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Os 7 pecados capitais
Os sete pecados capitais são, segundo a doutrina católica, os principais erros ou vícios que dão origem
às diversas ações pecaminosas cometidas pelas pessoas. Em outras palavras, pode-se dizer que são a raiz
dos pecados, os "líderes" das más ações e dos maus pensamentos. O termo "capital" tem origem na
palavra latina caput, que significa "cabeça", "parte superior".

Os sete pecados são a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça.

1. Soberba A soberba pode ser definida como orgulho excessivo. É a tendência de se considerar
melhor do que as outras pessoas. A soberba é o pecado da pessoa extremamente vaidosa, que pensa e age
como se estivesse acima de tudo e de todos. O oposto da soberba é a humildade.Para os católicos, a
soberba é o principal pecado ou a raiz de todos os pecados, já que ela faz parte do pecado original,
descrito no Gênesis.Deus proibiu que Adão e Eva provassem do fruto da árvore do conhecimento do bem
e do mal. Mas o demônio, em forma de serpente, tentou os dois, dizendo que, se provassem do fruto,
seriam semelhantes a Deus, conhecedores do bem e do mal. Querendo se tornar independentes do Senhor,
Adão e Eva cometeram o pecado da desobediência e da soberba.Uma das passagens bíblicas que faz
referência ao pecado da soberba é esta: O Senhor detesta os orgulhosos de coração. Sem dúvida serão
punidos.
Provérbios 16:5

2. Avareza A avareza, também chamada de ganância, é o apego excessivo aos bens materiais e ao
dinheiro. A pessoa avarenta é mesquinha, isto é, não gosta de compartilhar o que tem e faz de tudo para
ter sempre mais. A avareza é o oposto da generosidade.Há muitas passagens na Bíblia que fazem alusão à
avareza. Uma delas está na Primeira Epístola a Timóteo, redigida pelo Apóstolo Paulo:

Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e
nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz
de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram
com muitos sofrimentos.

1 Timóteo 6:9-10

3. Inveja A inveja é a tristeza pelo bem de outra pessoa. O invejoso é aquele que se sente mal
pelas conquistas alheias, e é incapaz de ficar feliz pelos outros, como se a vitória da outra pessoa
representasse uma perda pessoal. O oposto da inveja é a caridade, o desapego e o altruísmo.Há muitas
passagens bíblicas sobre a inveja. Uma das mais importantes é aquela que narra o primeiro homicídio
(Gênesis 4). No Antigo Testamento, lemos que Caim matou o próprio irmão porque Deus havia apreciado
mais os sacrifícios feitos por Abel. Portanto, de acordo com a Bíblia, o vício por trás do primeiro
homicídio é a inveja.

Em 1 Pedro 2:1, há uma advertência sobre a inveja:Livrem-se, pois, de toda maldade e de todo engano,
hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência.

1 Pedro 2:1

Outra menção a esse pecado pode ser encontrada em Gálatas 5:26:Não sejamos presunçosos, provocando
uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.

Gálatas 5:26
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4. Ira Ira, raiva ou fúria é uma manifestação intensa de indignação que pode levar a agressões
verbais ou físicas. O oposto da ira é a paciência.

Há muitas passagens bíblicas que abordam o vício da pessoa irritadiça, furiosa ou violenta. É o que se vê,
por exemplo, neste versículo do Livro de Provérbios:

O homem irritável provoca dissensão,

mas quem é paciente acalma a discussão.

Provérbios 15:18

Em Salmos 37:8, há conselhos importantes para as pessoas raivosas:

Evite a ira e rejeite a fúria; não se irrite: isso só leva ao mal.

Salmos 37:8

5. Luxúria A luxúria, lascívia ou libertinagem é o pecado associado aos desejos sexuais. Para os
católicos, esse pecado tem a ver com o abuso do sexo ou a busca excessiva do prazer sexual. O oposto da
luxúria é a pureza. Das passagens bíblicas que tratam desse pecado, uma das mais incisivas é a que está
em Gálatas 5:19:

Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;


Gálatas 5:19

Em Colossenses 3:5-6, há outra referência: Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena
de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa
dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência,
Colossenses 3:5-6

6. Gula A gula é o pecado associado ao desejo de comer e beber de maneira exagerada, para
além das necessidades. Esse pecado tem a ver com a perda de controle em relação ao próprio corpo. O
oposto da gula é a moderação

Na verdade, quase todos os pecados estão relacionados à falta de moderação. No caso da gula, trata-se do
consumo em excesso de comida e bebida, ao qual se atribuem males físicos e espirituais, já que pode
levar a outros pecados, como a preguiça. A gula é uma manifestação da busca da felicidade em coisas
materiais.

Em Provérbios 23:20-21, há um conselho aos que querem se manter distantes da tentação da gula:

Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados
e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos.

Provérbios 23:20-21
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7. Preguiça A preguiça é a falta de vontade ou de interesse em atividades que exijam algum


esforço, seja físico ou intelectual. Ela pode ser definida como a falta de ação, a ausência de ânimo para o
trabalho e outras tarefas do dia a dia. O oposto da preguiça é o esforço, a força de vontade, a ação.

Para os adeptos do catolicismo, o pecado da preguiça tem a ver com a recusa voluntária ao dever do
trabalho (da busca do pão de cada dia), mas também se relaciona com a falta de ânimo nas práticas de
devoção e na busca da virtude.

Dentre as passagens bíblicas que falam sobre esse pecado, destacam-se as seguintes:

O preguiçoso deseja e nada tem, mas o desejo dos que se esforçam será atendido.
Provérbios 13:4

Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio!


Provérbios 6:6

O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho.


Provérbios 21:25

A origem dos pecados capitais


A origem dos sete pecados está numa lista escrita pelo monge cristão Evágrio Pôntico (345-399 d.C.) a
fim de enumerar os principais maus pensamentos que atrapalham uma rotina de práticas religiosas. Em
vez de sete, a lista era composta por oito pecados. Além dos atualmente conhecidos, havia a tristeza. Não
havia a inveja, mas a vanglória (vaidade).

Mais tarde, a lista foi traduzida para o latim e reescrita pelo Papa Gregório I (540-604 d.C.). Ele excluiu a
preguiça, adicionou a inveja e elegeu a soberba como o pecado principal.

No século XIII, o frei Tomás de Aquino (1225-1274) recuperou a lista, incluindo outra vez a preguiça no
lugar da tristeza. Os sete pecados, tais como conhecemos hoje, remontam à lista de Tomás de Aquino.

Apesar de estarem relacionados à temática bíblica, os sete pecados capitais não são assim denominados
nem listados na Bíblia. Foram criados posteriormente pela Igreja Católica.

Mas qual seria a explicação religiosa para a origem dos pecados na vida das pessoas? Em Marcos 7:21-
23, há uma passagem que lança luz sobre essa questão:

Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os
homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a
arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro.
Marcos 7:21-23

https://www.significados.com.br/7-pecados-capitais/
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Origem dos 7 pecados capitais Os pecados capitais surgiram no século IV, numa lista
elaborada pelo monge grego Evágrio Pôntico (345-399). O objetivo desse monge ao criar uma lista
de pecados era fazer um levantamento dos principais vícios que atrapalham uma rotina voltada ao
exercício espiritual (ascese).

Portanto, os sete pecados capitais não surgiram na Bíblia, embora todos eles estejam intimamente
associados a passagens bíblicas. Numa leitura atenta da Bíblia, podem-se encontrar referências a cada um
dos sete pecados, mas não se encontrará em parte alguma o nome “sete pecados” ou algo que se
assemelhe a uma lista dos mais graves vícios que afastam os cristãos da graça de Deus.

De acordo com a doutrina católica, os pecados capitais são a fonte de todos os vícios. Eles estão na
origem de todas as ações pecaminosas conhecidas. Atualmente, são reconhecidos os seguintes pecados
capitais: soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça.

Mas a lista de pecados capitais variou ao longo do tempo. A primeira lista, por exemplo, trazia oito em
vez de sete pecados, sendo que um deles é o vício da tristeza, que já não consta das listas atuais.

A formulação original do monge Evágrio Pôntico ganhou contornos oficiais só no século VI, quando o
Papa Gregório I (540-604) escreveu a sua própria lista. Ela continha os seguintes pecados: inveja, ira,
avareza, gula, luxúria, tristeza e vanglória.

Como se pode ver, na lista de Gregório os pecados são reduzidos a sete. Mantêm-se dois pecados que já
apareciam na lista original: a tristeza e a vanglória (vaidade). Exclui-se o pecado da preguiça e adiciona-
se a inveja, que se mantém até hoje. A lista de Gregório é menor porque ele decidiu excluir o orgulho,
elevando-o à categoria de “senhor” de todos os pecados.

O responsável por apresentar a lista que conhecemos hoje é o frade católico Tomás de Aquino (1225-
1274). Ele fez uma revisão das listas anteriores e apresentou a lista definitiva dos sete pecados capitais:

1. Soberba: orgulho ou vaidade excessiva, a soberba é o principal pecado. É o pecado cometido por Lúcifer,
que se rebelou contra Deus. Seu oposto é a humildade.
2. Avareza: é o apego exagerado ao dinheiro e aos bens materiais. Seu oposto é a generosidade.
3. Inveja: é a tristeza pelas conquistas dos outros. Seu oposto é a caridade, o desapego. O primeiro
homicídio, narrado no Antigo Testamento, é provocado pela inveja que Caim sentia por Abel.
4. Ira: é raiva, fúria, descontrole, que pode levar à violência. Seu oposto é a paciência.
5. Luxúria: é a busca excessiva dos prazeres sexuais. Seu oposto é a castidade.
6. Gula: é o desejo exagerado de comer e beber. Seu oposto é a moderação.
7. Preguiça: falta de vontade em atividades (físicas ou mentais) que exigem esforço. O oposto da preguiça é
a ação, o esforço. Tomás de Aquino usou o termo acídia (tipo de tristeza, apatia, tédio, torpor). Mas com
o tempo prevaleceu o uso do termo preguiça.

A palavra “capital” vem do termo latino caput, que significa “cabeça”. Isso significa que os pecados
capitais são os líderes, os chefes de todas as ações pecaminosas. Eles estão na origem de todas as faltas.
Por isso que se diz que os sete pecados não são ações concretas, mas tendências humanas ao vício.

Assim, uma pessoa pode cometer um assassinato guiada pela ira. A inveja pode estar por trás de atos de
crueldade e trapaças. Manifestações de egoísmo e falta de caridade são fruto da avareza.

Todos os defeitos humanos, segundo a ótica cristã, são derivados de cada um dos sete pecados, que
podem ser encarados como tendências para o vício. Essas tendências, por sua vez, têm a ver com a
natureza pecadora dos seres humanos, cuja origem está no pecado original cometido por Adão e Eva.
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Assim como a falta cometida por Adão e Eva no Paraíso, todo pecado pode ser encarado como uma
transgressão à vontade divina.

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