Você está na página 1de 6

8.

Mostre que a equação


B sinÐC DÑ œ !

define numa vizinhança do ponto Ð!ß !ß !Ñ uma função C œ 9ÐBß DÑ. Utilizando o teorema
` #9 ` #9
da função implícita calcule Ð!ß !Ñ . Explicite a função 9 e calcule de novo Ð!ß !Ñ.
`B# `B#
Resposta: Consideremos a função 0 ÐBß Cß DÑ œ B sinÐC DÑ.

Tem-se que 0 ÐBß Cß DÑ está definida em ‘$ (aberto), e

"Ñ 0 Ð!ß !ß !Ñ œ !,
`0 `0 `0
#Ñ œ "ß œ cosÐC DÑß œ cosÐC DÑß que são contínuas em ‘$ ,
`B `C `D
`0
$Ñ Ð!ß !ß !Ñ œ cos ! œ " Á !.
`C
Logo, por aplicação do teorema das funções implícitas, existe uma vizinhança de
Ð!ß !ß !Ñ onde a equação B sinÐC DÑ œ ! define implicitamente C como função de B e
de D , isto é, C œ 9ÐBß DÑ. Derivando a equação em ordem a B e tendo em conta que C é
função de B, tem-se que
`9
" cosÐC DÑ œ !ß
`B
`9 " `9
donde ÐBß DÑ œ ß pelo que Ð!ß !Ñ œ ".
`B cosÐC DÑ `B

Alternativamente a derivada anterior no ponto Ð!ß !Ñ pode ser calculada a partir de:
`0
`9 `B Ð!ß !ß !Ñ "
Ð!ß !Ñ œ `0
œ Ð!ß !ß !Ñ œ ".
`B `C Ð!ß !ß !Ñ
cosÐC DÑ

Š ‹œ
`#9 ` " sinÐC DÑ ` 9
Sabe-se que #
ÐBß DÑ œ † donde se conclui que
`B `B cosÐC DÑ cos# ÐC DÑ `B
`#9
Ð!ß !Ñ œ !.
`B#
Explicitando a função C teríamos C œ arcsin ÐBÑ D . Ora

Š ‹œ
`#9
`B È" B#
` " B
ÐBß DÑ œ
`B# Ð" B# Ñ$Î#

`#9
o que permite confirmar que Ð!ß !Ñ œ !. 
`B#
9. Mostre que a equação

B É B# C# D# cos C œ !

define B como função de C e de D numa vizinhança do ponto ÐB! ß C! ß D! Ñ œ Ð!ß !ß "Ñ.


`B
Para essa função, determine no ponto em que C! œ ! e D! œ ".
`D
`B
Resposta: Tem-se Ð!ß "Ñ œ "Þ 
`D

10. Mostre que a equação


/BC B cos D C "œ!

define C como função de B e de D numa vizinhança do ponto T! œ Ð!ß !ß 1Ñ. Calcule


`C
no ponto Ð!ß 1 ÑÞ
`B
Resposta: Considere-se a função 0 ÐBß Cß DÑ œ /BC B cos D C ".

Tem-se que 0 ÐBß Cß DÑ está definida em ‘$ , que é aberto, e

"Ñ 0 Ð!ß !ß 1Ñ œ /! ! cos ! ! " œ !,


`0 `0 `0
#Ñ œ C/BC cos Dß œ B/BC "ß œ B sin D ,
`B `C `D
que são contínuas em ‘$ ,
`0
$Ñ Ð!ß !ß 1Ñ œ " Á !.
`C
Logo, por aplicação do teorema das funções implícitas, existe uma vizinhança de
Ð!ß !ß 1Ñ onde a equação /BC B cos D C " œ ! define implicitamente C como função
de B e de D , isto é, C œ 9ÐBß DÑ. Tem-se também que

`0
`C `B Ð!ß !ß 1Ñ ÐC/BC cos DÑÐ!ß !ß 1Ñ
Ð!ß 1Ñ œ `0
œ œ ". 
`B ÐB/BC "ÑÐ!ß !ß 1Ñ
`C Ð!ß !ß 1Ñ

11. Mostre que o sistema


/B?
œ #B$
#C logÐ@ ?Ñ " œ !
C# ? @# œ !

define, numa vizinhança do ponto ÐBß Cß ?ß @Ñ œ Ð!ß "ß !ß "Ñ, uma função
9 œ Ð9" ß 9# Ñ À ÐBß CÑ p Ð?ß @Ñ.
` 9" ` 9#
Calcule Ð!ß "Ñ e Ð!ß "Ñ.
`B `B
Resposta: Sejam
0" ÐBß Cß ?ß @Ñ œ /B? #C logÐ@ ?Ñ " e 0# ÐBß Cß ?ß @Ñ œ #B$ C# ? @# .

estão definidas em ‘# ‚ ÖÐ?ß @Ñ − ‘# À @ ? !×, aberto de ‘% Þ

Vamos verificar as condições do teorema:

"Ñ 0" Ð!ß "ß !ß "Ñ œ /! #†" logÐ! "Ñ "œ! e

0# Ð!ß "ß !ß "Ñ œ # † !$ "# ! "# œ !.


`0" `0" `0" " `0" "
#Ñ œ ?/B? ß œ #ß œ B/B? ß œ e
`B `C `? @ ? `@ @ ?
`0# `0# `0# `0#
œ 'B# ß œ #Cß œ "ß œ #@.
`B `C `? `@
Todas estas funções derivadas são contínuas numa conveniente vizinhança do
ponto Ð!ß "ß !ß "Ñ.

$Ñ Tem-se

œº º œº

Ð!ß "ß !ß "Ñ œ » `0 `0# »
`0 `0" " "
`Ð0" ß 0# Ñ `?
"
`@ B/B? @ ? @ ? " "
œ " Á !.
`Ð?ß @Ñ #
" #@ Ð!ß"ß!ß"Ñ
"
`? `@ Ð!ß"ß!ß"Ñ

Estão verificadas as condições do teorema das funções implícitas.

Derivando ambas as equações em ordem a B, tendo em conta que quer ? quer @ são
funções de B (e também de C ), tem-se que
Ú
Ý
Ú
Ý Ý
Ý
`@ `?
Ý /B? ` (B?Ñ Ý B?
`
`B (@ ?Ñ
`?
œ! / (? B Ñ `B `B œ !
Û `B @ ? ÍÛ
Ý Ý
`B @ ?
Ý 'B# `? `@ Ý
Ý
Ü #@ œ! Ý 'B `? `@
Ü
#
`B `B #@ œ !Þ
`B `B

Substituindo no ponto ÐBß Cß ?ß @Ñ œ Ð!ß "ß !ß "Ñ tem-se que


Ú
Ý
Ý `?
Ð!ß ")
`@
Ð!ß ") œ !
Û `B `B
Ý
Ý `? `@
Ü `B
Ð!ß ") # Ð!ß ") œ !.
`B
Resolvendo o sistema vem
` 9" `? ` 9# `@
Ð!ß "Ñ œ Ð!ß "Ñ œ ! e Ð!ß "Ñ œ Ð!ß "Ñ œ !Þ 
`B `B `B `B

12. Considere o sistema de equações


logÐB?# Ñ C @ œ !
œ B/@ C@# ? œ !.

Mostre que o sistema define ? e @ como funções de B e C numa vizinhança de


`@
T! œ ÐB! ß C! ß ?! ß @! Ñ œ Ð"ß !ß "ß !Ñ. Determine Ð"ß !Ñ.
`B
`@
Resposta: Ð"ß !Ñ œ "Þ 
`B

13. Considere o sistema


C B# " œ !
œ CD #
BD
BD œ !.

Mostre que o sistema define C e D como funções de B numa vizinhança de


`C `D
ÐB! ß C! ß D! Ñ œ Ð "ß "ß "ÑÞ Determine Ð "Ñ e Ð "Ñ.
`B `B
`C `D
Resposta: Ð "Ñ œ # e Ð "Ñ œ "Þ 
`B `B

14. Considere a função 0 À ‘# p ‘# definida por


0 ÐBß CÑ œ Ð#B C # ß B# $CÑÞ

aÑ Estude a invertibilidade de 0 numa vizinhança do ponto ÐB! ß C! Ñ œ Ð"ß "ÑÞ

bÑ Calcule N0 " Ð$ß #ÑÞ

Resposta: aÑ Seja 0 ÐBß CÑ œ Ð0" ÐBß CÑß 0# ÐBß CÑ œ Ð#B C # ß B# $CÑÞ As funções 0" ÐBß CÑ
e 0# ÐBß CÑ são funções polinomiais, pelo que são de classe G " em ‘# . Tem-se que

Ô `0" ×
Ö `B Ù
`0"
N0 ÐBß CÑ œ Ö `0 Ùœ”
$ •
`C # #C

Õ `B Ø
# `0# #B
`C
"Ñl œ H/>”
$ •
# #
e lN0 Ð"ß œ "! Á !; pelo que 0 ÐBß CÑ é invertível numa vizinhança
#
do ponto Ð"ß "Ñ.

bÑ Tem-se que 0 Ð"ß "Ñ œ Ð$ß #Ñ. Pelo teorema da função inversa, tem-se que

"Ñ œ ”
$ •
œ– —Þ
" $ "
" w w " " # # "! &
N0 Ð$ß
" #Ñ œ Ð0 ÑÐ$ß #Ñ œ Ð0Ð"ß "Ñ Ñ œ N0 Ð"ß " "
# & &

Nota: Tem-se que, com +. ,- Á !, que

”- .• ” + •
"
+ , " . ,
œ Þ 
+. ,- -

15. Considere a função J À ‘# ÏÖÐ!ß !Ñ× p ‘# definida por


J ÐBß CÑ œ ÐB# C# ß #BCÑÞ

Mostre que:

aÑ J − G " Б# ÏÖÐ!ß !Ñ×Ñ.

bÑ lNJ Ð+ß ,Ñl Á !ß aÐ+ß ,Ñ − ‘# ÏÖÐ!ß !Ñ× mas J não é invertível em ‘# ÏÖÐ!ß !Ñ×.

Resposta: a) Seja J ÐBß CÑ œ ÐJ" ÐBß CÑß J# ÐBß CÑÑ œ ÐB# C# ß #BCÑ. As funções J" ÐBß CÑ e
J# ÐBß CÑ são funções polinomiais, pelo que são de classe G ∞ em ‘# e, em particular, são
de classe G " em ‘# .

b) Tem-se que

Ô `0" ×
Ö `B Ù
`0"
NJ Ð+ß ,Ñ œ Ö Ù œ”
#B •Ð+ß,Ñ ” #, #+ •
`C #B #C #+ #,
œ ,
Õ `B Ø
`0# `0# #C
`C Ð+ß,Ñ

e ÐH/> J w ÑÐ+ß,Ñ œ %+# %,# Á !, se Ð+ß ,Ñ Á Ð!ß !Ñ. Pelo teorema da função inversa, dado
ÐBß CÑ Á Ð!ß !Ñ a função J ÐBß CÑ é invertível em alguma vizinhança deste pontoÞ

No entanto a função J não é globalmente invertível, uma vez que não é injectiva
(uma função 0 de domínio H diz-se injectiva se dados Bß C − Hß se B Á C então
0 ÐBÑ Á 0 ÐCÑ)Þ Relativamente à função J tem-se, por exemplo, que
J Ð"ß "Ñ œ J Ð "ß "ÑÞ 
16. Considere a aplicação de classe G " , 0 À ‘# p ‘# , definida por

œ C œ 0 ÐB ß B ÑÞ
C" œ 0" ÐB" ß B# Ñ
# # " #

Suponha que N œ H/>Ð0 w Ð+" ß +# ÑÑ Á !. Mostre que, sendo 9 œ Ð9" ß 9# Ñ a função


inversa (definida em alguma vizinhança de Ð," ß ,# Ñ œ Ð0" Ð+" ß +# Ñß 0# Ð+" ß +# ÑÑÑ tem-se
` 9" " `0# ` 9# " `0#
Ð," ß ,# Ñ œ Ð+" ß +# Ñ e Ð," ß ,# Ñ œ Ð+" ß +# Ñ.
`C" N `B# `C" N `B"

Resposta: Temos 0 Ð+" ß +# Ñ œ Ð0" Ð+" ß +# Ñß 0# Ð+" ß +# ÑÑ œ Ð," ß ,# Ñ e, portanto, pelo


teorema da função inversa, como 0 é de classe G " e
`0" `0"
N œ H/>Ð0 Ð+" ß +# ÑÑ œ H/>–
w `B"
`0#
`B#
`0# — Á!
`B" `B# Ð+" ß+# Ñ

existem uma vizinhança Z de Ð+" ß +# Ñ e uma vizinhança [ de Ð," ß ,# Ñ tais que 0 À Z p [


"
tem inversa 0 À [ p Z , continuamente diferenciável, e
9w Ð," ß ,# Ñ œ Ð0 " w
Ñ Ð," ß ,# Ñ œ Ð0 Ð+" ß +# Ñw Ñ " Þ

Daqui se conclui que

` 9" ` 9" `0" `0" " `0# `0"

– — œ– — œ – —
`C" `C# `B" `B# " `B# `B#
` 9# ` 9# `0# `0# `0# `0" ,
`C" `C# `B" `B#
N `B" `B"
Ð," ß,# Ñ Ð+" ß+# Ñ Ð+" ß+# Ñ

o que permite concluir que


` 9" " `0# ` 9# " `0#
Ð," ß ,# Ñ œ Ð+" ß +# Ñß Ð," ß ,# Ñ œ Ð+" ß +# Ñ
`C" N `B# `C" N `B"

Œe também que Ð+" ß +# Ñ. 


` 9" " `0" ` 9# " `0"
Ð," ß ,# Ñ œ Ð+" ß +# Ñß Ð," ß ,# Ñ œ
`C# N `B# `C# N `B"

17. Considere a aplicação 0 ÐBß CÑ œ Ð?ß @Ñ de ‘# em ‘# , definida por

œ @ œ C/B Þ
?œB C

`B
Justifique que 0 é localmente invertível numa vizinhança de Ð!ß !Ñ. Determine Ð!ß !ÑÞ
`@
`B
Resposta: Ð!ß !Ñ œ "Þ 
`@

Você também pode gostar