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FUNDAÇÃO RADIER
Fundação Radier
BELO HORIZONTE
2019
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Sumário
1. RADIER 3
1.1. PROCESSOS EXECUTIVOS 3
1.1.1. MATERIAS 4
1.1.2. EQUIPAMENTOS 4
1.1.3. CONCRETO ARMADO 4
1.1.4. CONCRETO PROTENDIDO 5
1.2. CARACTERÍSTICAS 6
1.3. CUSTO 7
1.4. CURIOSIDADE 8
REFERÊNCIAS 9
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1. RADIER
A execução da fundação tipo radier varia de acordo com a técnica utilizada, concreto
armado ou protendido. Alguns passos iniciais seguem o mesmo padrão para os dois,
como por exemplo a primeira etapa que é o nivelamento e compactação do solo, que
pode ser feita manual ou mecanicamente, seguido da abertura para o sistema de
esgoto, instalações elétricas e hidráulicas. Para que a armação não seja colocada
diretamente em contato com o solo é preciso fazer o que se chama de base, que é uma
camada feita com brita 1 que varia de 6 a 8cm e que serve também para auxiliar e
assegurar o nivelamento feito anteriormente e então por cima dessa base com brita é
colocada uma lona que atua como impermeabilizante. Após isso é feita a colocação de
fôrmas devidamente travadas para evitar o vazamento no momento da concretagem,
que normalmente é feita de acordo com a altura final do radier para facilitar o processo.
(SCHIMDTKE, et al., 2017)
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1.1.1. MATERIAS
A fundação do tipo radier pode ser feita de duas formas, utilizado o concreto armado ou
o concreto protendido. Nos dois casos são utilizados basicamente os mesmos materiais,
como: concreto, aço, fôrmas (metálica ou de madeira) e escoramento (tudo dentro das
normas técnicas vigentes e de acordo com o projeto). (DEPARTAMENTO DE
ESTRADAS E RODAGENS, 2006). A diferença é que no segundo, além dos materiais
citados anteriormente, utiliza-se também cabos de aço tracionados e ancorados que
segundo a NBR 6118 (2014), auxiliam na redução do aparecimento de rachaduras e/ou
fissuras, aumentando então a resistência dessa fundação.
1.1.2. EQUIPAMENTOS
Outra forma de realizar a fundação tipo radier é com o concreto protendido, que nada
mais é do que um concreto com forças internas induzidas através de cordoalhas de aço
que são esticadas. De acordo com Cauduro (2003), o protendido segue os mesmos
passos da execução, entretanto, a protensão pode ocorrer de duas maneiras diferentes:
Concreto protendido pós-tracionado: é a maneira mais executada in loco, pois consiste
em tracionar o cabo de aço depois que o concreto atinge aproximadamente 75% de sua
resistência.
Concreto protendido pré-tracionado: como próprio nome sugere, a protensão ocorre
antes da concretagem, maneira utilizada em indústrias de pré-fabricado protendido.
Após colocação das fôrmas são colocados os cabos de aço de protensão (cordoalhas) –
normalmente não aderentes – pois permite que mova livre no concreto para transferir a
força de protensão. Essas cordoalhas são distribuídas de acordo com dimensionamento
do projeto estrutural e também com auxílio de espaçadores para que não encoste na
lona. Um passo importante a ser tomado antes da concretagem no caso do concreto
protendido é a inspeção da posição dos cabos, passagens de instalação hidráulica,
elétrica e esgoto, como também verificação das travas das fôrmas, pois o lançamento do
concreto deve ser realizado da melhor maneira para não deslocar nenhum componente.
A cura é feita num período de 7 dias e então com auxílio do macaco é realizado a
protensão dos cabos que após esticados são cortados. (SCHIMDTKE, et al., 2017)
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1.2. CARACTERÍSTICAS
Segundo Hélio Alves de Azeredo (1997), o radier se torna a melhor alternativa a ser
empregada quando o terreno onde se pretende construir apresenta baixa resistência e a
profundidade da camada resistente torne inviável o uso de estacas. Para Dirceu de
Alencar Velloso, o uso do método radier deve ser adotado quando os pilares apresentam
cargas elevadas e baixas tensões de trabalhos, inviabilizando o uso de sapatas, quando
se objetiva uniformizar os recalques, e quando a área total das sapatas tiver uma
proporção muito grande comparada à área total da construção.
Por se tratar de uma laje contínua sob o solo, o radier dispensa processos fundamentais
de outras fundações como por exemplo a escavação, fazendo com que não seja
necessário o uso de mão de obra e equipamentos específicos para essa etapa,
minimizando desta forma, custos e tempo de execução. (SCHIMDTKE, et al., 2017)
O radier possui classificação quanto à forma ou sistema estrutural e sua rigidez relativa,
sendo estes: (LOPES; VELLOSO, 2011).
A) Radier liso;
Sua principal característica é a facilidade de execução fazendo que com esse tipo
seja o mais utilizado em construções simples, como casas populares.
C) Radier nervurado;
Agrega maior rigidez a flexão se comparado aos outros.
D) Radier em caixão;
Além da rigidez, tem a vantagem de que pode ser executado em vários pisos.
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Fonte: “Fundações” 1ed, 2011.
1.3. CUSTO
A fundação radier se destaca entre os outros tipos devido seu menor custo além da
rapidez na execução. Quando um pré-dimensionamento de sapatas, atendendo o solo, é
capaz de suportar as cargas aplicadas ou quando a área total da fundação for superior a
metade da área de toda construção, em que inevitavelmente se distribui as cargas ao
solo, o radier é a fundação apropriada. (CINTRA, 2010)
Há diversos aspectos que viabilizam a concepção dos projetos, tendo como base o
radier e suas várias classes. Cauduro (2000) deixa claro que ao analisar a relação custo
x benefício correlacionado ao tempo de execução, pode-se observar a superioridade do
radier e suas vertentes perante as fundações tradicionais, além disso, é importante
verificar que o menor volume de mão de obra empregada e o comparativo de custos,
influenciam nas escolhas de acordo com a situação projetual. (NAZARIO; SILVA;
BERTEQUINI, 2018)
1.4. CURIOSIDADE
As normas são publicadas e à medida que forem surgindo novas tecnologias e novos
jeitos de execução elas são alteradas e reeditadas. Atualmente a última edição da NBR
6122 é de 2010 e engloba estruturas como edifícios, residências viadutos, pontes e etc.
(TÉCNICAS, 2010).
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REFERÊ NCIAS
[1] AZEREDO, Hélio Alves de. “O Edifício até sua cobertura”. 2 ed. Blucher. São
Paulo, 1997.
[4] CINTRA, JOSÉ CARLOS A. “Fundações por estaca: projeto geotécnico. São
Paulo: Oficina de Textos, 2010.
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[9] SCHIMDTKE, W.F., COSTA, T.N., ARAÚJO, A.R., ALMEIDA RIBEIRO, É. T.,
ALMEIDA, F. C., & OLIVO, J. S. (2017). FUNDAÇÕES DO TIPO RADIER.
REVISTA CONEXÃO ELETRÔNICA, 1801-1807.
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