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RELATÓRIO PARCIAL
(2019 – 2020)
1.Introdução
Tal caracterização deve ser atestada mediante auto definição da própria comunidade. Esse ponto
traz de uma forma clara a questão da consciência da identidade coletiva, da consciência do que
se é, enquanto o parâmetro principal que todo grupo humano utiliza e sempre utilizou em toda a
história, na construção de sua identidade coletiva.
De acordo com GOMES(2011), Zumbi é uma das figuras mais misteriosas e intrigantes da
história brasileira. Cercado de incógnitas, sua biografia remonta não apenas um cenário de lutas
e resistência, mas também a capacidade que um povo tem de resistir, enfrentar a realidade em
busca de seus ideais. Seria Zumbi dos Palmares não apenas um dos maiores ícones da luta pelas
desigualdades, mas diante das adversidades enfrentadas, da escravidão, do sofrimento e opressão,
seria ele um símbolo de resiliência? No ser humano a resiliência demonstra não apenas a
capacidade de adaptação, mas também de evolução após os momentos de adversidades, com isso
ao abordar esse episódio, seria razoável afirma que ao enfrentar o poder hegemônico vigente em
virtude de seus princípios estaria registrado na história das lutas libertárias no Brasil um dos
grandes exemplos da resiliência?
E como resiliência pode ser definida como “a capacidade humana de enfrentar, vencer e se
fortalecer ou se transformar por experiências adversas” (ALCÂNTARA, FURTADO,
MONTEIRO, 2011) a experiência do Quilombo dos Palmares marcou a história de um povo e de
suas lutas. Palmares tem na sua origem na luta e resistência, a resiliência de um povo para resistir
a situações adversas.
Vale apontar a superação da ideia de raça, a contribuição dos africanos nas artes plásticas, na
religião e na música. Segundo SOUZA(2006) as ações afirmativas que recentemente vêm sendo
implantadas na sociedade brasileira: “( ...) a garantia do acesso a posições às quais os afro-
brasileiros estiveram sistematicamente excluídos é um começo na conquista de condições mais
igualitárias para o desenvolvimento de todas as pessoas, independente de suas origens étnicas
ou sociais” (p.144).
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• Investigar normas e mecanismos de resistência da comunidade quilombola.
•Registrar a história de resistência e de luta e o modus vivendi quilombola.
2.Metodologia
•Planejamento •Realização de
•Analise
de atividades; entrevistas
Qualitativa;
individuais e
•Nivelamento em grupos; •Registro do
de material coletado;
informações; •Observação
direta,
observação
participante;
3. Resultados
Foi possível perceber diante dos relatos, que ocorreu uma melhora através dos anos no que diz respeito
ao mercado de trabalho e educação para os indivíduos da comunidade, entretanto pode-se notar que
houve uma certa diminuição nas tradições passadas por gerações , que haviam anteriormente em Estrela.
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4.Conclusões
A cultura, religião ,coletividade e identidade cultural são os principais fatores que sustentam a
resiliência em circunstâncias vivenciadas pelos indivíduos da comunidade.
Percebe-se que a comunidade de Estrela sofreu e ainda sofre nos dias de hoje impactos que a
globalização causou e que apesar de suas tradições virem diminuindo com o tempo,
principalmente entre os mais jovens, a comunidade como um grupo tentam encontrar formas
e mecanismos de revive-las e preservar sua cultura que é tão rica e diversificada.
Referências
ALCÂNTARA, E. Resiliência urbana de cidades costeiras: um recurso para enfrentar as
mudanças climáticas. 2014. 89f.Relatório Final (Programa de pós-doutorado) – Laboratório de
Estudos Periurbanos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
ALCÂNTARA, Edinéa de Barros e Silva. FURTADO, Maria de Fátima Ribeiro de Gusmão.
MONTEIRO, Circe Maria Gama. Resiliência Social Urbana: Compreendendo como comunidades
pobres sobrevivem em face de políticas públicas inadequadas. Encontro da Sociedade Brasileira
de Economia Ecológica. Brasília- 2011.
GOMES, Flávio dos Santos .De olho em Zumbi dos Palmares : histórias, símbolos e memória
social — São Paulo: Claro Enigma, 2011
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SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi. 2 ed. Porto Alegre:
Bookman, 2006.