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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

FACULDADE DE DIREITO DO LARGO DE SÃO FRANCISCO

IASMIN VITÓRIA OLIVEIRA VERÍSSIMO

RESENHA DE TEXTOS SELECIONADOS DO LIVRO ESCRITO POR


MONTESQUIEU E INTITULADO COMO “O ESPÍRITO DAS LEIS”

SÃO PAULO
2023
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SUMÁRIO

1. DADOS DO TEXTO.............................................................................................................. 3
1.1. Título:.............................................................................................................................3
1.2. Autor:............................................................................................................................. 3
1.3. Dados bibliográficos:..................................................................................................... 3
1.4. Informações adicionais:................................................................................................. 3
2. RESENHA.............................................................................................................................. 3
2.1. Capítulos: I ao III........................................................................................................... 3
2.2. Capítulos: I ao V............................................................................................................ 5
2.3. Capítulos: I ao XI........................................................................................................... 7
2.4. Capítulos: I ao XVI........................................................................................................ 8
2.5. Capítulos: I ao XIX........................................................................................................ 9
2.6. Capítulos: I ao VII........................................................................................................10
3. PONDERAÇÕES..................................................................................................................11
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1. DADOS DO TEXTO

1.1. Título:
➢ O Espírito das Leis
1.2. Autor:
➢ Charles de Montesquieu
1.3. Dados bibliográficos:
➢ A bibliografia foi publicada no ano de 1748 e apresenta características da estrutura dos
governos, das virtudes do homem e dos poderes vigentes para construção de uma sociedade,
cujos fundamentos principais são a liberdade, a constituição e a democracia.
1.4. Informações adicionais:
➢ Charles-Louis de Secondat nasceu em Bordeaux, França, no dia 18 de Janeiro de 1689.
Pertencente à uma família aristocrática, ficou conhecido como Barão de Lá Brède e
principalmente, por Montesquieu. Teve uma boa educação e com apenas 16 anos ingressou na
Universidade de Bordeaux, no curso de Direito. Viajou pela Europa e, em Paris, estudou na
Academia Francesa, cujo esforço resultou na presença em grandes círculos intelectuais da cidade.
De forma complementar, ainda, é válido ressaltar que sua obra em análise foi colocada no índice
dos livros proibidos no século de publicação e foi originada em um contexto atrelado ao
Iluminismo e retrata uma especialidade atemporal, sobretudo no que tange a divisão dos três
poderes modernos.

2. RESENHA

LIVRO PRIMEIRO

2.1. Capítulos: I ao III

➢ Das leis em geral:


Na concepção do autor, torna-se legível interpretar que fica clara a lógica acerca da
definição das leis na natureza: são reguladoras das relações entre os seres vivos, logo, do
homem ao animal irracional, a convivência é fundamentada pelas leis. Associada a tal fato, a
abordagem da presença de Deus na criação das leis se mantém como patamar ótimo para
compreensão das origens dessas normas. Em suma, o conjunto das leis estão relacionadas
com o poder e a sabedoria do Senhor, pois é o criador e provedor das regras.
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A lei e suas consequências são compreendidas como elementares para que não seja
viável a autodestruição daquilo que o criador propôs à humanidade, assim, “cada diversidade
é uniformidade, enquanto cada mudança é constância”. Com isso, é estabelecida uma relação
cronológica para a articulação das regras: em síntese, os seres inteligentes foram
compreendendo as regras naturais pressupondo o que poderia ser tido como justo e, com isso,
há o desenvolvimento da positivação das leis que são tangíveis ao direito e à justiça, a qual é
periodicamente alvo de estudos que pretendem internalizar a substância das relações humanas
e jurídicas.
Ao longo do tempo, é indicada uma hierarquia que conceitua o processo de
positivação da lei, essencialmente pois o homem obedece constantemente às suas
particularidades e essência, o que naturalmente o conduz ao erro e às ações individualistas.
Dessa maneira, é passível que haja um maior reconhecimento das leis naturais e das
positivadas por uma determinada ordem maior provinda de um Estado.
Já sobre a perspectiva que classifica as relações dos animais, é compreendido que não
se é possível afirmar quais leis regulam o comportamento e intimidade desses seres. Todavia,
ainda que com suas peculiaridades, eles conservam suas espécies por meio das atrações do
prazer e, assim, vivem plenamente sem os temores humanos e a ausência de más escolhas
provindas na racionalidade do homem, como, por exemplo, o mau uso de suas paixões.
Em suma, o homem está sempre suscetível a erros e à ignorância, pois este, além de
descumprir leis e regras advindas das virtudes de Deus, criam constantemente normas, as
quais são adaptadas e, surpreendentemente, descumpridas em detrimento da individualidade,
do desprezo próprio e da ausência de altruísmo humano. Isto, portanto, reflete explicitamente
a citação de Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do próprio homem” - um ser assim é
limitado e esquece de si mesmo.
A princípio, antes de todas as leis, estão as leis da natureza, cuja originalidade advém
da própria condição humana, isto é, são universais e estabelecidas antes da criação das
sociedades. Em suma, essas regras naturais são determinadas como leis do criador, Deus; a
consequência principal desse fato é que o homem, a partir de então, desenvolve a faculdade
de conhecer em busca de conservar sua própria natureza e estreitar laços em conformidade às
suas experiências.
Nesse estado, a igualdade e a paz são pressupostos que regulam a vivência entre os
seres, pois, em uma totalidade, o único se sente inferior, por outro lado, o conjunto se sente
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semelhante. Ou seja, os homens não tendem a subjugar uns aos outros antes dos
estabelecimento das sociedades, pois os ideais de dominação e comando não são naturalmente
desenvolvidos. Tal item, portanto, contrapõe as perspectivas Hobbesianas, cuja
fundamentação é que o indivíduo está naturalmente em estado de guerra. Para o montesquieu,
no entanto, o temor pressupõe um sentimento de medo recíproco, logo, a própria existência
tende a aproximar os homens. Dessa forma, com a ampliação do conhecimento torna-se um
motivo para a criação do desejo de viver em sociedade, a quarta lei natural.
Acerca das leis positivas, é válido ressaltar, de início, que o estado de guerra é iniciado
ao passo em que o ser humano se encontra em sociedade e o pensamento de fraqueza e
igualdade deixam de ser base das relações. Dessa forma, se inicia a busca pelo benefício
próprio dentro das particularidades de cada massa social. Consequentemente, a solução para
que haja uma harmonia entre os homens é a criação de leis, as quais têm por intuito
compreender as carências individuais e, por consequência, estabelecer o direito das gentes -
este será promovido e constantemente regulado pelas autoridades competentes que impõe o
direito político. Por fim, visando manter leis para regular as relações entre os cidadãos, surge
o direito civil, o qual abrange as individualidades do ser de forma substancial.
Isto posto, na tentativa de adaptar o cotidiano com a paz humana, as leis são criadas
em decorrência dos diferentes povos e o grau de liberdade que deve haver entre eles. Assim,
conforme as necessidades do legislador, as normas fundamentais são continuamente
associadas à realidade da sociedade, a qual lida com as relações entre essas regras que
contemplam “o espírito das leis” abordado na obra.

LIVRO SEGUNDO

2.2. Capítulos: I ao V

➢ Das leis que derivam diretamente da natureza do governo:


Na prática, há três distintas classificações para os governos. A princípio, tem-se o
republicaso, o qual é aquele que detém o poder soberano; por outro lado, tem-se o
monárquico, em que só uma pessoa governa em detrimento de leis preestabelecidas; já o outro
tipo, o despótico, apenas um indivíduo se responsabiliza pela governança e, sem lei e sem
regra, conduz a sociedade.
Durante um governo baseado na república, é denominada democracia quando o povo
detém o poder soberano. Mas, nos casos em que apenas parcela dessa camada tem o controle
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nas mãos, denomina-se aristocracia. Assim, são estabelecidas quais circunstâncias um povo
será conhecido como súdito ou monarca.
O povo necessita ser conduzido por um conselho ou senado. Para isso, com sua
própria admiração, ele deve escolher aqueles que irão representar suas vontades, isto é,
indicar seus ministros com o objetivo de fazer para a totalidade tudo quanto possa fazer bem.
Dessa forma, com base na história de Roma e Atenas, os homens vão colocar em prática sua
capacidade natural em discernir com mérito e tomar decisões viáveis para o seu próprio
bem-estar, seja ou não imerso a uma divisão de classes dentro do Estado.
Sólon, por exemplo, dividiu o povo de Atenas em Quatro classes e conduziu a
sociedade em torno de vieses democráticos. Já Servius Tulius dividiu o povo de Roma em seis
classes e propôs aos ricos um lugar privilegiado dentro das centúrias. Desse modo e conforme
as necessidades e particularidades do soberano, a perspectiva ativa do sufrágio (público ou
secreto) torna-se mais palpável e as eleições por sorteio ocupam espaço em detrimento das
decisões dos monarcas. Dentro desse contexto, a maquinação torna-se perigosa no senado e
com o início da corrupção, provinda de subordinação econômica ou pelos pensamentos
individuais,o povo é efervescentemente corrompido, afeiçoa-se ao dinheiro e não se preocupa
com o governo no qual está inserido e diariamente cobrado para agir de acordo com as
normas impostas.
Diante de um governo com base na aristocracia, porém, o poder soberano está nas
mãos de uma parcela de pessoas, cujas responsabilidades são criar as normas e
regulamentá-las constantemente. Nesse sentido, as eleições não são realizadas por sorteio,
mas sim em decorrência da escolha do povo que está em face destes governantes, logo, o
sufrágio torna-se ponto chave para a definição dos responsáveis por delimitar, compreender e
propor regras para um Estado, evitando abusos de poder e poder exorbitante monopolizado.
Em alternativa, em um governo monárquico, o poder intermediário subordinado é o da
nobreza e a fonte de todo o poder político e civil está interligado ao príncipe, logo, uma única
pessoa governa por meio de leis fundamentais - estas são dependentes da individualidade de
um único indivíduo, pois, segundo tal sistema, é necessário que a vontade momentânea e
caprichosa de um ser para que as leis fundamentais sejam estáveis. Todavia, ainda assim é
fundamental que haja um depósito de leis que se responsabilize por auto regular as normas
que são impostas pela natureza da nobreza, tendo em vista que esse estado governamental não
goza da confiança do povo.
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Na natureza do Estado despótico, ainda, percebe-se que o governo resulta da liderança


de um único homem, o qual é tido como ignorante e naturalmente desvirtuado e deve instituir
um vizir para representar a lei fundamental. De modo geral, o indivíduo governa fugindo das
desaprovações e das revoltas populares em que foram geradas pelo descontentamento coletivo
acerca das suas decisões. Logo, este está regularmente à mercê de auxílio para que não
transpareça sua própria incapacidade em governar os povos e os maiores negócios públicos, o
que torna a principal consequência sendo o desrespeito em massa sobre esse sistema.

LIVRO TERCEIRO

2.3. Capítulos: I ao XI

➢ Dos princípios dos três governos:


Para compreensão das leis, é necessário conhecer as normas relativas responsáveis
pela criação das regras de cada governo, assim torna-se possível que o indivíduo entenda os
princípios que regulam a origem e a atuação de cada natureza do Estado. Nessa perspectiva, é
necessário retomar as definições anteriormente abordadas sobre como funciona a soberania
dentro do governo republicano, monárquico e despótico.
Primordialmente, a democracia é tratada como item fundamental de estudo para
entender a virtude necessária para governar o Estado popular, pois este é regulado por um ser
em que faz executar as leis e está sujeito a elas - sofrerá seu peso, o que se destoa da realidade
do monárquico e despótico, os quais não precisam de muita probidade para se sustentar, tendo
em vista que o soberano acredita ser superior às leis. Ao longo do tempo, compara-se a
atualidade com os políticos gregos, por exemplo, que viviam em um governo popular,
compreendiam a dignidade como item fundamental. Hoje, no entanto, tratam
exponencialmente do comércio, do luxo e das riquezas, o que naturalmente se afasta dessa
honra e a ambição é instalada.
Segundamente, no governo aristocrático, a virtude também é item necessário para
manter uma harmonia, mas não é absoluto como no estado popular. Este sistema reprime o
povo: resumidamente, basta que haja a lei para que elas sejam executadas. Assim, a depender
do nível da virtude, o processo será definido como república ou resultante de uma
conservação. Na prática, o ideal é que haja uma moderação na alma dos governos, a qual se
responsabiliza por um pleno funcionamento.
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Em contrapartida e por fim, no sistema monárquico e despótico, a virtude, cuja honra


possui leis e regras que não poderiam ser descumpridas, não é aplicada como elemento
regulamentador. Em síntese, o Estado subsiste independente do amor pela pátria e das honras
heróicas atribuídas à realidade. As leis tomam o protagonismo e o resultado e a ambição
ocupa lugar amplo, fazendo com que haja o desejo de enriquecer sem trabalho, a aversão pela
verdade, o abandono dos compromissos e a consequente perda da esperança sobre o caráter
regular que é fomentado pelo prejulgamento de cada pessoa e de cada condição.
Logo, no Estado despótico é exigida extrema obediência com base na vontade do
soberano em questão: o príncipe. Assim, não há moderação, modificações, acomodações ou
relações recíprocas. Na íntegra,o homem é uma criatura que obedece e, do contrário, é
friamente castigado.
Contudo, é possível compreender as particularidades de cada um dos tipos de
governos e de como suas práticas geram consequências para o dia a dia do povo, seja ele
soberano ou não. Portanto, o temor e a virtude são itens que regulam o funcionamento e a
interpretação dos sistemas propostos.

LIVRO QUINTO

2.4. Capítulos: I ao XVI

➢ De como as leis que o legislador produz devem ser relativas ao princípio de governo:
As leis devem ser equivalentes aos princípios fundamentais de cada governo, seja este
baseado ou não nos vieses da honra e da virtude. Em suma, toda reação é proveniente de uma
ação; logo, as leis fundamentais impostas para construção da sociedade são responsáveis pela
dissolução ou não de um sistema vigente. Desse, são imprescindíveis as seguintes análises
dentro do contexto dos tipos de governo e sua funcionalidade:
Sobre as leis e a virtude na república: neste estado, a virtude é conceituada como um
sentimento de gratidão e reconhecimento pelo sistema republicano. Assim, o indivíduo se
apresenta afável às normas estabelecidas. Logo, o resultado dessa prática é a bondade dos
costumes e o desenvolvimento do altruísmo coletivo. Como complemento, o amor à
democracia se associa ao amor pela república e a igualdade que seu plano regulamenta. Dessa
maneira, a ambição e os desejos pessoais são limitados e perdem poder dentro do âmbito
social, cujas qualidades do indivíduo não são desconsideradas ou inferiorizadas. Com isso,
uma república é constituída por pessoas sábias e felizes.
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Para fins de manter a estrutura da república, são necessárias leis que os legisladores
regulam constantemente em prol de evitar o declínio desse sistema democrático. À vista disso,
é imprescindível disposições gerais para organizar a passagem da propriedade para outrem,
por exemplo, assim como é necessária normas de partilha que serão destinadas à herança, pois
dessa prática se resultará uma conformidade às leis fundamentais. Em Atenas, por exemplo,
era permitido realizar uma cerimônia de casamento com uma irmã consanguínea e não com a
irmã uterina, tendo em vista o objetivo era não atribuir duas porções de terras para um único
indivíduo.
Ainda, sob as considerações dessa agregação, a frugalidade é um item notável, tendo
em vista que os seres, dentro de um sistema democrástico, devem manter uma vivência de
subsistência e harmonia com os bens que lhe são atribuídos. A igualdade, portanto, é item que
se responsabiliza por regular a uma sociedade plena composta por sabedoria, tranquilidade,
ordem social e clemência natural.
Sobre as leis na aristocracia: na dita agrupação, as leis funcionam como ímpares para
eleger uma moderação entre os bens sociais, haja vista que a virtude está associada com a
igualdade e, consequentemente, se distancia da fortuna e da riqueza excessivas. Nessa
perspectiva, a honraria exerce a função de condicionar os cidadãos a uma realidade mais
equitativa e, com base na natureza e nos princípios do governo, se distancia da funcionalidade
do estágio monárquico.
Sobre as leis no despotismo: na conceituação principal, é possível entender que esse
povo é composto por uma leitura baseada no temor e na falta de virtude social. Logo, a
população que vive à mercê não é vista como carente de lei, tendo em vista que depende
explicitamente das decisões de um indivíduo que é soberano e acredita ser superior a toda e
qualquer formalidade escrita, sejam elas leis, normas, fundamentos ou desejos populacionais
que foram unânimes em determinado período.

LIVRO OITAVO

2.5. Capítulos: I ao XIX

➢ Da corrupção dos princípios dos três governos:


Quando se perde o princípio da igualdade em um sistema político, a democracia é
automaticamente anulada do processo. A consequência disso é a ausência de respeito e de
prestígios das decisões e regras atribuídas pelos senadores. Assim, é seguida uma corrente de
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desacato, seja com familiares, amigos e parentes. Instável, o homem torna-se criação da
ignorância e da solidão, cujo principal intuito torna-se corromper o seu semelhante em
detrimento das suas próprias desgraças. Brevemente, são exemplos: compra de votos,
corrupção, plágio e ambição em excesso.
Sendo assim, vê-se que a democracia deve buscar um equilíbrio entre seus elementos
de igualdade. Portanto, é obrigada a evitar dois excessos: o espírito de desigualdade, que a
conduz à aristocracia, ou ao governo de um só; e o espírito de igualdade extrema, que a leva
ao despotismo de um só. Logo, é imprescindível verificar que o exagero nessas condições são
razões para descaso social, sobretudo pela ausência de uma racionalidade superior do ser
humano. Com tudo, as virtudes devem estar ligadas à igualdade e, consequentemente, tal
princípio deve estar inserido no patamar de equilíbrio.
Ainda, na aristocracia, com o poder arbitrário, por exemplo, a lacuna se torna corrupta.
Já quando os nobres se tornam hereditários, a corrupção se acomoda no extremismo. Por outra
perspectiva, na monarquia o problema é proveniente da eliminação paulatina das
prerrogativas dos corpos ou os privilégios das cidades. Isto é, o poder é perdido quando o
príncipe regula todas as leis e circunstâncias ao seu próprio legado ou desconhece sua própria
autoridade dentro do Estado. Para os despóticos, por fim, a deturpação é dada pela própria
natureza. Logo, ao contrário dos citados anteriormente, esse sistema se auto corrompe e,
consequentemente, seus princípios desvirtuosos se auto regulam.

LIVRO ONZE

2.6. Capítulos: I ao VII

➢ Das leis que formam a liberdade política em sua relação com a constituição:
A liberdade é formada por leis e composta de atributos que regulam uma convivência
plena entre os homens. Esse termo é amplamente discutido, pois no meio social já foram
atribuídos diversos significados às distintas maneiras de ser liberto. Com a formação das
sociedades, os governos foram delimitando as funções sociais e os consequentes direito e
deveres do povo, dessa forma, a busca por uma equidade é exponencialmente abordada, tendo
em vista que, a depender das particularidades de uma massa, a liberdade é aplicada de forma
distinta.
A liberdade política não consiste em fazer o que se quer, mas sim praticar aquilo que é
permitido em lei. Isto é, cumprir com as normas postas pelos legisladores, cuja função é
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garantir uma boa funcionalidade social. Assim, em conformidade aos objetivos específicos de
um determinado conjunto social, se é constitucionalizado os meios ideais de se relacionar com
o próximo e com sua própria essência. Em suma, em cada Estado, há três espécies de poderes:
legislativo, executivo e judiciário; através destes, cada nacionalidade reúne uma agregação de
fundamentos essenciais para a sobrevivência e ordenamento jurídico de uma comunidade.
Como resultado, uma lei máxima é base elementar e obrigatória para regular os níveis de
liberdade atrelados ao indivíduo, garantindo direitos e deveres essenciais à realidade de toda
união, bem como institucionalizando o que deve ser respeitado em prol de autonomia e
independência política, cultural e social.

3. PONDERAÇÕES

Sob o viés de uma leitura e interpretação minuciosa da obra, analisa-se que o filósofo
Charles-Louis de Secondat, ou Montesquieu, propõe uma visão complexa sobre o
desenvolvimento das relações entre os Estados, sobretudo com as diferentes leis e domínios
políticos. Ao longo do trabalho, é possível perceber a abordagem dos principais tópicos acerca
dos governos e a formação das leis fundamentais. Ao tratar sobre a criação de Deus e das
normas naturais, o autor apresenta uma ordem cronológica de como as regras são
fomentadoras da sociedade. Naturalmente, o homem não tende a guerrear com seu próximo,
mas viver em harmonia. Com a criação da sociedade, no entanto, a humanidade se polariza e
as competições entre os indivíduos são exponencialmente colocadas em prática. A partir de
então, torna-se necessário pensar acerca da importância da virtude no dia a dia da cultura de
massa e, consequentemente, quais relações são atribuídas nos tipos de governos abordados:
republicano, despótico, aristocrático e monárquico.
Conclui-se, portanto, que os vieses da literatura são atribuídos ao leitor. Assim,
detém-se a capacidade de compreender as funções práticas dos tipos de governos desde o
surgimento da humanidade. Dessa forma, paulatinamente, a dinâmica dos poderes é
conceituada e atrelada aos sentimentos e honra do ser humano. Logo, o entendimento acerca
da forma em que os Estado atual foram originados e modificados com as necessidades
humanas é passível de plena assimilação ao leitor.

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