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UFCD 10145

Enquadramento do Sector Farmacêutico

Curso EFA Técnico/a Auxiliar de Farmácia

Formador: Ricardo Nascimento


Tarefa: Ficha de Validação
 Classifica as seguintes afirmações como sendo V/F:

 A farmácia Comunitária é considerada um serviço de saúde de 2ª linha.

 A crise pandémica trouxe às farmácias portuguesas lucros acrescidos. Assim, não


havendo despesas, do ponto de vista económico, as farmácias encontraram na
pandemia uma fonte de rendimentos.

 Na atualidade, as farmácias comunitárias são as responsáveis pela produção,


armazenamento, dispensa e aconselhamento de medicamentos.

 Em Portugal, assim como no mundo, a investigação e o desenvolvimento de novos


fármacos tem aumentado exponencialmente.

 A indústria farmacêutica é a responsável pela distribuição da maioria dos


medicamentos.
Tarefa: Ficha de Validação
 Classifica as seguintes afirmações como sendo V/F:

 A farmácia Comunitária tem um papel preponderante na monitorização de doenças


crónicas.

 O Técnico Auxiliar de Farmácia (TAF) pode ser proprietário de uma farmácia


Comunitária.

 O TAF pode ser diretor técnico de uma farmácia Comunitária.

 A função de um TAF passa pela coadjuvação na área farmacêutica, sob o controlo e


supervisão do diretor técnico.

 A ANF é entidade nacional que regulamenta e supervisiona os sectores dos


medicamentos de uso humano e produtos de saúde, segundo os mais elevados padrões
de proteção da saúde pública, e garante o acesso dos profissionais da saúde e dos
cidadãos a medicamentos e produtos de saúde de qualidade, eficazes e seguros.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica:

Legislação reguladora da atividade farmacêutica

descrita no Decreto-Lei n.º 48 547, de 27 de


Agosto de 1968, atualmente revogada pelo
Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de Agosto.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 48 547, de 27 de Agosto de 1968

 Atividade farmacêutica é descrita no artigo 1º do mesmo Decreto-Lei:


“Compete aos farmacêuticos a função de preparar, conservar e
distribuir medicamentos ao público, de acordo com o regime próprio
das farmácias, dos laboratórios de produtos farmacêuticos, dos
armazéns destinados aos mesmos produtos, dos serviços especializados
do Estado e dos serviços farmacêuticos hospitalares. Compete também
ao farmacêutico a realização de determinações analíticas em
medicamentos, com o fim da sua verificação, e de análises químico-
biológicas, nos termos estabelecidos por lei.”
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 76/2006, de 30 de Agosto

 “Um medicamento é toda a substância ou associação de substâncias


apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas
de doenças em seres humanos ou animais ou dos seus sintomas ou
que possa ser utilizada ou administrada com vista a estabelecer um
diagnóstico médico ou exercendo uma acção farmacológica,
imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções
fisiológicas”.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 48 547, de 27 de Agosto de 1968

 Contém os deveres mais importantes dos farmacêuticos. Esses mesmos


deveres constam agora no Decreto - Lei nº 288/2001 de 10 de novembro e
constituem o Código Deontológico Farmacêutico.

 O capítulo III diz respeito às farmácias, onde se pode encontrar as leis que
regem a dispensa de medicamentos, da abertura das farmácias e do seu
funcionamento, agora revogada pelo Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de
agosto.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Necessidade de revogação:
Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto

 A evolução da sociedade, o dinamismo das farmácias e as profundas


alterações no sector do medicamento incentivaram a reforma legislativa.

Esta lei alterou o regime de propriedade das


farmácias, anteriormente exclusiva a farmacêuticos, e
agora permitida a qualquer pessoa singular ou a
EXCEÇÃO
sociedades comerciais, não sendo permitida à mesma
mais do que quatro farmácias.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto

Exceção:
“Não podem deter ou exercer, direta ou indiretamente, a propriedade, a
exploração ou a gestão de farmácias:
a) Profissionais de saúde prescritores de medicamentos;
b) Associações representativas das farmácias, das empresas de
distribuição grossista de medicamentos ou das empresas da indústria
farmacêutica, ou dos respetivos trabalhadores;

c) Empresas de distribuição grossista de medicamentos;


d) Empresas da indústria farmacêutica;
e) Empresas privadas prestadoras de cuidados de saúde;
f) Subsistemas que comparticipam no preço dos medicamentos.”
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto

 Regulação da direção técnica da farmácia:

• Exigência de uma direção técnica assegurada, em permanência e


exclusividade, por um farmacêutico sujeito a regras deontológicas
próprias e exigentes. Ao diretor técnico é dado o dever de promoção
do uso racional do medicamento, o dever de colaboração e de
farmacovigilância.

 Este decreto estabeleceu que a farmácia tem que ter, pelo menos, dois
farmacêuticos: um diretor técnico e um farmacêutico adjunto, que possa
substituir o diretor técnico nas suas ausências e impedimentos,
nomeadamente, nas férias.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto

 Esta Lei prevê que as farmácias, além da dispensa de


medicamentos, desempenhem outras funções de interesse
público na promoção da saúde e do bem-estar dos utentes.

 O mesmo decreto-lei institui a obrigação de as farmácias


disporem de livros de reclamações.

 Além disso, os utentes podem reclamar numa área determinada


de um sítio na Internet, específica para estas situações.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto

 Sigilo Profissional:

1- Os profissionais de farmácia são obrigados a guardar


segredo dos factos que tenham conhecimento em razão da sua
atividade.

2 - O dever de sigilo cessa quando a revelação dos factos seja


necessária para salvaguardar interesse de sensível superioridade.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 171/2012, de 1 de agosto


 Escolha Livre:

“1 - Os utentes têm direito a escolher livremente a farmácia;

2 - Os estabelecimentos ou serviços de saúde, públicos ou privados,


bem como os profissionais de saúde prescritores de medicamentos,
não podem interferir na escolha dos utentes, sendo-lhes vedado,
nomeadamente, canalizar ou angariar clientes para qualquer
farmácia.

3 - São proibidos os atos ou acordos que violem ou conduzam à


violação do princípio da livre escolha.”
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: Legislação reguladora da atividade farmacêutica

Decreto-Lei n.º 171/2012, de 1 de agosto


 Lista (atualizada) de produtos dispensados pelas farmácias:
• medicamentos;
• substâncias medicamentosas;
• medicamentos e produtos veterinários;
• medicamentos e produtos homeopáticos;
• produtos naturais;
• dispositivos médicos;
• suplementos alimentares e produtos de alimentação especial;
• produtos fitofarmacêuticos;
• produtos cosméticos e de higiene corporal;
• artigos de puericultura e produtos de conforto.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Decreto-Lei n.º16/2013 de 8 de fevereiro:

 Funções técnico auxiliar de farmácia na farmácia:


 Artigo 24.º
 Os farmacêuticos podem ser coadjuvados por técnicos de
farmácia ou por outro pessoal devidamente habilitado;
 Considera-se outro pessoal devidamente habilitado para o
efeito, outros profissionais habilitados com formação
técnico-profissional certificada no âmbito das funções
coadjuvação na área farmacêutica, nos termos a fixar pelo
INFARMED.

Nota: já em 2005, o 2ºartigo do Decreto-lei n.º 134/2005 indicava


que, nos Locais de Venda de MNSRM, o técnico auxiliar de
farmácia podia vender MNSRM, sob a responsabilidade do
farmacêutico ou técnico de farmácia.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Deliberação n.º 396/2017 do INFARMED:

 publicada em Diário da República, 2ª série, n.º 95, de 17 de maio de


2017;
 determina a formação profissional para o exercício de funções
de coadjuvação na área farmacêutica, mais precisamente
funções de TAF (Técnico (a) Auxiliar de Farmácia).
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Segundo o 2.º artigo da Deliberação n.º 396/2017 do INFARMED:

1 - Para o exercício de funções de coadjuvação na área farmacêutica é


necessário reunir os seguintes requisitos:
a) Ter completado a escolaridade obrigatória, de acordo com a
legislação aplicável à data de conclusão da mesma e ter
concluído as unidades de formação de curta duração da
componente tecnológica da Qualificação de Técnico/a Auxiliar de
Farmácia, do Catálogo Nacional de Qualificações;
b) Possuir a qualificação de dupla certificação de nível 4 do
Quadro Nacional de Qualificações (QNQ) de Técnico/a Auxiliar de
Farmácia, obtida por via das modalidades de educação e
formação do Sistema Nacional de Qualificações.

2 - A formação prevista no número anterior é certificada pela entidade


competente nos termos do artigo 11.º da Portaria n.º 851/2010 de 6 de
setembro, alterada pela Portaria n.º 208/2013, de 26 de junho.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Segundo o 2.º artigo da Deliberação n.º 396/2017 do INFARMED:

3 - A componente tecnológica do referencial de formação a que se


refere o n.º 1 deverá ter a duração mínima de 1000 horas e unidades de
formação de curta duração que permitem a aquisição de competências
nas seguintes áreas de competência específica da saúde e da farmácia:
a) Atividades associadas à dispensa de medicamentos de acordo
com os procedimentos legais aplicáveis;
b) …
c) Higiene, segurança e saúde no trabalho no sector da saúde.

4 - A formação profissional habilita para o exercício de funções de


coadjuvação na área farmacêutica nas áreas que não se encontram
reservadas a outras profissões, designadamente, de técnico de farmácia.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

O 3.º artigo da Deliberação n.º 396/2017 do INFARMED diz respeito à disposição


transitória:

1 - Consideram-se devidamente habilitados para o exercício de funções de


coadjuvação na área farmacêutica os profissionais que se encontrem numa das
seguintes situações:

a) Detentores do 12.º ano de escolaridade e de curso de formação de técnico de auxiliar


de farmácia, com os requisitos expressos no n.º 1 da cláusula 4.ª do Contrato Coletivo
de Trabalho (CCT) entre a Associação Nacional das Farmácias e o Sindicato Nacional
dos Profissionais de Farmácia, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 21, de
8/6/2010;
b) Que, tendo iniciado o registo de prática antes da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º
320/99, de 11 de agosto, o vieram a completar antes da entrada em vigor do Decreto-
Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto, e não são titulares da cédula profissional de técnico
de farmácia;
c) Que efetuaram o registo de prática farmacêutica após a entrada em vigor do Decreto-
Lei n.º 320/99, de 11 de agosto e antes da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º
307/2007, de 31 de agosto;
d) Com as categorias de Ajudante de farmácia, admitidos pelas farmácias antes da
entrada em vigor do CCT.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

O 3.º artigo da Deliberação n.º 396/2017 do INFARMED diz respeito à disposição


transitória:

1 - Os profissionais que à data de produção de efeitos do artigo 2.º exerçam funções de


coadjuvação na área farmacêutica em farmácias de oficina, que não se encontrem numa das
situações previstas no número anterior, estejam a frequentar ou tenham concluído cursos de
formação reconhecidos pela entidade competente nos termos do n.º 2 do artigo 2.º são
considerados devidamente habilitados para o exercício de funções de coadjuvação na área
farmacêutica.

2 - Os profissionais que à data de produção de efeitos do artigo 2.º exerçam funções de


coadjuvação na área farmacêutica em farmácias de oficina, e não se encontrem numa das
situações previstas nos números anteriores dispõem de um período de 2 anos para obter ou
completar a formação prevista no artigo 2.º do Regulamento.

3 - O Diretor Técnico da farmácia deve manter atualizada a lista do pessoal com indicação
expressa do seu enquadramento relativamente ao disposto nos números anteriores e
disponibilizá-la às autoridades administrativas sempre que solicitada.

“O presente Regulamento entra em vigor na data da sua publicação


com exceção do disposto no artigo 2.º que produz efeitos a partir da
data da publicação da Qualificação de Técnico Auxiliar de Farmácia
no Catálogo Nacional de Qualificações.”
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 48, de 29 de dezembro de 2018,


(entrada em vigor a 29 de dezembro de 2018):

 A clausula 4.ª descreve os critérios de admissão:


1 - Sem prejuízo do disposto nos números 3 e 4 da presente cláusula e na cláusula 5.ª,
só poderão ser admitidos na farmácia os trabalhadores que satisfaçam as seguintes
condições:

a) Para a carreira de técnicos auxiliares de farmácia - 12.º ano de


escolaridade e curso de formação de «Técnico de Auxiliar de
Farmácia», que preencha os seguintes requisitos:

I) terá que ser ministrado em entidade formadora certificada


oficialmente;
II)deve ter uma duração total de, pelo menos, 240 horas de
formação, metade das quais em formação teórica e a outra
metade em formação teórico-prática;
III) deve permitir a aquisição de competências essenciais.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 48, de 29 de dezembro de 2018,


(entrada em vigor a 29 de dezembro de 2018):

 O curso deve permitir a aquisição das seguintes competências essenciais:


• dispensa de medicamentos e outros produtos de saúde;
• informação sobre a sua indicação terapêutica, correta utilização e
conservação;
• promoção da adesão à terapêutica;
• dispensa de MNSRM de acordo com os protocolos em vigor na farmácia;
• aconselhamento sobre estilos de vida saudáveis;
• Realização de determinações de parâmetros bioquímicos e fisiológicos;
• Preparação de medicamentos manipulados cumprindo todos os
requisitos técnicos e legais;
• Realização de tarefas relativas à faturação de receituário, ao controlo de
stocks e manutenção de equipamentos;
• Contribuição para uma imagem ética e profissional da farmácia;
• Domínio do sistema informático da farmácia e as novas tecnologias;
• Relacionamento de forma adequada com os demais profissionais da
farmácia e da saúde.
Sector Farmacêutico:
- Legislação Farmacêutica: requisitos e condições para o acesso e exercício de
funções de coadjuvação na área farmacêutica

Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 48, de 29 de dezembro de


2018, (entrada em vigor a 29 de dezembro de 2018):

A partir da data de entrada em vigor do artigo 2.º do regulamento


aprovado pela Deliberação n.º396/2017 do INFARMED,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 95, de 17 de maio de 2017,
que determina a formação profissional para o exercício de

funções de coadjuvação na área farmacêutica, só poderão


exercer as funções de TAF os trabalhadores que reúnam os
requisitos da formação estabelecidos no referido artigo 2.º, ou que se
encontrem numa das situações previstas no artigo 3.º do regulamento
supra identificado.

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