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RESENHA
REFERÊNCIA
ISBN: 978-85-7455-140-1
Resenha feita com base no artigo condido no livro ´´Discutindo a Geografia: doze
razões para se (re)pensar a formação do professor´´, artigo esse do autor Paulo
Rodrigues dos Santos, que questiona as (des)articulações existentes entre a
Geografia Universitária e a Geografia Escoilar, tbm questiona se o conhecimento
produzido na universidade está efetivamente aproximando essa instância da
educação básica.
Introduçao - 333
A história recente do ensino de geografia no Brasil tem sido marcada por diversas
abordagens geográficas que têm influenciado as práticas pedagógicas em sala de
aula. Uma dessas abordagens é a Geografia Crítica, que se desenvolveu a partir
dos anos 70, como uma resposta ao ensino tradicional de geografia, que era visto
como superficial e mencionava apenas fatos e informações sobre o espaço
geográfico. A Geografia Crítica busca analisar e interpretar as relações sociais e
políticas presentes no espaço geográfico, com o objetivo de contribuir para a
formação crítica e participativa dos alunos. O trecho de Paulo Rodrigues
“Abordagens geográficas sobre a história recente do ensino de geografia” presente
na página 336 apresenta uma análise crítica e reflexiva sobre a evolução do ensino
da geografia no Brasil ao longo das últimas décadas.
No texto, o autor destaca que até a década de 1960 a geografia era vista apenas
como uma disciplina descritiva, voltada para memorização de conteúdos. Entretanto,
a partir dessa década, surgiram novas correntes teóricas que buscaram mudar esse
paradigma, tais como a Geografia Crítica e a Geografia Radical, que problematizam
a sociedade e suas relações com a natureza. O autor também ressalta a importância
do movimento da Nova Geografia, que surgiu na década de 1970, e pregava a
renovação do ensino de geografia, incentivando a interdisciplinaridade e a
contextualização dos conteúdos. Segundo Rodrigues, a Nova Geografia teve um
grande impacto no ensino de geografia, influenciando a formação de novos
professores e a produção de novos materiais didáticos. Contudo, o autor também
expõe as limitações do ensino de geografia atual, que muitas vezes não consegue
acompanhar as transformações da sociedade contemporânea e não incorpora
discussões importantes como a crise ambiental e a globalização.
Este texto apresenta uma discussão sobre a Geografia Escolar (GE) e seu papel na
educação básica (EB) brasileira, destacando a presença de relações de poder e
dominação no campo. Sua análise sobre a condição da GE como espaço de
confluência de discursos e relações de poder é muito relevante e contribui para uma
compreensão mais profunda da realidade educacional brasileira. De fato, o
conhecimento escolar não pode ser reduzido a nenhuma outra forma de
conhecimento, seja científica ou cotidiana, pois é um conhecimento social e
pedagogicamente construído, que resulta da interação entre diversos atores e
discursos no contexto escolar.
A partir da leitura do artigo foi possível perceber que desenvolveu algumas reflexões
em torno da produção acadêmica identificada como ensino de geografia. Com uma
linguagem acessível, Rodrigues aborda o texto com os aspectos de clareza,
explicando detalhadamente as pautas, e apresentando uma boa compreensão. A
partir da leitura e avalição, inidica-se este artigo para alunos de licenciatura de
geografia, e professores que já atuam nesta área.