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I (SONETOS) [PARA CANTAR DE AMOR TENROS CUIDADOS

PA/ra /can/TAR /de a/mor /TEN/ros /cui/DA/dos, A


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (1-4-10)
To/MO en/TRE /vós, ó/ mon/TES, /o /ins/tru/MEN/to; B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-3-10)
Ou/VI / pois/ o /meu/ fú/ne/BRE/ la/MEN/to; B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-8-10)
SE É,/ que/ de/ com/PAI/xão/ so/is/ ani/MA/dos: A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (1-5-10)

Já/ VÓS/ vis/TES, /que a/os/ e/cos/ ma/GOA /dos A


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-4-10)
Do/ TRÁ /cio Or/feu /pa/RA /va o/ mes/mo/ VEN/to; B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-6-10)
DA/ li/ra/ de/ An/fi/ão ao /DO/ce a/CEN/to B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (1-8-10)
Se/ VI/ram /os /ro/che/DOS/ a/ba/LA/dos. A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-7-10)

BEM/ sei,/ que/ de ou/TROS/ gê/ni/os/ o/ DES/tino, C


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (1-5-10)
PA/ra /cin/gir/ de A/PO/lo a /ver/de /RRA/ma, D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 ( 1-6-10)
Lhes/ in/flu/IU/ na/ li/ra es/TRO /di/VI/no; C
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (4-8-10)

O/ CAN/to, /POIS,/ que a /mi/nha /voz/ de/RRA/ma, C


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (2-4-10)
POR/que ao/ me/nos/ o en/TO/a um/ pe/re/GRI/no, D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (1-6-10)
Se/ faz /DIG/no en/tre/ vós/ tam/BÉM/de/ FA/ma. C
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E.R 10 (3-8-10)
Notamos que o Soneto I de Cláudio Manuel da Costa tem a forma fixa clássica de um
soneto italiano contendo versos decassílabos, com as estrofes divididas em dois
quartetos e dois tercetos. Temos então, um Soneto de modelo italiano que utiliza as
chamadas rimas interpoladas ou também emparelhadas, que ocorre quando o 1º verso
rima com o 4º verso, e o 2º verso rima com o 3º, sendo então o seguinte esquema de
rima nos quartetos; ABBA; ABBA, já nos terceto é utilizado as chamadas rimas
intercaladas, sendo então seguinte esquema de rima nos tercetos; CDC; CDC. Também
sendo constituído por versos regulares ao obedecer às regras clássicas estabelecidas
pela métrica. Ao analisar a o primeiro quarteto percebemos que a rima é pobre, pois há
um adjetivo no 1º verso que rima com outro, também adjetivo no 4º verso e o mesmo
acontece entre o 2° e o 3° verso porém rimando dois substantivos, se observarmos o
segundo quarteto temos novamente uma rima pobre, no qual acontece o mesmo
processo de rima do primeiro quarteto. Já no primeiro terceto temos uma rima rica, pois
no 1° verso temos um substantivo que rima com o adjetivo do 3° verso, no segundo
terceto temos uma rima pobre que ocorre entre o substantivo do 1º verso e o outro,
também substantivo do 3°verso.

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