• Gregos: equações relacionadas ao movimento aparecem nos registros históricos
há mais de 2,5 mil anos atrás, quando os filósofos gregos já estudavam os fenômenos naturais por meio da mecânica clássica.
• Filósofos de Merton College (século 14): No século 14, os filósofos escolásticos
do Merton College, Oxford, estudaram o movimento com aceleração constante e deduziram o que agora é conhecido como a regra de Merton, ou Teorema da Velocidade Média. Trabalhando apenas hipoteticamente e sem nenhuma tentativa experimental, esse grupo conseguiu demonstrar que os movimentos uniformemente variados eram equivalentes aos movimentos uniformes, desde que estes últimos fossem descritos com a velocidade média dos primeiros.
• Nicolas d'Oresme (1325-1382): bispo, precursor da geometria analítica, utilizou
pela primeira vez um gráfico para representar numa direção o tempo e na outra a velocidade de um elemento em movimento. Ele estudou os movimentos uniforme e uniformemente disforme, conforme ele próprio os denominou, e representou a variação da intensidade da qualidade de movimento ("velocidade") de maneira geométrica. Assim, ao longo de uma linha horizontal ele marcava pontos que representavam instantes de tempo (ou longitude como o chamou) e, para cada um desses instantes, levantava uma perpendicular a essa mesma linha, cujo comprimento (latitude, nome também dado por ele) significava a "velocidade" naquele instante. Desse modo, os "movimentos uniformes" eram representados por um retângulo e os "uniformemente disformes" por um triângulo, desde, é claro, que a velocidade inicial fosse nula. Seu trabalho foi diretamente inspirado nas conclusões dos filósofos de Merton College, as quais se estabeleciam na mesma época.
• André-Marie Ampère (1775-1836): físico e filósofo, cunhou a palavra
"Cinemática" (kinematics) na primeira metade do século 19. Ele escreveu, em seu famoso ensaio sobre a classificação das ciências: Esta ciência deve abranger tudo o que pode ser dito dos diferentes tipos de movimento, independentemente das forças que podem produzi-los.
A intenção de Ampère era criar uma disciplina em que o movimento fosse estudado sem levar em conta as forças envolvidas, que deveriam ser levadas em conta na dinâmica.