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FAIRYTOPIA

EA
COR DO DESENCANTO
CONTO DAS PERSONAGENS:

DIÁRIO DA SERENDIPITIA

DIÁRIO DA NORDLYS

DIÁRIO DA WILLA

DIÁRIO DA PAN
DIÁRIO DA LUMINÍFERA
FAIRYTOPIA
EA
COR DO DESENCANTO

Uma jornada em fairytopia pode ser apavorante....


Serendipitia, Nordlys, Wiila, Pan e Luminífera contam
através de suas artes e palavras como em um lugar
de fadas e magia, o seu sentimento mais
amedrontador pôde aparecer.

Mas, qual será a visão delas sobre


esse sentimento?
Serendipitia
Nunca pensei que iria estrear suas páginas estando
enfiada dentro de uma caverna. Vivenciando uma versão
de um EU tão lamentável. Mesmo tendo lavado minhas
mãos nas águas do rio que nos trouxe até aqui, ainda sinto
um leve cheiro de ferrugem e embora eu seja aprendiz de
cura há mais de um ano, esse cheiro de sangue continua
me causando náuseas. Quando paro para pensar é tão
irreal o fato de eu ter me metido no meio disso tudo. Não
sou nada como o tipo de fada aventureira que minha avó
é, na verdade, gosto muito de ouvir suas histórias sobre
fadas que foram corajosas o bastante e enfrentaram
grandes perigos em nome de seus ideais e sonhos, e no
final ainda conseguiram belas e luminosas asas. Bom, sou
mais parecida com o tipo de ser que gosta de viver
comodamente, correndo por aí, como uma telespectadora
da vida. E isso, era o que eu estava fazendo na área neutra
entre todos os reinos de Fairytopia. Estava apenas
enchendo os meus pequenos pulmões de um ar muito
fresco, contemplando as flores que enfeitavam as copas
das árvores, sentindo o aconchego que os pequenos raios
de sol traziam à minha pele… Quando os meus olhos
capturaram toda aquela inusual movimentação.
Foi muito intrigante ver a Willa reunindo aquele pequeno
grupo de fadas, eu realmente queria saber o que elas
estavam falando. Parecia ser algo bem interessante e
talvez secreto. Isso foi o bastante para chamar a atenção
de uma ávida telespectadora como eu, e acredito que foi
toda essa minha curiosidade crescente, que me fez ficar
quase que petrificada ao notar que elas estavam vindo em
minha direção. Tudo em seguida foi muito rápido. Lembro
de apresentações apressadas, sorrisos nervosos, um
convite audacioso e uma Willa extremamente animada me
dizendo que todas elas estavam a caminho do rio que
levava as laterais do castelo, com o propósito de
desvendar algum segredo escondido sobre o nosso
mundo. Uma verdade oculta. Achei tudo muito estranho,
principalmente a parte, na qual, ela comenta sobre toda
essa história ter vindo da boca de um ser bem velho, fraco
e encapuzado, que desapareceu em um par de segundos.
E mais estranho ainda, o fato de cada uma daquelas fadas,
até pouco tempo desconhecidas para mim, não terem
pensando em nenhum plano ou questionado em voz alta
que aquilo tudo poderia ser algum tipo de armadilha, e ,
até mesmo cômico, quando a Willa tentou me convencer
falando basicamente
que de toda forma sairemos ganhando, já que,
“inevitavelmente todas nos tornaremos grandes amigas”.
Não sei dizer ainda qual parte dentro de mim contribuiu
para que eu desse o meu "sim''. Talvez a necessidade de
fazer parte de um grupo ou uma pequena falha na minha
capacidade de fugir de situações perigosas. A questão é
que: um mero ato impulsivo está transformando
drasticamente a minha rotina, a minha pacata vida. E isso
me amedronta.
Apesar de ter conhecido mais sobre elas e suas
especialidades, tudo ainda é muito frágil. Sinto que
estamos sendo tragadas pelo caminho que nos leva à
Verdade. Em alguns momentos durante a nossa trajetória
até aqui, o pensamento de que eu deveria ter seguido a
diminuta voz que foi acionada na minha cabeça no
instante em que aquele duende apareceu, e assim, ter
fugido disso tudo, ressoa como um sino e faz um alvoroço
no meu estômago.
Agora já é tarde o bastante. Ao olhar para cada uma
delas aqui nesta caverna, sinto que não posso
simplesmente deixar para trás tudo o que passamos
juntas. As lembranças sobre como enfrentamos um
dragão e guardas reais estão bem talhadas em meu ser. A
coragem que nasceu em meu peito e me fez
entrar em uma caverna junto com a Luminífera a fim de
respostas, e da mesma forma, me fez enfiar uma lança
em um roedor gigantesco em busca da sobrevivência,
ainda ecoa na forma de pequenas vibrações sobre as
minhas veias. Na verdade, estou me apegando a isso
para não deixar o medo e a culpa tomarem conta do
meu ser e me roubarem de mim mesma.
Não acredito que esquecerei a feição daqueles três
soldados agora mortos. Entendo que todas nós
estávamos tentando nos defender, mas também
entendo que eles estavam tentando vingar a morte do
dragão que lhes pertencia... E no final a vitória foi dada
áqueles que talvez tiveram uma maior sorte. Nesse
instante, o peso da armadura que carrego em minha
bolsa também pesa em minha alma. Também me pena
o fato de eu não ter conseguido recuperar de todo o
pé de Willa que drasticamente foi decepado durante o
combate. Isso me dói. E no fundo o pensamento de
que eu talvez não consiga me tornar boa o suficiente
em cura me atormenta. No fim, sou um poço das coisas
que mais odeio: incertezas e medo. Tenho medo de
não chegar viva no final disso tudo, tenho medo de não
ser capaz de ajudar estas que estão comigo agora,
tenho medo de acabar matando mais alguém, e tenho
medo do que eu possa vir a me tornar. Talvez eu
necessite mais do que coragem.
Nordlys

Medo. Engraçado tanto pensar, quanto


sentir isso a essa altura do campeonato.
Confesso que já estava quase me
esquecendo de como é sentir medo de
fato, ainda mais se tratando de Fairytopia
e tudo o que ela demonstra e representa.
Adentrar na floresta em busca de um
desconhecido nebuloso na companhia de
fadas que eu ainda não conhecia
profundamente aflorou em mim o que eu
não esperava. Foram um mix de
sentimentos. Minha boca ficou seca, me
senti ofegante, a taquicardia me
acompanhou em todo trajeto.

Ao me deparar com um duende


misterioso (e um tanto peculiar),
percebi que teria que explorar
mais do que só minhas
habilidades com a música para
conquistá-lo e assim termos um
auxílio no caminho.

E por falar em música, essa sim foi o meu


meio de refúgio em momentos
turbulentos. Sempre acreditei que meu
violino e minha mente estão
profundamente conectados e posso dizer
que por mais que não tenha asas, foi isso
que me trouxe vantagens diversas vezes.
Mas posso afirmar com toda a certeza
que uma das cenas que mais me impactou
em anos (e posso dizer que já vi muita
coisa mirabolante pelos bosques e outros
cantos de Fairytopia) foi nosso encontro
com um dragão. Foi ali que senti o medo
da morte, de não sobrevivermos, do
incerto. Minha cabeça parecia querer
explodir. Ao tentar subir no dragão, parece
que minha mente sofreu uma espécie de
borrão.

última cena da qual consigo me


lembrar.
Willa
Provavelmente seja minha primeira e talvez a última, que escrevo e
expresso o meu verdadeiro eu. Então, lá vamos nós!

Tudo começou no bosque, não como parei lá ou o porquê de estar


lá, mas enfim, enquanto estava coletando frutas, galhos, pedras e
tentando fazer um contato amistoso com minha presa quer dizer
meu futuro companheiro esquilo, o que não deu certo! é então que
surge em meio às árvores uma fada estranha, com o rosto meio
coberto pelo capuz, me fazendo um proposta um tanto suspeita,
deveria ter desconfiado e recusado como qualquer boa fada,
contudo era tão intrigante e sedutora, cada palavra pronunciada
pela tal fada, que no fim aceitei de primeira, não me permitindo
pensar com clareza.
Tomando apenas o conselho da tal fada, procurei outras para
descobrir a “Verdade Oculta do Reino” e quem sabe tesouros como
brinde!
Minha primeira colega/amiga foi a Pan, com sua desconfiança e
autocontrole e um tantinho fria, foi um osso convence-lá no começo,
depois encontramos Luminífera, Nordlys e Serendipitia, o que todas
tinham em comum era o senso e o parafuso preso ao contrario de
mim, que iniciou isso tudo.
Durante nosso percurso para o castelo - Diário Pergaminho!, devo
ressaltar um certo traço que faço questão de esconder e da qual não
me orgulho muito: sou péssima com a memória no quesito conversa
- por isso que não lembrava tanto das orientações da fada do
capuz.
Acho que o destino se compadeceu de minha falta de orientação e
nos fez andar até certo lugar e é aqui que tive meu primeiro susto,
não estou brincando!

Imagine ouvir um som estranho, atrás de um arbusto que se mexia


constantemente, com coragem voei até atrás desse arbusto e
descobrimos que era um duende, ao vê-lo, o primeiro instinto
emocional foi querer fugir para longe dali.

Não era uma criatura má ou tinha uma intenção assassina, era até
manso. Entretanto seu sorriso, olhar, cada expressão feita me
paralisada de medo, e por mais que aos poucos fui perdendo a
intensidade desse sentimento, porém não nego que se me
encontrasse de novo com um deles, fugiria sem pensar duas vezes.

Voltando ao encontro com esse psic… quer dizer duende, foi difícil
termos uma comunicação que não fosse rima, mímica ou desenho e
chocolate, mas provavelmente deve ter sentido empatia (e
contentamento com o tanto de chocolate que ganhou de nós)
desenhou um mapa na terra a nossa frente, que me fez
magicamente lembrar das coordenadas que a fada do capuz me
disse, e que foi bem pontuado pelas garotas kkkk!
Enfim, seguimos até encontrarmos um dragão feroz em uma caverna
cujo o final da cauda brilhava intensamente e que nos chamou
atenção, um colar de pedras vermelhas belamente posicionadas,
poderíamos apenas fugir ou fingir que não o viu, mas não dava
tempo, o dragão vinha em nossa direção com raiva cuspindo fogo,
assim não tínhamos escolha, tínhamos que agir contra!

Foi aí que Pan com seu poder químico criou um sonífero potente e
com a esperteza e agilidade das meninas conseguimos o pôr para
dormir e é a partir daqui que tudo desanda…

Nos separamos em dois grupos, um entrou na caverna para ver o


que tinha e se havia outra abertura para passarmos o outro ficou
para vigiar e pegar o colar, e eu estava nesse último.
Tudo que deveríamos fazer era esperar, mas havia tempo limite para
o efeito da poção e minha ganância por ouro, nos fez matá-lo, não
me arrependo de ter feito isso, apenas de ter cobiçado demais e não
ter vigiado o perímetro, o que permitiu o surgimento de três soldados
fortes, de um seguimento de nove, e com uma veia assassina
aparecerem na cena.

Tentamos nos esconder, mas não foi possível, demoramos demais, o


que custou muito de nós, o desespero que senti foi grande, a Pan
presa a boca do dragão, agora morto, por uma flecha, atirada por
um dos soldados.
Nesse ponto, o primeiro grupo acabara de chegar, foi um sopro de
ar aliviante por pouco tempo, pois por conta de um descuido meu,
um dos soldados raivosos apareceu perto demais de mim.
Não pensei em nada e nem conseguiria, foi se o tempo tivesse
parado, me senti fria e apenas agi instintivamente, voando para
cima, para longe, mas foi devagar demais.

Dor, intensa e pulsante foi tudo que senti na minha perna direita,
cada nervo conectado a raiz dessa sensação ressoou por todo meu
corpo, e por um segundo tudo o que meus ouvidos puderam captar
foi o grito que saia loucamente das minhas cordas vocais sem
controle algum.

O que aconteceu depois foi apenas uma sequência de cenas, repletas


de emoção descontrolada: raiva, felicidade de vê-los morrer, dor e
alívio…
Neste momento em que escrevo, estamos em outra caverna, tudo
isso por conta de joias, que nos arriscamos a pegar, não é seguro e
nem o ideal ficarmos em um lugar assim, mas é o que temos
disponível.
Olhando com calma vejo o local onde deveria ter meu pé, mas agora
apenas vejo uma próteses de madeira com uma aparência melhor
que a anterior. Não culpa a Serendipitia, Luminífera, Nordlys ou a
Pan o que aconteceu com ele, fizeram tudo o que podiam para
recupera-lo, é minha culpa por não ter tido cuidado e agora se torna
uma recordação de que não há como voltar atras, da tola decisão
que fiz e do risco e a probabilidade de morte que a descoberta do
segredo desse Reino traz.
Rezo aos céus que nada ruim aconteça em nossa jornada!
Pan
Pan viva andando
para lá e para cá
em sua vila no
Reino do Campo.

Mesmo com asas, ela dificilmente


voaria. Ela só consegue voar alguns
metros longe do chão. Porém, ela é
muito boa em pó magico.

Em determinado momento, ela decidiu


passear pelo bosque para ver o que
encontrava. Além de gravetos e frutos,
uma outra fada a cumprimentou e
INSISTIU que acompanhasse em uma
aventura

Mesmo que parecesse suspeito o convite, pan aceitou.


Juntaram mais três fadas Seredipitia, lumifera e nodlys.
No percurso da jornada, Pan pegou e anotou em algumas
folhas suas (des)encantos...

Um duende pequeno, de
aparência assustadora. Ele não
falava nada, apenas olhava.
Sua gula insaciável por
chocolates, apenas me intrigava
mais do que obter informações....
Mesmo que aquele duende
tenha nos dados pequenas
informações e ido embora,
ainda sim fico amedrontada
por aquele ultimo sorriso.

No fim disso tudo, o destino


nessa jornada prometia o seu
mais terrível trunfo.
O dragão "real"
Mesmo meu corpo paralisado,
os meus olhos via aqueles
olhos escuros, dentes afiados,
garras que dilaceram qualquer
animal, asas e escamas
deslumbrantes.
O dragão avançou e as outras
fadas também,. O meu corpo
saia da paralisia e apenas
avançava sozinho. O combate
não terminou ao matar o
dragão

Guardas vestindo armaduras e


portando armas. Minha mão
ensanguentada pela fecha que
me atingiram. Não havia mais
possibilidade de fazer pó de
fada em sono.
Nesse cenário, só queria fugir, sair
dali o mais rápido que puder,
porém.....e elas ? sei que esses
medos meus podem atrapalhar,
mas...mas.... será que posso apenas
fugir e me esconder?

acho que já sei a resposta.....


Luminifera
DETALHES

A cor roxa representa o


sentimento de medo,
enquanto tons mais claros
representam alegria e
coragem

O mapa da página 18
segue a lógica dos filmes
de fairytopia, sendo
apenas uma ilustração dos
locais dos filmes
ESCRITORAS

ESTHER GARCIA 18/0100441

GIOVANNA E. FERREIRA 19/0087978

ELOIZA SILVA 19/0086629


ANALYCE RAYSSA 21/1026548
MAYARA REIS
FAIRYTOPIA
EA
COR DO DESENCANTO

Uma jornada em fairytopia pode ser apavorante....


Serendipitia, Nordlys, Wiila, Pan e Luminífera contam
através de suas artes e palavras como em um lugar
de fadas e magia, o seu sentimento mais
amedrontador pôde aparecer.

OBRIGRADO POR LER

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