Você está na página 1de 53

Aula 9

Paredes e Cortinas de contenção


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

APRESENTAÇÃO
Sumário

1. Conceituação, método de 3.8 Cargas nas fundações


Blum e cálculo do empuxo 3.9 Recomendações para a
1.1 Conceituação elaboração do projeto de
1.2 Método de Blum cortina atirantada

1.3 Cálculo do empuxo

2. Cortinas em balanço
2.1 Finalidades
2.2 Método simplificado

3. Verificações de segurança
3.1 Características
3.2 Elementos de uma cortina
3.3 Proteção contra corrosão
3.4 Estabilidade das cortinas
atirantadas
3.5 Método brasileiro de
dimensionamento (Prof. Costa
Nunes)
3.6 Sequência de projeto
3.7 Dimensionamento do
bulbo (trecho ancorado)
1
CONCEITUAÇÃO,
FILOSOFIAS
MÉTODO DE E
DE BLUM
PROJETO
CÁLCULO DO
EMPUXO
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

1.
1
Sumário

1.1 Conceituação
1.2 Método de Blum
1.3 Cálculo do empuxo
Conceituação, método de
Blum e cálculo do empuxo
CÁLCULO DO EMPUXO
CONCEITUAÇÃO, MÉTODO DE BLUM E
Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

1
CONCEITUAÇÃO, MÉTODO DE BLUM E
CÁLCULO DO EMPUXO
1 . 1 Conceituação

Uma parede em balanço resiste ao empuxo devido ao seu


engastamento no solo. Faz-se necessária a existência de uma ficha
minima para que a parede esteja em equilíbrio.
A ficha minima é definida como o comprimento mínimo de
embutimento da parede no solo abaixo do fundo da escavação que
garante o equilíbrio considerando uma margem de segurança
adequada.
As cortinas são estruturas de contenção esbeltas que estão sujeitas a
deformações por flexão. A recomendação de uso das cortinas ocorre
em casos que não se dispõe de área suficiente para abrigar a base do
muro ou em casos em que o desnivel seja superior a 5m.
As cortinas são elementos de contenção muito utilizado
especialmente em escavações para a execução de projetos de
fundacões e de obras subterrâneas, bem como de estruturas
portuárias. Em determinadas situações, o trecho enterrado,
denominado ficha, não é suficiente para a garantia da estabilidade.
Neste caso pode-se fazer uso dos tirantes ou estroncas.

Fonte: Marzionna et al. (1998); Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

1
CONCEITUAÇÃO, MÉTODO DE BLUM E
CÁLCULO DO EMPUXO
1 . 2 Método de Blum

Para o cálculo da ficha minima é suficiente a aplicação conhecida


como Método de Blum.
O método de Blum (1931) é utilizado para o dimensionamento de
estruturas de contenção em balanço. Neste método parte do
pressuposto de que uma estrutura de contenção embutida em
balanço está fixa em um ponto O abaixo da cota de escavação e esta
estrutura gira como um corpo rígido ao redor deste ponto.

Fonte: Marzionna et al (1998); Schitkoski (2019, p.17)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

1
CONCEITUAÇÃO, MÉTODO DE BLUM E
CÁLCULO DO EMPUXO
1 . 2 Método de Blum

O método de Blum (1931) considera que a rotação da estrutura em


torno do ponto O causará deslocamentos do maciço em quantidade
suficiente para que o solo acima do ponto O mobilize o estado ativo
no lado retido da estrutura. No lado escavado, o solo abaixo da cota
de escavação entrará no estado passivo. Abaixo do ponto O, o solo
atuará em seu estado ativo escavado na estrutura e o passivo no lado
retido da estrutura.

Fonte: Marzionna et al (1998); Schitkoski (2019, p.17)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

1
CONCEITUAÇÃO, MÉTODO DE BLUM E
CÁLCULO DO EMPUXO
1 . 3 Cálculo do empuxo

O cálculo do empuxo atuante na parede da escavação consiste na


análise dos esforços na cortina e precisa considerer cada estágio de
escavação e levar em conta o tipo de execução prevista para a obra.
Quando não existem construções vizinhas nas proximidades da obra,
o empuxo do solo pode ser calculado com o coeficiente de empuxo
ativo da teoria de Rankine (K0), tendo em vista que não há a
necessidade de evitar deslocamentos das paredes.
Quando existirem construções nas proximidades da escavação em
estudo, o empuxo do solo na parede pode ser calculado com o
coeficiente de empuxo no repouso (K0). Nestas condições, não são
permitidos deslocamentos e o projeto deve ser executado
considerando a parede inamovível. Na fase de anteprojeto, sugere-se
considerar as informações a seguir:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


21
FILOSOFIAS
CORTINAS EM
DE
BALANÇO
PROJETO
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2.
2
Sumário

2.1 Finalidades
Cortinas em balanço

2.2 Método simplificado


CORTINAS EM BALANÇO
Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 1 Finalidades

As cortinas em balanço são comumente utilizadas para casos de


escavações de pequena profundidade ou em etapas iniciais de uma
escavação profunda. Admite-se uma rotação na cortina sob o efeito
do empuxo ativo que atua no trecho livre.
A rotação propicia a ocorrência do empuxo ativo atuante no trecho
livre e do empuxo passivo à frente do trecho enterrado até o ponto de
rotação.
Abaixo deste ponto as condições de empuxo são invertidas com isso
estabelece-se o diagram resultante de empuxos ativo e passivo

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.43)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 1 Finalidades

O dimensionamento da cortina em balanço é realizado com a


determinação do comprimento do trecho enterrado da cortina (ficha)
que é utilizado para garantia da estabilidade da estrutura de
contenção.
Para a determinação dos empuxos em cortinas em balanço há duas
alternativas de cálculo 1) método convencional que utiliza os
conceitos de Rankine e o 2) método simplificado que substitui o
empuxo passivo na base da ficha por uma força equivalente.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 2 Método simplificado

1. Método simplificado
Neste método o diagrama complexo de representações de tensões é
substituído por sua resultante. Os resultados são obtidos utilizando-se
a sequência de cálculo a seguir:

a) Determinação da profundidade (z1)


Deve ser dimensionada para que o momento devido à resultante do
diagrama de tensões ativas seja a metade do momento devido à
resultante das tensões passivas.

O fator de segurança deve ser maior ou igual a 2:

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.47)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 2 Método simplificado

1. Método simplificado
b) Correção da profundidade (z1)
É necessário corrigir a profundidade z1 em 15% para permitir a
mobilização dos esforços à direita e próximo ao pé da cortina. Essa
região do diagrama é denominada contrapassivo P.
z1M = 1,15 z1
c) Determinação da posição de cortante nulo (z2)
Neste ponto é determinado o momento máximo.

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.47)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 2 Método simplificado

1. Método simplificado
Para uma cortina em balanço apresentada na figura, determinar o
comprimento total a ser cravado usando o método simplificado. Para
fins de segurança de projeto, majorar o comprimento da ficha em
30%. Assumir na o NA na cava na mesma cota do NA do terreno.

Solução
Na profundidade de 3m, dado que ka = 0,33 (kp = 3), a tensão efetiva
horizontal é:

Na profundidade de 6m:

A profundidade onde o diagrama de tensões horizontais se anula é


calculada como:

Fonte: Gerscovich et al. (2016


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

2 CORTINAS EM BALANÇO
2 . 2 Método simplificado

1. Método simplificado
Solução
O valor da resultante dos esforços (Ra) é dado por:

O ponto de aplicação da resultante em relação ao ponto de tensões


nulas (ponto O) é,

O valor de é dado por:


O valor de z1 é determinado por:

Ao substituir Ra e “a” calculados anteriormente, tem-se:

Majorando z1 em 15%, tem-se um comprimento total (H+D) da cortina


em balanço:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


31
FILOSOFIAS
CORTINA DE
ATIRANTADA
PROJETO
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
Sumário

3. Verificações de segurança
3.1 Características
3.2 Elementos de uma cortina
3.3 Proteção contra corrosão
3.4 Estabilidade das cortinas
atirantadas
3.5 Método brasileiro de
dimensionamento (Prof. Costa
Nunes)
3.6 Sequência de projeto
3.7 Dimensionamento do
bulbo (trecho ancorado)
3.8 Cargas nas fundações
3.9 Recomendações para a
elaboração do projeto de
cortina atirantada
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 1 Características

Cortina Atirantada é uma estrutura de contenção que possui uma


parede de concreto armado que pode ser vertical, além de fazer uso
de tirantes, que são ancorados no terreno em uma profundidade em
que ele esteja estável, sem possibilidade de ruptura ou ocorrência de
movimentações indesejáveis.

Os tirantes são tracionados, por macaco hidráulico até que a carga


definida em projeto (carga de incorporação) seja atingida. São fixados
na parede de concreto utilizando um sistema de placas e porcas.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 1 Características

A carga nos tirantes atuará no sentido contrário ao deslocamento


natural da parede de concreto e será o carregamento responsável
pela contraposição ao empuxo e para garantia da estabilidade do solo
arrimado.
Os tirantes podem ser compostos por monobarras de aço, cordoalhas
ou fios. São implantados com inclinações em relação à horizontal
geralmente da ordem de 15˚ a 30˚ com a finalidade de facilitar o
processo executive (injeção), mas outras inclinações podem ser
utilizadas.
A espessura das paredes de concreto armado das cortinas
atirantadas viram de 20 cm a 40 cm, de acordo com as cargas dos
tirantes e espaçamentos das ancoragens. A espessura é definida na
elaboração do projeto estrutural da parede de concreto armado e é
decorrente do puncionamento e dos momentos ao longo do painel.
Painéis com tirantes com carga de trabalho da ordem de 390kN
possuem espessura da ordem de 30 cm e tirantes com carga de
trabalho de 200kN possuem painéis de espessura entre 23 e 25 cm.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 1 Características

No caso de tirantes permanentes, a carga de trabalho será calculada


da seguinte forma:
Carga de trabalho = Carga máxima de ensaio/1,75, onde:
Carga máxima de ensaio = 0,9 * fyk * As;
fyk = resistência característica do aço à traçao;
As = área da seção transversal útil da barra;
Para tirantes provisórios pode-se utilizar fator de segurança de 1,50.
Ao utilizar tirantes de aço, a seção individual de cada barra, fio ou
cordoalha não deve ser inferior a 50 mm².
Em geral, o comprimento de cada painel varia de 5 m a 15 m e entre
os painéis são utilizadas juntas.

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.125 e p.126)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 1 Características

Em projetos com chumbadores embutidos em concreto, é necessário


reduzir a resistência em relação ao cisalhamento do aço.
Normalmente a resistência do chumbador ao considerar somente a
resistência do aço é da ordem de 50% da tração máxima do aço (0,5*
fyk*As/1,1). Ao levar em consideração o efeito do pino embutido no
concreto, um chumbador de 20mm possui resistência à tração
máxima do aço de 141kN, enquanto sua resistência ao cisalhamento
é de 71kN. Entretanto, com o efeito do pino embutido no concreto a
resistência ao cisalhamento passa para 20kN. Um chumbador de 25
mm teria resistência ao cisalhamento de 31kN e um de 32 mm possui
resistência ao cisalhamento de 51kN.
O dimensionamento dos painéis é realizado como lajes cogumelo, ou
seja, lajes de concreto armado sem vigas.
O diâmetro da perfuração no trecho de ancoragem deve possibilitar o
recobrimento do aglutinante sobre o elemento resistente à tração seja
adequado para garantir uma proteção contra corrosão ou
desagregação.
Durante a construção pelo método descente, pode-se garantir a
estabilidade provisória com o uso de escavações em nichos
alternados.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 1 Características

Existem algumas restrições quanto ao solo onde será executado o


trecho de ancoragem (bulbo). A ancoragem não pode ser implantada
em solos orgânicos moles, aterros ou solos coesivos (com Nspt <=4),
bem como em aterros sanitários.
Deve ser considerado ainda os riscos de existência de camada de
colúvio sujeito ao rastejo, que passe sob as fundações de uma cortina
atirantada. É recomendado que o painel intercepte toda a camada de
colúvio ou que garanta não haver possibilidade de movimentação da
referida camada de solo.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 2 Elementos de uma cortina

1) Elementos de uma cortina


Um tirante possui três partes: cabeça do tirante, trecho livre e trecho
ancorado.
A cabeça do tirante é a parte que fica fora do terreno, colada à face
externa da parede de concreto armado, protegida por uma cobertura
de concreto com a função de evitar a ocorrência de corrosão. A
função da cabeça é transferir a carga do bulbo de ancoragem para a
parede de concreto armado.

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.129)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 2 Elementos de uma cortina

1) Elementos de uma cortina


O trecho livre é a parte do tirante, entre a cabeça e o início do bulbo
de ancoragem. Não deve ocorrer transmissão de carga, nem atrito,
neste trecho com o solo. A totalidade da carga aplicada ao tirante
precisa ser suportada pelo trecho ancorado.

Fonte: Gerscovich et al. (2016, p.129)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 3 Proteção contra a corrosão

2) Proteção contra a corrosão


Em razão de se tartar de estrutura de contenção onde os elementos
de aço (monobarras, cordoalhas e fios) são responsáveis pela
estabilidade da cortina ao se contrapor ao empuxo de terra e
equilibrar o conjunto massa de solo e estrutura, há a necessidade de
proteção dos elementos de aço contra a corrosão.
Vários podem ser os componentes de proteção: tintas e resinas,
fluídos à base de betume, tubos contínuos de polipropileno,
polietileno, PVC e graxa.
Os tirantes devem ser posicionados no centro da perfuração e para
que seja possível, usam-se centralizadores espaçados de cerca de
1,5 a 2m para garantir um recobrimento mínimo.
A proteção dupla do trecho ancorado contra a corrosão é realizada a
partir de uma limpeza prévia da barra, com utilização de líquido
decapante e desengordurante, pintura anticorrosive e proteção com
tubo plástico corrugado ou tubo metálico.
Deve ocorrer o preenchimento de todos os espaços entre o tirante, os
tubos e o solo com pelo menos 3cm de nata de cimento.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 3 Proteção contra a corrosão

2) Proteção contra a corrosão


O trecho livre também deve ser limpo e deve ser utilizada pintura
anticorrosive ao longo de toda a sua extensão. A proteção pode ser
realizada pelo envolvimento de cada elemento com graxa
anticorrosive e por duto plástico e o conjunto envolvido por outro duto
plástico e injetado com calda de cimento após a protensão.
A transição entre o trecho livre e a cabeça de ancoragem deve
possuir dispositivos que assegurem a continuidade da proteção.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 4 Estabilidade das cortinas atirantadas

3) Estabilidade das cortinas atirantadas


Os modos de ruptura de uma cortina atirantada devem ser verificados
durante a elaboração de um projeto e são os seguintes: a) ruptura da
fundação; b e c) ruptura do talude; d) deformação excessiva; e)
ruptura dos tirantes; f) ruptura do painel.

Durante a elaboração do projeto geotécnico deverão ser


determinados: a geometria de cada painel. As cargas que atuarão nos
tirantes, a inclinação dos tirantes, o comprimento de cada trecho livre,
o comprimento dos trechos ancorados, os espaçamentos (horizontal e
vertical) entre os tirantes, assim como o tipo de fundação (direta ou
estacas) que será adotada para cada painel e o processo executivo
que será empregado para a impantação da estrutura de contenção.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

4) Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


O método considera que a superfície de ruptura é um plano que
passa pelo pé do talude. É aplicável a taludes verticais ou
praticamente verticais e solos homogêneos.
É considerada a força de protensão dos tirantes no equilíbrio da
cunha e o fator de segurança preconizado pela Norma (geralmente
1,5).

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

4) Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


O método brasileiro considera o ângulo de R como o ângulo de atrito
ϕ, estando todo o fator de segurança na coesão (Cd).

O número de estabilidade é considerado para talude


homogêneo e sem percolação.
Quanto menor for o valor de I, mais será contra a segurança. Seja i =
90˚, temos
θcrít = (90˚+ ϕ)/2 = 45 + ϕ/2
e

Para ϴ qualquer:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

4) Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


FS empregado:
Caso geral (θ) qualquer, com i = 90˚

Para θcrít :

Dado um FS, é possível determinar o θ correspondente a ele. O θ


separa em duas regiões: uma que necessita das forças de ancoragem
e ourta que as dispensa.
Procura-se levar em conta a força de protensão dos tirantes no
equilíbrio da cunha para elevar o FS até um nível que satisfaça o
requisito normativo (geralmente 1,5).

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

4)
3
ABC:
Polígono das forças de ancoragem:
CORTINA ATIRANTADA

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

Ao considerar a figura pode-se aplicar a lei dos senos no triângulo


Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)
Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

4)
3 CORTINA ATIRANTADA

Segundo a lei dos senos no triângulo adc:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

4)
3

Ainda:
CORTINA ATIRANTADA

Segundo a lei dos senos no triângulo adc:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

4) Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


Ainda:

A figura (A) expressa os detalhes dos ângulos α, β, θ e (B) o modelo


de cálculo do método brasileiro:
A partir da figura, pode-se calcular F por meio de:

Para θ = θcrít , tem-se:

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

4)
3 CORTINA ATIRANTADA

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


3 . 5 Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes

Método brasileiro de dimensionamento (Prof. Costa Nunes)


Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 6 Sequência de projeto

5) Sequência de projeto

a) Calcular θcrít
b) Calcular w
c) Calcular o FS do plano crítico (sem ancoragens)
d) Fixar α (normalmente 15˚ a 30˚) e calcular β
e) Calcular λ
f) Calcular a força de ancoragem correspondente ao plano crítico F
g) Distribuir tirantes no painel: Número de tirantes por vertical = (F x
espaçamento horizontal)/ Fadm de cada tirante
h) Determinar o ângulo de inclinação do plano de ancoragem “por
tentativas” com base no FS desejado: é o plano, que sem
ancoragens fornece o FS desejado.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 7 Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)

6) Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)


O comprimento do trecho ancorado dependerá do tipo de solo onde o
trecho está implantado, do valor da tensão efetiva que estará atuando
no trecho, do diâmetro da perfuração e da carga da ancoragem.
A determinação do comprimento do bulbo deve ser realizada
experimentalmente por meio de ensaios básicos e de qualificação.

Para efeito de estimativas preliminares para o caso de solos arenosos


e de solos argilosos.

Para solos arenosos:


T = resistência à tração da ancoragem;
σ’ z = tensão efetiva no ponto médio da ancoragem;
U = perímetro médio da seção transversal do trecho ancorado;
L b = comprimento ancorado ou bulbo
K f = coeficiente de ancoragem (indicado na tabela)

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 7 Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)

6) Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)


Para efeito de estimativas preliminares para o caso de solos arenosos
e de solos argilosos.

Para solos argilosos:


α = coeficiente redutor ao cisalhamento;
Su = resistência não drenada do solo argiloso;
Deve-se levar em conta que:
- Para Su <= 40 kPa, α =0,75;
- Para Su >= 100 kPa, α =0,35;
Entre os dois valores interpolar linearmente.

Para efeito de estimativas preliminares para o caso de solos arenosos


e de solos argilosos.

Para solos arenosos:


T = resistência à tração da ancoragem;
σ’ z = tensão efetiva no ponto médio da ancoragem;
U = perímetro médio da seção transversal do trecho ancorado;
L b = comprimento ancorado ou bulbo
K f = coeficiente de ancoragem (indicado na tabela)

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 7 Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)

6) Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)


Para efeito de estimativas preliminares para o caso de solos arenosos
e de solos argilosos.

Para solos argilosos:


α = coeficiente redutor ao cisalhamento;
Su = resistência não drenada do solo argiloso;
Deve-se levar em conta que:
- Para Su <= 40 kPa, α =0,75;
- Para Su >= 100 kPa, α =0,35;
Entre os dois valores interpolar linearmente.

Coeficientes de ancoragem (K f)

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

6)
3 CORTINA ATIRANTADA

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


3 . 7 Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)

do tipo de solo e da carga de trabalho do tirante.


Dimensionamento do bulbo (trecho ancorado)
A tabela a seguir apresenta indicações de comprimentos em função
Paredes e Cortinas de contenção
Aula 9
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 8 Cargas nas fundações

7) Cargas nas fundações


A carga que chega às fundações da cortina depende do sentido da
força que foi mobilizada no contato cortina-solo. A força pode ser
contrária ao sentido da componente vertical dos tirantes, e com isso,
a carga que chegará às fundações será pequena, constituída
basicamente pelo peso próprio dos painéis das cortinas. Esta situação
é encontrada no caso de fundações deslocáveis, onde a carga que
chega às fundações se resume ao peso da parede de concreto
armado.
No caso de fundações que apresentam deslocamentos muito
pequenos, a força de atrito cortina-solo pode estar direcionada para
baixo, no mesmo sentido da componente vertical dos tirantes. Neste
caso haverá um aumento das cargas que chegam às fundações, e há
a necessidade de considerer todas as parcelas para que não haja a
possibilidade de uma instabilidade vertical da estrutura de contenção

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 8 Cargas nas fundações

7) Cargas nas fundações


O sistema de forças que atuam numa cortina idealizado:

Carga nas fundações por painel = peso do painel de concreto +


somatório das componentes verticais dos tirantes no painel + força
tangencial mobilizada na interface cortina-solo (E a* senδ *largura do
painel)

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 8 Cargas nas fundações

7) Cargas nas fundações


Podem existir diversas causas para a necessidade de adotar estacas
para apoiar os painéis das cortinas atirantadas, dentre elas:
- Durante o processo executivo, para que os painéis não sofram
recalques;
- Necessidade de aumentar o fator de segurança durante a
implantação de estrutura de contenção;
- Existência de camada de baixa capacidade de suporte abaixo da
cota final do pé da cortina atirantada.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 9 Recomendações para a elaboração do projeto de cortina atirantada

8) Recomendações para a elaboração do projeto de cortina


atirantada
O bulbo deve distar pelo menos 3m da superfície do início da
perfuração. Pode-se adotar medidas maiores.
O espaçamento das ancoragens recomendado é apresentado nas
imagens. O espaçamento entre bulbos deve ser maior que 1m e
maior que seis vezes o diâmetro da perfuração.

O início do bulbo deve distar pelo menos 0,15H da superfície crítica,


sendo H a altura de contenção.
O recobrimento de terra em geral, deve ter pelo menos 5m sobre o
centro de ancoragem.
O bulbo deve distar pelo menos 3m da cota de fundação de outras
edificações.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

3 CORTINA ATIRANTADA
3 . 9 Recomendações para a elaboração do projeto de cortina atirantada

8) Recomendações para a elaboração do projeto de cortina


atirantada
É recomendado que o painel intercepte toda a camada de colúvio ou
se garanta que não haja a possibilidade de movimentação da referida
camada de solo.
As verificações de estabilidade devem ser realizadas para todas as
etapas construtivas e não somente para a condição final da cortina.
É recomendada a utilização de tirantes (monobarras) com o
rosqueamento da barra impresso e contínuo.
No perímetro da chapa de aço, em contato com o concreto, deverá
ser apicoada uma faixa de 3cm e as partes metálicas devem ser
envolvidas com massa à base de epóxi.
Os trechos livres e o ancorado devem ser dotados de dispositivos
visando à centralização deles.
Se houver a necessidade de realização de emendas no trecho livre,
devem ser protegidas por tubo plástico.
Em relação a estabilidade global, o FS deve ser maior ou igual a 1,5.

Fonte: Gerscovich et al. (2016)


FINALIZAÇÃO
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

APRESENTAÇÃO
Sumário

1. Conceituação, método de 3.8 Cargas nas fundações


Blum e cálculo do empuxo 3.9 Recomendações para a
1.1 Conceituação elaboração do projeto de
1.2 Método de Blum cortina atirantada

1.3 Cálculo do empuxo

2. Cortinas em balanço
2.1 Finalidades
2.2 Método simplificado

3. Verificações de segurança
3.1 Características
3.2 Elementos de uma cortina
3.3 Proteção contra corrosão
3.4 Estabilidade das cortinas
atirantadas
3.5 Método brasileiro de
dimensionamento (Prof. Costa
Nunes)
3.6 Sequência de projeto
3.7 Dimensionamento do
bulbo (trecho ancorado)
OBRIGADO!
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Paulo José Rocha de; GARCIA, Jean Rodrigo.


Engenharia de fundações. Rio de Janeiro: LTC, 2020.
ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de fundações. 3ed. São
Paulo: Blucher, 2019.
BRAJA, M. das. Fundamentos de engenharia geotécnica. São
Paulo: Cengage Learning, 2012.
BRAJA, M. das. Princípios de engenharia de fundações. São
Paulo: Cengage Learning, 2017.
CAMPOS, José Carlos de. Elementos de fundações em concreto.
São Paulo: Oficina de textos, 2015.
CHANDRUPATLA, Tirupathi R.; BELEGUNDU, Ashok D. Elementos
finitos. 4ed. São Paulo, Pearson, 2014.
CINTRA, José Carlos A.; AOKI, José Carlos; ALBIERO, José
Henrique. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina
de textos, 2011.
FINOTTI, Giselle Barbosa de Souza; RIBEIRO, Mariana de Jesus
Souza; TAVARES, Rafaela Souza. Estruturas de contenção em
gabiões para estabilidade de encostas em processos erosivos.
Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal de Goiás.
Goiânia, 2013.
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

REFERÊNCIAS

FREITAS, Priscila Sant’anna de; SANTOS, Paula Roberta dos;


PINTO, Edilson Moura; ESTEVES, Ian César Amos. Movimentos de
massa: a solução por meio dos muros de contenção. Revista
Científica de ciências aplicadas da FAIP. Vol. 5, n.10, 2018.
FRACASSI, Geraldo. Proteção de rios com soluções Maccaferri.
São Paulo: Oficina de textos, 2017.
GERSCOVICH, Denise M. S. Estruturas de contenção: Muros de
arrimo. Apostila didática. Faculdade de Engenharia FEUERJ. Rio de
Janeiro, 2008.
GERSCOVICH, Denise M. S.; DONZIGER, Bernadete Rogoni;
SARAMAGO, Robson. Contenções: Teoria e aplicações em obras.
São Paulo: Oficina de textos, 2016.
LIMA, André Pereira. Comportamento de uma escavação
grampeada em solo residual de gnaisse. Tese de doutorado. PUC-
Rio, 2007. Rio de Janeiro, 431p.
MARZIONNA, Jaime Domingos. Et al. Análise, projeto e execução de
escavações e contenções. In: HACHICH, Waldemar; et al.
Fundações: Teoria e prática. 2ªed. ABMS/ABEF. São Paulo: Pini,
1998.
LONGO, Luis Felipe. Como determinar o coeficiente de recalque
vertical? QiSuporte, 2021. Disponível em:
https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115004184613-Como-
determinar-o-coeficiente-de-recalque-vertical-. Acesso em:
11/05/2021.
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

REFERÊNCIAS

LONGO, Luis Felipe. O que são coeficientes de recalque do solo?


QiSuporte, 2021. Disponível em: https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-
br/articles/115004213934-O-que-s%C3%A3o-coeficientes-de-
recalque-do-solo-. Acesso em: 11/05/2021.
MAPARAGEM, Albano Sâlzon. Avaliação da interação solo-fitas
metálicas e poliméricas para solução em terra armada em solos
não convencionais. Dissertação de mestrado. USP, 2011. São
Carlos – SP, 163p.
MOLITERNO, Antônio. Caderno de muros de arrimo. São Paulo.
Edgar Blucher, 1980.
MOTA, Rodrigo Junqueira. Análise da interação solo-estrutura de
uma obra de contenção na cidade de Goiânia – GO. Dissertação
de mestrado. Brasília – DF, 2008.
OLIVEIRA, Diogo Silva de. Elementos de Fundações. Notas de aula.
Rev. 01. Unisociesc, 2016.
PORTO, Thiago Bomjardim; FERNANDES, Danielle Stefane
Gualberto. Curso Básico de Concreto Armado: Conforme
NBR6118:2014. São Paulo: Oficina de textos, 2015.
SOLOTRAT. Solo grampeado.
SCHITKOSKI, Diogo Araújo. Avaliação de métodos de equilíbrio
limite aplicados ao dimensionamento de estruturas de contenção
do tipo muro embutido. Trabalho de conclusão de curso. UFSC,
2019 Florianópolis – SC, 118p.
Paredes e Cortinas de contenção Aula 9
Utilize o campo de anotações para facilitar seu aprendizado e memorizar o conteúdo. Este material deve ser utilizado em conjunto com o conteúdo dos vídeos, como parte
integrante do curso e, em nenhuma hipótese, substitui as vídeo aulas online. É proibida a divulgação, comercialização e reprodução total ou parcial deste conteúdo.

REFERÊNCIAS

SILVA, Apolino José Nogueira da; CARVALHO, Fabíola Gomes de.


Coesão e resistência ao cisalhamento relacionadas a atributos físicos
e químicos de um latossolo amarelo de tabuleiro costeiro. Revista
Brasileira de Ciência do solo. Nr. 31, pp.853-862, 2007.
VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende.
Fundações: critérios de projeto, investigação do subsolo, fundações
superficiais, fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos,
2010.

Você também pode gostar