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POESIA NA
BEIRA AREIA
Primeira Edição
Volume Único
Edição
São Paulo, Brasil
2016
© Álvaro Loreto, 2016
1ª Edição, 2016
Capa:
Raquel Loreto
Dados internacionais de Catalogação na
Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Loreto, Álvaro, 1968
Este livro
Galáxias gentis
Querida poesia
Na beira areia
Dentre meus amigos
E agora José?
Há uma luta
Transmito ao vivo
Papelejornal
Quidê as janelas?
Para visitar Ciclano
Poesia não se aprisiona
Um ponto
Tiros cruzados
Escuta telefônica
Isquicimentu?
RH
Os olhos, em ti
É triste a manhã
Pé de Moleque
Na porta
Bolhas
O Universo se expande
Entre rolos de tapetes voadores
Minha gat
De ti
Há bem pouco tempo
Zen
Chorei, chorastes
Na certa
As loucuras
Bem pior
Quase sonetos:
Pétalas murchas
Foram nos mares do sul
Findo aqui meu livrinho
E ste livro traz alguma boa poesia,
ouso...
Já dançastes na chuva
Já brincaste na grama
Já deístas na cama...
Mas agora...
Te esqueces, poesia!?
Me acusas de que?
correm no céu,
pela praia,
Meus olhos
brilham no breu
rodam sua saia.
Seremos só
você e eu
em gandaia,
mar amado
sem poesia
que distraia
N a beira areia
remo a canoa
Na beira areia,
contorno a ilha.
Entorno navego,
moeda, coroa.
Já sigo distante
na canoa amante.
Sigo valente,
empunho um tridente!
O mar têm sereias,
Dói-me a noite.
Cai a garoa
na fria corrente.
Grito da proa
da minha canoa.
Arremesso o anzol
na pont’um farol.
fui eu o último
a me desconverter
éramos
a doce fé
dos pagãos
a angélica fé
dos católicos
a concreta fé
dos ateus
a fé bíblica
dos evangélicos
aquela vasta fé
dos espíritas,
a fé energética
dos budhistas
Vivíamos
em suas cidades celestiais
de
seus ancestrais orientes
de
áFricas perdidas...
Mas,
pelas encruzas,
irmão da noite profunda,
acendendo velinhas
em Cruz.
Sangro as mãos
no atabaque
Vigio
cada um
dos mágicos,
dos genuflexóricos,
dos dialéticos,
dos que cantam hinos,
dos das missangas.
dos orientais
ad’
o
r
o.
E agora José?
te caluniaram
te amordaçaram
te massacraram
te amarraram
te puseram numa caixa
nu, em frangalhos.
Constates,
ainda outro dia, que
te abandonaram,
te esqueceram, José,
e lês a mim
montada em sua
mortociclota
Esvoaçarão, assim,
meus versos
em suas métricas
p(ó)lenglotas
pelo chão
espalharão ramas
desconexas, quase mortas.
bibliotoca.
P apelejornal
D’África horizontal
as brisas do mar
batem em sal
quirem sole’trar... sete-n-trional
Peleparede do beiral
rompem vidraças,
são vendaval.
‘nvadem em nú u’ apartament’
e são d’uma voz e’ tudo
desigual.
E serão apenas
os sorrisos mais banguelas
lambendo os dedos pelos doces
nas panelas,
todas as nossas
mazelas.
P ara visitar Ciclano
E para se arrastar?
Nove meses, mais um ano?...
De colinho em colinho,
na fraldinha de pano...
não se aprisiona...
por ser esquecido medo
saberá achar sempre a saída.
de qualquer alçapão.
Em resumo,
seu ofício é fugir
de tudo que é obscuro, labiríntico
e que se pareça com gaiolas.
a laranja na mata
doa-se,
doce-mente.
TIROS CRUZADOS
linguagens e realidades...
de silêncio?
E te escapam,
ainda,
pela janela...?
Pé de moleque
pra correr os 100 metros
ou fugir da polícia?
Pede moleque
10 centavos pro pão
ou pro trote da facú?.
Pede-moleque
um pé-de-moleque
dos bons
muito amendoim
e caramelo
mas,
e se não te derem... moleque?
Come uma Maria Mole
moleque e
dá no pé!!!
N a porta, maciço
Alguém,
na hora pontual das indústrias,
abriu a porta.
Pressentiu-se que
já se poderiam
produzir, ali,
as novas pontes para o
amanhã.
A partir disto,
um casal hoje,
ambos vestidos com seus pijamas,
um de bolinha, outro de listras,
vendo sua TV no quarto
torna-se, a cada novo segundo,
mercadeio a vertigem.
Para sobrviver
cassar´ rtos ,
achar´ nnhos,
e
cvará ossos
e viver´ feli
incomplet
e
misterios .
D e ti, chão de betume,
1)
O movimento precisa de equilíbrio !
Por isso, entre os barcos que
se salvaram do Tsunami
havia muitas baleias.
Em cada baleia, dois barcos.
2)
O equilíbrio precisa do movimento !
Por isso, entre os elefantes que
se salvaram do Tsunami
havia muitos motociclistas.
Em cada moto, dois elefantes.
3)
O futuro não precisa mais do passado !
Quando olho por cima dos escombros
só procuro alguém com vida
para que possa me achar a mim também.
4)
O passado não precisa mais do futuro !
Porque lá nunca haverá Tsunami.
C horei, chorastes.
de mãos dadas.
e riem.
N a certa, menino,
As loucuras da poesia
são lagunas...
Há
alguns peixes
muitas botas
alguns pneus
muitas rochas
alguns verbos
muitas notas
conchas muitas
calças rotas
do ninho abandonado
Caçar o destino
ainda descalçado
Cavar as histórias
dos malvados sobressaltos
De poesias já decorado
Espero que tenhas encontrado um pouquinho
Do muito amor que eu tenho guardado.