Derivação da função composta, funções definidas

implicitamente, função inversa

1. Seja 0 − G # БÑß D œ 0 Ð<Ñß com < œ È B# C# ß < Á !Þ Mostre que se D verifica

a equação de Laplace, isto é,
` #D ` #D
œ!
`B# `C#

então
.# 0 " .0
œ !Þ
.<# < .<
Resposta: Tem-se que
`D .0 `< .0 " `< " "
œ œ BÐB# C# Ñ # (note que œ ÐB# C# Ñ # #B)
`B .< `B .< `B #
e

Š ‹œ
`#D ` .0 " .# 0 # # .0 # " .0 # # # $

#
œ † BÐB# C# Ñ # B ÐB C# Ñ "
ÐB C# Ñ # B ÐB C Ñ #
`B `B .< .<# .< .<

Analogamente

`D .0 `< .0 "
œ œ CÐB# C# Ñ # e
`C .< `C .<
# #
` D . 0 .0 # " .0 # # # $

#
œ # C # ÐB# C# Ñ " ÐB C# Ñ # C ÐB C Ñ # Þ
`C .< .< .<

Então
`#D `#D .# 0 # # .0 # " .0 # # # $
œ ! Í B ÐB C# Ñ " ÐB C# Ñ # B ÐB C Ñ #
`B# `C # .< # .< .<
#
. 0 # # .0 # " .0 # # # $
C ÐB C# Ñ " ÐB C# Ñ # C ÐB C Ñ # œ!
.<# .< .<
.# 0 .0 " .0 # # " .# 0 .0 # "
Í # # ÐB# C # Ñ # ÐB C Ñ # œ ! Í ÐB C# Ñ # œ !ß
.< .< .< .<# .<
que é equivalente a

.# 0 " .0
œ !Þ 
.<# < .<
 2. Seja ? À ‘# Ä ‘, com ? − G # Б# Ñ. Considere a mudança de variáveis

œ C œ =#
Bœ= >
># Þ

Mostre que, se
` #? ` #?
œ
`=# `>#

então

` #? ` #? `?
B C œ !Þ
`B`C `C# `C

Resposta: Fica como exercício. 

3. Sejam 1 e 2 duas funções reais e de classe G " em ‘. Considere a função

0 À ‘$ Ä ‘# definida por

0 ÐBß Cß DÑ œ ÐB1ÐCDÑß 2 Š ‹ÑÞ

B
C

Determine a matriz jacobiana de 0 no ponto Ð"ß "ß !Ñ em função das derivadas de

1 e de 2 .
Resposta: Sejam 0" ÐBß Cß DÑ œ B1ÐCDÑ e 0# ÐBß Cß DÑ œ 2Š ‹Þ
B
C
A matriz pedida é
`0" `0" `0"
Ô 1ÐCDÑ B1w ÐCDÑD B1w ÐCDÑC ×
– —
Õ 2 ŠC ‹C 2w Š ‹ # Ø
`B `C `D
`0# `0# `0# œ w B " B B
!
`B `C `D C C

que no ponto Ð"ß "ß !Ñ é igual a ” w

! •
1Ð!Ñ ! 1w Ð!Ñ
Þ 
2 Ð"Ñ 2w Ð"Ñ

4. Seja 0 À ‘# Ä ‘ uma função de classe G # e 1 À ‘# Ä ‘# definida por

Ð?ß @Ñ œ 1ÐBß CÑ œ Ð1" ÐBß CÑß 1# ÐBß CÑÑ œ ÐsinÐBCÑß cosÐB# C# ÑÑÞ Sabendo que
N0 Ð?ß @Ñ œ c " ?@# $?$ @# d

calcule
È1
N0 ‰1 ÐÈ 1 ß ‹Þ
#
 Resposta: Tem-se que

Ô `1" ×
È1 Ö `B Ù
`1"
N0 ‰1 ÐÈ1ß ‹œ” • Ö Ù
`0 `0 `C
`@ 1ŠÈ1ß # ‹ `1#
Õ `B Ø
# È1 `1#
`?
ŠÈ1ß
È1
# ‹
`C

œ c" @# dŠ1ß ” #CsinÐB# C # Ñ •ŠÈ1ß È1 ‹

C cosÐBCÑ BcosÐBCÑ
È#
# ‹
?@# $?$
#BsinÐB# C # Ñ
#

œ " ‘– (È (È
—œ# ‘– —œ# #1 ‘Þ
! ! ! !
È #1 È #1
È #1 È #1
" " " (
# $ # # #1 %
# #

5. Seja 1 À ‘# Ä ‘$ uma função de classe G " em ‘# tal que 1Ð!ß "Ñ œ Ð"ß "ß !Ñ e
Ô" #×
cuja matriz jacobiana no ponto Ð!ß "Ñ é $ % Þ Seja 0 À ‘$ Ä ‘$ definida por
Õ& 'Ø

0 Ð?ß @ß AÑ œ Ð 0" Ð?ß @ß AÑß 0# Ð?ß @ß AÑß 0$ Ð?ß @ß AÑÑ

œ Ð/?@A ß ?# @# A# ß ?@# A$ ÑÞ

Determine a matriz jacobiana de 0 ‰ 1 em Ð!ß "ÑÞ

Resposta: Tem-se

Ô `? × Ô" #×
`0" `0" `0"

N0 ‰1 Ð!ß "Ñ œ Ö `0 Ù
`@ `A

Õ& 'Ø
`0# `0#

Õ `0$ Ø
`?
#
`@ `A
$ %
`0$ `0$
`? `@ `A Ð"ß"ß!Ñ

Ô @A/ × Ô" #× Ô! " ×Ô " #× Ô& ' ×

?@A ?@A ?@A
?A/ ?@/ !

Õ @ # A$ $A# ?@# ØÐ"ß"ß!Ñ Õ & 'Ø Õ! ! ØÕ & 'Ø Õ! ! Ø

œ #? #@ #A $ % œ # # ! $ % œ ) "# Þ
#@?A$ !

6. Seja ) uma constante real e considere a aplicação de ‘# , com valores em ‘# ,

definida por

œ C œ ? cosÐ)Ñ
B œ ? sinÐ)Ñ @ cosÐ)Ñ
@ sinÐ)Ñ.

Seja 0 À ‘# p ‘ diferenciável e 1Ð?ß @Ñ œ 0 ÐBß CÑ. Mostre que se tem

Š ‹ Š ‹ œŠ ‹ Š ‹ Þ
`0 # `0 # `1 # `1 #
`B `C `? `@

Resposta: Fica como exercício. 

 7. Considere a função 0 À ‘# p ‘# definida por
0 ÐBß CÑ œ Ð/B C
ß /B C
Ñ

e 1 À ‘# p ‘ uma função continuamente diferenciável. Seja ainda 2 œ 1 ‰ 0 À ‘# p ‘,

onde 2ÐBß CÑ œ 1Ð?ß @Ñ. Mostre que, em qualquer ponto T! œ ÐB! ß C! Ñ do seu
domínio, se têm as igualdades

`2 `2 `1 `2 `2 `1
Ð ÑT Ð ÑT! œ #Ð Ñ0 ÐT!Ñ /B! C!
,Ð ÑT Ð ÑT! œ #Ð Ñ0 ÐT!Ñ /B! C!
.
`B ! `C `@ `B ! `C `?

Resposta: Fica como exercício. 

8. Mostre que a equação

B sinÐC DÑ œ !

define numa vizinhança do ponto Ð!ß !ß !Ñ uma função C œ 9ÐBß DÑ. Utilizando o teorema
` #9 ` #9
da função implícita calcule Ð!ß !Ñ . Explicite a função 9 e calcule de novo Ð!ß !Ñ.
`B# `B#
Resposta: Consideremos a função 0 ÐBß Cß DÑ œ B sinÐC DÑ.

Tem-se que 0 ÐBß Cß DÑ está definida em ‘$ (aberto), e

"Ñ 0 Ð!ß !ß !Ñ œ !,
`0 `0 `0
#Ñ œ "ß œ cosÐC DÑß œ cosÐC DÑß que são contínuas em ‘$ ,
`B `C `D
`0
$Ñ Ð!ß !ß !Ñ œ cos ! œ " Á !.
`C
Logo, por aplicação do teorema das funções implícitas, existe uma vizinhança de
Ð!ß !ß !Ñ onde a equação B sinÐC DÑ œ ! define implicitamente C como função de B e
de D , isto é, C œ 9ÐBß DÑ. Derivando a equação em ordem a B e tendo em conta que C é
função de B, tem-se que
`9
" cosÐC DÑ œ !ß
`B
`9 " `9
donde ÐBß DÑ œ ß pelo que Ð!ß !Ñ œ ".
`B cosÐC DÑ `B

Alternativamente a derivada anterior no ponto Ð!ß !Ñ pode ser calculada a partir de:
`0
`9 `B Ð!ß !ß !Ñ "
Ð!ß !Ñ œ `0
œ Ð!ß !ß !Ñ œ ".
`B `C
Ð!ß !ß !Ñ cosÐC DÑ