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POLIGRAFO DE SUINOCULTURA

ALEGRETE

2009
Suinocultura

Introdução

Os suínos, únicos artiodáctilos monogástricos domésticos, apareceram na terra


há mais de 40 milhões de anos. Porco (Sus domesticus ou Sus scrofa
domesticus) é um mamífero bunodonte não-ruminante, da família dos suidae. A
espécie evoluiu a partir do javali selvagem, embora haja controvérsia quanto à
subespécie exata: há quem acredite que descendem do Sus scrofa scrofa, que
habita grandes regiões da Eurásia, e também quem acredite que sua origem é
o Sus scrofa vitatus, que vive na Ásia e na bacia do Mar Mediterrâneo.

É um animal maciço, de patas curtas terminadas por quatro dedos completos


munidos de cascos. Sua cabeça tem perfil triangular e tem um focinho
cartilaginoso. A dentadura, de tipo primitivo (44 dentes molares) apresenta
caninos fossadores revirados e incisivos inferiores alongados (em forma de pá).
Sua pele, de pelagem espaçada (e cor geralmente rosada) recobre uma
espessa camada de toucinho.

Os porcos são animais onívoros. Digerem bem todos os alimentos, exceto os


celulósicos. Embora o consumo de sua carne seja proibido por algumas das
principais religiões (como o Islamismo e o Judaísmo), a carne suína é a mais
consumida no mundo (responde por 44% do mercado de carnes), sendo
considerada saborosa por gastrônomos.

Os suínos chegaram ao continente americano na segunda viagem de Colombo,


que os trouxe em 1494 e soltou-os na selva. Em 1499, já eram numerosos e
prejudicavam muito as plantações em todo o continente. Os descendentes
desses porcos chegaram a povoar grande parte da América do Norte. Também
chegaram até o Equador, Peru, Colômbia e Venezuela.

Os porcos foram trazidos ao Brasil por Martim Afonso de Sousa em 1532. No


início, os porcos brasileiros eram provenientes de cruzamentos entre as raças
portuguesas, e não havia preocupação alguma com a seleção de matrizes.
Com o tempo, criadores brasileiros passaram a desenvolver raças próprias.
Uma das melhores raças desenvolvidas no Brasil é o Piau. Outras raças
desenvolvidas no Brasil incluem o Canastra, o Sorocaba, o Tatu e o
Carunchinho.

Nos últimos anos, com a popularização das técnicas de melhoramento


genético, o plantel brasileiro se profissionalizou. Também contribuiu a
importação de animais das raças Berkshire, Tamworth e LargeBlack, da
Inglaterra, e posteriormente das raças Duroc e Poland China. A partir da
Década de 1930 chegaram as raças Wessex e Hampshire, e depois o
Landrace e o Large White.

Principais raças de suinos

Raças nacionais
Piau, Canastra, Canastrão, Caruncho, Nilo, Macau, Piratininga, Pereira, Tatuí,
Junqueira, Pinhal, Pedreira.

Obs: São animais para produção de banha, toucinho, rústicos, pouco precoce
(tardios), pouco prolificos, podendo atingir 60Kg de peso vivo aos 6 meses,
pouco exigente no trato.

Raças estrangeiras

São raças altamente especializadas na produção de carne, bastante precoce,


(tardios), pouco prolífica (maior nº de leitões pardos), bastante econômica.
Duroc (EUA), Polland China (EUA), Hampshire (EUA), Landrace (Dinamarca),
Yorkshire (EUA), Lanaschwein (Alemanha), Wes-sex, Large White, Berkshire
(Inglaterra), Pietrain (Bélgica), Edelswein (Alemanha).

Principais raças para mães

Landrece, Large White, Wessex; Sendo que das três a melhor é a Wessex.

Principais características:
- Aptidão materna;
- Alta prolíficidade;
- Boa capacidade de produção de leite;
- Pequena espessura do toucinho;
- Boa conversão alimentar.

Principais raças para pais

Duroc, Hampshire, este último para fêmeas cruzadas.

Principais características:
- Elevada conversão alimentar;
- Elevada capacidade de produção de carne;
- Boa qualidade da carcaça;
- Alta precocidade.

Durok

Pelagem vermelha uniforme, Cabeça de tamanho médio,a face é um pouco


cavada, o focinho é médio, a fronte larga entre as orelhas e os olhos. As
orelhas devem ser de tamanho médio, inclinado para frente e ligeiramente para
fora, Os olhos são vivos, brilhantes e salientes. As mandíbulas devem ser
moderadamente largas, cheias, nítidas, lisas e sem papada. Pescoço curto
espesso, profundo e ligeiramente arqueado. O corpo deve ser grande, maciço
e liso: comprido, profundo, uniforme e moderadamente largo, esbelto,
simétrico, bem arqueado. O peito é largo, com o esterno saliente. O tórax é
grande, amplo e profundo, com as costelas bem arcadas, cheio atrás da paleta.
As espáduas são moderadas em largura, profundas e cheias. Os membros são
fortes sem serem grosseiros, aprumados, moderadamente altos, de boa
ossatura. Os pernis são compridos, largos, cheios, firmes, porém observa-se
nos tipos modernos que os animais mais pernudos tendem a ser deficientes em
largura e profundidade. As quartelas são firmes e os cascos sólidos,
locomovendo-se com facilidade e levemente. O desvio dos joelhos é um defeito
que pode ocorrer.

Hampshire

A cabeça deveria ser de comprimento médio, porém é freqüentemente um


pouco comprida, de largura média, às vezes um pouco estreita. O perfil da
fronte e focinho é quase direito (sub-côncavo), as bochechas e ganachas leves,
secas e finas, sem papada. As orelhas são de comprimento médio,
ligeiramente inclinado para fora e pra a frente, direitas, não devendo ser
quebradas ou caídas. Orelhas muito grande e cabana constituem defeito grave.
Os olhos devem ser vivos, sem pregas em volta. Pescoço curto e leve, ligando
bem a cabeça à paleta. Corpo bastante comprido, regularmente musculado,
não muito espesso, sendo intermediário, como porco de carne. Membros de
médio comprimento, ossatura regular, articulações e cascos fortes, quartelas
quase direitas, dispostos em quadrilátero no solo, separados e aprumados.

Pietrain

É um porco grande, comprido, compacto, bem musculado, como trem posterior


mais desenvolvido que o anterior. Sua pelagem é de fundo claro, malhado de
preto. A cabeça é larga, côncava, com orelhas médias, grossas, dirigidas para
a frente, horizontalmente. Tem boa precocidade, eficiência transformadora,
prolificidade e qualidades criadeiras.

Landrace

Cabeça comprida, de perfil sub côncavo, larga entre as orelhas e com


queixadas leves. As orelhas são compridas, finas, inclinadas para frente, do
tipo Céltico. Não devem ser grandes e pesadas, nem eretas, o que constitui
defeito mais grave.

Corpo da mais perfeita conformação para a produção de carne, bastante


comprido e enxuto, de igual largura e espessura em todo o comprimento. O
dorso e lombo são compridos e direitos, em ligeira ascensão, a garupa alta e
comprida de cauda com inserção alta, espáduas finas, leves, pouco aparentes,
costados profundos, bem arqueado, sem depressões e finalmente com ventre
plano, linha inferior firme e no mínimo 12 tetas boas bem localizadas.

Membros são fortes, corretamente aprumados, com quartelas, articulações e


tendões curtos e elásticos e unhas fortes e iguais. Os pernis são amplos,
cheios até o garrão, sem rugas horizontais. Pelagem branca, fina e sedosa,
sem redemoinhos ou pelos crespos. A pele é fina solta e sem rugas,
despigmentada.

Large White
Pelagem branca, com cerdas finas, sedosas, meio cerradas, uniforme-mente
distribuídas. As cerdas fresadas ou pretas constituem defeito. Estima-se que
sejam onduladas sobre os rins. A pele é rosada, nada anêmica, macia elástica,
fina, sem rugas, possuindo freqüentemente manchas azuis ("Freckles"), que só
são condenáveis quando excessivamente abundantes e escuras. Cabeça
média, proporcionada, de perfil côncavo, fronte larga, face lisa, olhos afastados
e abertos, com olhar franco. Focinho sólido, largo, sem ser grosseiro. As
orelhas são de tamanho e largura médios, finas, ligeiramente inclinadas para
frente, franjadas de cerdas finas e vigorosas, caracteres estes que se
acentuam no adulto. Bochechas enxutas, sem papada. Pescoço cônico e
musculoso, comprido, com forte ligação com a espádua e dando suficiente
liberdade às ganachas. Corpo comprido e profundo, de largura moderada e
uniforme em todo o seu comprimento, com a linha dorso-lombar arqueada. As
espáduas são oblíquas, musculadas, arredondadas, pouco salientes nas
pontas, com o garrote em abóbada. O peito é alto e largo, descendo entre os
membros anteriores. O dorso direito, durante a marcha, um pouco arcado em
repouso. Membros altos, relativamente finos, com articulações secas e sólidas,
bem dispostos no solo e aprumados. Os joelhos não devem desviar-se para
dentro ou para trás. Os boletos são bem sustidos e os jarretes bem colocados.
As coxas são largas e as nádegas espessas.

Wessex

Pelagem - Corpo inteiramente preto, com exceção de uma faixa branca, que
desce da cruz pelas paletas e braços até atingir as unhas e que não deve
ultrapassar 2/3 do comprimento do corpo. Cabeça um pouco comprida, com
focinho forte e direito, de tamanho regular, e fronte ligeiramente côncava e
pouco larga, e sem papada. As orelhas são largas, grandes, de grossura
média, dirigidas para frente e para baixo, aproximadas, sem taparem os olhos,
nem serem caídas. Pescoço médio e musculoso.

Corpo bastante longo, igualmente largo e espesso, com a linha superior


ligeiramente arcada, a cruz e a anca quase do mesmo nível. O tórax é largo e
profundo, as espáduas pequenas e pouco aparentes, bem ligadas ao pescoço,
à cruz e ao costado. O dorso e lombo são igualmente largos e musculosos,
quase retos e a garupa longa, levemente inclinada.

Membros fortes e aprumados, aparentemente curtos, sobretudo devido ao


grande comprimento do corpo. A ossatura e a musculatura são bem
desenvolvidas. Os pernis são bem conformados, descidos e cheios, sem
excesso de graxa. Andar firme, direito e desembaraçado.

Atualmente com o desenvolvimento da suinocultura são utilizadas espécies de


suínos híbridas, desenvolvidas por melhoramento genético, essas espécies
híbridas são denominadas linhagens, as quais visam a produção de carne, boa
conversão alimentar e bom rendimento de carcaça. Exemplo: MS60 espécie de
suíno desenvolvida pela EMBRAPA.

Consumo de carne suína


No mundo, os suínos respondem por 44% do consumo de carnes; 29%, carne
bovina; 23%, aves, e 4%, as demais carnes. No Brasil, a carne bovina
representa 52% do consumo total; a carne de frango, 34%, e a suína, apenas
15%.

Sistemas de produção

O presente sistema de produção está direcionado para a criação de suínos em


ciclo completo, confinado, desenvolvido em um único sítio e contemplando um
plantel de 160 a 320 matrizes. Todas as etapas de produção a partir da
maternidade estão previstas para serem desenvolvidas seguindo o princípio do
sistema "todos dentro todos fora" (all-in all-out), onde os animais de cada lote
ocupam ou desocupam uma sala num mesmo momento. Este manejo
possibilita a limpeza e desinfecção completa das salas e a realização do vazio
sanitário.

Outros sistemas de produção de suínos, como o Sistema Intensivo de Suínos


Criados ao Ar Livre (SISCAL), o agroecológico, o orgânico e outros, precisam
ser tratados separadamente em razão de suas particularidades. Mesmo assim,
grande parte dos conceitos sobre a criação de suínos, caracterizados neste
sistema, podem ser considerados com as devidas adaptações.

A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável entre
os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também
apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma
específica.

Sistemas de criação

Sistema Extensivo ou a Solta: os animais são rústicos, não recebem nenhuma


alimentação, sem controle sanitário, restos de cultura, sem ração, ou na própria
cultura.

Sistema Semi-Extensivo: animais presos em mangueirão recebendo algum tipo


de alimentação (animais rústicos).

Sistema Intensivo: confinado e semi-confinado.

a) confinado: diminui a vida útil do animal. Os animais engordam e cai


eficiência reprodutora, raças altamente especializadas. Todas as fases ocorrem
em confinamento. Balanceamento perfeito da alimentação, mão-de-obra
especializada. Manejo perfeito.

b) semi-confinado: algumas fases ocorrem em piquetes (gestação, pré-


gestação, machos reprodutores, aleitamento). Outras fases confinadas (recria,
acabamento). Parição: (5 a 7 dias antes a porca é confinada).

Fases da criação

Cria
Fêmeas em gestação, pré gestação, lactação, leitoas mamando de 28 a 42
dias (+ ração).

Recria

Futuras fêmeas para plantel, de 7 a 8 meses, cachaço adulto de 12 a 15


meses, cachaços jovens de 8 meses, leitões desmamados de 60 a 70 dias de
18 a 22 kg, até 120 dias ou 55 a 60 kg.

Terminação ou Acabamento

De 120 dias ou dos 60 aos 180 kg.

Fatores a serem considerados para implantar uma suinocultura

Temperatura

Para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de conforto


térmico dos animais, aproveitando as condições naturais do clima.

Tabela 1. Temperatura de conforto para diferentes categorias de suínos.

Categoria Temperatura Temperatura Temperatura


de conforto crítica inferior crítica superior
(°C) (°C) (°C)

Recém-nascidos 32-34 - -

Leitões até a
29-31 21 36
desmama

Leitões desmamados 22-26 17 27

Leitões em
18-20 15 26
crescimento

Suínos em terminação 12-21 12 26

Fêmeas gestantes 16-19 10 24

Fêmeas em lactação 12-16 7 23

Fêmeas vazias e
17-21 10 25
machos
Localização

A área selecionada deve permitir a locação da instalação e de sua possível


expansão, de acordo com as exigências do projeto, de biossegurança. O local
deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação
natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras
naturais ou artificiais. A instalação deve ser situada em relação à principal
direção do vento. Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte,
é desejável para boa ventilação. É recomendável dentro do possível, que
sejam situadas em locais de topografia plana ou levemente ondulada, contudo
é interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e
planícies, nestes locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar
danos nas construções.

O afastamento entre instalações deve ser suficiente para que uma não atue
como barreira à ventilação natural da outra. Assim, recomenda-se afastamento
de 10 vezes a altura da instalação, entre as duas primeiras a barlavento, sendo
que da segunda instalação em diante o afastamento deverá ser de 20 à 25
vezes esta altura.

Orientação

O sol não é imprescindível à suinocultura. Se possível, o melhor é evitá-lo


dentro das instalações. Assim, devem ser construídas com o seu eixo
longitudinal orientado no sentido leste-oeste.

Pé direito

O pé direito da instalação é elemento importante para favorecer a ventilação e


reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre os animais.
Recomenda-se como regra geral pé-direito de 3 a 3,5 m.

Cobertura

O mais recomendável é escolher para o telhado, material com grande


resistência térmica, como a telha cerâmica. Pode-se utilizar estrutura de
madeira, metálica ou pré-fabricada de concreto.
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é altamente recomendável
para se conseguir adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do
ar pelo processo de termossifão resultando em ambiente confortável. Deve ser
em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve permitir
abertura mínima de 10% da largura (L) da instalação, com sobreposição de
telhados com afastamento de 5% da largura da instalação ou 40 cm no mínimo.
Deve ser equipado, com sistema que permita fácil fechamento e com tela de
arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros.
Tabela 2. Largura, pé-direito e beiral em função do clima para telhas de barro.
Clima Largura (m) Pé-direito (m) Beiral (m)

Quente seco 10,0 -14,0 2,8 - 3,0 1,2 - 1,5

Quente úmido 6,0 - 8,0 2,5 - 2,8 1,2 - 1,5

Instalações por fase

O sistema de produção de suínos compreende as fases de pré-cobrição e


gestação, maternidade, creche, crescimento e terminação. Os aspectos
construtivos das instalações diferem em cada fase de criação e devem se
adequar às características físicas, fisiológicas e térmicas do animal.

Tabela 3. Recomendações para orientação de projetos para as fases de


gestação, pré-cobrição e de macho.
Baias Área recomendada (m2/animal)

Gestação individual (Box/gaiola) 1,32

Leitoas em baias coletivas 2

Leitoas em baias coletivas 3

Macho 6

Número de animais por baia

Gestação coletiva/reposição/pré- 6 a 10
cobrição

Área de piquete por fêmea 200 m2

Alimentação dos suínos

O suíno é um animal monogástrico que possui o trato digestivo relativamente


pequeno, com baixa capacidade de armazenamento. Tem alta eficiência na
digestão dos alimentos e no uso dos produtos da digestão, necessitando de
dietas bastante concentradas e balanceadas.
O aparelho digestivo do suíno é composto por boca, esôfago, estômago,
intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colon e reto)
e ânus, conforme é demonstrado na Fig. 1.
Figura 1 — Desenho esquemático do aparelho digestivo dos suínos.

A alimentação é o componente de maior participação no custo de produção,


exigindo uma atenção especial dos suinocultores. Isto implica na escolha
cuidadosa dos alimentos, na formulação precisa das rações, e também, na
correta mistura dos ingredientes.
No sistema de alimentação à vontade os nutrientes necessários para expressar
o máximo potencial de produção ou ganho de peso são fornecidos na
proporção e quantidade suficiente. A ração está à disposição do animal para
consumo o tempo todo e a quantidade total consumida depende do apetite do
suíno. É o sistema adotado preferencialmente para leitões nas fases inicial e de
crescimento visando aproveitar o máximo potencial de deposição de tecido
magro aliado ao máximo ganho de peso.
No sistema de alimentação controlado por tempo os suínos recebem várias
refeições ao dia que são controladas por determinados períodos de tempo, nos
quais o suíno consome a ração à vontade.

No sistema de alimentação com restrição um ou mais nutrientes são fornecidos


na quantidade ou proporção não suficiente para permitir o máximo ganho de
peso. As quantidades são restritas a níveis abaixo do máximo consumo
voluntário e podem ser fornecidas em uma só vez, ou ser divididas em várias
porções iguais durante o dia. O objetivo da restrição para suínos em
terminação é a redução da quantidade de gordura e o aumento da proporção
de tecido magro na carcaça.
A restrição alimentar está baseada na proporção relativa que cada componente
do ganho de peso assume em função da intensidade desse ganho nas diversas
fases de vida do suíno.

Manejo dos suínos

 Ter uma rotina;


 Nunca deixar faltar ração e água no cocho;
 Fazer uma limpeza diária nas baias;
 Verificar se tem porcas em cio;
 Levar a matriz calmamente até o cachaço se for detectado cio;
 Fazer um controle de monta, para saber quando a matriz dará cria;
 Ter um controle de arraçoamento;
 Fazer a limpeza e higienização após a saída de um lote para receber o
próximo lote de suínos;
 Acompanhar o parto dos leitões;
 Aplicar ferro, cortar os dentes dos leitões assim que nascerem e colocá-
los para mamar;
 Castrar os leitões antes de completarem 12 dias;
 Fazer um loteamento uniforme, isto é, animais de mesmo tamanho e de
mesmo sexo;
 Fazer um controle de mosca e ratos;
 Verificar se não há presença de pragas e doenças nos lotes;
 Por uma corrente dentro da baia para evitar o canibalismo;
 Verificar se os animais estão dentro de uma temperatura de conforto.

Principais pragas e doenças dos suínos

Em maio de 2005 foi aprovada uma proposta de criação de uma lista única de
doenças terrestres notificáveis. Esta proposta foi desenhada e discutida por um
grupo de especialistas internacionais pelo comitê da OIE de Padrões de Saúde
Terrestre (OIE Terrestrial Animal Health Standards Commission).

Este novo sistema prescreve quatro principais modos de reportar as doenças


animais:

1) Notificação Imediata: para advertir e alertar a comunidade internacional


de acontecimentos excepcionais da epidemiologia em países membros,
como a primeira ocorrência , recorrência, ou aumento inexplicado de
morbidade ou mortalidade de uma doença listada , ou de novo estirpe de
patógenos , ou emergência de uma doença com morbidade ou mortalidade
significante e com risco zoonótico.
2) Relatório de continuação semanal: Para fornecer mais informações
sobre a evolução da doença referente á primeira notificação. Estes
relatórios semanais devem continuar até que a situação esteja resolvida.
3) Relatório semestral: Para informar a evolução, ausência ou presença de
todas as doenças listadas pelo OIE e informações epidemiológicas
importantes para o país.
4) Relatório anual: questionário anual relacionado com qualquer informação
importante para outros países.

CLASSIFICAÇÃO DAS ENFERMIDADES SUINAS DE DECLARAÇÃO


OBRIGATÓRIAS

1) Enfermidades comuns a várias espécies: Doença de Aujesky,


Leptospirose, Raiva, Triquinelose, Febre Aftosa, Estomatite vesicular.
2) Enfermidades especificas dos suínos: Rinite Atrófica, Cisticercose
suína, Brucelose Suína, Gastroenterite Transmissível, Encefalomielite
por Enterovirus, Síndrome Reprodutiva Respiratória Suína (PRRS),
Doença Vesicular Suína, Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana.

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