A comunidade de Muritiba é formada por pessoas muito unidas em questões
de comunidade. É uma comunidade majoritariamente composta por descendentes de origem étnico-raciais, os integrantes incluem agricultores, seringueiros, pescadores, extrativistas e outros que se dedicam a atividades como o turismo de base comunitária. Com uma história própria de muita luta e opressão em relação aos seus antepassados. Apesar das dificuldades atuais, como a falta de auxílio do governo e a demora que foi para reconhecer como uma comunidade quilombola, eles permanecem unidos. Muitos dos residentes são parentes ou têm famílias que são conhecidas há muito tempo. Em relação à religião na comunidade, o catolicismo foi predominante por um longo período na comunidade. A dança e a capoeira são elementos essenciais da cultura local. A dança é transmitida de mãe para filha, enquanto a capoeira é ensinada nas escolas desde a infância, com ênfase na importância cultural que ela representa para a comunidade. Na escola da comunidade, busca-se enfatizar a relevância do conhecimento da história comunitária. O senso de comunidade de baixa grande se mostra forte em muitos pontos, como, na agronomia, comercio, cultura, entre muitos outros pontos. Vimos que há comunidade passa por muitas dificuldades, principalmente por conta do governo. Devido às deficiências, o povo da comunidade se fez perceber que só tinham uns aos outros, assim, com falta de postos de saúde na comunidade o povo se escora na fé, e nas rezadeiras, já que o posto de saúde mais próximo é muito distante para o povo da comunidade. Com base nessa informação, estabelecemos contato com um grande projeto comunitário que surge da carência de recursos básicos daquela comunidade. Esse projeto é a igreja católica de Santo Antônio, construída para ser o refúgio e a base da esperança daquele povo. Isso nos leva a uma ferida no Brasil, sendo a crença de que as igrejas são um recurso essencial para esconder todas as deficiências governamentais. Dona Nieta em sua fala sobre a igreja disse que os dízimos ajudavam em um evento da igreja em que fazia uma distribuição de pães na comunidade. Uma das características do local, sobretudo nas estruturas, são as olarias, que produziam tijolos e telhas para venda, o que gerava empregos e movimentava a economia local. Dessa forma, tornava-se mais acessível para a comunidade adquirir seus materiais dentro da própria comunidade.