Você está na página 1de 15

cetrab

Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Cosmogonia Africana
A Visão de Mundo do Povo Yorubá

Marcelo dos Santos Monteiro

Julho – 2010
Marcelo dos Santos Monteiro

 Graduando em Pedagogia – Administração Escolar


 Professor e Consultor de Cultura Afro-Religiosa Yorubá
 Presidente Nacional e Fundador do CETRAB - Centro de Tradições Afro-Brasileiras,
entidade associativa de assistência social, educacional, cultural e religiosa
 Secretário Geral e Fundador do IPN - Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos,
associação cultural no Rio de Janeiro - RJ
 Primeiro Secretário e Fundador do CONALCO - Instituto Nacional de Divulgação
Legislativa e Desenvolvimento Social
 Conselheiro de Honra do CEDINE - Conselho Estadual de Direitos do Negro do
Estado do Rio de Janeiro
 Ex-Conselheiro Coordenador da Comissão de Religião do COMDEDINE-RIO –
Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro da Cidade do Rio de Janeiro
 Olóyè Asògun Odearofa do Àse N’lá Omolú, Rio de Janeiro - RJ
 Babaláwo Ifáfunké e Sacerdote Supremo do Àse Ìdásílè Ode, Rio de Janeiro - RJ
 Obá Kankanfò do Àse Aira Kiniba Sorun, – Colombo-PR
 Congressista do IX Congresso Internacional de Tradições Culturais Yorubá do Òrìsà
World, Rio de Janeiro - RJ
 Congressista do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negro da ABPN –
Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, Salvador – BA
 Pesquisador CNPQ pelo LEPPA/HESFA/UFRJ – Laboratório de Estudos em Política,
Planejamento e Assistência em DST/Aids, vinculado ao Hospital Escola São Francisco
de Assis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro

2
COSMOGONIA AFRICANA - A VISÃO DE MUNDO DO POVO YORUBÁ

Marcelo Monteiro

1. INTRODUÇÃO:

Nosso objetivo é contribuir com o despertar da consciência humana, para a extrema


necessidade de resgate e preservação das Tradições Culturais e Religiosas da Matriz Africana
Yorubá.
Precisamos entender nosso papel dentro dos mundos Físico e Espiritual, buscando
sempre uma melhor qualidade de vida do Ser Humano.
O estudo do cosmo nos mostra claramente a inter-relação com a diversidade cultural,
não somente africana, como também com todas as culturas que acreditam nos elementos da
natureza enquanto parte do Criador.

2. VISÃO CIENTÍFICA:

Considerando as afirmativas científicas que vêm sendo publicadas com freqüência,


podemos exemplificar:
 Em 1929, Edwin Hubble anunciou a grande descoberta da Cosmologia moderna,
talvez uma das maiores imaginações do espírito humano: a expansão do Universo! É
esse acontecimento - origem do espaço e do tempo - que é habitualmente designado
por Big Bang (ou Explosão Primordial); Para os valores indicados de Hubble a idade
do Universo situa-se entre 10 e 20 mil milhões de anos. Assim, é freqüente adotar o
valor médio de 15 mil milhões de anos para dar uma ordem de grandeza da idade do
Universo.
 Os crânios mais antigos e bem preservados fósseis de seres humanos, encontrados na
Etiópia, na tórrida região de Afar, comprova que eles viveram a aproximadamente 160
mil anos – Homo Sapiens Idaltu. Baseada em análise do DNA de milhares de pessoas
de todo o mundo, a humanidade descende de uma mulher que viveu na África, há
cerca de 150 mil anos.
 A humanidade surge acerca de cem milhões (100.000.000) de anos dentro do
continente africano e uma mudança genética no cérebro teria possibilitado, há
aproximadamente 50 mil anos, que o ser humano deixasse seu lar ancestral na África
e conquistasse a Terra.

3
3. ORIGEM DO POVO YORUBÁ:

Dentre as diversas hipóteses Fabunmi, 1985, afirma que Oduduwa unificou as


povoações num reino sediado em Ile-Ife, cidade até hoje reconhecida pelos Yorubá como
sendo o local do início do mundo e sua pátria espiritual. Após a sua morte o reino foi dividido
entre seus filhos:
 Lagos – Ogunfunminire;
 Abeokuta – Omonide – mãe dos filhos de Oduduwa;
 Ijebu-Igbo – Caçadores de Ile-Ife;
 Osogbo – Timehin – um caçador;
 Egbado – Clã dos Ido;
 Ijebu-Ode – Ogboronga;
 Iwo – Adekola Telu – filho de uma ooni (governante mulher);
 Ibadan – Lugelu – um chefe guerreiro;
 Iragbiji – Ode Agba;
 Ifon – Obalufon Ayediyemore;
 Benin – Um descendente de Oranmiyan;
 Ire e Efon Alaaye – Netos de Ogun.

4. SURGIMENTO DO MUNDO NA VISÃO YORUBÁ:

Elédùmarè/Senhor do Universo, “saturado” de tanta energia emanada por ele mesmo,


“explode” e se subdivide nos Osa/Divindades: Omi/Água; Ilè/Terra; Òfúrufú/Ar; Iná/Fogo e
seus desdobramentos (Odò/Rio, Òkun/Mar, Òsa/Lagoa, Òjo/Chuva, Igbó/Floresta,
Aféfe/Vento, Ara/Raio, dentre outros).
Disposto a criar o Aye/Mundo Físico – vida apresentou às suas divindades duas
cabaças, uma contendo uma massa negra e outra uma massa branca (hoje representada pelo
Èko ou Akasa/mingau feito de fubá de milho branco), além de uma árvore denominada árvore
da vida. Pondo a prova que: a divindade que conseguisse colocar uma cabaça em cada mão e
a árvore na cabeça, iria criar o aye. Como nenhum dos Osa conseguiu realizar o intento,
Elédùmarè, então, criou uma divindade, representação dele mesmo, ou seja, Orun+mi+ela =
Universo+minha+ação => Orunmilá = Minha ação do Universo.
Orunmilá tendo conseguido realizar a tarefa, recebeu o saco da existência, além das
cabaças e da árvore. Atirou na imensidão do Universo a terra contida no saco da existência.
Enviou um camaleão - hoje símbolo de Elédùmarè e Orunmilá - para pisar na terra,
comprovando a sua firmeza, e uma galinha para espalhar a terra (ilè nfé / terra que se espalha,
origem do nome da cidade de Ilé Ifè – berço da civilização yorubá). Já na terra plantou a
árvore colocou as duas cabaças questionando Elédùmarè quanto aos próximos procedimentos
para criação do aye. Foi então orientado a juntar o conteúdo das duas cabaças e no dia
seguinte, antes do sol nascer, deveria destapá-la, nascendo então Esu Igbá Keta - a terceira
cabaça.
Elédùmarè orientou-o, ainda, que sobre Esu deveria jogar água todos os dias antes do
sol nascer para que crescesse e se multiplicasse. Atitude hoje reproduzida no processo de
iniciação.
Assim iniciou-se o ciclo de criação e reprodução da humanidade. Cabendo a
Orunmilá, o testemunho do destino, o controle de todas as vidas humanas no aye. Aos Osa
que, como parte integrante de Elédùmarè, continuaram juntos dele, coube a tarefa de escolher

4
a cabeça daqueles que nasciam. Logo, Orí/cabeça + Osa/divindade = Orisa. Esu, por ter sido
o primeiro da existência genérica que constitui cada um de nós (argila), teve a felicidade de
ter a sua cabeça escolhida por todas as divindades da natureza, recebendo o título de
Enugbarijo – o boca coletiva.
Muitos anos se passaram, famílias, aldeias, vilarejos, cidades e demais grupos étnicos
foram sendo formados, e espalhados por todo aye, até que um dia, Orunmilá se sentindo
cansado e sem condições de coordenar tanta gente, solicitou que os Orixás viessem até o aye
para lhe ajudar. Na solução do problema, Elédùmarè verificou em cada grupo étnico
constituído, àquela pessoa que mais se destacara como Onílè/Senhor da Terra (senhor de
muitos filhos e de vasto território) ou como Ìdílé/Importante personalidade da família (aquele
que apesar de não ter filhos ou terras, era considerado pela família como benfeitor) a fim de
dar-lhes o seu Ìpònrí (força vital) fazendo com que ele representasse o orixá que havia
escolhido a sua cabeça. Assim citamos, por exemplo, a força e representação do fogo,
atribuída à: Sango na cidade de Oyo; Aira em Save; Oramfé em Ifè; “Zaze em Angola”;
“Elemusat na cultura Omoloko do povo Kathókee”; “Hevioso no Dahome”; etc. Estes
Esa/Ancestrais foram, após a morte, divinizados pelo seu povo e hoje são reconhecidos como
a representação viva dos orixás.
Em cada canto desse planeta, seja na áfrica negra ou não, em qualquer cultura que
reconheça a força e a importância dos elementos da natureza apontando uma divindade, existe
a ação e a força vital de Elédùmarè.

5. CADEIA ALIMENTAR NA MANUTENÇÃO DA VIDA ETERNA:

O Criador, tenha ele o nome que se quiser dar, não é poliglota. Ele entende, sobretudo,
através da força vital de tudo aquilo que ele criou.
Assim a utilização ou sacrifício, quer seja dos minerais, vegetais, animais, seres
humanos e dos ancestrais dar-se-a dentro de uma cadeia alimentar, como uma transformação e
transferência de energia. A energia é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia
alimentar para sustentar as suas funções.

6. NÍVEIS DE HIERARQUIA EXISTENCIAL:

O Princípio Criador, emanando e estabelecendo novos paradigmas naturais e


existenciais, gerou tudo o que existe de forma gradual. Neste processo vários mundos em
diferentes estágios de constituição foram criados. Estes compõem uma verdadeira hierarquia
existencial que separa a terra onde vivemos e o princípio criador do universo. Esta hierarquia
de mundos possui sua hierarquia de princípios inteligentes ou de seres nativos. Nosso mundo
está no ponto mais denso da criação e toda a hierarquia de seres dos mundos invisíveis incide
sobre o nosso próprio mundo regendo cada elemento de nossa natureza por constituírem parte
e princípio de emanação da mesma, a partir do princípio criado.

5
7. HIERARQUIA FUNCIONAL NA VISÃO DE IFÁ:

As organizações funcionais foram criadas com uma visão voltada para a sua realidade
interna, ou seja, para si própria. Esse tipo de pensamento dominou e ainda domina a maioria
de tudo que conhecemos.
Na direita do Universo temos os Irúnmonlè os 400 espíritos de direita. E do lado
esquerdo os Igbamonlè – os 200 espíritos de esquerda.
Transitando nestes dois mundos temos o poder feiticeiro, as Senhoras dos Pássaros da
Noite e os Seres Humanos.

8. CONCLUSÃO:

Precisamos conhecer e entender nossa cultura e religiosidade, a fim de, na qualidade


de afro-descendente, continuar a luta dos nossos antepassados, pela preservação e o bom
nome de Odùduwà. O precursor da cultura Yorubá e restaurador da Cidade de Ile Ifè, berço,
não só, da cultura Yorubá, como também, da humanidade.

6
Cosmovisão Africana
A Visão de Mundo do Povo
Yorubá

Seminário Teológico Afro-Brasileiro

CETRAB
Centro de Tradições Afro-Brasileiras
cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Introdução
 Nosso Objetivo é contribuir com o
despertar da consciência humana, para a
extrema necessidade de resgate e
preservação das tradições culturais de
matriz africana.
 Precisamos entender nosso papel dentro
dos Mundos Físico e Espiritual, buscando
sempre uma qualidade de vida melhor.

2
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

7
cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Visão geral
 O estudo do cosmo nos mostra claramente
a inter-relação com a diversidade cultural,
não somente africana, como também com
todas as culturas que acreditam nos
elementos da natureza.
 O Criador, tenha ele o nome que se quiser
dar, não é poliglota. Ele entende, sobre
tudo, através da força vital daquilo que ele
criou.
3
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

A Ciência e suas descobertas


 Big Bang
– Em 1929, Edwin Hubble anunciou a grande descoberta da Cosmologia moderna,
talvez uma das maiores imaginações do espírito humano: a expansão do
Universo! É esse acontecimento - origem do espaço e do tempo - que é
habitualmente designado por Big Bang (ou Explosão Primordial).
– Para os valores indicados de Hubble a idade do Universo situa-se entre 10 e 20
mil milhões de anos. Assim, é freqüente adotar o valor médio de 15 mil milhões
de anos para dar uma ordem de grandeza da idade do Universo.
 Homo Sapiens Idaltu
– Os crânios mais antigos e bem preservados fósseis de seres humanos,
encontrados na Etiópia, na tórrida região de Afar, comprova que eles viveram a
aproximadamente 160 mil anos.
– Baseada em análise do DNA de milhares de pessoas de todo o mundo, a
humanidade descende de uma mulher que viveu na África, há cerca de 150 mil
anos.
– Uma mudança genética no cérebro teria possibilitado, há aproximadamente 50
mil anos, que o ser humano deixasse seu lar ancestral na África e conquistasse a
Terra.

4 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

8
Origem do povo Yorubá
 Dentre as diversas hipóteses Fabunmi, 1985, afirma que Oduduwa unificou
as povoações num reino sediado em Ile-Ife, cidade até hoje reconhecida
pelos Yorubá como sendo o local do início do mundo e sua pátria espiritual.
Após a sua morte o reino foi dividido entre seus filhos:
– Lagos – Ogunfunminire;
– Abeokuta – Omonide – mãe dos filhos de Oduduwa;
– Ijebu-Igbo – Caçadores de Ile-Ife;
– Osogbo – Timehin – um caçador;
– Egbado – Clã dos Ido;
– Ijebu-Ode – Ogboronga;
– Iwo – Adekola Telu – filho de uma ooni (governante mulher);
– Ibadan – Lugelu – um chefe guerreiro;
– Iragbiji – Ode Agba;
– Ifon – Obalufon Ayediyemore;
– Benin – Um descendente de Oranmiyan;
– Ire e Efon Alaaye – Netos de Ogun.

5
cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Surgimento do Mundo na visão Yorubá cetrab


Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Olorun
Osa Ina (Ara,
Orun+mi+ela Osa
Orun ...)

Orunmilá Osa Omi


(Okun, Odo,
Osa, Ojo ...)
Osa Ofurufu
Aye
(Iji, Afefe ...)
Osa Ile
(Igbo, Onon ...)

6
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

9
Surgimento do Mundo na visão Yorubá cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Olorun
Orisa Ina
Orun+mi+ela Ori + Osa
(Ara, Orun ...)
Orunmilá Orisa Omi
e (Okun, Odo,
Ay Osa, Ojo ...)
Seres Humanos
Orisa Ofurufu
(Iji, Afefe ...)
Animais
Orisa Ile
(Igbo, Onon ...)
Vegetais

Minerais

7
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Surgimento do Mundo na visão Yorubá cetrab


Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Olorun
Orisa Ina
Olodumare Ori + Osa
(Ara, Orun ...)
Orun+mi+ela Orisa Omi
Orunmilá e
Ay (Okun, Odo,
Esu Igba Keta Osa, Ojo ...)
Iponri Seres Humanos
Orisa Ofurufu
(Iji, Afefe ...)
Animais
Orisa Ile
(Igbo, Onon ...)
Vegetais

Minerais

8
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

10
Surgimento do Mundo na visão Yorubá cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Olorun
Orisa Ina
Olodumare Orisa
(Ara, Orun ...)
Orun+mi+ela Orisa Omi
Orunmilá e
Ay (Okun, Odo,
Esu Igba Keta Osa, Ojo ...)
Iponri Seres Humanos
Orisa Ofurufu
Oniile (Iji, Afefe ...)
Idiile Animais
Orisa Ile
(Igbo, Onon ...)
Vegetais

Minerais

9
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Surgimento do Mundo na visão Yorubá cetrab


Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Olorun
Esa/Orisa Ina
Orisa Orisa
Nkise Oyo – Sango
Esa
Vodun Save – Aira
e
Imonle Ay Seres Humanos Ifé – Oramfé
Egungun
Ebora Savalu – Sobo
Ancestre Animais
Congo – Zaze
Vegetais
Brasil - Tupã
Minerais

10
Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

11
Cadeia Alimentar na manutenção da vida eterna

Olorun

Orisa

Esa

Seres Humanos

Animais

Vegetais

Minerais

11 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Cadeia Alimentar na manutenção da vida eterna

Olorun
Orisa

Esa

Seres Humanos

Animais

Vegetais

Minerais

12
cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

12
Cadeia Alimentar na manutenção da vida eterna

Olorun
Orisa

Esa

Seres Humanos

Animais

Vegetais

Minerais

13 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Cadeia Alimentar na manutenção da vida eterna

Olorun
Orisa

Esa

Seres Humanos

Animais

Vegetais

Minerais

14 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

13
Cadeia Alimentar na manutenção da vida eterna

Olorun
Orisa

Esa

Seres Humanos

Animais

Vegetais

Minerais

15 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Níveis de Hierarquia Existencial

1. Olódúmarè, Obàtálá, Ifá e Èsù


2. Ajogún e Àjé
3. Seres Humanos, Animais, Vegetais e Minerais
4. Ancestrais

16 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

14
Hierarquia Funcional na Visão de Ifá
Èsù está acima de Olódúmarè
Lado Esquerdo do Universo Lado Direito do Universo
Ajogún (200 + 1  201) Òrìsà (400 + 1  401)
Ikú (morte) Egúngun
Árùn (doença) Àjé Orí
Òfo (perda) Seres Humanos
Ègbà (paralisia) Eléye Animais
Òràn (problema) Vegetais
Seres Humanos
Èpè (maldição) Minerais
Èwón (separação)
Èse (crime)

17 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

Professor Marcelo Monteiro - Oloye Asogun Odearofa e Babalawo Ifafunke

Cosmovisão Africana
A Visão de Mundo do Povo Yorubá

www.cetrab.org.br
marcelo.monteiro@cetrab.org.br
Fixo: 21-3026.1691
Claro: 21-9449.6786
Tim: 21-83917205 cetrab
Centro de Tradições Afro-Brasileiras

15

Você também pode gostar