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Costelinha – Irmão Mais Novo - Panceta – Irmão Mais Velho - Bisteca – Irmã do
Meio - Lobo
Música 1 – Apresentação Melancia
“Estamos aqui HOJE tem teatro
A peça de hoje é muito legal
Venha com a gente nessa viagem,
de lindas histórias que vamos contar.
Fazemos de tudo, de noite e de dia,
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Costelinha – Eu nã-não sei nem por onde co-começar. Você sa-sabe Panceta?
Panceta – Eu devia começar voltando para casa isso sim. Tradição? Tradições foram
feitas para serem quebradas. O que tem demais eu, um porco jovem, quase um
adolescente, uma criança, praticamente um bebê porco continuar morando na casa
dos meus pais? Eu tenho apenas 30 anos suínos!
Costelinha – Quan-quanto é isso em anos norma-mais Bisteca?
Bisteca – Os exatos mesmos 30 anos Costelinha! Você fica reclamando atoa Panceta, e
o Costelinha que é o caçula e já teve que sair de casa. Conquistar sua independência.
Virar um...(Costelinha começa a chorar).
Panceta – O que foi Costelinha?
Costelinha – Meu ca-cadarço desamarrou!
Bisteca – Então amarra!
Costelinha – EU que-queria.
Panceta – Então por que não amarra?
Costelinha – Por que-que eu não se-sei!
Bisteca – COSTELINHA! Agora você é um porco independente, precisa amarrar seu
próprio cadarço.
Costelinha – A mã-mã-mãe sempre amarrou pra mim. Você não pode amarrar Biste-
teca?
Bisteca – Claro que não!
Costelinha – Nem se eu pe-pedir choramingando-do? Com po-por favo-vorzinho? Com
olhi-lhinhos de ca-cachorro que caiu da mudan-dança e biqui-quinho de Cu-curió
arrependi-dido? (Faz todo o charme e drama necessário para cena).
Panceta (convencido pelo irmão) – Aí eu amarro, não me segura, eu amarro todo dia
se precisar, eu amarro seu cadarço pra sempre! Olha esses olhinhos e essa boquinha.
Bisteca (impedindo Panceta) – NÃO! Ele precisa se tornar independente!
Panceta – Mas, desde quando você assumiu o lugar da mamãe e do papai e resolveu
mandar em tudo? Eu só não vou ajudar ele por que eu não quero, não é por que você
mandou não! E tem mais um motivo...
Bisteca – Qual é?
Panceta – Eu também não sei amarrar. A mamãe também amarrava meu cadarço, mas,
antes de ir embora de casa eu fiz uma coisa.
Bisteca – Aprendeu a amarrar o próprio cadarço? Meus parabéns!
Panceta – Não! Comprei um sapato de elástico. Sem cadarço!
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Costelinha – Que inteli-ligente vo-você Pance-ceta!
Bisteca – Não pense assim Costelinha! Panceta como você pode comprar outro
sapato? Não é possível que você ache isso mais fácil do que aprender a amarrar o
próprio cadarço.
Panceta – Eu prefiro evitar a fadiga!
Bisteca – Preguiçoso! Agora a vida não é só videogame, jogos no celular e vídeos na
internet não ouviu bem? Mas, como você disse, não sou seu pai, nem sua mãe! Agora é
cada um por si! Vou é construir logo meu chiqueiro e ficar aquecida e protegida no
meu lar doce lar.
Costelinha – O que-que será que o pa-papai deixou de presente para ca-cada um de
nó-nós?
Panceta – É verdade! Vamos abrir? Tomara que seja uma carta dizendo que foi uma
brincadeira e pedindo para gente voltar.
Bisteca – Não mesmo.
Costelinha – Eu pri-primeiro então! (Abre a caixa) Olha só um cofrinho de humaninho.
(para plateia – o cofrinho é um pouco maior que o convencional). Afinal de co-contas
se vocês usam cofri-frinho de porquinho, a ge-gente pode usar confri-frinho de
humaninhos, e já vem com dinheirinho de-dentro (balança – barulho de moedas).
Ganhei um marte-telo também. Como o martelo faz? (som de martelo e incentiva as
crianças a repetirem – o martelo é bem cênico e grande, fora do padrão normal).
Muito legal e olha que fofo, o papai e a mamãe mandaram meu copi-pinho e com
suquinho e tudo (Costelinha não larga o copo). Tem tampinha, canudinho e uma
fotinha nossa também Bisteca (toma - barulho de quem está sugando o liquido pelo
canudo). Que refrescante!
Bisteca – Isso será muito útil na construção do seu chiqueiro Costelinha. E com esse
dinheiro você poderá comprar os materiais e os móveis também (abre). Meu cofrinho
está aqui e eu ganhei um serrote! (áudio de serrote e incentiva as crianças a fazerem
o som e o gesto). Também é muito útil e você Panceta? O que ganhou?
Panceta (abre a caixa e fica decepcionado) – Eu ganhei uma...broxa! (áudio de fom-
fom-fom).
Costelinha – Bro-broxa?
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Costelinha – Ela bro-broxeia? Bro-broxura? Bro-broxete-teia? Bro-broxariza? É eu te-
tentei!
Bisteca – O papai deve saber o motivo de dar esses presentes para cada um. Vamos
confiar nele como bons Porcastros que somos. Esse campo está ótimo para
construirmos nossos chiqueiros. O que vocês acham?
Panceta – Para mim tanto faz.
Bisteca – Bisteca e Costelinha austeridade nos gastos com o dinheiro do cofrinho hein.
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(Lobo entra e uiva).
Lobo – Não há nada que eu não goste, odeie e deteste mais que porcos (estufando o
peito). Então esses dois porquinhos e essa porquinha acham mesmo que podem
construir seus chiqueiros imundos na minha floresta? Eu não gosto, eu odeio, eu
detesto, eu abomino porcos (sempre estufando o peito) e farei de tudo para impedir
que eles construam aqui seus lares e sejam atrizes para sempre. É assim que fala?
Acho que sim (gargalhada maléfica e uivo). Parece que eles estão voltando, é melhor
eu me esconder.
Panceta – Se eu tivesse morando na casa do papai porco ainda, eu poderia usar esse
dinheiro para comprar um jogo de vídeo game muito irado e não precisaria gastar com
materiais de construção e móveis. Apesar que eu estou numa floresta, aqui tem
madeira e terra, talvez eu não precise usar esse dinheiro para isso e depois eu dou um
jeito nos móveis. O papai deu o dinheiro para mim e agora ele é meu, eu posso usar
como quiser. Imagine que vou deixar aquela bobona da Bisteca me dizer o que devo ou
não fazer, vou lá buscar meu cofrinho e gastar tudinho em bobagens.
Lobo (estalo) – Tive uma ideia! Esse porco fedido está no prato, não vai nem conseguir
construir seu chiqueiro por essas quitandas. Também não lembro se é assim que fala,
mas, é melhor eu ir, volto já (transição – Lobo reaparece como vendedor de jogos
eletrônicos e fala em tom de anúncio – logo entra Panceta). Olhem só, os últimos
jogos de vidro-game, os mais pirados do momento. Precinho show de cola na minha
mão hein!
Panceta – Hei moço, quanto custa o jogo?
Lobo – De vidro-game?
Panceta – É videogame que fala!
Lobo – Foi isso que eu disse vidro-game. Vai querer um (mostra e Panceta fica
interessadíssimo por um jogo tomando da mão do lobo).
Panceta – Esse jogo é demais, eu não o achei para comprar ainda e você tem!
Lobo – Sim, todo mundo está dizendo que esse jogo é pirado. Vai levar um?
Panceta – Irado, o jogo é irado!
Lobo – Foi isso mesmo que eu disse. Pirado!
Panceta – Enfim, me dá ele aqui logo e pode ficar com o troco, é só quebrar o cofrinho.
(saindo).
Lobo – Muito legal fazer negócio com você. Você foi um ótimo paciente.
Panceta (fora de cena) – Cliente, eu fui um ótimo cliente.
Lobo – Foi isso que eu disse, paciente! (Olha porquinho indo embora mostra a língua
e se volta para plateia). Bobalhão! Um porco já está fora da macarronada (pensa).
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Acho que acertei dessa vez. Só faltam dois e eles não vão me escapar porque eu não
gosto, eu odeio, eu detesto, eu abomino e quero que eles vão para a Cochinchina. (fala
isso sempre estufando o peito).
Música 3 – Lobo
...PORQUE EU NÃO GOSTO, EU ODEIO, EU DETESTO, EU ABOMINO E QUERO QUE
ELES VÃO PARA A COCHINCHINA
SOU UM LOBO LEGAL
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Panceta – Meu cofrinho? (disfarçando). Eu já fui na loja, escolhi e deixei
pago agora é só buscar o meu e o seu, me da aqui vai (tenta pegar
novamente e Costelinha esquiva).
Costelinha – Mas, não é muita co-coisa para você carrega-gar sozinho? Eu
posso ir co-com você!
Panceta – Melhor não, afinal a estrada é perigosa, lembra a história de
cães do mato, raposas e lobos? (Tenta pegar e ele esquiva pela terceira
vez, sempre acompanhado de áudios).
Costelinha – Junto-tos, um protege o outro.
Panceta (muda o tom – como uma bronca) – Costelinha, eu sou seu irmão
mais velho, se estou falando que é perigoso é por que é, me dê agora esse
cofre que eu vou te trazer tudo e pronto. Fique descansando e nada de
contar para a Bisteca.
Costelinha – Po-por que?
Panceta – Quero fazer uma surpresa. Posso? (Costelinha entrega o
cofrinho e ambos saem para lados opostos – transição – entra Lobo que
está sempre acompanhando tudo).
Lobo – Então esse porquinho é bem do trapaceiro e contra o próprio
irmãozinho. Eu já não gosto dos porcos, eu odeio, eu detesto, eu abomino
e quero que eles vão para a Cochinchina e o raio que os parta e agora
ainda mais, afinal para nós lobos, a família, a nossa matilha é sagrada
(uiva). E por isso que agora serei um confiável vendedor de televisão.
Sigam-me os troncos (pensa e sai – transição – entra Lobo com TV e em
seguida Panceta). Quem procura uma TV de ultima digitação para jogar os
melhores vidro-games pirados do momento.
Panceta – É última geração e os videogames são irados. Você me lembra o
vendedor de jogos sabia?
Lobo – Somos uma família de vendedores. Ele é meu primo de terceiro
degrau.
Panceta – Terceiro grau
Lobo – Sim foi isso que eu disse. E aí vamos fazer negócio na TV.
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Panceta (Pensa) - Será que o Costelinha vai ficar triste com essa situação?
(Entra Costelinha como em um pensamento em um foco de luz).
Costelinha (superfeliz) – Claro que na-ão, use todo o meu di-dinheiro e
me deixe sem te-ter onde morar meu irmãozinho.
Panceta – E a Bisteca o que vai achar disso?
Bisteca (superfeliz) – Eu estou achando superlegal. Eu quero mais que
você gaste todo o dinheiro com bobagens (pisca e faz sinal de joia).
Panceta – Pronto, com o apoio deles agora fico mais aliviado. (para o
Lobo) Negócio fechado! (apertam as mãos e saem – Pancenta sentado
jogando videogame – áudio – entra Costelinha).
Costelinha – Ago-gora você tem uma televisão também? Mu-muitas eco-
conomias, parabe-béns! Co-comprou o mate-terial para meu chi-
chiqueirinho?
Panceta – Então (começa a procurar e vê um montante de palha no
cenário). Aqui estão!
Costelinha – Pa-palha?
Panceta – Sim pa-palha! Me disseram na loja que essa floresta é muito
quente e que palha é o melhor material para sua casa ficar sempre arejada
e seu suquinho estar sempre fresquinho.
Costelinha - Pu-puxa. Se você diz! E você, vai fazer de pa-palha também?
Panceta – Eu não! Vou fazer de (repara e vê alguns gravetos)...gravetos
mesmo! Prefiro um chiqueiro mais iluminado e pelas frestas dos gravetos
entrará bastante luz. (Entra Bisteca com sua maleta do início).
Bisteca – Então meus irmãozinhos estão prontos para construirmos nossos
chiqueiros?
Costelinha – Sim! (Muito animado).
Panceta – Acho que sim! (bem desanimado).
Bisteca – Então vamos!
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Música 4 - Construção dos Chiqueiros Am F Dm E
COSTELINHA
CHIQUEIRO DE PA PA PA PALHA
PANCETA
VÃO SER PURA DIVERSÃO, ISSO SIM, SENDO SINCERO, PODES CRER - ME ALEGRARÁ (BIS TODOS)
BISTECA
TODOS
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Bisteca – É moderação, sobriedade nas atitudes Costelinha. (Lobo os assusta).
Lobo – O que é isso aqui? Vocês conseguiram construir os chiqueiros de vocês?
Todos – UM LOBO? SOCORRO! (Tremendo, juntos e batendo queixos).
Lobo – Agora eu acabo com vocês seus porcos expedidos!
Todos – EXPEDIDOS?
Bisteca – Senhor Lobo, você não quis dizer fedidos?
Lobo – Exato, expedidos!
Panceta – Acho que conheço esse lobo de algum lugar (duvida). (UIVO).
Todos – SALVE-SE QUEM PUDER!
Saem correndo – música de Desenho Animado.
Bisteca – Esperem. Logo vamos cansar, melhor nos disfarçarmos (sai pega alguns
acessórios e voltam) Tomem, coloquem isso! (entra Lobo).
Lobo – Ei, você viu algum porquinho com a barriga bem marimbonda passando por
aqui?
Bisteca – Barriga redonda você quis dizer?
Lobo – Isso, marimbonda! Foi o que falei!
Bisteca – Eu não vi nadinha. Você é o primeiro bicho diferente que vejo por aqui.
Lobo – Ei você! Viu algum porco passar por aqui?
Panceta – Sim!
Lobo – E para onde foram?
Panceta – Para lá! (Cruza os braços).
Lobo – E você? Você tem que ter visto algum porquinho passar por aqui.
Costelinha – Um porqui-quinho? Com um focinho que parece uma tomada?
Lobo – Sim parecido com o seu.
Costelinha – Um porqui-quinho com um rabi-binho toim-nhoim-nhoim que parece um
saca-ca rolha?
Lobo – Sim, alias bem parecido com o seu.
Costelinha – E uma barrigui-guinha cheia e marimbonda? Quer dizer! Redonda?
Lobo – Exato, idêntica a sua.
Costelinha – Eu não vi-vi nada!
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Lobo – Que droga (saindo) Espera aí! Você é um porco. Todos vocês são. Tentaram me
esganar!
Todos – É ENGANAR!
Lobo – Eu pego vocês!
Todos – SOCORRO! (Porcos se escondem cada um em seu chiqueiro).
1º Chiqueiro de Palha – Costelinha.
Lobo – Você acha mesmo que esse chiqueiro de palha vai te proteger?
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Panceta – E iluminado!
3º Chiqueiro de Cimento e Tijolo – Bisteca.
Lobo – Não importa do que esse chiqueiro é feito. Eu vou derrubar. (Estufando cada
vez mais o peito) - Eu não gosto de porcos, eu odeio, eu detesto, eu abomino e quero
que eles vão para a Cochinchina e o raio que os parta (Sopra e derruba o chiqueiro de
Panceta). Como assim? (Repete). Eu não gosto de porcos, eu odeio, eu detesto, eu
abomino e quero que eles vão para a Cochinchina e o raio que os parta. Estou quase
sem folego. (Repete novamente). Eu não gosto de porcos, eu odeio, eu detesto, eu
abomino e quero que eles vão para a Cochinchina e o raio que os parta. (Não
consegue). Esse chiqueiro é muito persistente, não vou conseguir derruba-la.
Bisteca – O chiqueiro é resistente seu bocó. Fala direito RESISTENTE. E você não vai
mesmo conseguir derrubar ele.
Lobo – Eu vou embora, mas, eu vou voltar para pegar vocês e principalmente esse
porco trapaceiro e encanador do chiqueiro de graveto (sai de cena).
Costelinha – Porco trapaceiro e encanado-dor?
Bisteca – Deve ser enganador. Mas, o porco da casa de graveto é você Panceta. Você
conhecia o lobo?
Panceta – Euuuuu? Jamais! Eu cheguei aqui na floresta junto com vocês, não conhecia
ninguém. Acho melhor descansarmos e termos muito cuidado amanhã (Transição –
Amanhece – Galo cacareja e Toc – Toc na casa dos Porquinhos).
Costelinha – Quem se-será?
Bisteca – Deixe que eu converso. Pois não?
Lobo (disfarçado) – Olá bom dia. Eu sou enfermeira do programa Floresta da Família e
nós viemos avaliar se há copos de dengue no seu chiqueiro.
Panceta – Copos de dengue?
Costelinha – Eu conhe-nheço alguém que fala assim. Mas que-quem? Que-quem?
(Incentivam a plateia).
Bisteca – Claro só podia ser você Lobo. E é focos de dengue e não, não há focos de
dengue no meu chiqueiro; eu coloco terra nos pratinhos das plantas, tapo os ralos e
não deixo água parada em lugar nenhum. Sou deveras cuidadosa com isso.
Costelinha – O que é deveras?
Bisteca – Quer dizer que sou verdadeiramente cuidadosa Costelinha. Vá embora, seu
disfarce não funcionou dessa vez.
Lobo – Ora vocês, seus porcos! Mas, isso não termina aqui, eu vou voltar! Eu vou. Nem
se for para pegar o porco do chiqueiro de gravetos somente (sai).
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Bisteca – Tem certeza que esse Lobo não conhece você?
Panceta – Claro que sim! (disfarçando). Agora vamos almoçar que eu preparei uma
lavagem deliciosa de cascas de frutas. (Transição – Toc-Toc novamente).
Bisteca – Mal acabamos de nos mudar, construir nossos chiqueiros e já temos tantas
visitas. Quem está aí fora?
Lobo (disfarçado) – Aqui é o entregador do PorcoFood. Tem uma entrega
para...para...(duvida)
Costelinha – Biste-teca?
Lobo – Isso Biste-teca!
Costelinha – É pra voce-cê!
Bisteca – Fica quieto Costelinha, eu não pedi nada! Já imagino quem seja. Qual o
pedido?
Lobo – É um sanduiche de assunto.
Bisteca – De presunto?
Lobo – Isso. Vem pegar logo aqui fora.
Panceta – A gente não come presunto, não comemos uns aos outros, não somos
canibais.
Lobo – Eu conheço essa voz, você é o que eu quero mais pegar. Seu porco trapaceiro.
Enganando a própria família.
Bisteca – O que ele quis dizer com isso?
Panceta – Suma daqui. Já descobrimos que é você Lobo. Xô!
Lobo – Eu vou, mas, ainda volto! Ah se volto (sai de cena).
Bisteca – Ainda estou com o que ele disse aqui na cachola!
Costelinha – Eu também ouvi-vi!
Panceta – Agora é hora da nossa soneca da tarde e depois eu preparo o jantar (tic-tac
do relógio e despertador – toc-toc).
Panceta – Dessa vez eu atendo a porta!
Bisteca – Cuidado Panceta! Quem está aí fora?
Lobo (disfarçado) – Meus queridos sombrinhas. É a Tia Porcalha, vim visitar vocês,
conhecer os chiqueiros novos meus filhos.
Panceta – Nós temos uma Tia Porcalha?
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Lobo – Claro que sim, sou uma tia distante do pai de vocês. Sou velhinha. Não vão me
deixar aqui no sereno sozinha. Abram a casa meus sombrinhas.
Costelinha – Sombri-brinhas?
Bisteca – Se você é nossa tia. Qual nosso sobrenome?
Lobo – Sobrenome? O mesmo que o meu ué.
Panceta – E qual é?
Lobo – Silva!
Bisteca – Silva?
Lobo – Digo, Souza.
Panceta – É o Lobo!
Bisteca – Sim, mas, cansei de me esconder, vamos enfrenta-lo.
Costelinha – Mas, co-como?
Bisteca – Com os presentes do papai.
Costelinha – Isso me-mesmo!
Bisteca – Estamos saindo Tia Porcalha.
Lobo – Agora eu pego esses porcos (muda voz). Que bom meus sombrinhas!
Porcos saindo, áudio de porta abrindo, um passo de cada vez – Bisteca percebe
Bisteca – Você não vem Panceta?
Panceta (receoso) – Estou logo atrás de vocês. (Barulho de porta fechando – porcos
de frente ao Lobo – ele tira o disfarce).
Lobo - Eu não gosto de porcos, eu odeio, eu detesto, eu abomino e quero que eles vão
para a Cochinchina e o raio que os parta. Agora pego vocês!
Bisteca – Não, nós que pegamos você. ATACAR! (Correm atrás do Lobo, Panceta recua
– Cena volta com porco atacando eles).
Bisteca – Panceta faz alguma coisa!
Panceta – O que vou fazer com uma broxa? (Estalo) Já sei (Sai de cena e volta com um
balde escrito cola – ataca Lobo).
Lobo – Eu vou contar tudoooo!
Panceta – Nãooooo (cola a boca e as mãos do Lobo). Pronto agora ele não vai
derrubar mais os chiqueiros de ninguém.
Bisteca – E você? Vai abrir a boca e contar a verdade Panceta? Ou eu vou precisar
descolar a boca do Lobo?
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Panceta – Eu falo. Eu sou o vilão dessa história. Fiz o que pode acontecer de pior,
mentir para quem se ama e nos ama. Eu menti para você Costelinha, te enganei. Gastei
o dinheiro do meu cofrinho com bobagens e depois usei o seu também. Isso nos
deixou desprotegidos e a ponto de sermos atacados pelo Lobo. Depois da mentira
contada eu só consegui continuar mentindo e enganando.
Costelinha – Você me trai-iu?
Panceta – Sim e sinto muito por isso.
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Panceta – Vocês me perdoam?
Lobo – E a mim? (um do lado do outro – Bisteca e Costelinha se olham e concordam).
Bisteca e Costelinha – Claro que sim!
Lobo (os abraçando) – Agora vamos ser ambíguos para lente!
Os Porcos (corrigindo)– Amigos Para Sempre (se olham e repetem) ambíguos para
lente.
Música 5 Final das Personagens.
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