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Sociolinguistica
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Resolução de exercícios
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
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Introdução.................................................................................................................................3
Tipo de variantes......................................................................................................................6
3- Comunidade linguística........................................................................................................6
Teoria da monogénese..............................................................................................................7
5- Língua veicular.....................................................................................................................8
6- Bilinguismo..........................................................................................................................8
Conclusão...............................................................................................................................13
Bibliografia.............................................................................................................................14
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Introdução
A Sociolinguística como uma ciência autónoma e interdisciplinar teve início em meados do
século XX, embora haja vários linguistas que, muito antes dos anos 1960, já desenvolviam
em seus trabalhos teorias de natureza claramente sociolinguística, como é o caso de Meillet,
Bakhtin e membros do Círculo Linguístico de Praga. Esses são pensadores que levavam em
conta o contexto sociocultural e a comunidade de fala em suas pesquisas linguísticas, ou
seja, não dissociavam o material da fala do produtor dessa fala, o falante – pelo contrário,
consideravam relevante examinar as condições em que a fala era produzida.
O presente trabalho da cadeira de Sociolinguística, e tem como objectivo falar sobre alguns
tópicos ligados a Sociolinguísticano que concerne ao módulo do 3º ano.
Em termos estruturais o trabalho está organizado a partir do índice, introdução, conclusão e
bibliografia.
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1- Anormaculta e norma popular
SegundoFaraco(2002,p.39), anormacultadizrespeitoàvariedade utilizadapelas
pessoasquetêmmaisproximidade comamodalidadeescritae,portanto,possuemumafala
maispróximadasregrasdetalmodalidade. NoBrasil,considera-se comofalantedenorma
cultaapenasaspessoasquejáseformaramnoEnsinoSuperior(Bagno, 2002,p.185;
Lucchesi,2002,p.65).
Norma culta compreende a variedade de uso corrente entre falantes urbanos com
escolaridade superior completa [...]. São, em geral, as variedades que ocorrem em usos mais
monitorados da língua por segmentos sociais urbanos, posicionados do meio para cima na
hierarquia econômica e, em consequência, com amplo acesso aos bens culturais, em especial
à educação formal e à cultura escrita (Faraco, 2008, p. 47)
Tipo de variantes
Normalização Autonomia Historicidade Vitalidade
Língua normalizada + + + +
Língua popularizada - ± +
Dialecto - - + +/±
Crioulo - - + +
Pidgin - - - -
Língua clássica + + + -
Língua artificial + + - -
3- Comunidade linguística
Trata-se do campo de acção da sociolinguística com as suas variedades de análise., (1933),
ao abordar a questão da linguística considera que a comunidade linguística resume-se num
grupo de pessoas que interagem usando uma linguagem.
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Os pidgins distinguem-se do saberes porque estes são bilaterais (no sentido em que podem
ser utilizados pelo grupo dominante e dominado) e por locutores que são mutuamente
incompreensíveis.
É um sistema de comunicação verbal que não é a lg materna de ninguém. Ao percurso deste
sistema dá-se o nome de pidginização.
Historicamente distinguem-se dois grandes sistemas de pidgins: Pidgins endógenos e
pidgins exógenos
Pidgins endógenos: nascem do contacto entre uma população autóctone e um grupo de
comerciantes pidgins exógenos: nascem do contacto entre grupos dos quais nenhum é
autóctone, local.
A teoria da poligénese
A teoria da poligénese defende que os saberes surgiram e se desenvolveram a partir de
várias lingas em resposta a diferentes situações de contacto de lingas.
Os saberes podem fixar-se quando começam a ser usados de forma crescente por outros
interlocutores. Podem ainda transformarem-se em crioulos se for a primeira lg de um grupo
de pessoas e que com o uso constante, pode estabilizar-se e cristalizar-se.
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Teoria da monogénese
Esta teoria defende que os vários saberes devem porvir de uma mesma língua porque existe
alguma coisa comum que é o português (origem comum) muito embora resultem da
resolução de problemas de contacto entre lingas. Estes afirmam que entre os saberes existe
intercompreensão, os saberes se organizam perto de grandes pontos de passagem de
comunicação marítima. O proto-sabir – com base no português, surgiu no séc. XV e se
espalhou por todo o mundo. O sabir medieval era considerado o sabirproto-português.
5- Língua veicular
Para Libaneo (2006), uma língua veicular é uma língua ou dialecto que serve
sistematicamente como meio de comunicação entre populações de diferentes línguas
maternas ou dialectos, especialmente quando se trata de uma terceira língua, diferente das
duas línguas nativas. É diferente do vernáculo , comummente usado dentro de uma
população, sabendo que um idioma pode ser veicular e vernáculo (por exemplo,
inglês internacionalmente e no Reino Unido ).
Uma língua veicular pode ser um pidgin , um crioulo , mas também línguas como
o francês ou o inglês, ou mesmo às vezes uma língua litúrgica entre comunidades
multilingues ligadas pela mesma religião.
Por metonímia , às vezes usamos os termos " koinè " ou " língua franca " para falar de
línguas veiculares em geral, mesmo que estas sejam de fato línguas veiculares singulares.
Segundo a equipe editorial de Conceito. (2014), dá-se o nome de língua veicular ou língua
franca ao idioma que se adopta para facilitar o entendimento comum entre pessoas que não
partilham da mesma língua vernácula. A língua veicular pode variar de acordo com a época
ou o âmbito.
De acordo com os autores Reis & Adragão (1989). Argumentam que o latim era a língua
veicular depois da dissolução do Império Romano, com os anos foi substituído pelo francês
e pelo alemão segundo a área em questão. Hoje em dia, pode-se dizer que a língua franca é o
inglês, uma vez que costuma ser o idioma escolhido por aqueles que não têm a mesma
língua vernácula. Deste modo, é possível que um Peruano viaje até à China e comunique lá
em inglês, por exemplo.
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6- Bilinguismo
Segundo Butler e Hakuta (2004. p. 114) definem Bilinguismo como “um comportamento
linguístico psicológico e sócio-cultural complexo com aspectos multidimensionais”.
O conceito de bilinguismo, além de ser um termo pouco unívoco, não é algo estático, senão
que tem evoluído e evolui através do tempo com grande dinamismo. Por esta razão, as
definições estão continuamente transformando-se ou remodelando-se desde as perspectivas
diferentes segundo seja o campo de estudo ou a especialização desde a que se aborde.
Em poucas palavras podemos dizer que:
“O bilinguismo é o uso habitual de duas línguas em uma mesma região ou por uma mesma
pessoa."
“Capacidade de um indivíduo de expressar-se em uma segunda língua respeitando os
conceitos e as estruturas próprias da mesma”. (Titone, R. 1976).
“Bilingue é aquela pessoa que é capaz de codificar e recodificar em qualquer grau, sinais
linguísticos provenientes de dois idiomas diferentes”. (Blanco, A. 1981, p.51)
Níveis de bilinguismo
Podemos distinguir dois níveis segundo analise-se desde uma dimensão pessoal ou desde
uma vertente social, ou seja, o bilinguismo individual e bilinguismo social.
Quando se fala de bilinguismo individual, nos referimos ao conhecimento e domínio que
uma pessoa tem de duas línguas; ao uso que um indivíduo faz das mesmas; aos factores que
intervêm no processo de aquisição, e às variáveis entre indivíduo, médio e língua.
Para entendermos sobre o bilinguismo social, é necessário fazer uma breve referência a
algumas situações políticas que têm gerado um tratamento e uma consideração específica
para as línguas. Entre elas, cabe assinalar as consequências sociolinguísticas que teve a
colonização europeia no continente asiático e africano, já que em bastantes casos
desapareceram grupos com línguas e culturas próprias ao ficar assimiladas pela metrópole
correspondente.
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Principais dificuldades
1. Seriam precisosmuitos professores para ensinarem nas escolas as 08 línguas;
2. Seriam precisos manuais escolares;
3. Pelo que, volvidos anos de tanta dificuldade, o programa de ensino ficou
ultrapassado em 08 anos, justamente na altura em que SekouTouré morreu.
Mais tarde Bernstein passa a chamar essas duas linguagens Código Restrito e Código
Elaborado que são definidos como funções do relacionamento social ou como qualidades da
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estruturação social. Em seus trabalhos ele faz referência a duas classes sociais apenas: a
classe média (MidleClass) e a classe operária (WorkingClass).
As crianças da classe média adquiririam os dois códigos, o restrito e o elaborado; as da
classe trabalhadora teriam acesso apenas ao código restrito, no seu processo de socialização.
Política Linguística
Função prática
As que tiveram uma consequência
De passagem a prática/acção
Função simbólica
Nunca passaram a acção/prática
Permaneceram como simbolismo
Planificação linguística
Acção sobre as línguas
A nível da ortografia
A nível do léxico (introdução de novos vocábulos)
A nível das formas dialectais (se se eliminam ou subsistem)
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Na escolha de uma lg nacional
Organização do plurilinguismo
Representação funcional
Quando se faz repartição racional
Conector Central,
Expansor de Fronteiras,
Corretor de Informação,
Especialista Periférico.
Júnior (2005), apud Crosse e Prusak (2002), exemplifica esses quatro papéis fundamentais.
Conector Central: São os atores que ligam a maioria dos demais atores uns com os outros.
Normalmente, não são os líderes formais das unidades ou departamentos, mas sabem com
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quem conseguir informações e recursos necessários para que o trabalho seja realizado, como
também, gastam horas ajudando outros atores do grupo.
Expansor de Fronteiras: São atores que são uma espécie de embaixadores, ligando-se a
atores de outras organizações ou a filiais da empresa. Tal papel é fundamental quando
pessoas necessitam compartilhar de habilidades e necessitam estabelecer alianças
estratégicas para desenvolver, novos produtos.
Corretor de Informação: São atores que ligam subgrupos da rede, evitando que o fluxo das
informações seja interrompido através da fragmentação da rede. Os atores que
desempenham o papel de corretor de informação são tão importantes quanto o conector
central, pois possuem o mesmo poder sem possuir a quantidade de ligações directas que
caracteriza este último. Contudo, o corretor de informação é caracterizado pela grande
quantidade de conexões indirectas.
Especialista Periférico: São atores a quem outros atores recorrem quando necessitam de
algum tipo de apoio especializado, de informações ou de conhecimento técnico ou de
habilidades específicas. Existem muitos atores que ocupam posições periféricas, para os
quais é necessária uma maior intensidade de ligações.
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Conclusão
Na sua infância, a pesquisa sociolinguística foi motivada pela constatação de que crianças
oriundas de grupos linguísticos minoritários apresentavam desempenho escolar muito
inferior ao das crianças provenientes de classe média e classe alta. Hoje podemos explicar
essas diferenças com base no grau de letramento com que as crianças convivem em seu
ambiente familiar. Na década de 1960, quando os primeiros sociolinguistas buscavam no
repertório linguístico das crianças as explicações para o seu melhor ou pior ajustamento à
cultura escolar, ainda pouco se discutia o impacto da cultura letrada sobre grupos sociais ou
nacionais.
Liderados por William Labov, os sociolinguistas pioneiros, nos Estados Unidos,
desenvolveram intensivas análises contrastivas entre a variedade do inglês que era a língua
materna dos alunos em questão e o chamado inglês padrão, falado e ensinado na escola.
Nesses tempos em que se firmavam as raízes da Sociolinguística, essa ciência voltou-se
prioritariamente para a descrição da variação e dos fenómenos em processo de mudança,
inerentes à língua, expandindo-se depois para outras dimensões da linguagem humana.
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Bibliografia
BAGNO,Marcos.(2004), Preconceitolingüístico:oqueé,comosefaz.29.ed.SãoPaulo:Loyola.
BUTLER, Y. G.; HAKUTA, K. (2004), Bilingualism and Second language Acquisition. In:
BHATIA, T.K.; RITCHIE, W.C. The Handbook of Bilingualism.United Kingdom:
Blackwell Publishing.
LIBÁNEO, José Carlos. (2006), Didáctica. Cortez Editora, São Paulo, 2006. 262p.
LUCCHESI, Dante. (2002), Norma lingüística e realidade social. In: BAGNO, Marcos
(org.).Lingüísticadanorma.SãoPaulo:Loyola.cap.4.p.63-92.
REIS, C., & ADRAGÃO, J. (1989). Didáctica do Português. Lisboa: Universidade Aberta.
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