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Plano de aula - 7º ano

Data: 22/09/2022

Conteúdo: Sociedade Colonial

Tema: A sociedade do açúcar

Duração: Dois tempos de cinquenta minutos (1:50hs).

Objetivos Gerais

Compreender os processos em curso na América Portuguesa, que levaram à construção e à


forma da Sociedade Colonial.

Conteúdo

As matrizes do povo
 Embora o domínio cultural na América Portuguesa fosse o da Matriz Ibérica (europeia
e cristã católica), é necessário lembrar que tanto a Matriz Africana quanto a Matriz
Indígena, foram importantes na formação da cultura no Brasil Colônia.

 As características de cada matriz podem ser percebidas nas mais diversas áreas, dentre
elas:

o Linguagem: o português, embora hegemônico, recebeu influência dos diversos


idiomas indígenas (troncos Tupi, Macro-jê e outras famílias linguísticas) e
africanos (Banto, Yorubá) com que teve contato. Inclusive, na Vila de São
Vicente (que se tornaria São Paulo) por muito tempo se falou a chamada
“Língua Geral”, organizada pelos jesuítas para facilitar a cristianização dos
indígenas do litoral.

o Costumes: costumes como tomar banho todos os dias, dormir em redes,


comer frutas e festas populares, se desenvolveram à partir desses encontros
culturais.

o Práticas sociais: Famílias estendidas, apadrinhamento, escravidão, ama de


leite, dentre outras práticas, eram comuns entre todas as esferas da sociedade.

Constituição da Sociedade Colonial


 É fácil se enganar achando que a sociedade colonial era formada apenas de Senhores
de Engenho e Escravos. Na verdade, ela era uma sociedade muito mais complexa que
reunia elementos de todas as suas matrizes.

 Podemos representá-la da seguinte maneira:

o Alta Classe: “Nobreza da Terra” – Senhores de Engenho; Comerciantes Ricos;


Funcionários da Coroa e Militares de Alta Patente.

o Classe Média: Pessoas livres (europeus ou mestiços), que possuíam trabalho


assalariado ou arrendavam um terreno para trabalhar no campo; indígenas,
principalmente após o Diretório dos Índios, de 1755, que lhes garantiu
liberdade plena.
o Classe Baixa: Escravos (africanos, indígenas e mestiços), pessoas pobres,
mendigos e vagabundos (pessoas sem moradia fixa).

 É importante compreender que, embora em situações distintas, todos eram súditos do


rei de Portugal. Também que, em algum nível, havia interação entre todas as esferas da
sociedade.

Relações familiares na América Portuguesa


 O casamento oficializado pela Igreja, era muito importante para aquela sociedade, pois
acrescentava um fator de segurança àquelas pessoas. Ao integrar uma família, eles
poderiam estabelecer relações duradouras. Uma das principais era o Compadrio, que
foi especialmente favorável aos escravos.
o o conceito de família estendida se aplica bem à família colonial. Entende-se por
família estendida uma comunidade, ou casa que é composta por pessoas que
tem laços que se estendem para além dos sanguíneos, podendo englobar
agregados (compadres, comadres e afilhados) nos na organização familiar.
o A família era muito importante para o escravo, visto que se constituía em um
meio de “aliviar” a escravidão, também, em uma rede de solidariedade, onde
os escravos “melhor posicionados” dentro daquela sociedade, ajudavam a
partir do compadrio, outros que estavam ligados apenas à lavoura e que não
tinham maiores possibilidades de juntar o pecúlio (bens ou dinheiro) para
comprar sua liberdade.

Divisão do Trabalho

 Divisão do trabalho por sexo:


o Ofícios femininos: Atividades relacionadas ao cuidado da casa e criação
de filhos, agricultura, artesanato e pequeno comércio.
o Ofícios masculinos: Trabalhos braçais em geral, comércio de longa
distância (mascates, caixeiros viajantes e tropeiros), artesanato e
agricultura.
Práticas Religiosas

 Catolicismo – Religião oficial e base cultural da América Portuguesa.


o Confrarias e Irmandades;
o Festas religiosas;
 Religiões sincréticas – Práticas animistas (veneração a espíritos da natureza) e
formação de religiões afro-brasileiras.

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