Você está na página 1de 101

Júlio Uchoa Cavalcanti Neto

Auditor de Contas Públicas – TCE PB


Engenheiro Civil
Especialista em Geoprocessamento
PROGRAMA
• MAPEAMENTO AÉREO DE OBRAS COM DRONES
• PRINCIPAIS TIPOS DE DRONE
• PRINCIPAIS APLICAÇÕES;
• LEGISLAÇÃO APLICADA AOS DRONES;
• NOÇÕES DE GEORREFERENCIAMENTO:
– SISTEMAS DE REFERÊNCIAS UTILIZADOS NO BRASIL
– SISTEMAS DE PROJEÇÕES
– SISTEMAS DE COORDENADAS
• NOÇÕES DE FOTOGRAMETRIA:
– ESTEREOSCOPIA DE IMAGENS;
– DEFINIÇÃO DE PIXEL E GSD;
– SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS;
• ETAPAS DO LEVANTAMENTO:
– PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE VOOS;
– IMPORTAÇÃO DE DADOS DOS VOOS;
• -PRINCIPAIS PROGRAMAS DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS;
– GERAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA NUVEM DE PONTOS;
– AQUISIÇÃO E LANÇAMENTO DE PONTOS DE CONTROLE;
– GERAÇÃO DO MODELO DIGITAL DE SUPERFÍCIE E MODELO DIGITAL DO TERRENO;
– GERAÇÃO DAS CURVAS DE NÍVEL;
– EXTRAÇÃO DE MEDIDAS LINEARES, ÁREAS E VOLUMES;
– EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES (AUTOCAD, SKETCHUP);
(sigla de remotely piloted aircraft systems)

Utilização de RPAS na
Fiscalização de Obras Públicas
BUSCA POR NOVAS TECNOLOGIAS
Ferramentas disponíveis para aferição de medidas
nas auditorias de obras públicas:
BUSCA POR NOVAS TECNOLOGIAS
Ferramentas disponíveis para aferição de medidas nas
auditorias de obras públicas:
BUSCA POR NOVAS TECNOLOGIAS
Dificuldades no levantamento de quantitativos de
obras de grandes dimensões :

Barragem Serra
Velha, Ingá – PB.
BUSCA POR NOVAS TECNOLOGIAS
Dificuldades no levantamento de quantitativos de
obras de grandes dimensões :

Parque Linear Parayba, João Pessoa -


PB.
TIPOS MAIS COMUNS DE DRONES
Asa Fixa: Multi-rotores:

Grandes áreas x Áreas menores

Restrição de espaço x Baixa restrição

Maior Autonomia x Menor Autonomia


TIPOS MAIS COMUNS DE DRONES
Marcas mais populares nos EUA:
TIPOS MAIS COMUNS DE DRONES
Linha DJI MAVIC:
TIPOS MAIS COMUNS DE DRONES
Linha DJI PHANTON:
TIPOS MAIS COMUNS DE DRONES
Drones usados no serviço Dronedeploy:

90% do mapeamento comercial ainda ocorre


por Drones que custam US $ 1.500 ou menos
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Crescimento das áreas (EUROPA, 2018) :

Fonte: Drone Industry Insights


PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Uso primário de Drones na EUROPA (2018):
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Crescimento das áreas (EUA, 2018):

Fonte: Dronedeploy
LEGISLAÇÃO APLICADA

AERONAVES
REMOTAMENTE
PILOTADAS PARA USO
EM PROVEITO DOS
ÓRGÃOS LIGADOS AOS
GOVERNOS FEDERAL,
ESTADUAL OU
MUNICIPAL
Registro da
Aeronave Solicitaçã
o de voo
LEGISLAÇÃO APLICADA

Fonte: RBAC – E94


LEGISLAÇÃO APLICADA

Fonte: RBAC – E94


LEGISLAÇÃO APLICADA
ZONA URBANA

Fonte: AIC
23
LEGISLAÇÃO APLICADA
ZONA RURAL

Fonte: AIC 23
LEGISLAÇÃO APLICADA
Sistema de Aeronaves não Tripuladas (SISANT)
LEGISLAÇÃO APLICADA
SARPAS - Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas
(RPAS)
LEGISLAÇÃO APLICADA
SARPAS - Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas
(RPAS)
LEGISLAÇÃO APLICADA
SARPAS - Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas
(RPAS)
LEGISLAÇÃO APLICADA
SARPAS - Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas
(RPAS)
SISTEMAS DE REFERÊNCIA
Sistemas de referência ou Referenciais em Geodésia são figuras
geométricas posicionadas no espaço que representam a superfície
da terra, permitindo que cada ponto dessa mesma superfície tenha
um único terno de coordenadas (X, Y, Z por exemplo). O
termo DATUM é muito utilizado quando se quer fazer alusão ao
sistema de referência ou referencial.

Superfície real da terra - É uma superfície bastante irregular, apresentando grandes variações de
altitude e de difícil representação matemática.
Geóide - Superfície fictícia, determinada pelo prolongamento do nível
médio dos mares, estendendo-se em direção ao continente.
Elipsóide / Esfera - Modelos usados para cálculos precisos de longas distâncias
- receptores de GPS. Tem raios equatorial e polar diferentes.
SISTEMAS DE REFERÊNCIA
Existem vários data (plural de datum) mundialmente falando, no
entanto no Brasil três são reconhecidos pelo nosso órgão oficial IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

São eles:

CÓRREGO ALEGRE, SAD69 e o SIRGAS2000, este último


o datum oficial desde de fevereiro de 2015.

Além destes, temos um sistema de referência GLOBAL, o WGS 84,


que é compatível com o SIRGAS2000 e é utilizado por exemplo no
GOOGLE EARTH.
SISTEMAS DE REFERÊNCIA

LEGENDA:
Geóide
Elipsóide Global
Elipsóide Local

•Elipsóide local - ajustado a uma pequena zona do geóide (Ex: SAD69)

•Elipsóide global - ajustado a todo o geóide (Ex: WGS84, SIRGAS2000).

29
SISTEMAS DE PROJEÇÃO

1) Projeção plana ou azimutal: corresponde à projeção em que


a superfície terrestre é projetada sobre um plano tocante. O
ponto tocante ao plano normalmente representa ou o polo norte
ou o polo sul. Nessa projeção, os paralelos e meridianos são
projetados formando círculos concêntricos.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO

2) Projeção cônica: corresponde à projeção em que a


superfície terrestre é projetada sobre um cone tocante. Assim,
para planificar a área esférica, a base utilizada é um cone.
Nessa projeção, os meridianos convergem para os polos e os
paralelos formam arcos concêntricos.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO

3) Projeção cilíndrica: corresponde à projeção cuja superfície


esférica terrestre é projetada sobre um cilindro tocante. Assim, para
planificar a área esférica, a base utilizada é um cilindro.
Normalmente, as regiões polares nessa projeção são representadas
com exagero.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO
A Projeção de Mercator, apresentada em
1569 pelo cartógrafo Gerhard Mercator,
corresponde a uma projeção cilíndrica,
cujos paralelos (linhas retas horizontais) e
meridianos (linhas retas verticais) cruzam-
se em ângulos retos. Nessa projeção, a
superfície sofre deformação no sentido
leste-oeste e os polos apresentam-se em
exagero.

A Projeção de Peters foi


apresentada em 1973 pelo
historiador Arno Peters. Contudo,
a versão de Peters é
uma reformulação de uma
representação de 1885, proposta
por James Gall. Assim, essa
projeção é também conhecida
como Projeção Gall-Peters.
SISTEMAS DE PROJEÇÃO

A Projeção de Robinson foi proposta em 1961 pelo geógrafo e


cartógrafo Arthur H. Robinson. Nessa projeção, há alteração das
formas e das áreas.
A representação dos meridianos ocorre por meio de curvilíneas e os
paralelos por linhas retas. A intenção dessa projeção é reduzir as
distorções angulares, o que gera
uma distorção mínima das áreas continentais, sendo, portanto,
considerada a projeção que melhor apresenta as massas de terra.
SISTEMAS DE COORDENADAS

Sistemas de coordenadas são aqueles que dão valores, quantitativos


numéricos em relação a sua origem para um determinado ponto
específico do globo terrestre. Os sistemas mais utilizados em
mapeamento são os sistemas de coordenadas geográficas e planas.
SISTEMAS DE COORDENADAS
SISTEMA DE COORDENADAS GEOFRÁFICAS: Considera-se a Terra como
uma esfera perfeita. Além das coordenadas planas, “x” (longitude) e “y”
(latitude), existirá uma terceira coordenada “z” correspondente à altitude de um
determinado ponto.

36
SISTEMAS DE COORDENADAS
Latitude (φ):
É o ângulo formado entre o
plano do equador e um ponto
N(+)
da superfície da Terra, unido
perpendicularmente ao centro S(-)
do planeta.
•Varia de 0° a 90°.

Longitude (λ):
É o ângulo formado entre o ponto
considerado e o meridiano de origem W(-) E(+)
(normalmente Greenwich).
Varia de 0° a 180°;
SISTEMAS DE COORDENADAS
SISTEMAS DE COORDENADAS PLANAS: normalmente utilizadas nos mapas,
para representar feições de uma superfície curva em um plano. Diferentes
projeções podem ser usadas na confecção de um mapa, no Brasil a mais usada
é a UTM (Universal Transversa Mercator)
SISTEMAS DE COORDENADAS
SISTEMAS DE COORDENADAS
SISTEMAS DE COORDENADAS
Sistema de Coordenadas UTM

84°

80°

60 Fusos de 6° ≈ 666.000m

41
SISTEMAS DE COORDENADAS

42
SISTEMAS DE COORDENADAS

43
SISTEMAS DE COORDENADAS

44
ESTEREOSCOPIA

Estereoscopia no mapeamento aéreo

45
ESTEREOSCOPIA

Estereoscopia no mapeamento aéreo

46
ESTEREOSCOPIA

Estereoscopia no mapeamento aéreo

47
ESTEREOSCOPIA

48
ESTEREOSCOPIA

49
ESTEREOSCOPIA

50
ESTEREOSCOPIA

51
ESTEREOSCOPIA

52
SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS

53
SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS

Sobreposição de 75% nas duas


direções

54
PIXEL X GSD
PIXEL vêm do termo em inglês “Picture Element”, é a menor unidade de
uma imagem digital e define a sua resolução. Nos pixels são armazenados
valores que irão formar a imagem. Em cada pixel da imagem é armazenado
um valor ponderado de toda a energia refletida correspondente a sua área
no terreno de acordo com o GSD utilizado.

GSD é uma sigla em inglês que significa Ground Sample Distance, na


tradução literal significa “Distância de amostra do solo”, o GSD é a
representação do pixel da imagem em unidades de terreno (geralmente em
cm).

55
PIXEL X GSD

Na aerofotogrametria, o GSD é uma das variáveis mais


importantes e é a primeira que deverá ser definida, ela
garante a resolução espacial do seu mapeamento, ou seja,
o nível de detalhamento.

56
PIXEL X GSD
O GSD depende basicamente da altura do voo !

57
PIXEL X GSD

58
PLANEJAMENTO DE VOO
Para voos manuais utilizamos o software DJI GO 4:

59
PLANEJAMENTO DE VOO
Para voos autônomos iremos utilizar o software Dronedeploy:

60
PLANEJAMENTO DE VOO
Vamos utilizar o software Dronedeploy:

Acessando o
planejamento no
dispositivo móvel !

61
EXECUÇÃO DOS VOOS
PRINCIPAIS CUIDADOS:

62
EXECUÇÃO DOS VOOS
PRINCIPAIS CUIDADOS:

63
EXECUÇÃO DOS VOOS

64
SOLUÇÕES PARA PROCESSAMENTO

- Computador potente
- Difícil utilização
1- - Maior tempo de processamento
- Custo fixo (US$ 2.500,00)

Processamento local
+ Ou

DJI Mavic Pro


US$ 1.000,00 - Computador normal
- Fácil utilização
2- - Menor tempo de processamento
- Custo Anual (US$ 2.300,00)
Processamento na nuvem

65
PROCESSAMENTO LOCAL

- Custo fixo (US$ 2.500,00)


+
DJI Mavic Pro Agisoft Metashape

66
PROCESSAMENTO LOCAL

1 – Importar as fotos:

67
PROCESSAMENTO LOCAL

2 – Alinhamento das fotos:

68
PROCESSAMENTO LOCAL
3 – Geração da Nuvem Densa de
Pontos:

69
PROCESSAMENTO LOCAL

4 – Classificação da Nuvem de Pontos:

70
PROCESSAMENTO LOCAL

5 – Geração da Malha 3D:

71
PROCESSAMENTO LOCAL
Geração Modelo Digital do Terreno (MDT):

72
PROCESSAMENTO LOCAL
7 – Geração das Curvas de Nível:

73
PROCESSAMENTO LOCAL

7 – Geração das Curvas de Nível:

74
PROCESSAMENTO LOCAL
8 – Geração do Orto-Mosaico:

75
PROCESSAMENTO LOCAL
9 – Extração de medidas:

76
PROCESSAMENTO LOCAL
9 – Extração de medidas:

77
PONTOS DE CONTROLE

78
PONTOS DE CONTROLE

79
PONTOS DE CONTROLE

80
PONTOS DE CONTROLE

81
PONTOS DE CONTROLE

82
PROCESSAMENTO NA NUVEM

+ - Custo Anual (US$ 2.300,00)

DJI Mavic Pro Dronedeploy


PROCESSAMENTO NA NUVEM

Processamento de 669 fotografias


PROCESSAMENTO NA NUVEM

- Modelo 3D
PROCESSAMENTO NA NUVEM

- Modelo Digital de Superfície


PROCESSAMENTO NA NUVEM

- Extração de medidas
PROCESSAMENTO NA NUVEM

- Modelo 3D
PROCESSAMENTO NA NUVEM

- Levantamento do Volume
Escavado
PROCESSAMENTO NA NUVEM
Agisoft Metashape: 15.788,1 m3
PROCESSAMENTO NA NUVEM
Drone Deploy: 15.691,2 m3 D = 1,1
%
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

GOOGLE SKETCHUP:
EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

AutoCAD Civil 3D:


EXPORTAÇÃO PARA OUTROS SOFTWARES

AutoCAD Civil 3D:


RESULTADOS E OBSERVAÇÕES

Principais resultados: Cálculo de distâncias, áreas e volumes de


interesse, a partir dos mapas gerados em campo, ampliando as
possibilidades da Fiscalização, permitindo resultados confiáveis e gerando
economia de tempo de levantamento em campo, tudo isso a um baixo
custo de hardware e software.

Observações: A técnica utilizada oferece resultados confiáveis para a


Auditoria em relação às medidas levantadas em campo, todavia para se
ter uma precisa posição do objeto levantado em relação a um sistema de
referência local ou global se faz necessária a coleta de pontos de controle
com coordenadas conhecidas.
Obrigado !!!
Barreira do Cabo Branco, João Pessoa – PB.

Júlio Uchoa : juchoa@tce.pb.gov.br

Você também pode gostar