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ESTACA HELICE CONTÍNUA MONITORADA

Aspectos Técnicos e Executivos da NBR 6122/10

Perfuração
 Iniciada a perfuração, o trado deve ser levado até a cota de apoio especificada em projeto, sem a
retirada para limpeza.
 Não se devem executar estacas com espaçamento inferior a cinco diâmetros em intervalo inferior a
12h.

Concretagem
 Concreto: - consumo de cimento não inferior a 400kg/m3
- abatimento maior ou igual a 22+ou- 3 conforme NBR NM67
- fator água/cimento <ou= a 0,6
- agregado: areia e brita 0 (pedrisco)
- % de argamassa em massa >ou= 55%
- traço tipo bombeado
- fck >ou= a 20MPa aos 28 dias, conforme NBR6118, moldados de acordo com a NBR5738 e
ensaiados de acordo com a NBR5739.
- Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, retardadores, desde que
atendam as normas: NBR 10908, NBR11768 e NBR12317.
- a concretagem pode ser feita com o trado girando, desde que gire no mesmo sentido da
perfuração.
- a concretagem é sempre executada até a superfície do terreno
- a pressão do concreto deve ser sempre positiva, normalmente não inferior a 0,05MPa e não
superior a 0,25MPa.
 Armação
– a colocação da armação deve ser feita imediatamente após a concretagem, sua descida
pede ser auxiliada por peso ou vibrador, e deve ser enrijecida para facilitar sua colocação.

Controle do Processo executivo


 Todo controle do processo executivo: nivelamento do equipamento, pressão de torque, velocidade de
avanço do trado, rotação do trado, cota de ponta do trado, pressão do concreto durante a concretagem,
sobreconsumo de concreto e velocidade de extração do trado, são registrados através se sensores em
computador, gerando no final do serviço um relatório que será entregue ao cliente.
ESTACA ESCAVADA COM TRADO MECANIZADO, SEM FLUIDO ESTABILIZANTE
Aspectos Técnicos e Executivos da NBR 6122/10

São estacas moldadas in loco, sem revestimento, para tanto são restritas a terrenos isento da presença de água
e onde o perfil do subsolo apresente características tais que a perfuração se mantenha estável.

Perfuração
 É feita com trado curto acoplado a haste telescópica, podendo alcançar profundidade de até 25 metros,
desde que não se atinja o lençol freático.
 Não se devem executar estacas com espaçamento inferior a três diâmetros em intervalo de 12h.

Concretagem
 A concretagem deve ser feita no mesmo dia da perfuração, através de um funil que tenha comprimento
mínimo de 1,50 metros, para orientar o fluxo do concreto.
 Concreto: - consumo de cimento não inferior a 300kgm3
- abatimento conforme NBR NM 67: entre 10 a 12 +ou- 3 para estacas não armadas, e 12 a
14 +ou- 3 para estacas armadas
- agregado: areia e no máximo brita 1 (19mm)
- fck >ou= 20MPa aos 28 dias, conforme NBR6118, NBR5738 e NBR5739

Armação
 Caso a estaca esteja submetida a esforços de tração, horizontal ou momentos, a armação projetada
deve ser colocada na perfuração antes da concretagem.
 Caso a estaca esteja sujeita apenas a esforços de compressão e estes seja menor ou igual a 5MPa, a
armação não tem função estrutural, as barras de aço podem ser posicionadas uma a uma após a
concretagem, sem estribo.
ESTACA RAIZ
Aspectos Técnicos e Executivos da NBR 6122/10

É uma estaca moldada in loco, em que a perfuração é revestida integralmente, em solo, por meio de segmentos
de tubos metálicos que vão sendo rosqueados na medida em que a perfuração é executada. O revestimento é
recuperado, e a armação se estende ao longo de todo fuste.

Perfuração em solo e solo/rocha


 A perfuração em solo é executada por meio de perfuratriz, podendo ser rotativa ou roto-percussiva, a
medida que promove a rotação do revestimento, imprime uma força para proporcionar o avanço do
mesmo, e injeção de água no seu interior, a qual retorna a superfície pelo espaço anelar formado entre
a parede externa do revestimento e o solo, trazendo o material perfurado.
 Na perfuração em solo e rocha, deve-se repetir o procedimento acima na camada em solo e atingido a
rocha, a perfuração tem prosseguimento por dentro do revestimento, com martelo de fundo e sistema
roto-percussivo.
 Convém lembrar que: quando se usa martelo do tipo DHT, o diâmetro da perfuração diminui, devendo
esta diminuição ser considerada no dimensionamento.
 Não se devem executar estacas com espaçamento inferior a cinco diâmetros em intervalo de 12h,
exceto quando perfuradas e concretadas ao mesmo tempo.

Armação
 Este tipo de estaca recebe armação ao longo de toda extensão.
 Executar a limpeza interna do tubo de revestimento, utilizando-se para tal, a composição de injeção,
descendo-a até a cota inferior da estaca e injetando água limpa. A limpeza é considerada concluída
quando a água de retorno não apresentar traços de material transportado.
 Descer a armadura de forma que apoie na cota alcançada na perfuração;

Injeção da argamassa e retirada do revestimento


 O preparo da argamassa de cimento e areia, é executada em misturador vertical, com consumo mínimo
de 600kg de cimento por metro cúbico de argamassa;
 Dosagem da argamassa: Para cada saco de cimento(50 quilos), coloca 70litros de areia e fator
água/cimento variando de 0,5 a 0,6.
 A argamassa de cimento e areia é lançada no interior da perfuração por meio da bomba, transportada
através da composição de injeção (mangote mais tubo de pvc), que a leva até fundo da perfuração;
 Procedendo desta forma à injeção de baixo para cima, até a expulsão de toda a água de lavagem
contida no interior do tubo de revestimento;
 Interromper a injeção apenas quando a argamassa emergente sair limpa sem sinais de contaminação
de lama ou detritos.
 Iniciar a extração do revestimento, complementando-se o volume da argamassa por gravidade, sempre
que houver abatimento da mesma no interior do tubo, a medida que se promove golpes de ar
comprimido. A quantidade de vezes a dar estes golpes de ar comprimido, será estipulada pelo
projetista, bem como a pressão a ser utilizada;
 Quando da retirada do revestimento, a armadura não pode se deslocar verticalmente;
 Independentemente da cota de arrasamento da estaca, o preenchimento com argamassa, deve ser até
a superfície do terreno.
 Podem ser utilizados aditivos plastificantes, incorporadores de ar, retardadores, desde que atendam as
normas: NBR 10908, NBR11768 e NBR12317.
 - fck >ou= 20MPa aos 28 dias, conforme NBR6118, NBR5738 e NBR5739

Tabela de dimensões para estaca raiz


Diâmetro nominal da estaca (mm) 150 160 200 250 310 410 450
Diâmetro externo do tubo de revestimento (mm) 127 141 168 220 273 355 406
Diâmetro do martelo de fundo (mm) 100 1100 131 193 232 300 350
Diâmetro externo do estrio (mm) feixe feixe 100 150 200 300 350
PROVA DE CARGA

Requisito 9.2.2.1 da NBR 6122/2010

É obrigatória a execução de provas de carga estática em obras que tiverem um número de estacas superiores
ao valor especificado na coluna (B) da tabela abaixo, sempre no início dos serviços. Quando o número total de
estacas for superior ao valor da coluna (B), deve ser executado um número de provas de carga igual a no
mínimo 1% da quantidade total de estacas, arredondando-se sempre para mais. Incluem-se nesse 1% as provas
de carga a tração.

É necessária a execução de prova de carga, qualquer que seja o número de estacas da obra, se elas forem
empregadas para tensões médias (em termos de valores admissíveis) superiores aos indicados na coluna (A) da
tabela.

 As provas de carga devem ser estáticas


 As provas de carga devem ser levadas até um carregamento mínimo duas vezes a carga admissível

Quantidade de provas de cargas estáticas


(A) (B)
Tensão (admissível) máxima abaixo Número total de estacas da obra
da qual não serão obrigatórias provas a partir do qual serão
Tipo de estaca de carga, desde que o número de obrigatórias provas de carga
estacas da obra seja inferior a coluna
(B), em MPa
Pré-moldada 7 100
Hélice e Hélice de deslocamento 5 100
Estacas escavadas com ou sem
fluído Ф>ou= 700mm 5 100
Rais 15,5 75
Estacas escavadas com ou sem
fluído Ф<ou= 700mm 4 100

Quantidades de provas de cargas dinâmicas

Para comprovação de desempenho as provas de carga estáticas podem ser substituídas por ensaios dinâmicos
na proporção de cinco ensaios dinâmicos para cada prova de carga estática em obras que tenham um número
de estacas entre os valores da coluna B e duas vezes esse valor. Acima deste número de estacas será
obrigatória pelo menos uma prova de carga estática, conforme NBR 12131.

A tabela acima se aplica as obras de até 500 estacas e em uma mesma região representativa do subsolo. Acima
desta quantidade, o número de provas de carga adicionais fica a critério do projetista.

Generalidades

 Para estacas de qualquer dimensão, é aceitável, sem qualquer correção adicional, um desvio entre o
eixo da estaca e o ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar de 10% da menor
dimensão da estaca. Para desvios superiores deve ser feita a verificação das implicações das
excentricidades na estabilidade da estrutura.

 São toleradas, sem qualquer correção, excentricidades de até 10% do diâmetro da estaca. Quando a
excentricidade for superior a esse valor, as cargas devem ser verificadas, aceitando-se, sem correção,
um acréscimo de até 15% sobre a carga admissível ou carga resistente de projeto da estaca.

 Não há necessidade de verificação de estabilidade e resistência, nem de medidas corretivas para


desvios de execução, em relação ao projeto, menores do que 1 /100.

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