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INTRODUÇÃO

A cerca de 500 milhões de anos atrás na Terra, encontraríamos continentes desérticos


em relação a existência de vida. Nessa época, os seres vivos ocupavam apenas mares e
lagos. Os primeiros organismos a ocuparem a terra firme, ao que tudo indica foram às
algas verdes primitivas, ancestrais das plantas atuais. O ambiente era extremamente
seco e com uma vasta área a ser conquistada e livre de competidores. Graças a
autossuficiência das alimentadas plantas, não precisavam de outros seres vivos para se
estabeleceram em terra firme. Assim, a conquista da terra firme pelas plantas tornou
esse ambiente convidativo para os animais que podiam utilizar plantas como alimento.
Possivelmente, os primeiros a empreender essa conquista foram os artrópodes
primitivos, ancestrais dos insetos e dos aracnídeos atuais. Logo depois outros grupos de
animais invadiram a terra firme entre eles o grupo dos vertebrados. Se as plantas não
tivessem ocupado os continentes, não estaríamos aqui hoje. Se elas desaparecessem,
nossa sobrevivência e a de milhões de outros animais ficariam seriamente ameaçadas,
pois nos alimentamos direta ou indiretamente dos vegetais. Ao comermos pão, arroz e
batata, por exemplo, os mais tradicionais alimentos da humanidade estão ingerindo
substâncias orgânicas que as plantas produzem por meio da fotossíntese. Mesmo quando
comemos um ovo ou um bife, estamos ingerindo energia que as plantas captaram
originalmente da luz solar: as substâncias orgânicas que compõem as estruturas dos
animais são produzidas a partir de vegetais que eles ingeriram como alimento. Além da
função de grau alimentício as plantas desenvolvem numa função de suma importância
para toda a humanidade e para todos os outros seres vivos, em relação a liberação de gás
oxigênio para a atmosfera, que é usado pelos seres aeróbicos como comburente para
substâncias orgânicas ingeridas na alimentação, sendo utilizadas pelas mitocôndrias1 no
processo de respiração celular promovendo a liberação de energia para o organismo,
mantendo os processos vitais dos seres vivos em geral. Com esta frase ele ganhou o
prêmio Nobel. Resumindo o grande mistério da evolução, que até hoje vários estudos
foram feitos para tentar montar este imenso quebra-cabeça.

Todos os seres vivos, desde o mais simples como as células até as mais complexas
como os animais, as plantas também possuem uma longa história. Os vegetais através
do processo de fotossíntese tem a capacidade de transformar a matéria inorgânica em

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orgânica. A água absorvida pelas raízes,  CO2 (gás carbônico) atmosférico que entra
pelas folhas (estômatos) e a energia proveniente da luz que é absorvida pelos
cloroplastos (pigmento que dá coloração verde das folhas) é transformada em energia
química, fonte de energia para sobrevivência dos seres vivos. Por isto o processo de
fotossíntese é necessário para a vida neste planeta. Se a Terra não tivesse o manto
vegetal que reveste a superfície da terra, a vida animal não seria impossível. Porque as
plantas, desde as árvores mais altaneiras à deriva no oceano, são a fonte de alimento que
consumimos e do oxigénio do ar que respiramos. Uma vez que só as plantas fabricam
substâncias orgânicas, todos os animais dependem delas para se alimentarem. Alguns
animais consomem as folhas, os frutos e outras partes das próprias plantas. Outros se
alimentam de animais que, por sua vez, se alimentam de plantas, ou seja, sem planta não
existiria vida terrestre.

Os estudos de cultural africano vem ganhando espaço na sociedade brasileira, nos


terreiros de candomblés nas últimas décadas. Os vegetais, também, estão inseridos
dentro do culto obtendo uma grande importância tanto na ritualística, culinária e
medicina tradicional. Tráfico de africanos pelo Atlântico não foi só de pessoas e sim de
conhecimentos e produtos que são utilizados até hoje em na culinária e nos terreiros de
candomblé. Conhecimento que até hoje levam o homem em busca de aliviar seus males
através de medicamentos utilizados da natureza, pessoas de diversos grupos religiosos
de matrizes africanas vem utilizando plantas para uso próprio, passando de
conhecimentos herdados dos escravos africanos ao Brasil no século XVI são marcantes
no tocante às plantas úteis, tanto medicinais como alimentícias. O estudo etnobotânica
vem permitir ao homem um melhor conhecimento em suas diferentes dimensões,
resgatando os papeis que as plantas nos desempenham diferentes ambientes culturais.
Nesta trajetória transatlântica muitas espécies de plantas eram levadas de seus países de
origens para serem cultivadas, como da Ásia, vieram: Jaqueira (Artocarpus integrifolia
L.); Mangueira (Mangifera indica L.); Tamarineira (Tamarindus indica L.); Figueira
dos pagodes (Ficus reigiosus L.) Urbanização; Bambu (Bambusa vulgaris Schrad.)
Urbanização; Manjericão (Ocimum sp.); Melão de São Caetano (Mormodica charantia
L.); Algodão (Gossypium barbadenses L.); Erva doce (Pimpinela anisun L.); Tangerina
(Citrus nobilis Lour.); Gengibre (Zingiber officinale Roscoe). E os africanos os:
Dendezeiro (Elaeis guineensis L.); Mamona (Ricinus communis L.); Melancia
(Citrullus vulgaris schrad.); Inhame (Dioscorea sp.); Quiabo (Hibiscus esculentus L.);
Obí (Cola acuminata Schrad & Endl.); Orógbó (Garcinia cola Heckel); Àrìdan
(Tetrepleura tetraptera Taub.); Palha da costa, rafia natural (Raphia vinifera P. Beauv.);
Rinrin (Peperomia pellucida (L.) Kunth.). Espécies Americana levadas para Africa:
Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Poir. & Lam.); Caju (Anacardium occidentalis L.);
Fumo (Nicotiana tabacum L.); Goiaba (Psidium guajava L.); Milho (Zea maiz L.);
Tomate (Lycopersicum esculentum Mill.); Erva-guiné (Petiveria alliaceae L.); Erva-
tostão (Boerhavia difusa L.); Erva-de-São-João (Ageratum conyzoides L.);
Vassourinha-doce (Scoparia dulcis L.); Língua de vaca (Talinun triangulare (Jacq.)
Willd.).

Estes conhecimentos estão espalhados pelos quilombos casas de candomblé, até os


quintais de cidades brasileiras. Conhecimento que até hoje levam o homem em busca de
aliviar seus males através de medicamentos utilizados da natureza, pessoas de diversos
grupos religiosos de matrizes africanas vem utilizando plantas para uso próprio
passando de conhecimentos herdados dos escravos africanos ao Brasil no século XVI
são marcantes no tocante às plantas úteis, tanto medicinais como alimentícias.

As plantas são de muita importância para o culto religioso, na ritualística nas casas de
candomblé, no valor simbólico das plantas de um modo geral, utilizada individualmente
ou coletiva para determinadas ocasiões requerida no ritual. Estas informações são de
grande importância, permanecendo oculta durante décadas obscuras, passando de
geração em geração, por informações orais, dos mais antigos para os mais novos.

O esclarecimento na interpretação do mundo dos òmo Òrìsá, independente da casa de


candomblé, contendo a mesma essência, sem perder a sua finalidade do culto Òmo
Òsányìn, que desempenha um papel fundamental com o mundo dos vegetais, o grande
sacerdote das plantas, sendo o retentor de todos segredos que as contem, grande
feiticeiro, que realiza cura para todos os males do corpo, tanto no mundo físico e
espirituais. Ele desperta o poder dos vegetais, com suas folhas, raízes, frutos, casca de
arvores e etc., podendo trazer riquezas e progressos. Podemos dizer Kó sí èwé, kó sí
Òrìsá (sem folhas não há Òrìsá).

Òsányìn é originário de Ìràwò (cidade da Nigéria. Benin), ele tem mais conhecimento
de folhas de qualquer Òrìsá, descrito como uma divindade. É representado pela figura
de suporte de haste de ferro com sete pontas com um pássaro no meio, ele não leva as
pessoas para dentro da floresta para instrução, mas cura aqueles que rezam com ele
usando as ervas adequadas ou outro material. Ele é uma semente jogada no chão por
Òrunmilà, brotando um Òrìsá muito inteligente. Vive na floresta com seu amigo Aròní,
que tem um olho na testa, um braço, uma perna, uma só mão. Òsányìn está ligado a Èsù
e Òrunmìlà.

Na religião Africana o detentor deste poder é o Òrìsá Òsányìn, o grande sacerdote das
folhas o curandeiro, pois nas folhas estão todas as curas para todos os males, ele está no
comando de raízes folhas e ervas. é originário de Ìràwò (cidade perto da atual
fronteira/Nigéria/Benin). De acordo com a história deste Òrìsá existem várias lendas e
mitos e grande mistério ao seu redor, Ele disse ter mais conhecimento da utilização de
materiais de plantas em doença de cura do que qualquer outro orixá. Ele é descrito como
o deus representado pela figura de um pássaro em uma barra de ferro. Ao contrário ele
não leva as pessoas para dentro da floresta para a instrução, mas curas aqueles que
rezam com ele usando as ervam adequadas ou outros matérias. Òsányìn é uma semente
jogada na terra por Òrunmìlà, na qual brotou um orixá muito inteligente de uma. Vive
na floresta junto com seu amigo Arọ̀ní, que tem um olho na testa, um braço, e uma
única perna, uma so mão. Òsányìn este muito ligado a Èsù e Òrunmìlà.
Também associado com Òrunmìlà enquanto o ultimo estava na Terra. Quando
Olódùmarè criou o céu e a Terra e os seres humanos, havia várias doenças, atribuídas
por intervenção de Èsù e Ajẹ (bruxas).

Àó bá ṣere mọ Ọ̀sé̩ , awo won n’ ìlè Elèrìn.

Èfùúfú lẹ̀gẹ̀ awo ò ‘jámọ

Adíá fún Elésìjé – Mogboòràyè

Akọni tórí ò gbodò fọ́

Adíá f Ọ̀rùnmìlà

Ẹdú O̩lọ́jà nìnù ẹbọra

Ní’jọ́ tí wón ní ò lénì Kankan

Ose era seu Ifá, o pai de Elèrìn


A tempestade foi o pai Jàmo

Quem adivinha para Elésìjé-Mogboòràyè

O herói não pode sofres a dor na cabeça

Quem adivinha para Òrunmìlà

A chave entre deuses

No dia em que foi legado

Que ele não tinha com quem brincar.

No dia em que foi legado, que ele não tinha com quem brincar. Na reunião dos espíritos,
Òrunmìlà foi rido com alguém que não tinha parente mais próximo. Isso o fez triste para
que ele consultasse um adivinho para ver se ele poderia ser ajudado. O adivinho Disse
para fazer um sacrifício, e ele fez. Reunindo as misturas com as folhas de Ifá, para o
sacrifício, ele convenceu a sua mãe a tomar o medicamento, veio de sua mãe
explicando, ela falou que 20 anos tinha passado sua menopausa, a pois quatro meses
depois ela engravidou, sem estado com um homem, passando o tempo em que o filho
nascido desta intervenção, virou um mistério, nasce uma criança com uma folha na mão,
a folha foi plantada e logo se espalhou a notícia por todas as parte do mundo e foi
conhecido como Esan eyin’ que é Òsányìn. Esta história surgiu de Ekiti onde Òsányìn é
venerado por toda a cidade com celebrações. Esta história sugere a ligação entre
Òsányìn e Òrunmìlà. Outra leitura revela outro mito que Òsányìn era um ajudante de
Òrunmìlà no céu e que Òsányìn veio ao mundo com Òrunmìlà devido sua amizade.

Ifá kíkó níí mú ni imo Ifá

Ọ̀nà sìsí nìì mú ni imọ ọna

Ọ̀ná tí a kò rìn rí

Míí ṣe ni ní sìbálá sìbolo

Adífá fún Ọ̀rùnmìlà

Akì fún Òsányìn Ewèlè


Lójó tí Olódùmarè dé igbá kalẹ̀

Tí Ọ̀rùnmìlà ní oùn lè kifá

Kì oùn mọ ohun tí n be

Nínú igbá tí Olódùmarè kalẹ̀

Tí Òsányìn n ké pé

Dandan kí ì dan n ti’ dan

Ibi tí Ọ̀rùnmìlà bá yán

Ibè ni òun Òsányìn n rè

Àfi kí Ewèlè tẹ̀ lè Ọ̀rùnmìlà

Ifá nké pé òde kò dára

Eni tí a wí fún kó gbó

Kí á sóró fún ni kí ágbà

Àwugbó àfòògbà ojó kìnní

Ló so Òsányìn di eru Ifá

É o estudo de lfá que permite que um mestre de lfá

A falta da estrada permite conhecer o caminho certo

O caminho que a pessoa não tenha pisado

Dá uma causa de quebra-cabeça que caminho tomar

Foi o Ifá adivinhava para Òrunmìlà

E recitou a audiência de Òsányìn Ewele

No dia Olódùmarè configurar uma cabaça coberta

Quando Òrunmìlà alegou que ele era capaz de recitar versos Ifá

E, assim, conhecer o conteúdo da cabaça coberta


Quais Olódùmarè configurar como um teste

Na ocasião em que insistiu que Òsányìn

Desde necessidade implica compulsão inevitável

Para onde quer que Òrunmìlà vai

Para o mesmo lugar que ele Òsányìn também vai

A todo o custo Ewele deve seguir Òrunmìlà

Ifá advertiu insistentemente que o terreno era acidentado

Aquele que é avisado aprender a obedecer

Para ser avisado e de respeitar o aviso

A desobediência obstinada em um ponto no tempo

Resultou em Òsányìn tornando-se escravo de Ifá

Quando Òsányìn veio ao mundo ele continuou sua amizade com Òrunmìlà
durante a guerra com “Ayele” Òsányìn foi capturado e Òrunmìlà procurou em vão seu
amigo e recorrendo a Ifá descobriu o que tenha acontecido com ele, e do verso de Méji
ele obteve a resposta.

Gbinrin bí itì bí ìtì gbinrin

A dìfà fun Òrùnmìlà

Ifá n lo ra Òsányìn loko erú

Òsányìn nbe nì igbèkùn

Òsányìn n fi omi ojú se ògbéré ìgbèrùn

Òsányìn n ráre lóko Kòójó

Òrúnmìlà wá owó kàn

Bàbá reè ra Òrúnmìlà loko eru


Pesado como um tronco de madeira

Foi adivinhava para Òrúnmìlà

Ifá ia comprar Òsányìn da escravidão

Òsányìn foi definhando em cadeias

Òsányìn estava chorando seus olhos para fora

Òsányìn estava sofrendo na fazenda de Kòójó

Òrúnmìlà contando dinheiro a todo custo

Pai foi e comprou Òsányìn da escravidão.

Ao saber que Òsányìn estava sendo vendido no mercado como escravo, Òrúnmìlà
procurou em todos os lugares e apresou-se em encontrar e encontrou-o amarrado numa
árvore, soltando e abraçando. Òsányìn ficou cheio de alegria e cantou.

Ogun kó mi o! o!

Ogun màmà kó mi

Òrúnmìlà ni ó mú mi wá àjò

Ogun kó mi

Ai de mim! I foram capturados na guerra

Na verdade, eu ter sido capturado na guerra

Òrúnmìlà que foi quem me trouxe de uma jornada

E eu fui capturado na guerra!

Esta canção colocou Òrúnmìlà as lagrimas e ele perguntou o quanto Òsányìn era
querido. Òrúnmìlà pagou com prazer a quantia de 240 sacos de búzios, levando para sua
casa e por três meses e depois enviou para trabalhar.
Um dia Òrúnmìlà saiu e perguntou a Òsányìn para limpar o campo da parte de traz da
casa, quando Òsányìn foi realizar a tarefa ele descobriu que a maior parte das plantas
tinha propriedades medicinais e não cortou. Quando Òrúnmìlà voltou ele ficou furioso e
quis saber por que motivo suas ordens não foi comprida, Òsányìn em versos respondeu.

Ọ̀rùnmìlà mú Òsányìn re inú oko - Òrunmìlà levou Òsányìn para trabalhar em sua
fazenda

Ígbà tí Òsányìn dé inú oko - Quando Òsányìn chegou à fazenda

Òsányìn nké tanto pé - Òsányìn começou a chorar insistentemente que

Èwé aje nìyì o - Aqui estão as folhas para a obtenção de dinheiro

Èwo ni kí n ro - Qual deles sou eu para extirpar

Gbinrin bí ìtì, bí `tì gbinrin - Pesado como um tronco de madeira

Èwé aya nìyì o - Aqui estão as folhas para a obtenção de uma esposa

Èwo ni kí n ro - Qual deles sou eu para extirpar

Gbinrin bí ìtì, bí ìtì gbinrin - Pesado como um tronco de madeira

Èwé ọmọ nìyì o - Aqui estão as folhas para a obtenção de crianças

Èwé ni kí n ro - Qual deles sou eu para extirpar

Gbinrin bí ìtì, bì ìtì gbinrin - Pesado como um tronco de madeira

Èwé ọlà nìyì o - Aqui estão as folhas para a prosperidade

Èwo ni kí n ro - Qual deles sou eu para extirpar

Gbinrin bí ìtì, bí ìtì gbinrin - Pesado como um tronco de madeira

Èwé ọlà nìyì o - Aqui estão as folhas de honra

Èwo ni kí n ro - Qual deles sou eu para extirpar

Gbinrin bì ìtì, bí ìtì gbinrin - Pesado como um tronco de madeira

A mãe de Òsányìn foi dita que o seu primeiro paciente e de sua mãe obteve o seu
primeiro pagamento, consequentemente a mãe de Òsányìn falou que através deste
trabalho ele deveria cobrar e o medicamento so funciona para quem pagar uma taxa
exigida (Eje ogun). É por este motivo que os devotos de Òsányìn requere o pagamento
dos serviços prestado.

Na tradição oral Òrunmìlà tentou ensinar Òsányìn a ser um adivinho, mais ele estava tão
ocupado em ervas, raízes, folhas, e assim Òrunmìlà faz o diagnóstico e Òsányìn o
medicamento. Por este motivo um sacerdote de Ifá está sempre perto de um Olossayín.

Òsányìn é descrito como impaciente. O poder , todas as de Òsányìn pode ser usado
tanto para o bem curando doenças, principalmente aqueles causados por bruxas e quanto
para o mal. Acredita-se que ele participa da reunião das bruxas e este é o poder por trás
dele, todas as maldições, o método so pode ser eficaz se tiver a sua aprovação.

O seu símbolo de Òsányìn uma haste de ferro no meio com um pássaro chamado
Ologese ou Òpeèré e 16 haste entorno do pássaro com um símbolo de um pombo
encima, formando um remate. O pássaro é conhecido como ave medica com uma
importância simbólica inconsciente como o mais esquivo de todos os pássaros, nunca é
morto. Òsányìn deve ser cultuado no lado de fora dos Ilé Òrìsà, de preferência em um
local com árvores e plantas. 
Os dezesseis pombos simboliza os dezesseis Odùs principais de Ifá, elemento de cura
associado entre Òsányìn e Òrunmìlà, uma pequena plataforma vertical para a cabeça da
ave Ologese, sobre esta plataforma o sacrifício é colocado. Existem outras versões em
outros lugares em Yorùbás, como na zona oeste na Republica do Benin. Entre o sul é
simples e graciosa com linhas entrelaça os ferros retratando as aves. No poema de Ifá
fala, que ẹyẹ oko (o pássaro solitário), conhecido também como ẹyẹ kan (pássaro do
mato), conta a lenda que ẹyẹ kan era bissexual, por isso ele não podia reproduzir-se,
após consulta o pássaro fez sacrifício, deu a, luz masculino e feminino, em gratidão
passou a residi na casa do adivinho e foi conhecido como ẹyẹ ile.

As pessoas ficam na entrada da casa do Òrìsà, os adoradores e devotos de Òsányìn,


ficando na frente da casa de Òrunmìlà, quando é necessário comunicar com o sacerdote,
isto confirma a relação entre os dois. As pessoas vão para ser advertidas da vida e da
morte e Ajẹ (bruxas), é usada como guardião da casa e das mentes, protetor de ódio,
inveja. Protegendo de demência e de outros males que afeta a razão do homem. O
equilíbrio é colocado sobre a cama ou na sala de qualquer um que sofra visitas de Ajẹ
(bruxas) ou de injustiça, acredita-se que as Ajẹ (bruxas) transforma-se a noite em
pássaros de garras e bicos, saindo a procura do peito de suas vítimas. seguindo com suas
garras e bicos durante a noite para sugar a essência espiritual, deixando a vítima morre.
A imagem do homem (Ẹ̀ rẹ̀ enìyàn). Este é o segundo símbolo de Òsányìn conhecido, é
uma imagem de um homem esculpido em Orúrù, árvore (Spathodea campanulata). É
geralmente mantida num canto de uma sala e geralmente. O escravo de Òsányìn (Ẹru
Òsányìn) também é esculpido da árvore de Orúrù, mais não é vestido, ele é mantido no
canto de uma sala ao lado de Ìyàmí-Òsòròngà e é manipulado por meio de
ventriloquíssimo, durante uma consulta o sacerdote aborda a questão para o boneco que
responde por meio de assobio ou voz fina, o sacerdote então interpreta para o cliente.

ÈWÉ

As folhas são a essência magica, que retiramos o seu sumo macerando retirando ou
através de chás, decocção tinturas, suco, banho, gargarejo inalação, consideramos o seu
sumo a sua seiva vital, o sangue verde (ejé) para iniciar um noviço, ebó, banhos, dando
o poder de comunicar entre os dois mundos (Àiyé, Ayé ou Aiye – Terra e Orun –
mundo espiritual).

Desta forma temos quatro características de folhas

Folhas de ar – èwé afééfé

Folhas de água – èwé omí

Folhas de terra – èwé igbó

Folhas de fogo – èwé ìnón

Dividimos a classificação dos Òrìsá

Na divisão iremos classificar casa Òrìsá por elemento, portanto encontramos folhas que
pertence a todos os Òrìsás.

Òrìsás de fogo – Èsú, Sàngó e Oyá

Òrìsás de terra – Ògún, Odé, Omulú e Nanã e lama = terra + água (Òsúmáré, Lógúnèdè,
Odùduà e Okô).
Òrìsá de água – Iemonjá, Òsun, òsúmáré, Nanã, Lógúnèdè, Obá, Yewá, Osalá; nas
chuvas (garoa).

Òrìsás de ar – Oyá. Osalá encontra se nas nuvens e no céu, Òsúmáré encontra se no


arcoires.

Èwé Gùn – folhas de fogo purificar a terrra, facilitando a poseção, servindo para excitar
o Òrìsà e a pessoa.

Èwé Èrò – folhas de ar e água, é para abrandar e acalmar a pessoa.

Considerando as condições para excitar (gún) ou acalmar (èrò). São as folhas de fogo,
terra, água e ar, facilita nos banhos como amaci, banhos de descarrego, abó, analisando
a pessoa e o Òrìsás.

Classificação de folhas machos e fêmeas

Algumas folhas podem ser usadas tanto para Òrìsá masculinos e femininos,
encontramos folhas masculinas usadas para Òrìsá femininos, como Ògún filho de
Yemojá, referindo a sua ligação, as folhas masculinas usadas por aboró é usada para
outros Òrìsá.

Folhas macho – agboro: São folhas com limbo; acuminada – (o limbo, termina
gradualmente em ponta. Ex: eucalipto), agudo – (termina com ângulo agudo. Ex:
espirradeira), cuspidado – (termina subitamente em ponta. Ex: cardeal), mucronada -
(termina em ponta aguda, ponta dura e isolada. Ex: vinca), aciculada – (formato de
ângulo, fina e longa. Ex: pinus, pinheiros, pinho), sagitada – (formato de seta, com os
lobos pontiagudos para os lados. Ex: tajaz-de-cobra), hastada – (formato de seta, com
ângulo para dentro, os lóbulos são voltados para traz Ex: singônio). Todas as folhas
pontiagudas.

Folhas fêmeas – yagbá: São folhas com limbo; obtuso – (termina com um ângulo
redondo, obtuso. Ex: bucha), truncado – (ápice cortado transversalmente. Ex: folíolo de
carrapicho). Cordiforme – (Com formato de coração. Ex: Solano – violeta), orbiculada,
- (tem forma redonda, circular. Ex: ninfeia – branca).

Já os Jeje – Nagô baseia se em outo aspecto. Folhas macho: èwé Akurnrin e fêmea, èwé
Obirìn. E sua classificação é baseada na sua forma binaria, como algumas folhas
positivas esta relacionada ao lado esquerdo e as negativas do lado direito. Neste sistema
de classificação Jeje – Nagô temos èwé òdundún (Kalanchoe crenata), sendo uma folha
feminina, positiva, elas não interagem de forma rígidas, vimos que uma folha masculina
pode estar ao lado esquerdo por ser considerada negativa.

Segundo as características botânica Ifá, Vodun e Òrìsá, podemos classificar


também

Èwé Ahón ekùn – Língua de leopardo. Ex: Hibiscos asper. Hibiscos surattensis.

Èwé bòbó àwódì – Plantas com forma de berinjela: Solanum melongena.

Èwé Bùjé – Plantas para tinturas, tatuagem, tinta para cabelo e etc.: Moralia
senegalensis A Hich:

Èwé Dágunró – Planta que contem espinhos em grande quantidade, usada para gera.
São três èwé dágunró gogoro, São plantas altas como a Acanthospermum hispidun. Èwé
Dágunró Kékeré – Significa para guerra, plantas rasteiras, é o nome dado a plantas
espinhosas de três famílias diferentes: dágunró gogoro, “alta” Achyranthes
leiantha (Seub.) Standl.

Èwé Dágunró nlá – Grande, plantas para fazer trabalho para Ògún ir para castigar
alguém, esta planta antes do sol nascer pertence a Odé e após o meio dia passa a ser de
Èsú. Pedalium murexs L.

Èwé Èékánná – Guerra, Portulaca quadrífida.

Èwé Èèkanná ekùn – Guerra de leopardo, Smilax kraussiana,

Èwé Èekánná adiye – Guerra de galinha, Stychnos spinosa.

Èwé Èèmó – São plantas que grudam em pelos de animais. Boerhaavia difussa L.

Èwé Èsìsí – São planta cobertas de pelos. Plectranthus barbatus Andrews.

Èwé Ewúro – Plantas com paladar amargo. Paniculatum L.

Èwé Ìlasa – Planta mucilaginosa. Portulaca oleracea.

Èwé Oróbéja – plantas que mata os peixes. Jacquinia armillaris.

Èwé Patonmó – Plantas que se fechar ao contato. Mimosa podica L.

Èwé Saworo – Planta que o seu fruto fica solto na vagem. Arachis hipogaea.
Èwé Igi – São arvores de grandes e médios porte, é morada de alguns Òrìsás,
geralmente elas são envolvidas com umas ojás, branco ou colorido ocorrem nas casas de
candomblé coloca oferendas.

Ibi Ìrókò. Fícus dolíara, M., Moraceae. Gameleira branca.

O korin èwé tem uma ilusão as Ìyàmì, mães ancestrais, as feiticeiras, representada pelos
pássaros, mãe ancestre, as feiticeiras que tem o aspecto sombrio o próprio ser humano,
que quer o poder a qualquer preço, como tudo existe uma polaridade, elas podem
realizar grandes feitos. Ìròkó também é a grande morada do Òrìsá Sàngó. Esta árvore
não pode ser plantada, ela quem escolhe o local onde irá nascer, são as Ìyàmì que
decidirá onde ela irá crescer. Conta que não se deve descansar a noite embaixo de Ìròkó,
pois as Ìyàmì descansa a noite e nem ao meio dia, onde descansa Èsú. É a morada do
Òrìsá Ìrókò, representando o ancestral masculino por Sàngó. Em Oyó propicia calma,
sendo èrò.

E Ìrókò ìi koro o – Ìròkó não semeado

O ìgi eiye ti temi – arvore do pássaro meu

O igi eiye ko gbo’j – arvore do pássaro não recebe chuva

A Ìrókò akin degun – Ìròkó poderoso refugio

E a Ìrókò ìí roko o – Ìròkó não semeado

A ye igi eiye ti temi – arvore do pássaro meu

O igi eiye Ìrókò – arvore do pássaro de Ìròkó

A Ìrókò akin degun – Ìròkó poderoso refugio

Ye a Ìròkó ìí roko o – Sim Ìròkó não semeado

A ye igi eiye ti temi – Ah sim, arvore não recebe chuva

O igi eiye ko degun – Arvore de pássaro não recebe chuva

A Ìròkó okin degun – Ìròkó poderoso refugio

Akin de bom, aki degun – Ìròkó poderoso refugio

A Ìrókò akin degun – Ah Ìròkó poderoso refugio


Èrò Ìrókò – Calma é de Ìròkó

Ìró ìso – Ìròkó não falha

Èrò Ìrókò isso èrò – Calma é de Ìròkó, Calma não falha

Ibi Ìpèsán é uma árvore do Òrìsá Sàngó, o seu significado é chamar o trovão, é o
bilreiro. (Guarea guidonia (L.) Sleumer), sua cantiga impõe a autoridade masculinas
feminina, por falar dos pássaros de Ìyàmì. É uma arvore que os frutos só podem ver
com um instrumento ótico. Isto mostra a infertilidade masculina, sendo obra das
feiticeiras.

O Ìpèsán elewa – Ìpèsán bonito

Eiye t’alo ké mo ma se so? – Que o pássaro impediu de ter frutos

O Ìpèsán elewa – Ho Ìpèsán belo

Eiyé t’alo ké mo mase so? - Que o pássaro impediu de ter frutos

Esta cantiga refere se a ancestralidade de Sàngó, pertence a este Òrìsá, invocando a


divindade e o asé desta árvore. Spondias monbin L., (èwé ókikán).

E Ògún mo lo mo – É Ògún que você conhece

Irè Ògún mo mo – Ògún de irè que você conhece

Èwé ó kikán kikí – Folha de okikan cumprimenta-nos

Ògún mo lo mo – Ògún a conhece

Irè Ògún mo - Ògún de Irè conhece

Òkikán kiki – Okikan cumprimenta-nos

Ògún mo lo mo – Ògún que você conhece.

Ibi Ope. (Elaeis guineenses jacq.), Dendezeiro

Nos mitos da criação do mundo segundo os Yorùbás, o dendezeiro aparece na criação,


com uma relação aos ancestrais masculinos (Egúngún), as folhas desfiadas são
chamadas de mariwo, servido como proteção contra os mortos (Eguns), contas se alguns
mitos que Ògún se veste de mariwo para se proteger contra o Òrìsá Òsányìn devido ao
banhar no rio Òsányìn roubou suas roupas, e se vestiu de mariwo, Òsányìn vendo Ògùn
vestido de mariwo ele reclamou e Ògùn jurou vingança.

Kíni L’o fònse Mãrìwò – O que está fazendo Mario

Ìto ni t’obe iwale – Pontiaguda é a faca o chão

Tintin ni tintin Mãrìwò Òsányìn – Pequeno, pequeno, Mariwo de Òsányìn

Kíni L’o fònse Màriwó – O que está fazendo mariwo.

Ibi Òkiká (Spondias mombin L), Cajá. O seu significado é azedo, nos seus korin fala
que a cidade de Ire conta a sua ancestralidade, pois ele foi o fundador da cidade de Iré e
ele reconhece. Dando fundamento, proteção. Gosta muito desta, relembra um itan de um
Òrìsá Aféfé que espalhou as folhas e ele pegou a sua.

E Ògún mo lo mo – É Ògún que você conhece

Iré Ògún mo mo – Ògún de Iré conhece

Èwé Òkiká kiki – folhas de aquica cumprimenta nos

Ògún mo lo mo – Ògún a conhece

Iré Ògún mo – Ògún de Iré conhece

Òkiká kiki – Ògún de Iré conhece

Ògún mo lo mo – Ògún que você conhece

Kékéré – ao contrário das Ibi, são plantas de porte pequenos, as árvores se diferenciam
dos arbustos, pois estes não possuem apenas um tronco e sua base apresenta
ramificações, vários caules com origem próxima do solo, ou seja, trata-se de uma planta
com muito mais ramificações que uma árvore qualquer. No sentido litúrgico podemos
comparar com as Babakekerê e Yakekerê é expressada para se referi subordinação que
significa: exemplo Pai pequeno e Mãe pequena, são pessoa que estão qualificadas para
substituir a autoridade máxima. No princípio classificatório temos os quatros elementos:
água, ar terra e fogo, irá ser atribuída as condições desejadas como: gún – excitação e
érò – calma, iremos observar outros aspectos como macho e fêmea, inserção da banha
no caule ou tronco: positiva ou negativa, utilizando pares opostos.

Èwé Kékéré Awùrépépé – Spilanthes acmella. M. Esta planta tem o efeito gún, e
perfeito equilíbrio para o ser humano para obter o asé renovado. Pertence a Òsun.

Ti Éurépepe - eurepepe

Omi pere pe – água em dosagem certa

Éurépepe - eurepepe

Oko ni pere pe – você não tem dose certa

Éurépepe - eurepepe

Omi pere pe – água em dosagem certa

Éurépepe – eurepepe

O canto expressa a importância nos diversos rituais terapêuticos ou encantação.

E omo kékéré ènyín – criança pequena, vocês

Ènyín nsire idi kan là – vocês estão fazendo festa grande

E t’awa fipun nyin l’ase – Por isso que nós lhe damos asé

Ènyín nsire idi kan là – Vocês estão fazendo festa grande

E omo kékéré ènyín – criança pequena, vocês

Ènyin nsire kókó – vocês estão fazendo festa de semente

I I’à nyin I’aeéwa fi pun –


por isso nos lhe damos asé
Ènyin nsire idi kóró – vocês estão fazendo festa de sementes

Omo kékéré ènyín – Criança pequena vocês

Ènyín nsire idi I’osun – vocês estão fazendo festa de Òsun

L’awa fifun nyin I’asé - por isso que nós lhe damos asé

L’awa fifun nyin I’osun – vocês estão fazendo festa de Òsun

Neste canto encontramos uma semelhança com festa, criança, iniciação e semente, isto
mostra como se realiza o asé. Mostrando o efeito que causa o domínio sobre o efeito
gún, que passa a ser o elemento vital.

Èwé Kékéré Àbèbè – Hidrocotyle umbella, L. É um èwé gún, por ser a èwé do Iyawó.
Faz referência ao leque de Òsun, que traz na sua mão um instrumento que representa um
leque com um espelho. Conta a lenda que ela se olha no espelho, ela toma consciência
de sua sensualidade. Ao ver sua imagem refletida, a consciência de si nasce. Entretanto,
o espelho serve também, de escudo e arma que pode cegar ou aprisionar com seu
reflexo. Por esta no elemento água, podemos considera èrò (calma).

E Àbèbè a um – Ah àbèbè que nós pegamos

Àbèbè mi bo o – Àbèbè está chegando

E Àbèbè – Ah àbèbè

Àbèbè mi bo nbo o – Àbèbè está chegando

Àbèbè mi bo o – Àbèbè está chegando

Àbèbè – Àbèbè

Èwé Kékéré Òsíbàtá – Nymphaea. sp., Pista statiotes. É uma èwé venerada por nossas
mães ancestrais. A música fala de duas èwé de Òsun. Seus significados é “não
submeta”, é èwé gún por ser uma planta de excitação, no canto elas nunca irá se
submeter, elas sempre se impõem. Seu elemento, é a água que traz equilíbrio ao ser
humano, por pertencendo o elemento água é um èwé èrò (calma)

Òsibàtà t’oke omi – Òsíbàtá fica sobre a água

Òsibàtà t’oke odo – Òsíbàtá fica sobre o rio

Òsibàtà t’oke omi - Òsíbàtá fica sobre a água

Òsibàtà t’oke odo - Òsíbàtá fica sobre o rio

Awole nidi ope - Sempre juntas estão

Òsibàtà t’oke omi - Òsíbàtá fica sobre a água

Òsibàtà t’oke odan – Òsíbàtá fica sobre o brilho

Òsibàtà t’oke omi - Òsíbàtá fica sobre a água

Òjuóro nii l’oke odo - Òjuóro fica sobre o rio

Awole nidi I’oke odo – As duas fica juntas o rio

Òjuóré nii I’oke omi – Òjuóré fica sobre a água

Èwé Kékéré Tètèrègún -  Mueki Rizanga - Ifá, narra que, Tètèrègún não realizou uma
oferenda prescrita por Olokún e, por isto, estava ficando completamente seca. Tètèrègún
ficou desesperada e resolveu consultar Ifá, no oráculo disse que Tètèrègún deveria
realizar um sacrifício, sendo que esse sacrifício seria pegar água para Olokún, ao longo
de alguns dias. Logo ao amanhecer, Tètèrègún foi ao rio, quando Tètèrègún retornou já
era noite, ela pegou toda água que trouxe e derramou no mar para Olokún. Tètèrègún
fez isso ao longo de alguns dias, sendo que no último dia, Olokún molhou o corpo de
Tètèrègún, dizendo que ela seria a èwé encarregada de molhar o seco, que ela seria a
èwé com o poder de refrescar o calor, que ela seria a èwé capaz de apaziguar a cólera,
da mesma forma, como ela conseguiu apaziguar Olokún. É um èwé considerada gún e
masculina, considerada gún, é a èwé da multiplicação, pois na sua narrativa já fala.
Tètèrègún um omi o –Tètèrègún traz água

Tètèrègún - Tètèrègún

Òjo ó lè um wa – Quando a chuva não pode trazer água

Èwé Kékéré Òdúndún - Kalanchoe brasilienses – Seu significado, “bate e faz eco”, se
propaga indefinidamente, para ter paz duradoura. Muito confundida com Àbámodá
(folha da fortuna), o Òdúndún é uma folha (èwé) èrò (de apaziguamento), feminina,
ligada ao elemento água e a todas as divindades da Criação Òrìsà fùnfùn. É utilizada
tanto no Brasil, quanto na África (Nigéria), onde é conhecida pelo nome Yorùbás de
Elétí, em iniciações (Igbèrè) e em medicinas (Oògùn). Nesta cantiga louvamos o
criador.

Òdúndún bàbá t’èrò re – Pai, espalha sua calma

Òdúndún bàbá t’èrò re – Pai espalha sua calma

Bàbá t’èrò re – A calma sobre a Terra

Monlè t’èrò re – Espalha sua calma

Òdúndún bàbá t’èrò re – Pai, espalha sua calma.

Èwé Aféfé – É uma planta do ar.

Àsarágogo - Vassourinha – de relógio, (Sida sp).

Agogó mi ro lese ni ilé wa – Agógo está vibrando lesein em nossa casa

Orí n’mo le – a cabeça está se adaptando

Agogó mi ro lese ni ilé wa – Agógo está vibrando lesein em nossa casa

Orí n’mo le – a cabeça está se adaptando

É uma planta gún, seu significado é incomoda o corpo, onde o Ori está se adaptando.
Èwé tété – Planta da terra. Caruru. (Amaranthus viridis).

Kò ìí s’onilé – Elas (as plantas) não são dona da terra

Tété ko ma té ó – tété indiferente continua se espalhando

Kò ìí s’onilé – Elas (as plantas) não são dona da terra

Este texto mostra que tété não é dono da terra e mesmo assim ela continua se
espalhando. Com arrogância e prepotência tété pode até ir longe, e continuará se
espalhando. O seu significado é maltrata, sendo uma planta gún. Tendo Coragem é a
resistência e domínio.

Pèrègún – Planta da terra. Pau-d’água. Dracaena fragrans.

Pèrègún alará gígùn o – Pèrègún tem corpo excitado

Pèrègún alará gígùn o - Pèrègún tem corpo excitado

Oba o ni je o ròro òkàn – o rei não deixa ter problema de coração

Pèrègún alará gígùn o - Pèrègún tem corpo excitado

Pèrègún gba ágbárá tuntun – Pèrègún da nova força

É uma planta gún que significa chamar o transe, e ressalta que a pessoa não tem
problema de coração. Nome é a contração do verbo “PÈ”, que significa chamar, com a
palavra “EGÚN”, que significa espírito, ancestral, etc. conta se o mito que Pèrègún
presenciou o renascimento da humanidade.
Pèrègún ní í pe Irúnmolè át òde òrun w’ áyé – É Pèrègún que chama os espíritos do
além para a terra

Pèrègún ní lo rèé pe ajé tèmi wá l’át òde òrun – Pèrègún agora vá e chama minha
riqueza do além

Com o significado de chamar espíritos do além, com o seu ofó, pode se fazer um
trocadilho que não só chama os espíritos do além mais também chama riqueza.

Èwé ìnón – Folha de fogo. Jurubeba. (Paniculatum L.).

(Igbá) Ája wu’na góróró – Àja abre caminho estreito

(Igbá) Ája wu’na góróró - Àja abre caminho estreito

(Igbá) Àja wu’na – Ája abre caminho

A wu ìnón – Caminho de fogo

Na sua maioria as folhas que estão relacionada com fogo, é èwé ìnón, Ája é quem abre
novos caminhos na vida, emprega as suas forças para enfrentar os obstáculos, abrindo
caminho estreito, não existe caminho estreito para Ája. O significado de Ája é cabaça de
Ája, ela pertence a Òsányìn até o meio dia e depois a Èsù, ou o próprio Aròní. Ája pode
ser o próprio Èsù.

Èwé Ata – Pimenta malagueta. (Capsicum spp).

Ata kò ju ewe o – Pimenta não é mais forte que folha


A lelé kò ro ju igbó – Vento não é mais forte que as floresta de remédio
Ata kò ju ewe o – Pimenta não é mais forte que folha
A lele kò ro igbó-ògùn – Vento não é mais forte que a floresta de remédio

Neste contexto observamos que as folhas são mais resistentes, O èwé Ata resiste aos
ventos mais forte na floresta, e onde encontram mais resistência. Demostra que, o èwé
ata é mais forte do que o próprio fruto.

Ifá owó Ifá omo – Òrunmilà que traz boa sorte e dinheiro
Èwé éttipólá ‘bá Ifá orò – As folhas de erva tostão são abençoa por Òrunmilà
Itá owo ita omo – As folhas de pitanga é quem traz boa sorte e dinheiro
Èwé éttipólá ‘bá Ifá orò – As folhas de erva tostão são abençoadas por Òrunmilà

Neste texto quem traz boa sorte e dinheiro é Òrunmilà através de duas folhas, erva
tostão e pitanga, são folhas que atraem prosperidades. Unidas acessará a realização da
prosperidade.

Àfòmò – Plantas xerófitas ou epífitas, vivem sobre outras plantas sem que ocorra
parasitismo. Utiliza outro vegetal apenas como suporte (forófito), não retirando nenhum
nutriente e, consequentemente, não causando nenhum prejuízo à espécie. Já a (Cuscuta
spp). Mais conhecida como fio de ovos, alastra impiedosamente sufocando a planta
hospedeira. A palavra àfòmó é para diferenciar as trepadeiras, epífitas e as parasitas,
vem da palavra “mo”, que corresponde gún, todas são agitação.

Àfòmò, Erva de passarinho. (Struthantus flexicaulis).

Awa kò s’àbò l’esi – Nos não dizemos bem-vindo do passado


Àfòmò ti bere awa s’àbò l’esi Agé – Àfòmò perguntou se não dizemos
Awa kò s’ago lo so, awa kò s’ago lo so - Bem-vindo ano passado Águe
Kùkùté ti bi kan, awa ka s’ago lo so Agé – Não pedimos licença, é o que dizemos
Awa kó s’àgàn olomo – O toco já brotou, nós contamos que pedimos licença, Ague.
Não seremos esteróis
Àfòmò ti bi kan awa s’àgán olomo Agé – Àfòmò já nasceu um, não seremos estéreis
Águe.

Ague é uma divindade Fon, é um Vodun que se divide em famílias, Àrònì, Lòkò,
EkínWalê, Gaga Otolu e Egbo que está ligado as matas e confundindo muito com
Òsányìn, está relacionada a cura, planta gún, masculina.

Òpeèré Òsányìn s’ibu – O pássaro de Òsányìn voa fundo.


Kuru ìde akàkà – O pássaro não muda a natureza.
Òpeèré Òsányìn s’ibu, Bàbá – O pássaro de Òsányìn voa fundo, pai.
Kuru ìde akàkà - O pássaro não muda a natureza.

O canto fala de um pássaro que voa profundo, dando a entender que está ave Òpeèré
(Pycnotus barbatus), comprometa-se com suas metas e encare os obstáculos como
etapas para atingir o objetivo final.
.
,
Monteiro, Marcelo dos Santos, 1960 – Curso Teórico e Prático de Folhas Sagradas –
Oro Asa Òsónyìn – Rio de Janeiro – 1999 – 59 p. (Biblioteca Nacional); - Verger,
Pierre Fatumbi – Ewé: o uso das plantas na sociedade ioruba – São Paulo: Companhia
das, Letras, 1995; oloje iku ike obarainan

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