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(Boa tarde a todos os presentes e aos que nos acompanham pelas redes sociais da rede

Calábria e Pobres Servos da Divina Providência) Que alegria podermos nos reunir para celebrar
este momento tão marcante em nossas vidas e da obra Calabriana no Brasil. O dia de hoje é de
grande alegria também pela renovação dos trienais do Irmão Marcos R.

De Verona, onde tudo começou a 8 de outubro de 1873, João Calábria está visitando a Obra
presente em todo o mundo. Estes dias conosco aqui na Sede da Delegação Nossa Senhora
Aparecida, Porto Alegre – RS, nos ajudou a refletirmos sobre nossa vida e vocação e missão.

Com carinho, vamos acolher a cada relíquia ouvindo sobre sua história e o contato com o nosso
pai fundador São João Calábria:

A amada estola, que tantas vezes beijou antes de vestir, fazia parte da sua pessoa enquanto
sacerdote, uma vocação aceita e tão laboriosamente perseguida. Mas nem mesmo o próprio
Padre João Calábria poderia imaginar o quanto aquela estola se tornaria um sinal de Igreja viva
ao serviço dos pobres, mostrando o laço inseparável que existe entre a celebração e a vida,
entre a vocação e a missão.

São João Calábria fala-nos com a sua estola

"Se eu voltasse para trás..." Quantas vezes pensamos, ou talvez até o dissemos, algumas vezes.
Esta estola nos recorda incansavelmente de amar a nossa vocação, seja lá qual for.

***
Na sua carteira refletimos sobre a verdadeira riqueza: ter um coração humilde e disposto a
servir.

São João Calábria fala-nos com a sua carteira

Certamente, de todos os objetos, este é o mais falador, porque ficava sempre "de boca
aberta"... e porque já viu tantos fatos concretos que falam do "abandono na Providência".

Na raiz de todas as escolhas econômicas estava a confiança ilimitada em Deus Pai, que não
abandonaria a sua Obra, e o "pobre Casante" tinha de recorrer apenas a Ele, não ao apoio
humano.”

***
O seu relógio mostra-nos que no tempo certo o Pai providencia tudo o que necessitamos,
basta busca-lo em primeiro lugar.

São João Calábria fala-nos com o seu relógio

Se este relógio pudesse falar, dir-nos-ia quantas vezes ouviu Padre Calábria falar, sobre o
tempo, não só do futuro, mas do presente! Esta forma de ver (lembra-se dos óculos?) também
muda o valor que damos ao tempo, o que se torna uma oportunidade para preencher cada
momento com boas obras, que mostram a beleza da vida com Deus. O acento, portanto, não é
sobre "sacrifício", sobre a perda, mas sobre "beleza", sobre o preenchimento de significado
que toda a vida presente assume.

***
Esta página que nos visita, escolheu dar a volta ao mundo para estar nas tuas mãos, porque a
mensagem que carrega é demasiado importante! Quem conhece um pouco a história da nossa
Família Religiosa sabe que padre Giuseppe Bistaffa se tornará o sucessor de São João Calábria
como o terceiro Casante da Obra.

Mas porque é tão especial? Essa "pequena" exortação tantas vezes repetida, mas aqui
entusiasticamente escrita pelo próprio São João Calábria duas vezes consecutivamente :
"Torna-te santo, torna-te santo, caro Bistaffa".
Vamos tentar pôr o nosso nome em vez do de Bistaffa? Certamente Padre Calábria dir-nos-ia o
mesmo: "Torna-te santo...”

***

São João Calábria nos visita com os seus óculos

Os óculos são suas lentes de fé que percebem a ação da Divina Providência em todos os
lugares. Mas foi precisamente porque ele sabia ver além, ver os acontecimentos à luz do
Evangelho.

As lentes certas que compensam a nossa visão imperfeita não são aquelas que "resolvem as
coisas," mas são as lentes da fé, que olham para as profundezas das coisas com um olhar de
amor.

***

SÃO JOÃO CALÁBRIA NOS VISITA COM OS SEUS SAPATOS

Os sapatos de São João Calábria tinham esse objetivo claro, que era a procura do Reino de
Deus, antes de qualquer outra razão, revelando um caminhar disposto e missionário levando a
glória de Deus ao alcance de todos.

***

São João Calábria visita-nos com terra e sangue

Para uma sequência providencial de eventos que começaram na noite em que São João
Calábria nos deixou (4 de dezembro de 1954) estamos agora na posse de uma ampola com o
seu sangue. Encontra-se em forma líquida não para eventos prodigiosos, mas para o
tratamento de preservação a que foi submetido antes de ser selada.

Além do valor afetivo e de alguma forma tangível de uma presença que nunca faltou, este
sangue tem o forte valor simbólico de testemunhar uma vida vivida até ao fim, e sem se
poupar, para a missão a que se dedicou inteiramente. Possui também, evidentemente, o valor
canônico da "relíquia de primeiro grau" tradicionalmente reconhecido a um osso ou fragmento
do corpo de um santo, e que só pode ser exposto após a cerimônia de proclamação da
beatificação. Para São João Calábria isto aconteceu em 17 de abril de 1988, em Verona, e mais
tarde, em 18 de abril de 1999, na praça de São Pedro foi feita a canonização, sempre pelo Papa
São João Paulo II.

O sangue foi unido à terra de Verona, da sua "amada Verona, tão amada pelo Senhor" e em
particular a terra da Casa Mãe de San Zeno in Monte, inserida na base do relicário em forma de
farol contendo a pequena ampola com sangue.

Terra&Sangue como vida e missão que são completamente identificadas na pessoa de São João
Calábria, tornam-se uma única coisa, e se fazem dom total, uma oferta agradável a Deus pela
construção do seu Reino.

São João Calábria fala-nos com terra e sangue

San Zeno, no Monte, foi chamado por São João Calábria de "terra sagrada e abençoada," mas
onde o carisma é vivido, uma luz é libertada e torna-se um "farol de santidade": "A Obra é
grande, a Obra é divina, deve ser um farol de luz para todas as almas até aos limites da terra";
mas lembremo-nos, que a primeira condição absolutamente necessária é tornar-se santos,
santos, santos, vivendo o espírito puro e genuíno da Obra". Acolher esta relíquia é como
acolher ao Padre Calábria em pessoa, mesmo que acreditemos que os locais que serão
alcançados por esta exposição itinerante já foram fortemente visitados e abençoados por ele,
que certamente acompanhou o seu nascimento e desenvolvimento.

Reunir a terra da Casa Mãe com todas as outras terras em que hoje vivemos o mesmo carisma
terá o valor simbólico de abençoar a nossa missão, parte de uma história que se torna
presença atual de um carisma, isto é, de um dom que muitos antes de nós foram capazes de
recolher e que continua a pulsar através de nós...

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