos instrumentos de tra- paixões.
balho e um dos tributos da Maçonaria. Este instru- Por isto que o Compasso simboliza o dever
mento de medida e de comparação deve permitir imperativo de dominar nossas paixões e refrear nos-
que sejam apreciados o alcance e as consequências sos desejos nos devidos limites. É o emblema mais
dos atos que devem permanecer fraternos para com notável da virtude e a única e verdadeira medida
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Maçonaria
do Maçom. Podemos dizer que ele nos ilumina em um símbolo masculino e representa a Potência ge-
nossos deveres para conosco mesmo. radora ou a Energia criadora da Divindade”.
Sabe-se que o Compasso é usado como sím- A ponta do Compasso colocada sobre o pei-
bolo de perfeição nas artes, visto que dele surgem to desnudo do Recipendiario, assento da consciên-
as mais complicadas figuras, todas elas perfeitas e cia, recorda-nos a vida passada, na qual, não só os
obedecendo a um centro comum, e desse mesmo nossos passos, como ainda as nossas ideias, ainda
modo pretende-se explicar que a Divindade, foco não eram guiados por esse símbolo de Exatidão,
central de toda beleza e inspiração, derrama sobre que, no Maçom, regula pensamento e ações.
os homens seus dons por igual. O compasso mede os mínimos valores até
Entrelaçado ao Esquadro, ele é usado como completar a circunferência e o círculo. O Círculo
emblema da Ordem Maçónica. O simbolismo do centrado pelo ponto é a primeira figura que é pos-
Compasso é muito extenso. Além de ser o emble- sível traçar com o auxílio do Compasso. Sejamos o
ma da justiça com que devem ser medidos os atos centro desse círculo, onde fixamos uma das hastes
dos homens, ele simboliza a exatidão, medida na do compasso e, girando sobre nós mesmos, execu-
pesquisa dos sentimentos pelos quais devem ser taremos com facilidade o projeto perfeito.
pautados os atos de cada um, a perfeição industrial, O entrelaçamento do compasso com o es-
artística e científica. quadro será o distintivo permanente da Maçonaria.
O Compasso é retidão, harmonia e com- Nossa vida é uma prancha onde grafamos os pro-
preensão da Lei e de uma realidade superior. É a jetos que, estudados e calculados os seus valores,
moderação dos nossos desejos, a compreensão e o resultarão no caminho completo para a construção
conhecimento da verdade, estabelecendo as perfei- de nosso ideal.
tas relações entre as coisas. Uma Loja Maçónica é o único lugar onde
O Compasso é um símbolo das relações do o Esquadro se entrelaça com o Compasso, numa
Maçom com seus Irmãos e com os demais homens. demonstração de aliança perfeita dos sentires de
Um dos seus ramos fixa-o num ponto, ao redor do retidão dos seus obreiros militantes. Quando uni-
qual a outra ponta pode traçar inúmeros círculos, dos, deles deflui a lição que manda o Iniciado re-
de acordo com a abertura, e esses círculos são sím- gular sua vida e ações. Lembramos que no Grau de
bolos de nossas Lojas e da Maçonaria, cuja exten- Aprendiz, o Esquadro deve ser colocado por cima
são pode ser indefinida. do Compasso, isto é, o Esquadro cobre os dois bra-
No plano exotérico o Compasso simboli- ços do Compasso, indicando que nesse grau não
za a justiça pela qual devem ser medidos os atos se pode exigir mais do neófito além de sinceridade
dos homens, significando a prudência nas buscas e confiança, consequências naturais da equidade e
empreendidas pelo Maçon. O Compasso é um ins- da retidão. Nesta ocasião, o Esquadro simboliza a
trumento que proporciona o traçar de círculos cada Matéria e o Compasso o Espírito. Assim, no sim-
vez maiores, indo do zero ao infinito expressando a bolismo do 1º Grau, esta posição significa que, no
abrangência da arte do saber. Aprendiz, a Matéria ainda domina o Espírito.
Do ponto de vista esotérico, o Compasso Apontando para baixo, o Compasso designa
simboliza as qualidades do espírito ou mente e os a instância da terra, onde todas as criaturas desen-
atributos do conhecimento filosófico do ser infini- volvem suas respectivas missões humanas. O Es-
to, o corpo astral. A amplitude de acção sugerida quadro, pelo contrário, estabilizando na situação
pelos movimentos circulares e progressivos de suas inferior com as extremidades voltadas para cima,
hastes expressa o quanto o conhecimento humano indica as alturas celestiais para onde os homens re-
é capaz de atingir, quando bem dirigido, muito em- tornarão após o término de seus dias neste mundo.
bora a circunscrição da totalidade seja competência Este instrumento de medida e de compara-
única e exclusiva do Grande Arquiteto do Universo. ção deve permitir que sejam apreciados o alcance e
Segundo um autor, “o Compasso descreve as consequências dos atos que devem permanecer
círculos que se dirigem aos céus, dos quais descem fraternos para com todos e muito particularmente
as influências fecundantes. De facto, o Compasso é para os Maçons.
Supremo Conselho
do Grau 33º
• Campo Grande
Grande Inspetoria Litúrgica do Estado de Mato Grosso do Sul
Em agosto de 2021, o Grande Inspetor Litúrgico Irmão Luiz Marcelo Martins Araujo
presidiu duas a Iniciações do 30º grau e de 32 Irmãos no Grau 32ª.
Este trabalho de Iniciação marcou o retorno das atividades na Grande Inspetoria, após mais de
um ano paralisados em função da pandemia que nos assolou todo o Brasil. Este foi realizado
com todas as medidas de biossegurança foram tomadas - uso de máscara de proteção, álcool
gel, distanciamento entre os Irmãos, e demais recomendações das autoridades de saúde.
O Grande Inspetor Litúrgico agradeceu aos Irmão presente e espera que no próximo ano já estejamos
realizando as reuniões normalmente, para planejarmos uma grande sessão para investidura no grau 33º
Grande Oriente de
Mato Grosso do Sul
• Campo Grande
Loja Estrela do Universo nº 33
O Irmão José Antonio Melquiades, foi reconduzido ao cargo de Venerável Mestre, da Loja Estrela do Universo
nº 33, pelos Respeitabilíssimo Irmãos Mestres Instaladores; Osvaldo Sanches Junior, Marionildo da Costa
Moreira e Josimar de Souza Vieira, estando presente vários Irmãos desta Poderosa Oficina e visitante.
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Maçonaria
O iluminismo e a
maçonaria Rubens Marques dos Santos
A
História da Humanidade, o século XVIII e Após cerca de seus milênios de lento desen-
algumas décadas do findo XVII e do início volvimento da civilização, como que “iluminados”
do XIX constituem, sem dúvida uma idade por uma luz divina, começaram a surgir cérebros
de destaque, uma verdadeira era de transformações pensantes, inteligências lúcidas, espíritos penetran-
que abalou as estruturas arcaicas e imobilizadas tes – questionadores, pesquisadores, inventores –
do pensamento humano, atreladas a conceituações em busca das verdades ocultas, das certezas mal
religiosas severas e a preceitos morais rígidos e disfarçadas, do saber inaplicado e por descobrir, da
ultrapassados, num contexto social em ebulição e experiência realizável mas deixada de lado por uma
ávido por transformações. espécie de incompreensível “preguiça mental”, in-
Aquele mundo de há três séculos, evoluiu duzida pelos preconceitos de uma pretensa moral,
lentamente, sendo difíceis as comunicações, afas- rígida e enganosa, e uma pseudo-pureza religiosa.
tadas as civilizações pelas longas distâncias a per- “Ouse conhecer!” estimulava o filósofo ale-
correr e pelo descompasso do desenvolvimento. mão Immanuel Kant, como expressão animadora
Oriente e Ocidente, Europa e Ásia, o Continente do “espírito” do século XVIII. “Tenha coragem e
Americano longínquo e totalmente colonizado, a use sua inteligência!” era o brado de motivação ao
África Meridional e outras concentrações de povos pensamento comum. Como um refrão duas pala-
ainda mal conhecidos se defrontavam com cultu- vras simples e ao mesmo tempo perigosas embala-
ras estranhas e conflitantes. Havia indefinições de vam o eterno sonho do ser humano de direcionar-se
limites territoriais, uma geografia sempre mutante, ao Absoluto, de tudo saber: “Por que?”.
as pessoas mal informadas pela carência de escritos Certezas inabaláveis, ancestrais, desmoro-
e insuficiente divulgação do saber, ao que se jun- naram. Afirmações tradicionais sobre a autorida-
tava um elevado índice de analfabetismo, carência de dos reis, a estrutura do universo, e até mesmo
de escolas, público geral castrado em seus anseios a existência de Deus foram colocadas em questão.
de conhecer, premido pelo preconceito do “peca- Os pensadores permitiram-se, despidos dos pre-
do”, em busca de perdão e de uma prometida “san- conceitos, discutir tudo; os velhos hábitos de obe-
tidade” numa religião imposta, de cujos preceitos diência inquestionável às autoridades religiosas,
a Igreja Católica se julgava guardiã, mercê de um políticas e sociais foram substituídos pelo exame
braço impiedoso e cruel: a Inquisição. das ideias sob uma nova ótica, sob uma luz radiante
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Maçonaria
convicções perante o tribunal, ao fim do julgamen- aquelas operações; suas energias eram direcionadas
to sussurou: “Eppure, la Terra si muove”. também para estudos bíblicos, tanto quanto para a
Em 1665, um inglês, Isaac Newton assom- matemática. Antes dele, Galileu, supostamente he-
bra o mundo com sua descoberta, através de esme- rege, havia tentado conciliar teorias científicas com
rados cálculos, que o sistema solar era governado a verdade religiosa, numa obra intitulada “A Auto-
pelas leis da gravitação. Abre-se uma porta para os ridade das Escrituras”.
mistérios do universo através de um princípio me- Todavia, os filósofos das gerações seguin-
cânico simples, mas rigorosamente testado, que po- tes não se mostraram tão cautelosos e inibidos. No
deria ser aplicado tanto ao movimento dos corpos início do séc. XVIII novos abalos no sólido edi-
celestes como ao dos terrestres. fício religioso-conceitual voltariam a surgir: com
Sendo possível formular uma lei significa- a aplicação de inventos recentes, como o micros-
tiva, com toda a certeza outras leis se seguiriam cópio e o telescópio, que revelaram ao observador
como decorrência inequívoca; este era o raciocínio complexidades inesperadas não só nos céus, como
lógico. Fora inventado o cálculo matemático apli- também nos mínimos fragmentos do mundo terres-
cado à astronomia e desabavam centenas de con- tre, perdia terreno e crédito a Igreja Católica, com
cepções religiosas vetustas e tão ardorosamente perturbadoras notícias de que uma simples pulga
defendidas pela Igreja. exibia uma estrutura tão complicada como a de
Entretanto, ainda assim, os cientistas da um ser humano, ou então que os investigadores
época não se deixaram levar pela suposição de que espiando através das lentes um óvulo e um esper-
a ciência contrariava a religião estabelecida. Embo- matozoide afirmassem ter descoberto a verdadeira
ra deitando por terra conceitos milenares, Newton fonte da vida.
acreditava numa presença divina que governasse
M
inha iniciação foi uma explosão interna fraternidade. Não sabemos tudo e nunca o sabere-
de alegrias, reflexões e surpresas. Meus mos, e quanto mais aprendemos mais queremos sa-
cinco sentidos trabalharam como nunca ber e observamos que o que sabemos é “um nada”
antes. frente ao universo de coisas que ainda estão para
Ao ser me dada a luz fiquei ofuscado ao ver ser descobertas. Essa sensação, essa certeza, é mui-
tanta gente. Fiquei assustado ao ver o local onde to interessante.
estava, onde percorri tantos caminhos, onde passei Participei, participo e participarei de tudo
tantas provas. Me senti honrado de, enfim, poder que puder e do que acho justo participar. A loja pre-
entrar na fraternidade. cisa da minha presença e eu preciso da loja. Tenho
Tantos símbolos, tantas cores, tantas mara- que ir às reuniões com alegria, sempre buscando
vilhas. Colunas, velas, cordas, paramentos suntu- a verdade, conhecimento e sabedoria. Minha au-
osos. O céu sobre minha cabeça; o pavimento de sência tem de me incomodar e se, porventura, não
preto e branco; esse olho que fica me olhando; as posso participar das reuniões, terei de ser corajoso
pedras curiosas, e tantos outros elementos! e pedir para sair.
No período em que estive na coluna do Nor- Com passar do tempo, observei que os inte-
te, aprendi e evolui. Eu mesmo não senti estar di- resses de cada um na fraternidade eram diferentes
ferente, mas meus próximos me observavam e o uns dos outros. Vícios e virtudes se misturavam.
sentiram a mudança. Ao ver isso me veio a seguinte reflexão:
Com a força da juventude e ignorância “O que venho fazer em loja?”
oculta do adolescente, estudei e avancei para passar E para essa pergunta, apresentam-se algu-
para a coluna do Sul, indo do nível para o prumo, mas respostas, de acordo como perfil de cada ma-
deixando o banco duro e frio para o banco mais çom. Cito algumas:
quente; As instruções eram mais espirituais os te- Criar uma network
mas mais filosóficos. Fiquei impaciente, desejo de Criar um network significa, montar uma rede
logo poder atingir o mestrado e acessar mistérios de contatos ou conexões geralmente profissionais.
ainda mais profundos e elevados. Quando os pedreiros se reuniam no tempo da
Os anos passaram, e a caminhada me trouxe maçonaria operativa era para transmitirem seus co-
muitos frutos, para o corpo e para a alma. Não falo nhecimentos e os proteger, se ajudarem mutuamen-
de benefícios financeiros, mas sim daqueles muito te nas dificuldades e assim poderem crescer juntos.
mais interessantes. Falo aqui de benefícios espiri- Pela história escrita e conhecida as lojas
tuais e de como aprendi a observar, sabendo inter- inglesas iniciaram membros da realeza no século
pretar e ser mais tolerante. Nunca poderei retribuir XVIII para poderem se proteger, ganhar status e
todo bem que me foi feito, dado e ensinado, mas posições na hierarquia social.
passando do banco para a cadeira senti que, apesar Hoje em dia, e mais particularmente no Bra-
de uma caminhada fantástica e repleta de todo tipo sil, mesmo se a maioria pensa que pode criar um
de conhecimentos que alteraram minha pessoa, eu network profissional eu acho que é uma verdade
estava estagnando. limitada. Conhecemos pessoas de áreas diferen-
Temos o dever de participar, de orientar e tes, complementares ou idênticas às nossas e, tal
acompanhar os mais recentes iniciados e também como pode acontecer em outros grupos, existe uma
identificar candidatos interessantes para toda a facilidade de comunicação que permite o auxílio,
Maçonaria
conselhos. Mas não é para mim essa a prioridade mais fácil poder deixar a reunião mais fluida.
da nossa instituição e o motivo de participar ou de Infelizmente com os compromissos profis-
estar presente nas reuniões. sionais, sociais e particulares, poucos cumprem seu
Penso ser errado trazer para a fraternidade dever. A frequência é controlada e, de acordo com
um candidato não porque achamos que o seu perfil o regulamento, a falta é injustificada é motivo de
está de acordo com os valores pregados pela Or- punição. Curiosamente é bom observar que quem
dem, mas sim, porque posso tirar partido de sua tem menos frequência também é quem menos visi-
presença em benefício próprio. Os candidatos de- ta outras lojas.
vem ser escolhidos com pente fino, tem de ser es- Se não posso cumprir meu dever, honrar mi-
colhidos por suas atitudes e não por sua posição no nha palavra, prefiro sair da fraternidade.
mundo profano. Procurar “status”
Não entrei para a maçonaria em busca de Quem nunca ouviu dizer que é “ser maçom”
privilégios nas relações fora das lojas. No entanto, ou “estar maçom”? Como nos explica um gran-
quando tenho uma dúvida, reconheço ter a vanta- de Irmão: “Estar maçom é usar o avental e mais
gem de poder contar com pessoas de diversos ho- nada,” – “Ser maçom é fazer com que as pessoas a
rizontes e áreas muito competentes e cheios de boa sua volta vejam uma pessoa boa, justa, que respeita
vontade (da mesma forma que eu estou à disposi- o próximo e é exemplo de conduta”.
ção deles) para me ajudarem. Muitas pessoas pensam, equivocadamente,
Tirar proveito de relações dentro de loja, que todo o maçom é poderoso e muito rico. Alguns
passando dos limites do que é eticamente aceitável, associam a fraternidade a uma rede de negócios e
é definitivamente um vício. acham que ali se fazem coisas diabólicas. Infeliz-
Cumprir um dever mente muitos são os que se aproveitam dessa con-
Dever de estar presente é o que todos os cepção distorcida do que é a maçonaria para pode-
maçons se comprometem quando preenchem seu rem vender livros, cooptar seguidores, etc.
questionário de ingresso na fraternidade, por isso Para o verdadeiro iniciado na maçonaria
sim devo cumprir meu dever. é um orgulho ‘ter sido escolhido”. Mas se o seu
Sim, vou cumprir um dever. Não um dever objetivo ao ingressar na Sublime Ordem foi ape-
por obrigação, mas sim por compromisso e prazer. nas ter status, a experiência será muito ruim e sem
Assim, mesmo se fico olhando o relógio quando a amanhã. Na seleção do candidato a análise de sua
situação e ou o ambiente não me agradam, ou se motivação deve ser profunda e se houver indícios
a reunião fica tardando muito, gosto de estar pre- que ele procura isso é melhor descartá-lo para
sente, e farei com que outros também gostem, por- evitar futuros constrangimentos.
que estamos todos em comunhão e todos temos o Em busca apenas desse suposto status é
dever de manter a harmonia. Muitas vezes deixar que muitos gostariam de entrar na fraternidade e,
qualquer Irmão discursando durante muito tempo quando entram, por terem sido mal orientados ou
quebra a harmonia mesmo se temos a obrigação de informados, acabam saindo insatisfeitos com os
aceitar as diferenças e todas as opiniões. Em várias ensinamentos que não conseguem compreender,
lojas o tempo de palavra é limitado por pessoa a justamente porque sua motivação era outra apenas
2 ou 3 minutos. Essa regra estando estabelecida é de ganho pessoal.
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Maçonaria
escutar, apreciar o que é apresentado; ser feita de acordo com nossos princípios e regras,
Somos tolerantes e devemos sempre procu- no entanto acho que seria bom previamente verifi-
rar o lado ou aspecto positivo, a análise é nossa, car com às luzes de loja se permitem ou não entrar
devemos compartilhá-la com os Irmãos, temos o nesse caminho que pode ser tortuoso.
dever de ensinar, orientar e influenciar. Participar de um ritual teatral
Ele compartilha com a assembleia um mo- Sim, mas participar e procurar e entender o
mento tão íntimo de sua pessoa que devemos beber, ritual:
aceitar, mas analisando o oferecido. O porquê dos movimentos, dos símbolos e
Estamos presente para nos enriquecer uns paramentos,
aos outros com fatos verídicos, confirmados e com- Temos de assistir e participar; estudar os
provados. Os termos “ouvi dizer que” – “me fala- deslocamentos, movimentos, até a circulação da
ram que“ – “parece que” devem ser abolidos; caso palavra é interessante,
venha a falar de lendas ou fatos não confirmados As posições dos símbolos e das pessoas; se
tenho de deixar isso muito claro antes de expor. sentir no templo, sentir o local, saborear o fluxo,
Não podemos esquecer que mesmo achan- ressentir as forças, a sinergia e a correlação criada,
do que nossa opinião, reflexão ou interpretação é Observar, ver e entender o decorrer do ri-
um assunto do interesse de todos a nossa narrativa tual; vislumbrar, analisar e aprofundar o visível e
deve ser limitada no tempo; nossa exposição tem o invisível; ficar na claridade e observar o escuro.
de ser por tempo limitado vários estudos demons- Não posso falar por todos e com certeza não
tram que um aluno somente fica atente por 20 mi- citei todas as razões e motivos da vinda em Loja. O
nutos (Educadora TraceyTokuhama-Espinosa), e intuito deste trabalho é que cada faça uma análise e
a cada dia que passa com a informática cada vez uma reflexão sobre a importância de sua presença
mais predominante, as informações chegando nos nas nossas reuniões, para si e para os todos nossos
celulares, os lembretes nos celulares, as mídias Irmãos.
presentes até nos elevadores a tendência é que esse Lembremo-nos que trazemos conosco
tempo de atenção diminua, o cérebro procurando “amizade, paz e votos de prosperidade a todos os
receber informações mais curtas e objetivas (ver- irmãos”.
dadeiras ou falsas); Lembremo-nos que em loja trabalhamos
No entanto eu considero que a exposição de para “vencer nossas paixões, submeter nossa von-
nossos trabalhos não pode superar um tempo limi- tade e fazer novos progressos na maçonaria, estrei-
te, não podemos aproveitar esse momento para no tando os laços de fraternidade que os unem como
exibir – exibição é vicio – temos de ser discretos verdadeiros Irmãos”.
nossa ordem é assim, e é assim que também iremos Finalmente, “Por que nos reunimos aqui?”
nos reconhecer no mundo profano, diretos, claros pergunta o Venerável Mestre ao Primeiro Vigilante:
e objetivos. “Para combater a tirania, a ignorância, os
Estamos em loja para falar de temas de atu- preconceitos e os erros, glorificar o Direito a Jus-
alidade? Desde que a harmonia não seja compro- tiça e a Verdade, para promover o bem-estar da
metida não há motivas para não abordar os assun- pátria e da Humanidade, levantando Templos a
tos de interesse de todos, sendo que analise tem de Virtude e cavando masmorras ao vício.”
Psicóloga
Clínica e Organizacional
Foi realizado Posse dos Veneráveis Mestres das Lojas Simbólicas, Estrela da Fraternidade nº 15 do
Oriente de Jaru, Irmão Lucas do Couto Santana, Loja Simbólica Vigilantes da Ordem nº 22 do Oriente
de Mirante da Serra, e da Loja Simbólica Sagrada Família nº 35, Irmão Josiel Miranda Pereira.
Estando presente as autoridades os Irmãos, Paulo Benevenute Tupan, Sereníssimo Grão-Mestre, da
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, acompanhado do Grão-Mestre Adjunto, Francimar
Dias Rodrigues, nesta oportunidade foi concedida a medalha Jorge Teixeira, Comenda da Ordem
do Mérito, ao Comendador Inaldo Pedro Alves, que agradeceu a homenagem recebida.
Após esta reunião foi comemorado o aniversário de 27 anos da Loja Estrela da Fraternidade nº 15 com
um almoço e um bingo para todos estando presente vários Irmãos do quadro da Loja e visitantes.
Grande Oriente
do Brasil - MS
• Campo Grande
Loja Athamaril Saldanha nº 3119
O Venerável Mestre Irmão Miltinho Viana da Loja Athamaril nº 3.119, realizou uma sessão de
Iniciação do Profano Luiz Felipe Arteiro Marcondes, estando presente o Irmão Jose Antonio Secretário
de Ritualística e o Irmão Nivanildo Eduardo da Silva, da Loja Luz do Novo Milênio nº 3350.
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Maçonaria
Santa Casa de
Campo Grande,
104 anos Irmão Heitor Rodrigues Freire
Loja Amor e Caridade nº 62 - GLMEMS
A
Santa Casa de Campo Grande comemora creação da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
neste 17 de agosto, 104 anos do início de DE CAMPO GRANDE, refúgio, em breve tempo,
atividades de um grupo seleto de cidadãos dos doentes pobres e desvalidos”.
irmanados pelo ideal divino da compaixão e amor Foram arrecadados, na ocasião, 28.000$500
ao próximo. Liderados por Eduardo Santos Perei- contos de réis. Foi o início de uma realização que se
ra, Bernardo Franco Baís, Joaquim Cézar, Camillo concretizou em 1928, com a inauguração dos pri-
Boni, José Alves Quito, João Clímaco Vidal, Enoch meiros pavilhões do hospital, dando início ao aten-
Vieira de Almeida, Victor M. Pace e Eusébio Tei- dimento à população.
xeira, entre outros, criaram uma subscrição pública Hoje, mais de um século depois, a Santa
de arrecadação financeira, cuja denominação era, Casa de Campo Grande é a quarta Santa Casa do
literalmente: “Lista destinada à inscripção das pes- país, compreendendo um complexo de 44 mil me-
soas que contribuem, dando uma esmola, para a tros quadrados de área construída, distribuídos ao
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Se sua loja
fechar amanhã? Autor : Keith Martinson
Tradução: Paulo Maurício M. Magalhães
Traduzido de : The Millenial freemason
S
e sua loja fechasse amanhã, sua comunidade aquela coisa de fé, esperança e caridade? Se você
notaria? Esta pergunta foi feita em um site voltar às origens da palavra caridade, verá que é
de mídia social e as respostas podem ou não derivada de uma palavra latina que significa amor
surpreendê-lo. generoso. Então, a caridade maçônica é promover
o amor, para toda a humanidade, mas mais espe-
cialmente para um irmão maçom. A caridade é im-
portante, e nós, como maçons, devemos dar tanto
quanto podemos, mas, e isso é importante, a cari-
dade não é o propósito maior da maçonaria, a cari-
dade é o resultado da maçonaria. Os ensinamentos
da maçonaria e o tipo de homens que ela atrai,
tornam a doação de caridade uma extensão natural
de nossa fraternidade.
Para continuar atraindo o tipo de homem
que tem uma predisposição para se doar, nós, como
A grande maioria dos entrevistados disse membros existentes e oficiais, devemos fazer da
que não, sua loja não faria falta na comunidade. loja um lugar para onde as pessoas queiram ir. Se
A questão então é: por quê? Por que uma loja que não podemos cuidar de nós mesmos, certamente
está lá, em alguns casos por mais de um século, de não podemos cuidar de nossas comunidades. Eu
repente não seria esquecida? Há uma infinidade de acredito que é aqui que a maçonaria parece ter re-
respostas, a loja não está envolvida na comunidade, trocedido, devemos olhar para nossos irmãos pri-
não há membros ativos suficientes para organizar meiro, porque esse é o nosso trabalho, o bem-estar
eventos comunitários, mal há membros suficientes e o cuidado de nossos membros existentes. Se re-
para realizar as reuniões declaradas e a lista con- solvermos esse problema, os outros se encaixarão
tinua. Agora temos uma boa ideia do porquê, mas sem muito esforço.
antes de entrar nas possíveis soluções para este pro-
blema, gostaria de me aprofundar nas razões subja-
centes de que há menos membros na loja.
Vou começar dizendo que a Maçonaria
não é uma instituição de caridade, nem é uma or-
ganização de serviço, nunca foi, deixe o conceito
penetrar por um minuto. O propósito da maçona-
ria é fazer com que seus membros sejam melho-
res do que antes, não atuar como uma instituição
de caridade ou como uma organização de serviço
comunitário. Na verdade, nossos rituais são muito
específicos no que nós, como maçons, somos obri-
gados a fazer. Ajude e apoie pobres, irmãos dignos
e aflitos, suas viúvas e órfãos, trate os outros como
você gostaria de ser tratado, etc ... Mas espere, e
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Maçonaria
Então, como podemos tornar a loja um lugar algo, faça agora e com frequência. A mudança co-
onde nossos membros desejam ir? Honestamente, meça com você e, uma vez iniciada, não pode ser
acredito que a resposta seja QUALQUER COISA! interrompida. Os irmãos são nosso recurso mais
Faça algo que incentive os membros a aparecer. importante, devemos tratá-los com cuidado.
Faça um churrasco durante os meses mais quentes, (O grande ponto é: a Loja tem que fazer
tenha uma noite de cinema ou torneios de cartas. coisas; caridade, instrução, atividades sociais, ri-
Se sua loja não tem um prédio, planeje uma partida tualística e por aí vamos. Se a loja não apresen-
de golfe, vá a um parque local e faça um churrasco tar uma finalidade concreta para os irmãos e a
com os irmãos e suas famílias. Obviamente, exis- comunidade.... para que existir??? E a propósito,
tem tantas ideias quanto maçons. A questão é: faça quem é a loja ? A loja SOMOS NÓS!!! N do T).
O presidente da Associação Colônia Paraguaia, Irmão Albino Romero e Cunhada Carmem Romero, realizaram
a reinauguração da sede desta entidade e teve o privilégio de receberem várias autoridades, o Governador do
Estado nosso Irmão Reinaldo Azambuja, a Deputada Estadual Sra. Mara Caseiro, o secretário estadual de Saúde,
Geraldo Resende, representando a Ordem Maçônica o Irmão Celestino Laurindo Junior, Grão-Mestre Estadual do
Grande Oriente do Brasil-MS, estiveram presentes várias autoridades, entre elas a do nosso vizinho Paraguai.
A cultura sul-mato-grossense e a do Paraguai sempre estiveram presente nesta agremiação
desde 1973 quando aconteceu sua fundação, e hoje com muito orgulho está sendo realizada
a entrega desta magnífica estrutura que trará mais conforto a todos os participantes.
Nosso muito obrigado Sr. Governador e representante deste Maravilhoso Estado
de Mato Grosso do Sul, que nos abrilhantaram com suas presenças.
Sabedoria,
força e beleza
na natureza M∴M∴ Sandro Pinheiro
A∴R∴L∴M∴ Flauta Mágica do Rio de Janeiro nº 170
Oriente do Rio de Janeiro/RJ
A
Iniciação Maçônica, uma viagem sucessiva defeitos, fraquezas e imperfeições, reforçando suas
através da matéria, do intelecto, do instinto virtudes.
e do afeto, fornece o caminho para que do Nessa busca do conhecimento de si mesmo, é
interior do homem brote o ser que pode transformar preciso levar em consideração que o caráter de cada
o planeta em um Templo de liberdade, harmonia e um é grandemente influenciado pelos instintos, pe-
justiça. O método iniciático, praticado no Templo las emoções, pelo pensamento e pelas paixões. Os
Maçônico, envolve o despertar do aspecto sagrado instintos podem ser sublimados, se não forem ali-
da vida. Estudos sobre o sagrado foram feitos por mentados, segundo a maioria dos psicanalistas, já as
Mircea Eliade e por Georges Charpak. emoções, de um modo geral, motivam, deformam,
Para Charpak sagrado é o “sentimento ge- bloqueiam e corrompem as ações do indivíduo. Por
rador de uma consciência, que corresponde ao que isso mergulham o ser humano na aflição ou no êxta-
existe de mais elevado no conhecimento, as leis se, provocando sucessos ou insucessos.
sutis da natureza”. Para outra pessoa, porém, uma Por sua vez, o pensamento é a atividade que
pedra pode ser sagrada, desde que sua realidade formula conceitos, que permite ter ideias claras e
de pedra se transmute numa outra realidade por ter raciocinar sobre qualquer assunto. Esta é uma habi-
sido, por exemplo, ofertada por alguém querido que lidade que pode ser adquirida e desenvolvida. En-
se foi deste mundo. fim, a paixão é um sentimento intenso e exclusivo,
Alguns dizem que o dever e a família são levado ao extremo, estando, comumente, ligadas a
sagrados. Portanto, O método iniciático leva o ma- qualidades individuais negativas.
çom a tornar significativo o seu despertar para uma Não é difícil reconhecer, nas paixões voltadas
nova visão de mundo, em busca de uma consciência para esportes, política e religião, fortes traços
universal unificada. de fanatismo, intolerância, grosseria, violência,
Sabedoria desrespeito. Observe-se que emoções negativas ou
A Sabedoria Maçônica ensina que o maçom positivas (como raiva, medo ou alegria), surgem de
deve investigar constantemente o caminho da ver- situações de vida significativas e de avaliações do
dade, buscando seu aperfeiçoamento interior para seu significado para o nosso bem-estar, mas duram
crescer intelectual e espiritualmente. Com este ob- pouco.
jetivo, a Maçonaria instrui o maçom a tomar atitu- As pessoas, entretanto, experimentam um
des corretas e decisões acertadas, a viver em paz e fluxo constante de estados de humor. Esse humor,
harmonia consigo mesmo, a ser equilibrado e sensa- positivo ou negativo, também nascido no interior,
to e a ser capaz de iluminar outras pessoas de modo tem uma ação prolongada. A Maçonaria ensina o
eficaz. controle das emoções e das paixões violentas, man-
O ponto de partida da aplicação da Sabedo- tendo-as dentro de limites convenientes, através do
ria Maçônica para forjar o caráter do maçom é o cultivo de virtudes como a temperança, a prudência,
“conhece-te a ti mesmo”, obtido através da obser- a disciplina e a perseverança, auxiliares importantes
vação de si mesmo, de modo regular. É preciso que nesse embate.
cada maçom enfrente a si mesmo e reconheça seus Também, ter, todos os dias, alguns momentos
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Maçonaria
de recolhimento, ou uma pequena pausa nas ati- probabilidade da nova escolha quaisquer das deci-
vidades externas, permite ao maçom iluminar seu sões tomadas por alguém, mesmo se for conside-
interior e obter uma revelação sobre seus vícios e rada de pouca importância, tem algum significado
virtudes, suas paixões e instintos, seu corpo e seus para o resto de sua vida.
pensamentos. Certamente, o indivíduo precisa ter cora-
Força gem, para tomar algumas decisões e vencer seus
Construir uma obra viva, como busca a Ma- hábitos, cuja quebra pode exigir um esforço mental
çonaria, requer um grande esforço, tanto individual hercúleo, e bastante determinação e energia, prin-
como coletivo. Através de uma ação orientadora de cipalmente quando seus atos são ditados por leis,
vida, a Loja é o canal perfeito da Força que alimenta códigos ou costumes sociais.
todos os participantes e os guia no caminho do Co- Não se trata, aqui, daquela coragem que
nhecimento. É o trabalho em regular em Loja que marca a virilidade, mas, da capacidade de superar o
reúne as forças individuais, físicas e/ou morais, dos medo, quando ele existe, ou da aptidão para enfren-
maçons, fazendo nascer uma força superior àquela tar a ansiedade através de uma vontade mais for-
resultante da simples adição das forças individuais. te. Sem dúvida, essa coragem deve ser dosada com
Para desenvolver sua força individual é im- prudência, pois a experiência tem mostrado que a
prescindível que o maçom tenha o conhecimento de sensatez leva ao discernimento do que é bom ou
si mesmo, a nível mental (virtudes e defeitos, rea- mau em um momento de decisão, evitando que al-
ções negativas e positivas) e físico (biológico), e o guém cometa erros dos quais venha a se arrepender.
conhecimento do mundo que o cerca (sociedade e Embora a força interna, integradora, exista
natureza). em todos os seres humanos ela pode passar percebi-
Mas isso não basta. É, sobretudo, necessário da. Acontece que paixões negativas e reações con-
que ele aja, reforçando suas virtudes, livrando-se de somem muita energia e essa força só emerge se não
seus defeitos e maus hábitos, velando seus desejos, for dissipada com elas. Essa é mais uma razão para
subjugando sua vontade, controlando suas emoções, o maçom se libertar de suas emoções e vencer o ar-
dominando suas paixões e pensando corretamente, dor de suas paixões, aquelas emoções que, levadas
para evitar que oscilações de seu estado emocional a um grau de intensidade, sobrepujam a razão e a
o desviem de seu Caminho. lucidez.
Isto não é tarefa fácil, mas começa com uma Uma vez iniciado o processo do controle das
tomada de decisão. emoções e paixões, há de se sentir uma realimenta-
Ao tomar uma decisão o ser humano in- ção positiva resultante do uso da força interna, visto
fluencia a próxima, aumentando, ou diminuindo, a que ela só emerge se houver a beleza proporcionada
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Maçonaria
manifestação da Beleza ocorre na construção de a atuação de quatro forças fundamentais, provavel-
uma sociedade onde seja plena e natural a ação da mente diferentes facetas de uma mesma Força Pri-
Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Um mundo de mordial.
Paz, Justiça e Amor. Além disso, todas as forças atuam segundo
Conclusão leis pré-estabelecidas e inteligentes, que se entrela-
Mostrou-se, neste trabalho, que a Harmonia, çam umas às outras e que constituem a Sabedoria da
a Força e a Sabedoria são os pilares sobre os quais natureza. Isso permite que a matéria, a energia e a
se apóia a natureza e, também, que elas são mani- informação se organizem numa.
festações de algo mais profundo. Entre elas, a Be- Todo este simbolismo nos indica que, na
leza é uma manifestação da harmonia existente na obra de nossa construção Moral, devemos trazer
organização de todas as coisas, tanto no Macrocos- para a Luz, todas as possibilidades das potências
mos como no Microcosmos. individuais, despojando-nos das ilusões da persona-
Essa manifestação, percebida através de lidade. E nesse trabalho, só poderemos ser Sábios se
instrumentos como equações matemáticas, leis fí- possuirmos Força, porque a Sabedoria exige sacrifí-
sicas, inspiração, sentidos, tanto dá uma sensação cios que só podem ser realizados pela força, mas ser
de prazer, como fornece informações que possibili- Sábio com Força, sem ter Beleza, é triste, porque é
tam ao ser humano preparar-se para eventos futuros. a Beleza que abre o mundo inteiro à nossa Sensibi-
Entretanto, não haveria harmonia na natureza sem lidade.
•Confeccionado em cetim, napa e oxford •Confeccionado em cetim e napa, com detalhes em dourado
•Apresenta elástico traseiro para melhor fixação na cintura e bordado
•Conversível para um Avental de Companheiro •Apresenta elástico traseiro para melhor fixação na cintura
A terra
na maçonaria Irmão Sérgio Quirino
Grão-Mestre GLMMG 2021/2024
E
ncerrando a tríade dos Princípios Muito
Importantes trabalhados pelo Rito de York:
Liberdade, pela alegoria do giz, Fervor atra-
vés do carvão abrasador, cabe à terra o símbolo do
Zelo. O substantivo zelo representa o cuidado ou
a preocupação com alguém, alguma coisa, assim
como a forte disposição e empenho na realização
das obrigações.
Muito atual é a preocupação com o planeta
Terra e com os valores ecológicos do zelo para com
seus recursos, que todos nós devemos ter. Porém,
nesta instrução, há um deslocamento dos perso-
nagens. O primeiro ponto é associarmos a Terra,
como planeta, ao elemento “seco”, ao qual denomi-
namos terra. Observando os ciclos da vida compre-
endemos o zelo da terra para conosco.
Somos constituídos pelos quatro elementos.
Mas é a terra o elemento que mais interage conos-
co, sempre na condição de doadora. Embora, fre- (Plantar e Colher)
quentemente, a fustiguemos exigindo dela muito Ao final de nossa jornada, respeitosamente,
mais do que as nossas necessidades básicas, ela ela nos recebe em seu âmago.
nunca nega seus frutos e permanece embelezando (Vieste do pó e ao pó retornará)
nossos caminhos com flores, frutos e aromas. Se somos parte da terra, devemos proceder
Na alegoria da criação do mundo, no tercei- em nossas relações com o mesmo zelo que dedica-
ro dia Deus ajuntou as águas em um lugar, o que fez mos a ela:
surgir a porção seca, que ele deu o nome de terra e Se, descabidamente, apregoamos o ódio,
viu que era bom. O Verbo ordenou que a terra pro- sejamos, conscientemente, os arautos do amor.
duzisse relvas e árvores que deem frutos, cujas se- Estejamos prontos a cumprir a missão de semeado-
mentes estejam nela, sobre a terra, e viu que era bom. res de luz.
Três dias depois, Deus fez o homem à sua seme- Vivenciemos a transitoriedade da vida. Que
lhança e imagem (espírito e alma) e ainda o mate- em paz, o espírito retorne ao pai celestial e a maté-
rializou com o elemento terra e viu que era bom. ria à mãe terra.
A par do viés poético ou da militância ecoló- Atingimos quinze anos de compartilhamen-
gica, a relação de zelo que a terra tem para conosco to de instruções maçônicas. Nosso propósito funda-
é claramente simbolizada para nós em três pontos: mental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão
Se dela brota o veneno, dela mesma brotará e tornar-se um elemento de atuação, um legítimo
o antídoto. Construtor Social.
(Vícios e Virtudes) Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo.
Tudo que a ela confiamos o cuidado temos o Vamos em Frente!
retorno em abundância. Fraternalmente.
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comporta um Avental sem precisar dobrar. avental dobrado, para qualquer Grau Simbólico.
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