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Março/2005
Júnior 2
A preocupação inicial foi em estabelecer combinados para que nossa convivência torne-se ainda
mais harmoniosa, sadia e prazerosa! Construindo normas vamos compreendendo nossos direitos e
deveres, bem como diferenciando momentos onde devemos ouvir, falar, dialogar, brincar, dançar,
correr...
Nossas crianças adoram aprender, mostrando que são verdadeiros aprendizes. Adoram realziar as
atividades do livro de matemática, onde resolvem situação problema, de seqüência lógica,
contagem e relacionam o numeral à quantidade com muito entusiasmo.
Estamos entrando em contato com o mundo da arte. O projeto “Os grandes pintores e suas obras”
está colorindo nossos dias com pinturas coletivas, reproduções de quadros, desenhos, brincadeiras e
muito mais.
O nosso grupo tem ficado fascinado diante dos encontros diários com Portinari. Sabemos que ele
pintou o teto da igreja, que ele gostava de brincar de pião, de pipa e de jogar futebol quando era
criança. E como toda criança adora uma brincadeira, como nossa turma não poderia ser diferente:
nosso aprendizes adoram brincar!
O espantalho saiu das plantações do Portinari e veio nos visitar em forma de fantoche. Quanta
emoção! Primeiro na expectativa de tentar adivinhar o que tinha dentro da embalagem: “um
chapéu”, “uma bola”, “uma roupa”, “um travesseiro”, “uma sunga”... e depois em ver surgir um
espantalho conversando com todos nós e contando um pouco mais sobre a vida e obra do mestre.
Foi um momento de muita alegria e aprendizado!
Descobrimos que este pintor tinha medo do espantalho e até sonhava com ele à noite. Para perder o
medo, começou a pintar o espantalho em suas telas. Aproveitamos para falar dos nossos medos e
montar um espantalho com retalho. Muito legal! Ah, o Portinari tinha muito medo do espantalho,
mas seu coração guardava um segredo: suas lembranças de infância, que era o seu maior tesouro.
Assim como o Portinari, nos transformamos em pintores por uma poção mágica trazida por uma
criança. Plim! E enquanto pintores fizemos muita arte: colocamos a mão na tinta, pintamos com
barbante, com pincel e demos asas à imaginação! Reproduzimos telas, interferimos nas suas obras e
vivenciamos a sua pintura e a sua infância. Brincamos de pião, de bola, construímos e soltamos
ratinho – uma imitação de pipa.
Nossos aprendizes ficaram muito eufóricos em construir esse brinquedo e depois poder brincar com
ele. No pátio, foi uma festa só! Muitos ratinhos pelo ar, olhos vibrantes e sorrisos no rosto!
Mergulhar no mudo da fantasia e descobrir o mundo de uma maneira diferente – lendo imagens,
quadros divertidos e vivenciando cenas da obra – está sendo uma experiência muito legal!