Você está na página 1de 7

1

2º Teste de Análise Matemática II-C

Grupo I

1. Considere o conjunto
E œ ÖÐBß CÑ − ‘# À B# C# " • ÐB "Ñ# C# Ÿ "×

e seja P a fronteira de E percorrida no sentido direto. O integral de linha

( ŠB ‹.B
$ C#
ÐC& "Ñ.C
P #

pode ser calculado, utilizando coordenadas polares, a partir do seguinte integral repetido:

1 1
#cos) #sen)
 ( Š( 3 sin ) . 3‹. )  ( Š( 3# sin ) Ñ. 3‹. )
$ '
#
Ð
1 1
$ ! ' !
1 1
#cos) #sen)
 ( Š( 3# sin ) . 3‹. )  ( Š( 3# sin ) Ñ. 3‹. )
' $
Ð
1 1
' " $ "
1 1
#cos) #sen)
x ( Š( 3# sin ) . 3‹. ) ( Š( 3# sin ) . 3‹. )
$ $

1 1
$ " $ "

C#
Resposta: A função :ÐBß CÑ œ B$ é contínua e continuamente derivável em ordem a C,
#
uma vez que se trata de uma função polinomial. A função <ÐBß CÑ œ C& " é contínua e
continuamente derivável em ordem a B, uma vez que se trata também de uma função
polinomial. Tem-se ainda que o domínio E é fechado, simplesmente conexo e limitado por
uma linha secionalmente regular. Pela fórmula de Riemann-Green tem-se que

( ŠB ‹.B "Ñ.C œ ( ( Š ‹.B.C œ ( ( C .B.CÞ


$ C# `< `:
ÐC &
P # E `B `C E

A região E tem o gráfico

È
As duas circunferências intersectam-se nos pontos Ð "# ß „ #$ Ñ que, usando coordenadas
polares, correspondem a 3 œ "ß ) œ „ 1$ Þ Tendo também em conta que a circunferência
2

ÐB "Ñ# C# œ ", em coordenadas polares, é escrita como 3 œ #cos) , tem-se, utilizando


coordenadas polares, que

œ C œ 3sin ) ß
1
B œ 3cos ) ß $
Ÿ ) Ÿ 1$
lN l œ 3Þ
" Ÿ 3 Ÿ #cos) ß

Tem-se que então que

( ( C .B.C œ ( Š( 3# sin ) .3‹.) .


1
$ #cos)

1
E $ "

2. Utilizando coordenadas polares, o volume de um domínio fechado H, limitado


superiormente pela semisuperfície esférica D œ È " B# C# , inferiormente pela
superfície cónica D œ " È B# C# e compreendida entre os planos C œ ! e C œ B pode
ser calculado, utilizando coordenadas polares, a partir do seguinte integral repetido:

Š( ÐÉ " Š( ÐÉ "
1 1
" "
 ( 3Ñ . 3‹. )ß ( 3Ñ 3 .3‹.)
# %
3# " 3# "
! ! ! !

Š( ÐÉ " Š( ÐÉ "
1 1
" "
 ( 3Ñ . 3‹. ) X( 3Ñ 3 .3‹.)
# %
3# "  3# "
! ! ! !

É"
1
"
 ( Š( Ð" 3# Ñ 3. 3‹. )
%
 Nenhuma das outras alternativas. 3
! !

Resposta: Em coordenadas polares D œ È" B# C # é representada pela expressão


D œ È" 3# e D œ " ÈB# C# é representada pela expressão D œ " 3. As duas
superfícies intersectam-se em ÐBß Cß DÑ œ Ð!ß !ß "Ñ correspondente a 3 œ ! e na
circunferência B# C # œ "ß D œ !, correspondente a 3 œ ". Como o domínio está
compreendido entre os planos C œ ! e C œ B vem que ! Ÿ ) Ÿ 1% Þ Tem-se também que o
jacobiano é 3. Portanto o volume é dado por

( Š( ÐÈ" 3ÑÑ 3 .3‹.) œ ( Š( ÐÈ" 3Ñ 3 .3‹.).


1 1
% " % "
3# Ð" 3# " 
! ! ! !

3. O integral repetido
! B# # B#
( Š( B .C‹.B
#
( Š( B# .C‹.B,
# ! ! !

utilizando a ordem de integração inversa da apresentada, pode ser calculado a partir de:
# ÈC # # # ÈC
( Š( B# .B‹.C ( Š( B# .B‹.C  ( Š( BC .B‹.C
! # ! ÈC ! ÈC
# ÈC # # # ÈC
 ( Š( B# .B‹.C ( Š( B# .B‹.C ( Š( BC .B‹.C
! # ! ÈC # ÈC
% ÈC % # % ÈC
 ( Š(
\ B# .B‹.C ( Š( B# .B‹.C  ( Š( BC .B‹.CÞ
! # ! ÈC ! ÈC
3

Resposta: A região onde o integral é calculado é a situada abaixo da parábola C œ B# ,


acima da recta C œ ! e compreendida entre as rectas verticais B œ # e B œ #Þ Esta
região também pode ser caracterizada como sendo o conjunto

ÖÐBß CÑ − ‘# À ! Ÿ C Ÿ % • #ŸBŸ ÈC× ∪ ÖÐBß CÑ − ‘# À ! Ÿ C Ÿ % • ÈC Ÿ B Ÿ #×Þ 

4. Considere a linha P, fronteira do conjunto

H œ šÐBß CÑ − ‘# À B# C # Ÿ % • B# ÐC "Ñ# "•B Ÿ!•C !›,

percorrida no sentido directo. Uma parametrização do arco da linha P pertencente à


circunferência de equação B# ÐC "Ñ# œ " é dada por:

 œ  œ
B œ sen >ß !Ÿ>Ÿ1 B œ sen >ß !Ÿ>Ÿ1
C œ " cos > C œ cos >

 œ  œ
B œ sen >ß 1 Ÿ > Ÿ #1 B œ cos >ß 1 Ÿ > Ÿ #1
C œ cos > C œ " sen >

 œ
B œ cos >ß ! Ÿ > Ÿ 1Þ
\
 Nenhuma das outras alternativas.
C œ " sen >

Resposta: Uma resposta correcta seria, por exemplo

œ C œ " cos >


B œ sen >ß 1 Ÿ > Ÿ !Þ

Grupo II

1. Determine a área da secção da superfície esférica de equação B# C# ÐD #Ñ# œ %


situada no interior do parabolóide de equação D œ B# C# Þ

Resposta: A superfície esférica tem centro em Ð!ß !ß #Ñ e raio #Þ A região pretendida é


limitada pela linha obtida fazendo a intersecção entre B# C # D # œ %D e D œ B# C# .
Igualando estas equações vem que D # œ $D e portanto D œ $ ” D œ !Þ Então a linha de
intersecção tem a equação œ
B# C # œ $
e a seccção de superfície cuja área se pretende
D œ $.
calcular projecta-se, no plano B9C , no círculo H de equação B# C # Ÿ $Þ
Note-se ainda que a superfície esférica em questão também pode ser representada pela
equação

D œ 0 ÐBß CÑ œ # È% B# C# .

A área pretendida é dada por


4

E œ ( ( Ë" Š ‹ Š ‹ .B.C
`0 # `0 #
H `B `C

œ ( ( Ë" Š ‹ Š ‹ .B.C
È% È%
B # C #

H B# C # B# C #

œ( ( Ë
%
.B.CÞ
H % B# C#

Como H é um círculo pode ser caracterizado usando coordenadas polares

œ
! Ÿ 3 Ÿ È$
B œ 3 cos) ß ! Ÿ ) Ÿ #1
C œ 3 sen) ß

Então
È$
#È% %1ÐÈ" È%Ñ œ %1Þ
È$
Eœ( Š( .3‹.) œ #1Ò
#1

È % 3#
#3
3 # Ó! œ 
! !

2. (a) Sabe-se que o campo vectorial

t
?ÐBß Cß DÑ œ Ð# BC$ D % %DÑ t3 $ B# C# D % t4 Ð% B# C$ D $ t
%BÑ 5

é conservativo em ‘$ (não prove). Determine uma sua função potencialÞ


(b) Use a alínea anterior para calcular o integral curvilíneo

( Ð# BC D
$ %
%DÑ .B $ B# C# D % .C Ð% B# C$ D $ %BÑ .D
P

Ú B œ /Ð> #Ñ#

ao longo da linha P de equação P ´ Û C œ #> ß ! Ÿ > Ÿ #Þ


Ü D œ cos# Ð1 >Ñ

Resposta: a) Se : é uma função potencial do campo ?t então f: œ ?t , que conduz ao sistema


Ú
Ý
Ý
Ý
Ý
`:
Ý `B
œ #BC $ D % %D

Û
`:
Ý
Ý
œ $B# C # D %
Ý
Ý
Ý ` : œ %B# C $ D $ %B.
`C

Ü `D

Da primeira linha vem, primitivando em ordem a B, que :ÐBß Cß DÑ œ B# C$ D % <ÐCß DÑÞ


Derivando esta função e comparando com a segunda linha do sistema conclui-se que
`<
ÐCß DÑ œ ! e portanto <ÐCß DÑ só depende de D . Então <ÐCß DÑ œ ) ÐDÑ e :ÐBß Cß DÑ œ
`C
B# C$ D % )ÐDÑ. Derivando esta função e comparando com a terceira linha do sistema
conclui-se que )w ÐDÑ œ %B donde )ÐDÑ œ %BD GÞ Então, uma função potencial é dada por
:ÐBß Cß DÑ œ B# C$ D % %BD GÞ
5

(b) O ponto inicial da linha P é Ð/% ß !ß "Ñ e o final é Ð"ß %ß "ÑÞ Então

( #BC D .B
$ %
$B# C # D % .C %B# C$ D $ .D œ :Ð"ß %ß "Ñ :Ð/% ß !ß "Ñ œ ') %/% Þ 
P

Grupo III

1. Seja H § ‘$ o domínio
H œ ÖÐBß Cß DÑ − ‘$ À B# C# D # Ÿ * • $B# $C# Ÿ D # • D !×Þ

Represente, usando coordenadas esféricas, o seguinte integral (mas não o calcule):

( ( ( ÐB
#
C# Ñ .B .C .DÞ
H

Ú B œ < sen? cos@


Resposta: As coordenadas esféricas são Û C œ < sen? sen@
Ü D œ < cos?Þ
Como se tem B# C # D # Ÿ * vem que ! Ÿ < Ÿ $Þ De $B# $C # Ÿ D # deduz-se que
$<# sen# ? Ÿ <# cos# ? donde tg# ? Ÿ "$ e portanto ! Ÿ ? Ÿ 1' (tendo em conta que D !Ñ. O
ângulo @ varia entre ! e #1Þ O jacobiano é <# sen?. Então o integral pretendido é:

( Œ( Œ( < sen ? .<.? .@Þ


1
#1 ' $
% $

! ! !

2. Seja W a superfície parabólica de equação D œ " B# C# ß " Ÿ D Ÿ #. Sendo


t œ C3t BD4t 5
= t calcule directamente o valor do fluxo

( ( f‚=
t †8
t .Wß
W

na face exterior da superfície WÞ

â t â
t œ C3t
Resposta: Sendo = 5t o seu rotacional é dado por
BD4t
â 3 5t â
â â
t4
â ` ` â
f ‚ ÐC3 BD4 5Ñ œ â âœ
â `B `C `B â
t `
t t B3t "Ñ5t Þ
â â
ÐD
â C BD D â
A superfície admite as seguintes equações paramétricas
Ú B œ 3 -9=) ß
Û C œ 3 =/8) ß
! Ÿ ) Ÿ #1

Ü D œ " 3# ß
!Ÿ3Ÿ"

Considere-se
T Ð3ß ) Ñ œ Ð3 -9=) ß 3 =/8) ß " 3 # Ñ.
6

Tem-se também que um vector normal na face interior da superfície no ponto ÐBß Cß DÑ
correspondente aos parâmetros Ð3ß ) Ñ é dado por
â â
â t3 5t â
t œ T w ‚ T w œ ââ -9=) â
t4
=/8) #3 ⠜
â â
t
#3# -9=) t3 #3# =/8)t4 35Þ
â 3 =/8) 3 -9=) ! â
R 3 )

Então

( ( f ‚ ÐC3t BD4t t †8
5Ñ t .W 
W

( ( Ð
#1 "
œ 3 -9=) t3 t †Ð
3# 5Ñ #3# -9=) t3 #3# =/8)t4 t . 3. )
35Ñ
! !

( ( Ð#3 -9= ) ( #-9=# ) Ñ.) ( 3$ .3


#1 " #1 "
$ #
œ 3$ Ñ . 3. ) œ Ð"
! ! ! !

’) “ ’ “ œ
senÐ#) Ñ #1 3% " "
œ ) %1 œ 1Þ
# ! % ! %

Grupo IV

1. Seja V uma curva fechada no plano f de equação +B ,C -D . œ !, que limita


uma região e, como na figuraÞ

t œ Ð+ß ,ß -Ñ um vector normal a f e considere-se que a orientação de V é


Seja R
t Þ Simplifique
induzida pelo sentido de R

( Ð,D
"
-CÑ.B Ð-B +DÑ.C Ð+C ,BÑ.D .
#½ R
t½ V

t œ Ð,D
Resposta: Consideremos o campo vectorial = -CÑ3t Ð-B +DÑ4t Ð+C t cujo
,BÑ5,
7

rotacional é
â â
â â
â â
t3 t4 5t
â ` â
tœâ â œ #+3t
â `B â
` `
#,4t #-5t œ #R
t
â â
f‚=
â ,D -C ,B â
`C `D
-B +D +C

Pelo teorema de Stokes vem que

( Ð,D -CÑ.B Ð-B +DÑ.C Ð+C ,BÑ.D œ ( ( f ‚ = t . e œ ( ( #R


t †8 t †8
t . eÞ
V e e

t
R
½R


Mas 8 donde

( ( #R t . e œ ( ( #R ( ( #½R
t ½ .e œ #½R
t ½( ( . e
t
R # #
t †8 t †
½R ½ ½R ½
.e œ
e e t t e e

e portanto

#½R

( Ð,D ( ( .e œ ( ( ".e œ área(eÑÞÞ
"
#½Rt½ V #½R

-CÑ.B Ð-B +DÑ.C Ð+C ,BÑ.D œ
e e

Você também pode gostar