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Inferência Estatı́stica: Distribuições Amostrais Sob Normalidade e Para Proporção

Inferência Estatı́stica: Distribuições Amostrais


Sob Normalidade e Para Proporção

Profª.: Fernanda Clotilde

Aula preparada para turma de Inferência Estatı́stica


do Departamento de Estatı́stica da Universidade Estadual da Paraı́ba.

Campina-Grande
Agosto de 2023 1 / 16
Inferência Estatı́stica: Distribuições Amostrais Sob Normalidade e Para Proporção
Distribuições Amostrais Sob Normalidade

Distribuições Amostrais Sob Normalidade

Teorema 4: Seja X1 , X2 , . . . , Xn uma a.a. da distribuição N(0, 1), então

X12 + X22 + · · · + Xn2 ∼ χ2(n) . (1)

Demonstração do Teorema 4: no quadro...

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Generalização: Se X1 , X2 , . . . , Xn são independentes e Xi ∼ χ2(αi ) , então

X1 + X2 + · · · + Xn ∼ χ2(α1 +α2 +···+αn ) . (2)

Resumindo: A soma de v.a’s independentes com distribuição χ2 é uma


v.a. com distribuição χ2 com graus de liberdade igual a soma dos graus
de liberdade de cada uma das v.a’s.

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Teorema 5: Se X1 , X2 , . . . , Xn uma a.a. da distribuição N(µ, σ 2 ), então

(n − 1)S 2
∼ χ2(n−1) , (3)
σ2
1
Pn
com S 2 = n−1 i=1 (Xi − X )2 (Variância Amostral).


Observação.: S = S 2 é chamado de Desvio Padrão Amostral.

Demonstração do Teorema 5: no quadro...

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Outros teoremas úteis e importantes em inferência:

Teorema 6: X e S 2 são variáveis aleatórias independentes.

Teorema 7: Se X1 , X2 , . . . , Xn é uma amostra aleatória de X ∼ N(µ, σ 2 ),


então
X −µ
T = √ ∼ t(n−1) . (4)
S/ n

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Note que
X −µ

X −µ σ/ n
T = √ = .
S/ n S/σ

X −µ
O numerador √
σ/ n
é uma v.a. N(0, 1).
χ2(n−1)
O denominador S/σ é a raiz de uma v.a. n−1 .

Então, a distribuição de T pode ser obtida encontrando a distribuição de


√U , em que U ∼ N(0, 1) e V ∼ χ2p e com U e V independentes.
V /p

Esta distribuição resulta da distribuição t-student com p graus de liber-


dade.

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Distribuição Amostral da Proporção

Distribuição Amostral da Proporção

Considere uma população em que a proporçãode elementos portadores de


uma caracterı́stica é p.

Seja, X1 , . . . , Xn uma amostra aleatória dessa população, em que Xi , com


i = 1, . . . , n é definida por

1, se o i-ésimo elemento for portador da caracterı́stica,
Xi =
0, se o i-ésimo elemento não for portador da caracterı́stica.

Temos então que Xi , i = 1, . . . , n, segue distribuição de Bernoulli, com

E (Xi ) = p e Var(Xi ) = p(1 − p).

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Considere a variável aleatória

Y = Nº de indivı́duos que possuem a caracterı́stica na amostra.

Pn
Ou seja, Y = i=1 Xi .

Vamos obter a distribuição de Y . Observe que a função geradora de


momentos de Xi é dada por

MX (t) = E (e tXi ) = (1 − p) + e t p.

Assim,

MY (t) = [(1 − p) + e t p]n ,

que corresponde a fgm de uma v.a. com distribuição binomial de parâmeros


n e p.

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Seja p̂ = Y /n, ou seja, p̂ é a proporção de indivı́duos portadores da


caractrı́stica na amostra.

Então,
 
Y k
P(Y = k) = P =
n n
 
k
= P p̂ = .
n

O que implica que a distribuição amostral de p̂ é obtida da distribuição de


Y (v.a Binomial).

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Utilizando o Teorema Central do Limite:

Para a variável aleatória p̂ = Y /n, temos pelo TCL que para n grande,
então

 
p(1 − p)
pb ≈ N p, .
n

Pn
Observação: Se Y = i=1Xi , então
Pn
Y Xi
p̂ = = i=1 = X,
n n
em que

p(1 − p)
E (p̂) = p e Var(p̂) = .
n

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Distribuição Amostral da Proporção

Exemplo 1: Um procedimento de controle de qualidade foi planejado para


garantir um máximo de 10% de itens defeituosos na produção. A cada 6
horas sorteia-se uma amostra de 20 peças e, havendo mais de 15% de
defeituosas, encerra-se a produção para verificação do processo.

Qual a probabilidade de uma parada desnecessária?

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Determinação do Tamanho de uma Amostra

Determinação do Tamanho de uma Amostra


Suponha que estejamos estimando a média µ populacional e para tanto
usaremos a média amostral,X , baseada numa amostra de tamanho n.

Suponha que se queira determinar o valor de n de modo que

P(|X − µ| ≤ ε) = γ,

com 0 < γ < 1 e ε > 0 é o erro amostral máximo que podemos suportar,

γ e ε fixados.

Como
σ2
 
X ≈ N µ, ,
n
para n → ∞, então
σ2
 
X − µ ≈ N 0, .
n
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Determinação do Tamanho de uma Amostra

Portanto,

γ = P(|X − µ| ≤ ε)

= P(−ε ≤ X − µ ≤ ε)

 
ε X −µ ε
= P − √ ≤ √ ≤ √
σ/ n σ/ n σ/ n
 √ √ 
nε nε
≃ P − ≤Z ≤
σ σ
 √ 

= 2P 0 ≤ Z ≤ .
σ

 √ 
nε γ
⇔P 0≤Z ≤ = ,
σ 2

em que Z ∼ N(0, 1). 13 / 16


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Determinação do Tamanho de uma Amostra

Pela Tabela de Bussab, temos que




zγ/2 = ,
σ
em que zγ/2 é tal que
 γ
P 0 ≤ Z ≤ zγ/2 = ,
2
logo

σ 2 zγ/2
2
n = .
ε2

Obs.: Na prática não se conhece o valor da variância populacional σ 2 ,


então para resolver este problema utiliza-se uma pequena amostra piloto
para estimar o valor da variância populacional ou então baseia-se em al-
guma informação prévia sobre a amostra.
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Determinação do Tamanho de uma Amostra

Exemplo 2: Definimos a variável e = X − µ como sendo o erro amostral


da média, onde X é a média de uma a.a. de tamanho n de uma população
com média µ e desvio padrão σ.

(a) Determine E (e) e Var (e).

(b) Se a população é normal com σ = 20, que proporção das amostras


de tamanho 100 terá erro amostral absoluto maior do que 2
unidades?

(c) Neste caso, qual deve ser o valor de δ para que P(|e| > δ) = 0, 01?

(d) Qual deve ser o tamanho da amostra para que 95% dos erros
amostrais absolutos sejam inferiores a 1 unidade?

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Determinação do Tamanho de uma Amostra

Exemplo 3: Suponha que uma industria farmaceutica deseja saber a quan-


tos voluntarios se deva aplicar uma vacina, de modo que a proporção de
individuos imunizados na amostra difira de menos de 2% da proporçao ver-
dadeira de imunizados na população, com probabilidade de 0,90 (90%).
Qual o tamanho da amostra a escolher?

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