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Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico (expressão
2.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão Revisão bibliográfica nacional e
internacional relevante na área 2.0
de estudo
Exploração dos dados 2.0
Índice
Introdução...................................................................................................................................5
Pensamento Fronteiriço..............................................................................................................8
Ética no Desporto........................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas........................................................................................................13
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Introdução
O fenómeno da globalização trouxe consigo outros modos de pensar, outros estilos de vida
social e os que a defendem, desvalorizam e questionam a necessidade ou não de fronteiras.
Preconizam a dinamização da conexão dos Estados, sociedades, pessoas, culturas, mercados,
meios de comunicação, procurando a criação de emprego, participação em trocas comerciais
internacionais, investimentos externos e o acesso a outras culturas. No entanto o presente
trabalho tem como tema: Introdução ao Pensamento e a Fronteira .A contextualização do
trabalho tem por objectivo compreender o pensamento Fronteiriço. Quanto a metodologia
utilizada neste trabalho foi a revisão bibliográfica, realizando-se uma busca nos websites,
artigos científicos, e outros matérias de documentos para enriquecer o trabalho.
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Para Mignolo (2000), o que ele tem em comum é o facto de ser fruto daqueles que têm vivido
ou aprendido no corpo o trauma, a falta de respeito, a ignorância em prol de valores como
progresso, bem-estar, desenvolvimento; discursos da tradição científica que são impostos à
maioria dos habitantes do planeta como se fossem verdadeiros, universais. Trata-se da ferida
aberta de que nos fala Anzaldúa (2005).
O pensamento de fronteira ou paradigma ‘outro’ tem ligação directa com o ato de reaprender
a ser. Isso só pode ser empreendido por aqueles que padeceram os desígnios dos
conhecimentos imperiais: teologia, filosofia secular e racionalidade científica, trata-se, assim
de pensar a partir da dor provocada pela diferença colonial.
A etimologia da palavra fronteira, vem do latim “frons” que significa “parte mais à frente” ou
de acordo com Machado (1998) “o que está na frente”.
Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, fronteira teria vindo do francês frontier,
que designava a acção de um soldado posicionando-se na frente do inimigo. Sendo que há
uma outra definição, referindo- se aos limites do território de um estado (Houaiss, 2007).
Assim, a génese da palavra fronteira nasceu de forma espontânea, representando a margem do
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mundo habitado, mas “na medida que os padrões de civilização foram se desenvolvendo
acima do nível de subsistência, as fronteiras entre ecúmenos tornaram-se lugares de
comunicação e, por conseguinte, adquiriram um carácter político (Machado, 1998, p.41).
A fronteira tem evoluído ao longo da história da humanidade, mas o seu conceito evoluiu
acentuadamente por força da globalização, adquirindo diversos significados e funções, e
novos traçados, que se cruzam e entrelaçam. Antigamente quase estanque, a fronteira de um
mundo global adquiriu uma natureza movediça e uma diversidade de traçados, em
consonância com a própria evolução das sociedades e da política mundial, com os seus
desafios e ameaças.
Pode considerar-se haver três grandes grupos de fronteiras: (i) as físicas, produto da natureza,
como sejam os mares, os rios e as montanhas; (ii) as estruturais, definidas por factores
estruturantes das sociedades, como sejam a civilização e a cultura; (iii) e as convencionais,
estabelecidas por causas conjunturais, normalmente, políticas.
O primeiro grande grupo – o das fronteiras físicas - está bem identificado, sendo o mais
estável, por nos ser dado pela geografia.
O segundo grande grupo – o das fronteiras estruturais – também nos surge com forte
estabilidade, sobretudo, quanto aos vectores civilizacionais, pelo seu carácter milenar e
confinamento geográfico. Já o vector cultural, se bem que estrutural, pode configurar uma
fronteira menos estável e movediça, em especial, pela acção de contágio de comunidades com
identidades culturais distintas, proporcionada pelas novas tecnologias de comunicação e pelas
migrações. No terceiro grande grupo – o das fronteiras convencionais - encontramos a maior
diversidade de traçados, de significados e de funções.
Nele, temos a fronteira política (ou geopolítica), que identifica o território do Estado, entidade
territorial, por excelência. A fronteira política encerra o corpo da nação, com a sua identidade
própria, confere legitimidade às suas instituições e permite que o Estado defina o interesse
nacional e execute as suas estratégias, interna e externamente. A fronteira política tem ainda
por missão contribuir para a estabilidade internacional, conforme ditam as doutrinas da ONU,
da UA e da Conferência de Helsínquia. O desenvolvimento do estudo da Geografia política na
Alemanha e na França, no final do século XIX, possibilitou o surgimento da Geopolítica.
Geógrafos alemães1 deduziram que determinados acontecimentos históricos obedeciam a leis
sugeridas pelo meio físico e espaço geográfico em que se desenvolviam, tendo concluído,
após aprofundarem as suas observações, que a Geografia dos países e dos continentes,
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incitava comportamentos políticos. Na França2, idêntico percurso foi encetado por geógrafos
que, não se limitando aos estudos na sua área, transpuseram os resultados das investigações
para o plano político (Mattos, 1990, p. 2-3).
A Geopolítica procura ver no momento, analisa com o intuito de obter uma resposta aos
porquês e perspectiva as consequências. Surge vinculada à política, como uma ciência das
Relações Internacionais que se serve da Geografia, da História e da Política em si mesma,
com o objectivo de percepcionar as motivações das acções dos Estados (IESM, 2007, p. 4).
Segundo Philippe Defarges (2003, p. 133), a Geopolítica analisa as relações entre o homo
politicus e o espaço, interrogando-se sobre o peso dos factores espaciais nas escolhas e
relações políticas e, em sentido inverso, sobre o impacto dos elementos políticos na
organização e controlo do espaço.
Diversas figuras da esfera Geopolítica, como Friederick Ratzel, Rudolf Kjellen, Karl
Haushoffer, Jacques Ancel, Alfred Mahan, John Mackinder, ou Nicholas Spykman, estudaram
a temática das fronteiras.
Ratzel (1844 – 1904) partiu do pressuposto que o Estado era um organismo ligado ao solo e
que o seu poder resultava da combinação do raum (espaço) com a lage (posição).
Posteriormente, verificou a necessidade de incluir um terceiro elemento, que designou por
Kjellen (1864 – 1922), criador do termo “Geopolítica”, é considerado, no plano das ideias, um
continuador de Ratzel, ao retomar a ideia de que o Estado é um organismo num meio
geográfico (Dias, 2005, p. 76) e ao reafirmar a aptidão do povo alemão para alcançar o seu
espaço vital.
Pensamento Fronteiriço
Admitindo-se que existe um mundo moderno “colonial” expresso por sua colonialidade do
saber e poder como vimos anteriormente, e, reconhecendo uma profunda negligência de
outros saberes, conhecimentos, culturas negadas pelas fronteiras do pensamento hegemónico
(eurocêntrico). Nesse caso, ao aceitar essas proposições, podemos analisar a fronteira como o
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Ética no Desporto
A Ética Desportiva surge como uma estrutura moral que define alguns limites para o
comportamento dos desportistas, de forma a preservar um sistema desportivo civilizado. É
possível competir respeitando o adversário, reconhecendo o seu valor e competência, vendo-o
como um oponente indispensável, sem o qual não existe competição. As regras da Ética
Desportiva exigem que, além de respeitar o adversário, se saiba reconhecer o mérito do
vencedor, guardando para si os sentimentos de tristeza e desapontamento.
Marques (2015),refere que a ética desportiva diz-nos como se devem comportar todos aqueles
que estão envolvidos na prática desportiva. É muito importante porque pode ajudar a prevenir:
A violência no desporto,
A dopagem,
O racismo,
A xenofobia e
A discriminação social.
A ética no desporto não é só para os praticantes ou para os treinadores. Existem muitos outros
agentes desportivos que estão envolvidos. Por exemplo:
No desporto há o corpo-próprio, o corpo que o atleta intui como sendo seu, mas também há
um corpo reflexo, o corpo que os outros vêm como sendo o corpo do atleta. E, ainda, o corpo
ideal, o corpo sublime, o corpo teatral.
Para José Gil (2001), não há um corpo único, mas múltiplos corpos. Cunha e Silva (2007,
pp.360) considera que o corpo contemporâneo vai para além de uma construção simbólica, é
de facto uma evidência. Há corpos por todos os lados. Não há como evitá-lo, não há como
fugir-lhe.
O desenvolvimento do Desporto parece seguir uma nova orientação, onde um desporto “mais
humano” aponta para um novo paradigma, centrado na pesquisa científica, no ensino, nas
implicações éticas do desporto e, principalmente, na emergência de uma nova filosofia, a do
“estudo do corpo” (Dunning, 1992,et all).
O corpo enquanto dimensão global é um dos temas mais debatidos no mundo contemporâneo,
sendo um objecto de estudo com particular relevância no domínio das Ciências Sociais
(Crespo, 1990). Debruçarmo-nos sobre o estudo do corpo é descrever a própria história da
sociedade que está minuciosamente retratada através da literatura, da medicina, da fotografia
e da pintura, perdurando no tempo as características que compõem a sua identidade, cultura e,
principalmente, o culto exacerbado da aparência (Adorno, 1994). Igualmente merece a nossa
atenção o facto dos novos percursos fenomenológicos se terem fortalecido, no contexto de
uma ponderação do papel do corpo, no que continua a ser uma análise da estrutura própria do
aparecer e das condições de possibilidade de uma “ida até às coisas” (Umbelino, 2007).
Para Merleau-Ponty (1999) o corpo não é coisa, nem ideia, o corpo é movimento,
sensibilidade e expressão criadora. Tal concepção de corpo opõem-se à perspectiva
mecanicista da Filosofia e da Ciência tradicional, mostrando-nos uma nova compreensão do
corpo e do movimento humano, que se baseia na compreensão das relações corpo-mente
como unidade e não como integração de partes distintas.
Conclusão
Referências Bibliográficas
Dinh, N.Q., Daillier, P. & Pellet, A., (2003). Direito Internacional Público. 2nd ed. Lisboa.
Mattos, C.d.M. (1990). Fundamentos Científicos da Geopolítica e sua relação com a teoria
de fronteiras. A Defesa Nacional, Outubro-Dezembro.