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A história do xadrez é repleta de lendas e fatos fascinantes.

Vamos explorar alguns


dos principais eventos relacionados a esse jogo milenar:

Origem na Índia
A história do xadrez começa na Índia, onde o jogo era conhecido como Chaturanga.
Uma das lendas mais famosas conta sobre um indiano chamado Sissa, que teria
criado o jogo a pedido do rei Kaíde.

O rei prometeu recompensar Sissa se ele conseguisse desenvolver um jogo


verdadeiramente interessante. Sissa pediu que um grão de trigo fosse colocado na
primeira casa do tabuleiro, dois na segunda casa, quatro na terceira e assim por
diante, sempre multiplicando o número por dois até a última casa, que é a de
número 64.

O rei concordou, mas ficou surpreso quando percebeu que a quantidade de trigo
necessária chegava ao impressionante número de 18.446.744.073.709.551.615.
Disseminação pelo mundo:

O jogo Chaturanga foi levado da Índia para a China, onde se tornou conhecido
como o “Jogo do Elefante”. Na Coreia e no Japão, recebeu o nome de “Jogo do
General”.

Na Pérsia, foi chamado de chatrang (Jogo de Xadrez) e se popularizou por volta do


século VI. Nesse período, duas modificações importantes foram feitas: o jogo
passou a ser jogado por apenas duas pessoas, e uma nova peça foi introduzida, o
Xá (Rei).

Em 651, a Pérsia foi conquistada pelos árabes, e o jogo se difundiu pelo norte da
África. Os árabes também fizeram algumas modificações no jogo antes de levá-lo
para a Europa, como a possibilidade de o peão avançar duas casas.

Os movimentos da Dama e dos Bispos, como conhecemos hoje, surgiram por volta
de 1485, durante a Renascença Italiana, tornando o jogo mais ágil.
Xadrez como representação da sociedade:
Durante a Idade Média, as peças de xadrez eram vistas como representações
simbólicas da sociedade.

O frade Jacobus de Cessolis, no final do século XIII, descreveu cada peça


simbolizando uma profissão diferente. Por exemplo:
O Bispo representava um juiz.
O peão “h” era um trabalhador agrícola.
O peão “g” era um trabalhador de metais.
O peão “f” era um fabricante de tecidos.
O peão “e” era um comerciante.
O peão “d” era um médico.
O peão “c” era um dono de taberna.
O peão “b” era um guarda de tributos.
O peão “a” era um corredor ou jogador.

Os movimentos das peças também refletem os poderes da sociedade. Por exemplo:


O movimento do Rei representa o poder e a autoridade do monarca.

A Torre simboliza o caminho da retidão e da justiça.

Os Peões são considerados homens pobres, com movimentos retos, exceto quando
capturam outras peças.

Essas são apenas algumas das histórias e curiosidades sobre a origem e evolução
do xadrez. Um jogo que transcende o tempo e continua a desafiar mentes em todo o
mundo.

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